COPERSUCAR, 40

SÃO PAULO (melhor do que pensam) – Foi num dia 12 de janeiro, exatamente 40 anos atrás, que a aventura brasileira na F-1 deu seu primeiro passo. Em 23° num grid de 23 carros, Wilson Fittipaldi Jr. alinhava o FD-01 (Fittipaldi/Divila) com um tempo 11s pior que o de Jean-Pierre Jarier, da Shadow, que partiria na pole para o GP da Argentina, em Buenos Aires.

Parecia um abismo, era, mas não importava. Importava terminar a corrida com o primeiro carro de F-1 construído no Brasil, com apoio do regime militar, de uma cooperativa de produtores de açúcar e da Embraer.

Fazer um F-1 fora da Europa era uma maluquice, mas Wilsinho resolveu bancar. O carro prateado, com o número 30 na carenagem, era lindo, mas pouco competitivo. Depois de 12 voltas, o sonho da estreia virou fumaça. Literalmente. A quebra de uma peça da suspensão fez o piloto perder o controle e se espatifar no guard-rail. O FD-01 pegou fogo. Wilsinho não se machucou. Mas saiu ferido na alma.

Seu irmão Emerson acabaria vencendo aquela prova, pela McLaren. A história da Copersucar não terminou ali, longe disso. Persistiu até 1982, já com outro nome, Fittipaldi. No total foram 103 GPs e três pódios, todos eles históricos. O primeiro no Rio, em 1978, já com Emerson ao volante, segundo colocado — então bicampeão do mundo, o Rato abraçou a iniciativa familiar e foi para o time brasileiro, enquanto Wilsinho passsava a atuar fora das pistas. Em 1980, mais dois, ambos com terceiros lugares: Keke Rosberg na Argentina e Emerson em Long Beach, no dia em que Nelson Piquet venceu seu primeiro GP.

Primeira vitória de Piquet, último pódio de Fittipaldi, bastão definitivamente passado para a geração que depois teria ainda Senna como um de seus filhotes. Sim, os Fittipaldi, sem medo de errar, são os pais do automobilismo nacional contemporâneo.

Além dos irmãos Wilson e Emerson, pilotaram carros da Copersucar/Fittipaldi o já citado Keke, mais Arturo Merzario, Ingo Hoffmann, Alex Dias Ribeiro e Chico Serra. Com um sétimo lugar em 1978 (na frente de McLaren e Williams, por exemplo) e um oitavo em 1980 (à frente de Ferrari e McLaren), a Copersucar não pode ser considerada um fiasco na F-1. Seu maior problema, talvez, tenha sido a imprensa brasileira.

Formados basicamente nos campos de futebol, muitos jornalistas esportivos tiveram de ser deslocados para a F-1 no início dos anos 70, quando Emerson venceu seus primeiros GPs e conquistou o primeiro título mundial. No rastro dele veio Pace, igualmente bem-sucedido e potencial campeão. Habituados a cobrir um esporte vencedor, tricampeão do mundo, os jornalistas transferiram para a F-1 o mesmo tipo de cobrança que reservavam à seleção. Só interessava ganhar. Derrotas seriam tratadas com a crueldade aplicada no futebol.

Só que F-1 não é futebol, nunca foi, e quando a primeira geração de jornalistas realmente especializados em automobilismo passou a ganhar espaço e a ser compreendida, a Copersucar já era, destruída pela mídia sem dó, nem piedade.

Hoje, 40 anos depois, a maioria compreende o valor da equipe brasileira e sua importância para o desenvolvimento do automobilismo nacional. Enormes.

Anos atrás, já contei isso aqui milhares de vezes, encontrei dois Copersucar jogados numa oficina em Interlagos. Aquele material, publicado no diário “Lance!”, talvez tenha acelerado o processo de restauração dos carros, levado a cabo pela Dana. Há dois Copersucar restaurados hoje no Brasil. Outros, não sei exatamente quantos, estão pelo mundo, participando de corridas de F-1 clássicos.

Essa história, portanto, não acabou. Vive na memória de quem viu os carros correrem, daqueles que foram a Interlagos acompanhar os primeiros testes, de quem trabalhou nos projetos, de quem os pilotou. E nos modelos sobreviventes, felizmente salvos por quem sempre compreendeu o tamanho do desafio que os Fittipaldi encararam.

Longa vida à Copersucar.

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JAN BALDER
JAN BALDER
9 anos atrás

não foi a imprensa e sim a falha nos projetos, foram trocando de projetistas o tempo todo tentando correr atrás do prejuizo. Nem um modelo era sequencia dos erros do anterior, sempre era tudo novo. lembremos que a Copersucar era o maior patrocinador da F1, tirando a fabrica Ferrrari esta quando perde pode envolver seu pessoal infinitivamente sem medir custos. O melhor dos modelos acho que foi o F5 A em 1978 com o 10 lugar de Emerson na tabela do mundial.

Walter S.
Walter S.
Reply to  JAN BALDER
9 anos atrás

Grande Jan Balder!
O cara não só conhece tudo, mas tem a coragem de falar.
Essa coisa de ir trocando de projeto a cada ano é exatamente a crítica que sempre fiz à Equipe. Eles começavam a compreender como acertar o carro direito – o que leva pelo menos umas oito corridas, e já jogavam tudo no lixo e começavam tudo de novo na temporada seguinte.
Do zero…
Aí tinham que começar a entender como o chassis se comportava, como a suspensão trabalhava (de fato, não no projeto), com qual calibragem de ar, de molas, de barra…de aerofólio…com era com muita gasolina…com pouca…qual a melhor posição dos radiadores…e aí, quando já sabiam o que melhorar, jogavam o carro no lixo e partiam para um projeto de carro diferente do que tinham nas mãos.

Posso dizer que essa atitude era obra do temperamento do Tigrão. Ele fazia juz ao apelido! Nunca teve paciência para esperar. Quem o conhece sabe do que estou falando…é o jeito dele, sempre foi.
Eu sei, eu estava lá em 1974-5-6…

O melhor carro foi o F-05. Porque? Simplesmente porque usaram o projeto dois anos seguidos, levaram pro Caliri desenvolver, exploraram o potencial do bichão desenhado pelo Baldwin.

Fico feliz de ver que um cara do calibre do Jan pensa como eu.

Gustavo Leite
Gustavo Leite
9 anos atrás

Flávio, aqui: https://www.youtube.com/watch?v=vX-AKNHyXx4 dá para dar uma voltinha on board no Copersucar F5A, o melhor de todos.

Leo Valerio
Leo Valerio
9 anos atrás

FG, seus textos sao sensacionais! Você é incrivel! Parabéns!! (Sou seu fã).

Giuliano SPFC
Giuliano SPFC
9 anos atrás

O que Emerson e seu irmão fizeram foi espetacular, eles estavam muito a frente de seu tempo, mesmo apoiado pelos militares e pela Embraer, só a iniciativa de montar a equipe já valeu mais dos que os resultados, estamos falando do meio dos anos 70, éramos um roça continental…..kkkkkk, estávamos no meio do “milagre econômico”, mas o Brasil nem de longe era o que é hoje, o país mudou radicalmente nesses últimos 40 anos, produziu muitos bilionários, temos multinacionais brasileiras, mas vê se alguém põe a mão no bolso e se habilita a fazer coisa parecida em pleno 2015??, e se os ingleses tivessem o pensamento pequeno dos brasileiros e de alguns que escreveram aqui, o coitado do Frank Williams, que fundou sua equipe na mesma época, estaria morto e sua equipe já teria fechado faz tempo!!!, e olhando para trás, analisando a trajetória do Brasil na F1, é até espantoso que tenhamos produzido tantos campeões num esporte caro e do 1º mundo.

joel lima
joel lima
9 anos atrás

Quis o Destino que o último ano da equipe brasileira fosse também o ano em que o Brasil teve a sua última seleção que encantou e na qual o povo brasileiro se identificava, mas que não conseguiu ser campeã na Espanha. Ê ano danado esse de 1982…

Elvys
Elvys
9 anos atrás

Flávio, aproveitando o gancho, tá sabendo da coleção de F1 de pilotos brasileiros que está para ser lançada? Na escala 1:43 e parece que inclui 3 modelos da Copersucar!

