DICA DO DIA

SÃO PAULO (era assim, molecada…)O “Estadão” colocou no ar uma excepcional reportagem multimídia (é o caminho, é o caminho…) sobre a execução de três jovens de classe média-alta ocorrido em 23 de abril de 1975, exatos 40 anos atrás. O caso ficou conhecido como “Rota 66”, que também virou livro, de Caco Barcellos.

A novidade, grande novidade, neste material do “Estadão” é uma gravação feita com o coronel Erasmo Dias, então secretário de Segurança de São Paulo, em 2004. Ele pediu a quem gravou (não consegui entender quem foi) que o teor só fosse tornado público depois que ele morresse. Esta triste figura, das piores que a ditadura produziu, morreu em 2010.

Na gravação, Dias admite que os três meninos não estavam armados, que a Rota plantou maconha e armas no Fusca azul em que eles estavam, que foram fuzilados. Porque não pode fugir da polícia, diz o coronel, quem foge da polícia é bandido, e depois ele fala, com a maior naturalidade do mundo, que essas coisas aconteciam o tempo todo — “enrustir”, termo que o militar usa, provas para “arredondar” ocorrências.

Todos os policiais envolvidos no assassinato dos jovens foram absolvidos por um tribunal militar.

rota66

Marcelo Godoy e Bruno Paes Manso assinam a reportagem, mas tem muita gente envolvida na produção, e por isso acho legal colocar os créditos aqui. Parabéns a todos. O jornalismo respira.

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Titus
Titus
8 anos atrás

Naqueles mesmos anos 70, o então adolescente aqui era parado todo dia na rua pela polícia por ter cabelos compridos. Os cachos à Peter Frampton me tornavam um suspeito sabe-se lá do quê. Era assim, molecada que flerta com ditaduras, seja de direita ou de esquerda. Nenhuma ditadura presta! Mas tenho um episódio curioso e até inacreditável pelo nível de repressão da época. Minha namorada me emprestou o carro dela para eu ir fazer vestibular numa faculdade na avenida Paulista – era o meu terceiro exame naquele dia e eu não tinha carro. Fui, e perdi a porra da chave do fusquinha azul. Telefonei para um amigo para que ele pegasse a chave reserva com a dona. Ela não tinha chave reserva. Mas o amigo, bebaço, foi me ajudar assim mesmo, levando em seu Corcel amarelo outro amigo, completamente chapado. Este me garantiu que faria uma ligação direta em segundos. Enquanto tentava, uma viatura da Rota parou ao nosso lado com a delicadeza habitual. Os meganhas desceram nervosos, acreditando tratar-se de um furto. Tentamos acalmá-los explicando logo a situação. Mas o amigo chapado cismou de xingá-los e de gritar palavras de ordem contra a ditadura e tal. Pensamos: “agora fodeu de vez”. É aí que entra o inacreditável. Os temidos policiais da Rota não só acreditaram na nossa história como tiraram sarro do amigo chapado e ainda fizeram a ligação direta no Fusca. E nem pediram o documento do carro, que, aliás, eu não havia pegado. Os caras foram legais, convenhamos. Mas eram assustadores. Sabíamos que a Rota tinha licença para matar.

Jr.
Jr.
8 anos atrás

E tem ainda uns FDP que defendem a volta dessa desgraça ao país.
Que falta faz prestar mais atenção nas aulas de História…

LucPeq
LucPeq
8 anos atrás

Tenho os dois livros tanto o Rota 66 quanto o do Conte Lopes. O livro do Caco é um primor de investigação, o outro é uma piada, os argumentos do cara são os mesmo que o meu filho usava quando tinha 12 anos (infantis).
Sempre morei em periferia antes no sul da zona sul e agora no leste da zona leste e nesses lugares a policia ainda mata primeiro e pergunta depois, já os bandidos matam e nem perguntam nada.

carlos Andrade
carlos Andrade
Reply to  LucPeq
8 anos atrás

Nesse caso, Lucpeq, acho que é o mais coerente, né?!
O bandido não pergunta porque sabe que o morto não vai responder mesmo.

Martin
Martin
8 anos atrás

Se os rapazes não fugissem assim que foram abordados pela ROTA 13, quem sabe, nada disso teria acontecido.

Zé Zanine
Zé Zanine
Reply to  Flavio Gomes
8 anos atrás

Boa FG

Paulo Leite
Paulo Leite
Reply to  Martin
8 anos atrás

Para você que não acredita em violência, considere este Pensamento do Dia:

“Quando você estiver pelado e um mosquito pousar no seu ovo, você vai perceber que nem tudo se resolve com violência!”

(Arísfódeles)

titus
titus
Reply to  Martin
8 anos atrás

Sim. Mas foram assassinados pelo Estado que deveria lhes dar segurança. Ditadura é isso. Qualquer uma, de direita ou esquerda.

Walter Barbosa
Walter Barbosa
8 anos atrás

E ainda tem babaca pedindo a volta da ditadura. Vai protestar na ditadura, vai.

JP
JP
8 anos atrás

Pharaujo, infelizmente não vão, não. Quem vai entrar na roda serão nós mesmos, vítimas dos dimenó que vocês defendem.