Paulo
Paulo
9 anos atrás

Prezado F&G.
Irmãos Fittipaldi,fazem parte da história da F-1,tive a oportunidade de acompanhar, corridas em Interlagos e Jacarepaguá desde a primeira volta, o segundo -lugar com gosto de (vitória), até a despedida de Emmo no Rio.Simplesmente sensacional.

Roberto Fróes
Roberto Fróes
9 anos atrás

Tem um – não exatamente Copersucar, mas, digamos, Skol Fittipaldi, F6, eu acho, pendurado na parede do Museu de Tecnologia de Sinsheim, na Alemanha.
Alguém me disse que havia outro, no mesmo museu, mas eu só vi esse.
Sempre acompanhei e vibrei com os carros Fittipaldi, fossem Copersucar ou não.
Tive até um canarinho amarelo chamado de Copersucar.

jorge
jorge
9 anos atrás

Estava lá em 1978 , segundo lugar do Emerson. Festa inesquecível e valeu por tudo que os Fittipaldi passaram com esse projeto!!!

Brabham-5
Brabham-5
9 anos atrás

Essa do Fittipaldi-Copersucar me deixou saudoso.
Vejam que coisa mais linda! Carros de F1 dos anos 60, 70 e 80 na pista de Spa (2012).
Lágrimas nos olhos.

https://www.youtube.com/watch?v=WfBiro5gU6w

Renato de Mello Machado
Renato de Mello Machado
9 anos atrás

E tem mais qual é o problema de o time ser financiado com dinheiro e ajuda do poder público? hoje se faz a mesma coisa e até pior.Com coisas tipo : copa ( farra dos estádios),olimpíada,destruição de Jacarepaguá,farra do vôlei.Isso é quê é dinheiro sujo.De forma alguma as pessoas na época do fato eram submissas e ignorantes,pois antes as pessoas tinham muito mais educação do quê as de hoje,quê a pesar de toda liberdade e tecnologia a disposição não enxergam um palmo diante do nariz.A equipe americana quê vai entrar em 2016 comprou já a fábrica da Marussia na Inglaterra,isso não é sinônimo de ser incapaz não, é visão avançada na época, de globalização tão propagada hoje em dia.Todos os chefes de equipe da época tinham problemas financeiros para manter suas equipes,e recorriam a ajuda de seus governos para ser manterem.O Chapman,Ron Dennis, Ecclestone e Enzo Ferrari não eram exemplos de homens lícitos em suas negociatas,pelo menos os Fittipaldi foram até quê se prove ao contrário.

Paulo McCoy
Paulo McCoy
9 anos atrás

Só mesmo por iniciativa do GRANDE PRÊMIO esta digna homenagem ao time Fittipaldi/F1 (até porque, a FALTA de notícias à este respeito no site da CBA apenas demonstra um INEXPLICÁVEL descaso da entidade para com a história do esporte). Portanto, parabéns, Flavio.
Dito isso e, descontando-se eventuais e possíveis críticas à revista Veja – que, por sinal, ‘assina embaixo’ rídícula frase de Tom Hanks, algo na linha ‘pessoas ricas não são felizes’ (imensa bobagem… tsc tsc) –, gostaria de sugerir aos interessados no assunto ‘Copersucar’, que consultem o acerto digital da revista: Na capa da edição 565 (04/07/1979), o indício de que algo estava errado: “Jorge Attala: o milagre acabou”. Porém, chama a atenção o desenho do então gestor da Copersucar ao ‘volante’ do F6, sob uma montanha russa formada por… cédulas de dinheiro!

Elton
Elton
9 anos atrás

Concordo com a importância de Emerson, o precursor de tudo, a semente do automobilismo vitorioso brasileiro, mas a Copersucar ser vitoriosa já é demais. Acompanho a F1 desde 1969, primeiro titulo de Jackie Stewart pilotando Matra-Ford ( acho que FG ainda nem fraldas usava nessa época). Vibrei com a 1ª vitória do Rato, a 1ª do Brasil na F1 ajudando a dar o titulo póstumo daquele ano ao inesquecível Jochen Rindt. Ver Emerson campeão mundial de 1982 foi algo indiscritivel. O Campeonato vencido por ele em 1984 era a prova irrefutável de que estávamos diante um gênio, reconhecido internacionalmente numa época em que “Brazil” era sinônimo de Pelé e só. Portanto a mudança para a copersucar em nome de um projeto nacionalista e equivocado foi um dos piores equívocos cometidos no fraco esporte brasileiro. Lembro como se fosse hoje da primeiro e único GP que assisti, Silverstone 1977, com o Emerson passando em 20º lugar, triste, patético e decadente. Ele que poderia ter sido um dos grandes da F1 mas que terminou sua carreira na categoria máxima de forma melancólica, um coito interrompido…Em nome de que? De uma equipe ridícula que enquanto brasileira nada conseguiu e que os únicos espasmos de sucesso ( e isso o FG omite) foi quando mudou a sede para a Inglaterra, contratou todo o seu staff por lá, de projetista a mecânicos passando por técnicos e chefe de equipe. De brasileiro mesmo só o dinheiro sujo usurpado de um povo ignorante e submisso.

Enko
Enko
Reply to  Elton
9 anos atrás

Eltpn: o que voce escreveu só reafirma o que eu comentei sobre o boicote sofrido pela nossa equipe tupiniquim nas terras da rainha.
somente o fato de tentarmos contruir uma equipe de F12 brasileira já foi uma forma de vitória.

Glaucio
Glaucio
Reply to  Elton
9 anos atrás

Em 1978. No segundo lugar de Emerson em Jacarepaguá toda da estrutura da fittipaldi era no Brasil. Ela se internacionalizou (Inglaterra) em 1980 quando comprou a Wolf.
Portanto seu texto não está 100% correto.

Glaucio
Glaucio
Reply to  Elton
9 anos atrás

Em 1980 a equipe ficou na frente da Ferrari..

gustavo giroti
gustavo giroti
Reply to  Elton
9 anos atrás

estranhamente o melhor carro foi re-desenhado pelo studio fly italiano em milão….dinheiro usurpado de um povo ignorante? a copersucar é uma cooperativa de usineiros de açucar, em tese, particular-zíssimo, a unica coisa publica usada foi o tunel de vento da embraer, então estatal….

Roberto Martinez
Roberto Martinez
Reply to  Elton
9 anos atrás

Emerson campeão em 82 e 84 ??? Keke Rosberg e Niki Lauda ririam disso…quanto ao resto, você não entende nada mesmo sobre o que é empreender, ter coragem, enfrentar….claro que o caminho seria depois a Inglaterra, até a Red Bull “austríaca” (Bisneta da Stewart-Ford) e a Mercedes “alemã”(Tataraneta da Tyrrel) estão lá….sem contar a Force “India”… até a ex equipe “francesa” Renault da fase Alonso (Bisneta da Toleman , que virou a “italiana” Benetton), tinha sede na Inglaterra….aprenda um pouco de automibilismo e interpretação de texto…respeite o que os Fittipaldis fizeram…Você já montou algum carrinho de autorama , ao menos ?

Fernando Monteiro
Fernando Monteiro
Reply to  Elton
9 anos atrás

Caramba, você trocou as bolas meu caro: Emerson foi campeão em 72 e 74, em 82 quem levou o caneco foi keke Rosberg e em 84 Lauda.

alan
alan
Reply to  Elton
9 anos atrás

Discordo Elton, seja razoável, veja que é melhor uma equipe brasileira do que nós os ¨da Silva¨ torcermos pruma Ferrari italiana ou outra gringa qualquer, os italianos tem o maior desprezo por brasileiros!!!! Penso que a coopersucar F1 foi uma grande oportunidade perdida, porque nao sei, melhior uma equipe brazuca 100% do que torcer prum massa pau mandado das equipes italianas/inglesas… E melhor uma cooperçucar do que a petrobráis jogar milhoes de dollares sujod usurpados, via corrupção desenfreada e sem escrupulos, da nação brasileira numa equipe como a willians que logo logo vai desprezar o Brasil, que ja assassinou um brasileiro bom de volante….. o que tem de babaca usando boné e camiseta da ferrari nao ta no gibi!!!!!

Mario Souto-Maior
Mario Souto-Maior
Reply to  Elton
9 anos atrás

A ignorância é uma merda…Esta equipe trouxe mais tecnologia para o Brasil durante a sua existência do que qualquer outra empresa. E de onde você tirou este papo de “dinheiro usurpado do povo” ? E ainda se diz “entendido” de automobilismo. Se você não sabe, o orçamento da equipe era muito baixo, até para os padrões da época, a VW do Brasil, gastava o dobro somente em propaganda, e a copersucar nunca foi do governo. Mania de se achar espertalhão e sai falando merda….

Razor
Razor
Reply to  Elton
9 anos atrás

Acho que o Sr. Elton já está dando sinais de senilidade… memória já falhando…mudou as vitórias do Emerson para a década de 80… Triste.

Quanto ao “dinheiro sujo usurpado de um povo ignorante e submisso”, ele não sabe de NADA, inocente…
Copersucar, Skol, Sal Cisne, são todas EMPRESAS PRIVADAS, o dinheiro do patrocínio saiu do caixa delas, não dos impostos pagos pelo povo. ESSE sim, um dinheiro usurpado por governos vários que não devolvem nenhum serviço, escolas, segurança, hospitais ou o que for para a população.
Na verdade, os Irmãos Fittipaldi saíram falidos do sonho da F-1.
Lamentável que um sujeito desinformado como esse Sr. Elton tenha coragem de tentar enlamear a história gloriosa do nosso maior piloto de todos os tempos.
Mas taí, Sr. Elton…ganhou seus 15 segundos de fama…lambuze-se!

Andre
Andre
Reply to  Elton
9 anos atrás

Emerson campeão em 82 e 84?

Alem disso nenhum equipe de F1 prospera fora da Inglaterra, a terra do automobilismo. Exceção feita à Ferrari.

Até a Mercedes tem sede na Inglaterra

Roberto Fróes
Roberto Fróes
Reply to  Elton
9 anos atrás

Deve ser corintiano…

Paulo F.
Paulo F.
Reply to  Elton
9 anos atrás

Já tomou seu remedinho tarja preta hoje?

Carlos Roberto da Silva Junior
9 anos atrás

A ideia foi bacana, mas os Irmãos Fittipaldi se precipitaram na construção do carro brasileiro pulando etapas do desenvolvimento estrutural da equipe. A estreia do Wilsinho na Argentina 1975 com a batida e incêndio foi o prenúncio de um inferno astral que a equipe teria nos próximos sete anos seguintes. O Emerson que seria o salvador da pátria acabou trazendo uma pressão infernal pra sua própria equipe em fazer um carro competitivo num curto prazo, mas os Irmãos Fittipaldi tinham ideia de um longo prazo, e no Brasil longo prazo tem limites. A Copersucar foi um fiel patrocinador patrocinando a equipe por cinco anos na pista, só que em 1979 com o fracasso do F6 que não passou de uma carroça na pista tudo foi por água abaixo deixando de patrocinar a equipe com razão depois desse último investimento caro. A Skol em 1980 com um orçamento de Um Milhão de Dólares patrocinou a equipe com vergonha porque tinha a imagem do fracasso, só que a Skol acabou rompendo o contrato saindo mesmo pagando uma multa. Os Irmãos Fittipaldi fecharam as portas da equipe falidos e praticamente nus com a mão no bolso, e o Wilsinho ainda disse que valeu a pena. No Brasil e para a imprensa do Brasil só vale ganhar e ganhar, ser campeão e ser campeão, e se não for isso não passará de uma completa incompetência e fracasso. E por esse vício da vitória e do campeão que o Autódromo do Rio acabou desaparecendo do mapa.

gustavo giroti
gustavo giroti
Reply to  Carlos Roberto da Silva Junior
9 anos atrás

salvo engano o patrocinio para 1980 da skol era de 1,5 milhões de dolares, as equipes de ponta eram de 6 milhões! a skol saiu porque foi adquirida pela brahma que não queria mais participar, rola uma historia que a skol européia barrou, mas não consigo confirmar! tenho até uma foto do black sabath na inglaterra com a propaganda (em amarelo) da skol num out-door

Carlos Roberto da Silva Junior
Reply to  gustavo giroti
9 anos atrás

Se você sabe dessa história tudo bem, mas eu estou falando o que eu li entre internet e revistas passadas num orçamento entre 1 milhão e 7 milhões de dólares para as equipes menores e maiores da época que no caso foi 1980. Esse orçamento de 1,5 milhão da Skol já estava estourado, tanto que o Fittipaldi F8 que estreou na Inglaterra 1980 não foi desenvolvido o suficiente por falta de grana, e o Emerson resolveu deixar a F1 naquele ano depois da saída da Skol.

Jonny'O
Jonny'O
9 anos atrás

Tive a sorte de poder torcer e muito neste período, e como torcia pela Copersucar e vibrava a cada novo e maravilhoso modelo, alias, o pior deles o F6 foi o que mais tempo passei olhando nas fotos e sonhava em ver este carro que seria vencedor “com certeza” ,afinal era o carro mais belo de todos os tempos,seria o melhor também , na imaginação de uma criança.

O resto é tudo historia contada e recontada….nunca me canso de ler em revistas ,blogs e em post em face …ou em qualquer lugar que encontre.

Agradeço imensamente a todos os Fittipaldi ……a chance de sonhar ,torcer e vibrar …….sensacional e inesquecível!

RobertoM
RobertoM
9 anos atrás

Se o Dereck Warick fosse piloto da Copersucar, a equipe teria conquistado melhores resultados….

Robertom
Robertom
Reply to  RobertoM
9 anos atrás

Além de tentar usurpar meu usuário e escrever besteira, também errou o nome do cara, é Derek Warwick…

Ingo Hoffmann
Ingo Hoffmann
9 anos atrás

Realmente a grande maioria dos Brasileiros, não entendem a importância que a equipe Copersucar teve aqui no Brasil. O Wilsinho, foi realmente um cara de muita coragem e determinação, para peitar um projeto deste. O Emerson na sequencia veio para a equipe, deixando de pilotar a McLaren em 1976, carro que levou o James Hunt ao titulo mundial.
Em breve inclusive vai ser lançado pela Trax (fabrica de modelos de carros de corrida), uma réplica do carro que pilotei em 1975.

http://www.trax-models.co.uk/index.php?_a=viewProd&productId=12378

Enko
Enko
Reply to  Ingo Hoffmann
9 anos atrás

Salve Ingo: tenho certeza que muitas miniaturas desta serão colocadas em estantes. muito linda.
Tive o prazer de contribuir para a montagem de seu omega de stock car através de minha extinta loja de peças.
hoje trabalho com um cara que foi seu mecanico e motorista de sua carreta. o nelson martinelli e ele sempre fala do tempo em que trabalhou contigo.

LUIS FELIPE
LUIS FELIPE
9 anos atrás

UMA EPOPÉIA… FANTÁSTICA A SUA HISTÓRIA…Só acho que o Emmo podia ter iddo para lá um pouco mais tarde, e nao no imediato praticamente havia sido campeão do Mundo

Julio Cesar Gaudioso
Julio Cesar Gaudioso
Reply to  LUIS FELIPE
9 anos atrás

Luiz, a ideia inicial era o Emerson ir para a própria equipe mais tarde, com ela consolidada. Sair de equipe de ponta para outra igual, seguindo modelo do Jack Brabham, o qual era piloto da Cooper enquanto Dan Gurney desenvolvia o carro, por isso a primeira vitória da Brabham veio com o norteamericano. Só que a pressão foi grande demais. Ou Emerson pilotava o Coopersucar ou a grana acabava. Momento errado, como tentativa de salvar a equipe e a carreira fulgurante do Rato começava a declinar.

Enko
Enko
Reply to  LUIS FELIPE
9 anos atrás

a ida dop Emerson para a equi,pe foi uma exigência DA COPERÇUCAR, ou ele ia ou não haveria renovação do patrocinio.
a história toda está em um livro que conta a saga do clã Fittipaldi.

Brabham-5
Brabham-5
9 anos atrás

Olha aqui um Fittipaldi F1 na pista em 2013…

https://www.youtube.com/watch?v=LQaNuJmGt_c

Brabham-5
Brabham-5
Reply to  Brabham-5
9 anos atrás

F1 Fittipaldi Copersucar F5A

Brabham-5
Brabham-5
Reply to  Brabham-5
9 anos atrás
Dú
9 anos atrás

18 de novembro, galera matou aula e fomos para Interlagos.

Mello
Mello
9 anos atrás

Se compararmos o desempenho da Copersucar com o de algumas gringas mais recentes (Hispania, Caterham, Marussia, Forti Corse, Simtek, Pacific, Jaguar e Toyota) ela foi bem demais.
Sim, vida longa à Copersucar!

gustavo giroti
gustavo giroti
Reply to  Mello
9 anos atrás

para vc ter ideia, muitas equipes com muitos mais grana deixaram a f-1 quando os gastos se tornaram exponenciais, por ex. a alfa-romeo, que tinha uma montadora por trás….

Celio Ferreira
Celio Ferreira
9 anos atrás

Eu vi ao vivo em 1976, Emerson e Ingo pilotando os Copersucar Fittipaldi,
no GP Brasil de F1 daquele ano , e cá pra nós eram lindos de morrer os \Fittis
prateados . È ja fazem 40 anos estou ficando velho mas desde 1970 adoro
a F1. FG belo texto em homenagem a quem merece.

alan
alan
9 anos atrás

NEM ACREDITEI!!!!
JURO QUE NÃO ENTENDI. FG ELOGIANDO A ¨DITA-DURA¨??????
mas gostei!!!!
quem sabe numa proxima FG elogiara FHC!!!!

ABRAÇOS AO MEU QUERIDO FG!!!!!!

Carlos Pimenta
Carlos Pimenta
9 anos atrás

Não tenho certeza me corrijam se estiver errado, uma vez vi o Wilsinho falar que quando eles finalmente alinharam os carros, em 3º e 4º no grid, justamente ali a grana acabou. Ou seja, os caras conseguiram.

jefferson
jefferson
Reply to  Carlos Pimenta
9 anos atrás

Pouco depois do lançamento do F9 em 1982 , eles estavam endividados e quase sem dinheiro foram para o GP de Las Vegas e nos treinos Chico Serra rodou e nao se classificou , acabava ali a historia da fittipaldi nas corridas, no final do ano de 82 Wilson fittipaldi do Brasil ligou para Emerson na Inglaterra e disse para fechar a fabrica e dispensar os funcionarios , pois o dinheiro havia acabado,

gustavo giroti
gustavo giroti
Reply to  Carlos Pimenta
9 anos atrás

foi um espasmo: na inglaterra em 82, estreía do f-9, chico serra sai do 21º lugar e passa na 1º volta em 14º, na 2º volta em 13º, passar 8 carros em 2 voltas era um mjilagre! chico serra sempre largou bem 9ao contrario de emerson, talvez por entender que ali residia sua melhor chance) e depois quebra….foi um espasmo, a memória do wilsinho nunca foi das melhores! melhor grid da equipé foi brasil 76 em 5º! depois vem tres 6º: canada 78, austria 78 e canada 80 com keke…em 7º por outras tres vezes: monaco 76, eua 77, brasil 78….tiveram dois 8º: alemanha 80 e argentina 81, ambos com keke….

Fabio
9 anos atrás

É, Flavio Gomes, essa coisa da imprensa é verdade. Mas é verdade também que a torcida brasileira gosta de andar na contramão. Basta um veículo (ou profissional) de imprensa “empunhar uma metralhadora” que rapidamente junta um bando de comparsas, oriundos da torcida. Vira quase uma facção.

Rodrigo - CPQ
Rodrigo - CPQ
Reply to  Fabio
9 anos atrás

Fábio, nem precisa mais de “profissional empunhar uma metralhadora”. Vá em qualquer reportagem, sobre qualquer assunto, e veja “internautas” despejando ódio e frustração em cima do sujeito, seja ele qual for. É impressionante.

Flavio Pugliese
Flavio Pugliese
9 anos atrás

Ah…década de 70!!!! Interlagos, sábados, domingos, Quando não tínhamos Super Vê, com Nelson Piquet, Alfredo Guaraná, Marcos Troncon, tínhamos moto! Tz 350 – Jacaré!!! Ramon Macaya. E de quebra… a formula 1: nela o Copersucar a esperança de ver todo sucesso das vitórias de Emerson em uma equipe e em um carro feito por brasileiros no Brasil. Era um sonho. E como sonho fica só na lembrança. Gostei muito da matéria. Grande Copersucar! Grandes tardes de Interlagos!

sinval
9 anos atrás

seria eu muito suspeito
comentar algo negativo
sobre o F1 Nacional,
seja copersucar ,
seja fittipaldi.
minha admiraçao ,
e paixao por esta F1,
é incomparavel.

quanto alguns falam que foi
um fiasco, o que dizer das
equipes medias de hoje na F1
se compararmos resultados
guardando as devidas proporçoes.

e que seja sempre glorioso o copersucar fittipaldi

José Brabham
José Brabham
9 anos atrás

A mídia e o público brasileiro continuam os mesmos da época dos “Cospeaçūcar”. Vide o massacre que ambos VICECAMPEOES MUNDIAIS, Felipe e Rubens, sofrem e sofreram.

Vitão
Vitão
Reply to  José Brabham
9 anos atrás

povo medíocre, torcida medíocre, imprensa semelhante . Nada pode diferenciar . Queria ver esse bando de asnos fazer um milésimo do que a equipe fez, mesmo considerando as idiossincrasias dos irmãos . Povinho de merda.

pedro araujo
pedro araujo
Reply to  Vitão
9 anos atrás

exatamente. o brasileiro (imprensa e publico em geral) nao merece os empreendedores (fittipaldi, gurgel, mesmo santos dumont) que temos ou tivemos..
eus primeiros contatos com a f1 foi bem moleque, assistindo a coopersucar/fittipaldi. ja na época me enojava os comentarios depreciativos sobre a equipe.

Seinfeld
Seinfeld
Reply to  José Brabham
9 anos atrás

Esse são “massacrados” pela bundamolice de suas posturas e não pelos resultados.
Tem piloto brasileiro que entrou-saiu da F1 e tem o respeito da maioria de quem acompanha a F1.
Um exemplo? Roberto Pupo Moreno.

José Brabham
José Brabham
Reply to  Seinfeld
9 anos atrás

Não sei se podemos comparar. Pupo Moreno é desconhecido por 99% dos brasileiros. Nunca esteve em evidência suficiente na F1 para dar IBOPE aos urubus de plantão.

TOM
TOM
Reply to  Seinfeld
9 anos atrás

Assino embaixo,falou tudo

Seinfeld
Seinfeld
Reply to  Seinfeld
9 anos atrás

Roberto Pupo Moreno é conhecido sim POR QUEM GOSTA E SEMPRE ACOMPANHOU A F1.
Foi companheiro de Piquet na Benneton e inclusive dividiu pódio com o tricampeão. Na sua época, estava em evidência para o torcedor brasileiro quem acompanhava a F1.
Só não sabe ou não lembra quem foi Pupo Moreno na F1 quem só assistia a F1 por causa de um determinado piloto que usava o boné do banco Nacional. Mas esses são tietes de uma personalidade, não amantes de F1. Aí concordo, com você, uns 90% da audiência “global”, infelizmente.

Paulo F.
Paulo F.
9 anos atrás

Coragem do Jorge Wolney Atalla!

Julio Cesar Gaudioso
Julio Cesar Gaudioso
Reply to  Paulo F.
9 anos atrás

Acreditou e botou um caminhão de dinheiro no projeto. Com toda a pressão da mídia e do público, não pode justificar para os demais sócios a manutenção do apoio financeiro. Com a crise na segunda metade dos anos 70, isso ficou impossível.

gustavo giroti
gustavo giroti
Reply to  Julio Cesar Gaudioso
9 anos atrás

botou um caminhão sim, mas era o mesma grana que veiculara nos intervalos da copa de 1974….alguem lembra de alguma propaganda de alguma copa? o copersucar no carro será inesquecível!

Britto
Britto
9 anos atrás

Se a imprensa não ajudava, a torcida torcia muito! Foram momento muito legais de acompanhar. Acho que em 1979, eu tinha 16 anos e um amigo foi trabalhar na Coopersucar lá na Faria Lima, como office-boy. Ele era meio “paiero” e não acreditei. Pois me convidou para acompanhar os funcionários na festa de Natal que a empresa deu, numa concessionária dos Fittipaldi em Limeira. O Emerson sentado lá na frente com a família, parecia até o Papai Noel… Peguei autógrafo e tudo.

gustavo giroti
gustavo giroti
Reply to  Britto
9 anos atrás

opa, coloque o autografo pra gente ver,….o que é paieiro?

Renato de Mello Machado
Renato de Mello Machado
9 anos atrás

Nada de novo no front.Os artistas,jornalistas,cantores,o quê eram formadores de opinião,eles faziam patrulha diária contra tudo na época.Hoje a situação tá muito pior não temos educação,pós 1985 temos uma geração perdida,sem freios,só drogas e baladas,e cadê a rapaziada? Viraram ministros,embaixadores,presidentes,não cantam mais,não criticam.A família Fittipaldi meus sinceros agradecimentos pelos seus feitos,são lendas.

Fernando Monteiro
Fernando Monteiro
9 anos atrás

A propósito, a imprensa brasileira não mudou nada de lá para cá….

José Brabham
José Brabham
Reply to  Fernando Monteiro
9 anos atrás

Exatamente

Virgo
Virgo
9 anos atrás

“Longa vida à Copersucar”! E honra e glória a quem merece…sempre.

Fernando Monteiro
Fernando Monteiro
9 anos atrás

Eu estava lá no Rio, no meio daquela gente toda, em 1978 vendo aquele Gp. Maravilhoso. Outros tempos…

José Brabham
José Brabham
Reply to  Fernando Monteiro
9 anos atrás

Eu vi na TV. Torci feito um doido.

BELLISSIMO
BELLISSIMO
9 anos atrás

Feliz ano novo a todos do Blog.
Parabéns Flávio, é sempre bom recordar essa iniciativa inovadora, corajosa e vencedora sim dos irmãos Fittipaldi. Eu tenho paixão por essa equipe. É bom lembrarmos que alguns magos da F-1 atual passaram pela Copersucar/Fittipaldi, Adrian Newey, foi um deles. Sempre foi difícil se manter na F-1, a própria Willians e Mclaren amargaram muitos momentos difíceis já estiveram às portas da falência no período que a Equipe Copersucar/Fittipaldi viveu. Guardo aquele diário “Lance” com carinho e tudo que se refere à equipe Copersucar/Fittipaldi.
Grande abraço Flávio, Feliz ano novo!

Julio Cesar Gaudioso
Julio Cesar Gaudioso
Reply to  BELLISSIMO
9 anos atrás

Quando a equipe conseguiu um carro competitivo, iniciou-se a era dos carros asa. Se o F-6 foi uma decepção, o mesmo deve ser dito da McLaren M28. Essa só não fechou por que tinha o status de bi campeã mundial , devido ao Emerson e ao Hunt, na vaga deixada pronta pelo Rato. Aliás, no final era mais difícil conseguir lugar no grid com McLaren que de Fittipaldi.
E, se pensarmos bem, a McLaren (Teddy Meyer) fechou bem antes da Fittipaldi. Em 1980 a McLaren International foi VENDIDA para a PROJECT FOUR de Ron Dennis (ex Rondel) e John Barnard. Como o patrocinador das duas equipes era o mesmo (Marlboro) e a McLaren bem conhecida e tradicional, ficou resolvido manter esse nome na nova empresa. Até hoje a sigla MP4 está valendo.

Mario Mesquita
Mario Mesquita
9 anos atrás

Boa! O F5A é um dos meus F1 favoritos, junto com o Tyrrel P-34, Ligier de 1978, Lotus asa do Andretti campeão, a Benneton tubarão do Piquet…

Bons tempos.

APM
APM
9 anos atrás

Flavio,
Eu lembro dessa matéria no Lance. Eu comprei o jornal por anos apenas pela cobertura da F1. Quando a Dana terminou o trabalho, entrei em contato com eles e recebi sem custo algum um dvd com vídeos e fotos da história da Copersucar e vários adesivos do beija-flor estilizado, logomarca da equipe. Não viesse carro ao vivo mas sempre fui fã desse trabalho que não foi um fiasco. Vida longa aos Fittipaldi e a Copersucar.

Minoru
Minoru
9 anos atrás

Como já comentei em outros t[opicos, volto a dizer que esses dois carros reconstruídos pela Dana e pintados “ao gosto do cliente patrocinador” não representam para mim aqueles carros que competiam sob o nome Copersucar, hoje propositalmente relegado ao esquecimento pelos Fittipaldi, e que era o patrocinador oficial e dava o seu nome à equipe.

Pena que nem quando há a intenção de se preservar a história por estas bandas ela venha de forma capenga e corrompida… se todos fossem assim, o acervo da McLaren já teria alterado o próprio carro do Emerson e não o conservado com os seus patrocinadores originais, Marlboro, Texaco e Goodyear, os quais não tem mais nenhuma relação com a atual equipe e, nem por isso, foram expurgados “stalinisticamente” das respectivas carenagens como os Fittipaldi fizeram.

Para mim isso não é conservar a História, é deturpá-la!

Julio Cesar Gaudioso
Julio Cesar Gaudioso
Reply to  Minoru
9 anos atrás

Concordo plenamente, Minoru. Mesmo com meu encanto pelo FD 01, fiquei decepcionado pela não inclusão do principal patrocinador da época e que dava o nome ao carro; FD 01, FD02, FD 04 eram os modelos do carro Coopersucar, fabricado pela Fittipaldi Empreendimentos. Em museologia isso é um pecado. Se isso fosse certo, o Paulo Trevisan teria MUUUITO trabalho alterando as pinturas de veículos do Museu do Automobilismo Brasileiro, apenas porque mudou o patrocinador de um restauro. Um contra-senso museológico.

Julio Cesar Gaudioso
Julio Cesar Gaudioso
Reply to  Julio Cesar Gaudioso
9 anos atrás

E completo dizendo que isso fere claramente as Cartas Patrimoniais do ICOMOS (Conselho Internacional de Monumentos e Sitios), ligado a UNESCO.

Copersucar Fittipaldi
Reply to  Minoru
9 anos atrás

Minoru aconselho uma visita á pagina do Facebook onde se conta a historia da Fittipaldi F1,
A historia de os carros não tem o nome copersucar foi la bem explicada e foi por nõs pagina conferida junto do pessoal da Copersucar.
Ao contrario do que foi passado por certas pessoas e vc sabe que uma mentira contada muitas vezes vira verdade, a DANA não pediu dinheiro pra colocar o nome copersucar , foi pedido sim uma ajuda no sentido de agilizar certas coisas que estavam dificieis , e a resposta foi negativa dos diretores da copersucar .. nao autorizando o nome nos carros com a mensagem de era uma época ultrapassada e para esquecer. Quando assim é uma companhia como a DANA não iria contra ao que outra companhia lhe pedia… agora tem certas pessoas que acham e querem que todos achem que foi por dinheiro que o nome não foi colocada.. bom quanto a isso nada a fazer……

MInoru
MInoru
Reply to  Copersucar Fittipaldi
9 anos atrás

Caro anônimo Copersucar:

Acho que seria ingenuidade de minha parte – ou da sua – achar que não me informo sobre o assunto.

A minha questão e opinião é apenas uma:

Se é para se reproduzir a história, que seja fiel e faça a coisa do jeito certo, e o jeito certo sabe qual é?

É só pegar as fotos de época que todos se acharão no jogo dos sete erros, apenas isso… e engraçado que o F5A que corre na Inglaterra na mão de um piloto privado inglês, que teve mais consciência histórica do que nós mesmos em conservar a originalidade do carro, ao contrário do nosso que do jeito que está não pega PP!

gustavo giroti
gustavo giroti
Reply to  Minoru
9 anos atrás

mas foi a copersucar que vetou a colocação do nome dela no carro restaurado!

pelo que sei, a dana quis colocar, mas eles alegaram que não se interessavam mais pelo assunto!

MInoru
MInoru
Reply to  gustavo giroti
9 anos atrás

Não me venha com essa estória de “veto” porque isso já é HISTÓRIA e história não se muda!

Se fosse assim, se a Campbell hoje decidisse que o seu nome não pudesse ser exposto no famoso quadro pintado por Andy Warhol em 1962 iriam colocar tarjas sobre ele??? Talvez isso fosse possível em 1962 mas hoje não porque simplesmente é HISTÓRIA!

Outro exemplo é que no Museu de Guerra Imperial, que fica em Londres, possui uma vasta coleção de veículos e aviões da 2a Guerra Mundial de ambos os lados do conflito e por acaso eles “borraram” a suástica nazista da cauda dos aviões por ser um símbolo “banido” no Ocidente?

Claro que não, por que neste caso seria adulterar a História!
http://sv.wikipedia.org/wiki/Fil:Imperial_War_Museum_Plane_2.jpg

Razor
Razor
Reply to  Minoru
9 anos atrás

Entendo seu comentário e concordo plenamente com sua posição. Mas na verdade a Copersucar negou autorização à DANA para aplicar seu nome nos carros reformados.
Infelizmente, a diretoria da cooperativa ainda está nos dias em que a Equipe era motivo de chacota; ainda não acordou para a realidade que hoje a epopéia dos Irmãos Fittipaldi é um motivo de orgulho para os brasileiros.

Aliás, a DANA teve muitas dificuldades na restauração do FD-01, inguém que poderia oferecer alguma coisa ajudou…

MInoru
MInoru
Reply to  Razor
9 anos atrás

Ressucitarem desses carros foi mérito exclusivo da Dana, que acreditou nesse projeto e isso é incontestável.

Agora volto a bater na tecla que a Copersucar poderia falar e reclamar se fosse referente a algo novo, mas neste caso em que se trata de uma reprodução histórica de uma fase do nosso Automobilismo não cabe a ela decidir nada, pois faz parte da História, ela láááá atrás escolheu apoiar e patrocinar essa empreitada em 1974; isso é de conhecimento público assim como é também de conhecimento público que houve uma equipe de nome Copersucar-Fittipaldi de Fórmula Um, que correu entre 1975 a 1979, tendo sido documentado em fotos e vídeos e cuja marca estampava laterais e spoilers dos seus carros prateados e depois amarelos, que participaram de tantos GP’s pelo mundo, então quer dizer que reproduzir isso agora virou crime?

Pode dar processo? Estão envergonhados?

Contem outra, pois para mim tudo isso é como dizia o meu saudoso sogro, “aí tem gato na tuba…”

Nilton Camargo
Nilton Camargo
9 anos atrás

Flávio

O caras eram visionários, esse carro tinha o motor totalmente carenado, solução que só viria a ser adotada na F1 muitos anos depois.

Gilmar Milezzi
9 anos atrás

Acompanhei a aventura da família Fittipaldi com a alegria e a inocência de um menino que compreendia o tamanho daquela façanha, de construir um F1 brasileiro. Ufanismo à parte, torci muito pelo sucesso de deles e, depois, vi com uma tristeza imensa o sonho acabar. Apesar disso, o FD-01 (e todas as outras versões) se integrou definitivamente às minhas memórias afetivas da F1, de um tempo em que fazia todo o sentido ficar com os olhos grudados na TV nas manhãs de domingo em que havia um Grande Prêmio sendo disputado por aqueles malucos, que pilotavam suas banheiras cheias de gasolina, aparentemente sem se importar com o risco que corriam.

The Ugly Duckling
The Ugly Duckling
9 anos atrás

Eu ainda me lembro daquele segundo lugar. Era inacreditável ver como aquele carro amarelo passava todo mundo sem tomar conhecimento.
Mas como diria o poeta, “no caminho tinha um Reutemann, tinha um Reutemann no meio caminho”.
Fica a bela recordação e a impressão de que o sonho era possível. : )

gustavo giroti
gustavo giroti
Reply to  The Ugly Duckling
9 anos atrás

….e era o f-5A reserva….o f-5a titular teve um problema na manhã do domingo!

Tevez
Tevez
9 anos atrás

E que aqui se não for campeão do Mundo na primeira temporada nem sendo Vice escapa…Pelo que sei os Fittipaldi quase se quebraram se a cornetagem fosse menor quem sabe até hoje existia a escuderia….

Enko
Enko
9 anos atrás

bons tempos, boas lembranças, tive dois amigos que lá trabalharam: o Damião e o Giuliano Contrucci.
A equipe foi pioneira no uso de uma sala chamada piso comparativo, ( o Damião comentou com o Wilson que na VW tinha uma e o Emerson ao conhecê-la mandou construir uma igual.
No final um presidente que gostava mais de cavalos que de gente, acabou dando o patrocínio do café do Brasil para o Raul Boesel andar de ligier deixando os irmãos com o pires na mão, tremenda falta de patriotismo.
a equipe faliu, o Emerson ficou proibido de entrar na Inglaterra ´pois seria preso; sabem quem pagou a dívida da equipe? Sir Frank Willians, para espanto do próprio Emerson que só veio saber anos depois quando foi convidado para fazer uma dessas corridas clássicas.
O Emerson foi muito boicotado na Inglaterra no que se refere a motores, tanto é que passou a revisá-los na Italia pelos irmãos Pedrazzani.
Caro Flavio:semana passada vi uma nota de falecimento do piloto Jean Pierre Beltoise, lembro de quando ele ganhou Monaco na chuva com BRM.
lembrotambeém da irresponsabilidade do mesmo em 73 na Argentina c0rrendo de marcas empurrando seu carro pela pista em zig-zag. foi atingido em cheio pelo Ignacio Giunti, (menio dos olhos do comendador Ferrari), matando-o instantaneamente.
fica aqui o registro.

Paulo César_PCB
Paulo César_PCB
Reply to  Enko
9 anos atrás

Piso comparativo ? Como funciona ?

Não seria mesa comparadora ?

Enko
Enko
Reply to  Paulo César_PCB
9 anos atrás

Paulo Cesar, segundo o Damião Goes Pigo que lá trabalhou e apresentou o piso para o Emerson, era uma sala com temperatura controlada e piso milimetrado onde se faziam as medições e correções necessárias no projeto.
coloquei com esse nome pois não me lembro do nome real.

gustavo giroti
gustavo giroti
Reply to  Enko
9 anos atrás

bom, o café do brasil também patrocinou a equipe em 1982, depois dos irmãos fitrti reclamarem bastante e botrar a boca no trombone da ajuda do figueiredo ao boesel….mas eles foram além, ofereceram um segundo carro ao boesel (e ao figueiredo) para vir com a verba cheia, imaginem se junta a grana do café do brasil que já estava garantida aos fitti com a da compra da vaga de boesel, iria ser um orçamento razoável!!!! eles tambpem esperaram uma patrocinio da avia international (petrolifera suiça, em que pese dizerem por aí que é alemã….e essa é a união de pequenas petroliferas européias, salvo engano 14 delas, uma copersucar de gasolina europeia) para 1981 que por poouco não rolou, se emerson tivesse feito como frank williams que piuntou um carro com patrocinio dos arabes durante a negociação, os arabes estavam indecisos e quando viram o carro pintado assinaram na hora….não me recordo do frank pagar as dividias do emerson, o que foi noticiado que eles quitaram tudo em 1986 com a grana de emerson, agora piloto da indy e com grana da produção da fazenda de laranja, em dezembro de 82 (3 meses depois do fechamento da equipe) teve uma geada enorme na flórida, encarecendo o produto e provocando a alegria dos produtores brasileiros….dizem que o wilsinho tomou um porre de tão alegre que estava na virada do ano de 82/83

gustavo giroti
gustavo giroti
Reply to  gustavo giroti
9 anos atrás

no livro do eduardo correa, parece que a divida total em setembro de 82 era de 7,2 milhões de dolares, (imagino se atualizasse esse valor). Parte das dívidas, segundo Wilsinho, era com fornecedores e funcionários ingleses, e foi paga com a venda dos carros e equipamentos que estavam na sede da equipe na cidade de Reading. “Mas o grosso do dinheiro que devíamos deveria ser pago a bancos aqui no Brasil”, explica. “Vendemos um monte de coisas e ainda ficamos devendo. Demorou uns cinco anos para pagarmos tudo.”

Douglas
Douglas
9 anos atrás

Belo texto!

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
9 anos atrás

Eu vi… os carros em corridas e treinos. Era muito dura a vida deles. O que o Rubinho sofreu com a gente (torcedores e midia) não é nada quando comparado ao que os Fittipaldi sofreram.

Era um verdadeiro “Gol da Alemanha” todo dia.

Julio Cesar Gaudioso
Julio Cesar Gaudioso
Reply to  Ricardo Bigliazzi
9 anos atrás

Com o massacre da imprensa, continuamente criticando e ridicularizando, o patrocinador ficou pressionado. Depois de todos os ótimos anúncios de página inteira, ser sinônimo de ridículo e fracasso e ter a marca Coopersucar associada ao que não dá (dava) certo no Brasil, não tem como o patrocinador não pressionar a equipe. A solução mais simplista foi antecipar a entrada do Rato, só que ao invés de aliviar, só aumentou a responsabilidade e a pressão. Tivessem a chance de trabalhar com calma os resultados viriam, certamente. Demora para fazer um bom carro de corridas, mesmo na Europa. No Brasil não tínhamos uma indústria voltada para as competições; nem usar a “roda inglesa” para curvar as chapas os técnicos brasileiros sabiam, limitando as possibilidades de formato do chassis. A curva de aprendizado foi assombrosa! Com o tempo, nosso pessoal mostrou resultados mas, quando o conjunto estava maduro, já era tarde de mais. O massacre da mídia nos fez perder “o bonde (ou o trem) da história” da F1.

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
Reply to  Julio Cesar Gaudioso
9 anos atrás

Vivemos isso, o que mais me amargurava (para não dizer “me deixava puto”) era ver o Emerson sem condições de lutar por Vitórias.

Não é a toa que o pessoal da antiga curtiu muito o Emmo na Indy. Se Ele fez tudo o que vimos na Indy fico apenas a imaginar o que Ele não poderia ter feito na F-1 entre os anos de 75 e 80.

Segue o jogo. Tenho certeza que a midia e o publico em geral não aprendeu nada com o que se passou com os Fittipaldi e os “Copersucar”.

Pergunta do dia: Se fosse hoje em dia como a Rede Globo iria falar o nome da Equipe? Seria “Fittipaldi Automotive”?

Abraço

antonio stricagnolo
antonio stricagnolo
9 anos atrás

Seguindo a dica de um parente da mulher do Emerson fui com uma turma ver um desses primeiros testes do carro em Interlagos,lamentavelmente naquele tempo fotografar era previlegio de poucos.
A difamação da equipe e do carro era amplamente cultivada por varios meios de comunicação,tinha programa humorístico com quadro semanal com direito a carro e tudo,não lembro se era um Formula V pintado a caráter ou alguma coisa cenográfica.

Alex
Alex
9 anos atrás

A imprensa atrapalhou muito a Copersucar. Apesar disso, as revistas especializadas já contavam com gente muito boa. Roberto Ferreira e Fernando Del Corso, na Quatro Rodas faziam os textos mais legais que vi até hoje. Quem quiser um exemplo, vá até o acervo digital da QR, na edição de outubro de 1978, cobertura do GP da Itália para ter uma idéia do que estou falando. Aliás, alguém sabe que fim levaram esses dois?

Paulo César_PCB
Paulo César_PCB
9 anos atrás

“…a Copersucar já era, destruída pela mídia sem dó, nem piedade.”

E pelos humoristas ( na época) da rede Globo também.

Rodrigo Mattar
Rodrigo Mattar
Reply to  Paulo César_PCB
9 anos atrás

O Planeta dos Homens, a.k.a Jô Soares, Max Nunes, Haroldo Barbosa e Hilton Marques, demoliam a Copersucar num quadro da chamada “Rádio Cruzeiro”. Como o programa tinha (muita) audiência… aí já viu. Outra coisa: a própria Globo cansou de não transmitir corridas nos anos 70.

Clayton Moura Belo
Clayton Moura Belo
9 anos atrás

Camarada Gomov!!! Antes de mais nada, feliz 2015, com muita saúde, paz e realizações, nesta ordem (nada de cólicas renais, continue com o sucesso deste blog e adquira mais uns “clássicos” para o futuro museu)! Vou comentar os dois posts em um só. Primeiro: acompanhei, via mídia, toda a trajetória da equipe dos irmãos Fittipaldi e, infelizmente, não foi só a (despreparada) mídia futebolístíca-placaresca que costumava escrachar o Copersucar… Muitos da mídia automobilística, alguns até que já não mais estão nesta dimensão, satirizavam carro-piloto-equipe como se a tecnologia para construir um F1 fosse tão simples quanto construir um buggy com chassis de VW! Mais ainda, não ressaltavam que equipes como Williams, Brabham, Surtees, Ensign, Renault e outras investiam 4 ou 5 vezes mais que a equipe brasileira e conseguiam, no máximo, resultados equivalentes aos dela… E por aí foi. Hoje, com o Brasil não vencendo no automobilismo mundial, o mais rico grupo de mídia brasileiro terceiriza o caderno “Carros”… Eu me pergunto: durante quantos anos os franceses e alemães investiram em tecnologia para serem campeões do mundo (pilotos Alain Prost e Schumacher; carros Renault e Mercedes)??? Eu costumo dizer sempre: se nosso país quiser ter o desenvolvimento que merece (ou que sonhamos) é hora de investirmos mais em Engenheiros do que em, p.ex., políticos! China, Índia e Coréia do Sul eram quase nada há 40anos… e, nós, éramos o “país que vai prá frente”, “o país do futuro”, “90 milhões em ação”!!! A sensação que tenho é a de que fomos uma geração perdida. Mas, continuemos pensando positivo, ao menos! E quanto a Fórmula-E, realmente espero que se torne um sucesso. Não creio que vá superar, ao menos por enquanto, a F1. Mas é fantástico ver excelentes pilotos preteridos pela F1, correndo em condições de igualdade entre si. Se existe fórmula para o sucesso, a Fórmula-E já a encontrou (seu trocadilho foi melhor…kkk…). E, finalmente, é mesmo de arrepiar ver o Nicholas Prost de capacete e balaclava: joga a gente lá pros anos 80. Falou, FG e, mais uma vez, ótimo ano a todos que fazem este blog!!!

Julio Cesar Gaudioso
Julio Cesar Gaudioso
9 anos atrás

Como escrevi ainda hoje no post sobre a Petrobras, a cobrança sobre a equipe foi gigantesca, a ponto dos técnicos da qualidade do Divila, Itoh, Darci etc, passarem mais tempo tendo de dar explicações do que se concentrar nas soluções necessárias para os carros. Se nem Emerson foi poupado (como piloto) por pilotar o Coopersucar, à equipe técnica, então desconhecida do público, só sobraram vaias. “Nós”, que ganhávamos fácil na F1 do Fittipaldi na Lotus e McLaren, agora ralávamos para classificar. O círculo vicioso Maus resultados > pressão do público > pressão da imprensa > pressão do patrocinador > pressão na equipe, resultou no que já sabemos.
Ah, um F5 já ganhou uma corrida de F1 . Foi nos anos 80, no campeonato Aurora de F1. E era lindo, um dos F1 mais bonitos. Só faltou paciência nacional. E sorte.

gustavo giroti
gustavo giroti
Reply to  Julio Cesar Gaudioso
9 anos atrás

foi o f-5A e na aurora foi em 1979, brands hatch!
FORAM 13 VITÓRIAS (do site faster acho que não existe mais), mas do aurora foi a mais importante:
“…Para surpresa de muitos, o carro Fittipaldi fez muito sucesso nas pistas a partir de 1979. Nesse mesmo ano, os pilotos Bernard de Dryver e Guy Edwards participaram do Aurora F1 Championship pilotando o carro brasileiro. E agora pasmem: na 3ªetapa deste campeonato, houve uma dobradinha brasileira no dia 15/04/1979 em Brands Hatch quando Edwards venceu e Dryver chegou na 2ªcolocação, ambos pilotando o Fittipaldi F5A…

Esse campeonato teve 15 provas e Edwards fez 6 pole-positions, além de 3 melhores voltas com o Fittipaldi F5A. Além da vitória, os melhores resultados do F5A foram quatro 2º lugares (3 com Edwards e 1 com Dryver) e várias colocações intermediárias garantindo-lhes a sexta e quarta posição final no campeonato que foi vencido por Rupert Keegan.

No ano seguinte o piloto italiano naturalizado inglês Val Musetti pilotou o Fittipaldi e conquistou como melhores resultados, um 3º e um 4º lugar em Brands Hatch e Oulton Park respectivamente.

Mas pelo campeonato britânico de fórmula Livre o Fittipaldi pilotado por Musetti – da escuderia Colin Bennett- venceu em Donnigton (14/07/80) e em Brands Hatch no dia 7/12/80.

Pilotados por Chico Serra e Keke Rosberg em 1981, o Fittipaldi não conquistou nem um ponto no Campeonato Mundial de Pilotos. Em compensação, Val Musetti -ainda com o carro Fittipaldi da escuderia Colin Bennett (f-5A) – venceu brilhantemente o campeonato britânico de Fórmula Livre (Donington Open Championship) ganhando 7 das 9 etapas disputadas nos circuitos de Donnington (três vitórias), Oulton Park (duas vitórias), Mallory Park (1 vitória) e Aintree (uma vitória).

Em 1982 o já falecido Jim Crawford venceu o Campeonato Britânico de F1, mas o carro Fittipaldi (f-8 de 1980 ou o f-8C de 1981) deixou sua marca ao vencer a 1ªetapa deste (09/04) na pista de Oulton Park, pilotado por Tony Trimmer da escuderia Sanada. E Musetti –ainda na escuderia Colin Bennett (f-5A modificado chamado de Bennepaldi, com o bico fino) – venceu também em Oulton Park com seu Fittipaldi, mas pelo campeonato britânico de fórmula Livre.

Em 1983 a escuderia Fittipaldi não estava mais na F1, mas o carro Fittipaldi era muito bem visto nos campeonatos ingleses.

A 13ª e última vitória do carro Fittipaldi nas pistas inglesas foi no dia 29 de julho de 1984 em Ingliston. Esta era válida pelo Campeonato britânico de Fórmula livre e o carro Fittipaldi f-5A venceu com o piloto Russell Spence da escuderia Graham Williams.