Neto
Neto
8 anos atrás

Tinha 14 anos na época quando do ocorrido, e estava começando a sair com os amigos para cinemas na Paulista, e bailinhos na casa dos amigos. Para nós que eramos moleques, virou um terror estar na rua, independente de horário e dar de cara com as Veraneios vermelha/branca e as cinzas da Rota. Foi uma barbárie.

Bruno Wenson
Bruno Wenson
8 anos atrás

Li o livro e considero um primor de investigação jornalística. E depois dão prêmio de melhor jornalista do ano pro Bonner, que só faz ler telepronto (sei que ele faz muito mais que isso, mas é o que aparece), quando Barcellos faz um ótimo programa de jornalismo nas terças.
E o caso era padrão da ROTA. De 1975 a 1989 a ROTA matou quase 5 mil pessoas, segundo o levantamento de Caco Barcellos em anos de pesquisa em hospitais, necrotérios e delegacias.
Tem uma passagem em que o advogado do policial diz que seu cliente não atirou pelas costas. No momento do disparo a vítima estava de frente, foi atingida por que se virou para correr. E os juízes aceitaram, pois eram sempre militares para julgar militares.
Excelente livro. Vale a leitura e indicação.

Luis Felipe
Luis Felipe
8 anos atrás

Dá nojo deste período, sinceramente. Que bom ver o FG achando bom algo no jornalismo de hoje. Há salvação sim rs.

Fernando
Fernando
8 anos atrás

Bem, eu fui “detido e conduzido” algumas vezes nesta mesma época – guiar sem carta, fliperama de madrugada, estas coisas – nunca apanhei, nunca me encostaram a mão, mas era comum “atirar antes de perguntar” como se diz, exatamente como é hoje, infelizmente nada mudou.

E claro, não defendendo o Erasmo (eu estava na PUC em 77) e seus comandados animais, não posso esquecer do que meu pai sempre dizia: nunca fuja dessa polícia, é morte certa. Prá mim funcionou.

O fato é que nesse triste período a polícia – as duas – era mesmo muito despreparada e tinha muito medo da esquerda armada, hoje sabemos que não havia motivo para isso, a diferença de forças era enorme, enfim, eram despreparados, tinham medo, tinham raiva de bandido e podiam contar com a impunidade. Exatamente como hoje. Triste esta história e ótima a reportagem.

Dú
8 anos atrás

Dai a Rota ficou durante dias fazendo ronda pelo clube, intimidando mesmo. Uma das “contravenções” era jogar Crepe pelas calçadas ou andar com escapamento aberto nas motinhos. Assustadoras mesmo eram as Veraneio cor laranja “chapa fria”. Cada história desta época, e mesmo assim São Paulo era uma festa.

MARIO AQUINO
MARIO AQUINO
8 anos atrás

As mortes na periferia nem chegavam a ser comentadas, isto aqui só foi comentado porque se tratava de classe média alta
O que ninguém diz é que o coronel fazia parte de uma quadrilha de corruptos que arrecadava milhões la no Detran, só das plaquetas de licenciamento eram toneladas de notas, parte do dinheiro que era encaminhado para a casa civil do palácio dos bandeirantes,, quem tinha que portar a mala com dinheiro eram despachantes, nunca agentes públicos.
Eu era despachante quando garoto, fazia parte desta quadrilha também o Roussomano que era sobrinho de um delegado do DET4, principal antro de corrupção., e ai se veêm os ingênuos afirmarem que os milicos não eram corruptos.

AS
AS
8 anos atrás

Sabe o pior de tudo isso… e bota pior nisso… é gente levantando bandeira para que tudo isso volte. É totalmente desolador que alguém pense assim… Começo a acreditar em reincarnaçao deve realmente existir e medievais estejam voltando.

Banana Joe
Banana Joe
8 anos atrás

É lamentável, mas como já disseram abaixo, esse tipo de coisa não acontecia apenas nos tempos da ditadura.
Existe até hoje e no Brasil inteiro, não é privilégio de um lugar ou de outro.

mario
mario
8 anos atrás

Policia, um dia todo mundo precisa.Hoje quem anda armado é só mano, voce é roubado e sua mina estuprada, chama quem ? Policia. Casa assaltada ? Policia.Acidente de transito ? Policia.Bateu ou apanhou ? alguem chama a policia.A esquerda caviar demoniza a policia.

J Fernando
J Fernando
Reply to  mario
8 anos atrás

Tudo que você citou é de competência da polícia! Mas, não é dever dos policiais executarem criminosos.

E a direita chama a polícia contra manifestações de esquerda.
Vide o Beto Richa e os professores no Paraná.

Gus
Gus
8 anos atrás

Eu era ainda criança quando o Brasil voltou à democracia, mas lembro muito bem daqueles dias, das campanhas das Diretas…O país estava em transe, por isso acho estranho que muita gente venha com a velha cantilena “ah que saudades da ditadura”. Mas puxa! O povo parecia voltar a respirar depois daquela época, obras terríveis (pela sua natureza) como “Brasil Nunca Mais” eram libelos que sempre nos lembravam o que foi – em parte – a ditadura…
Que fiquem lá atrás temporalmente, mas que sejam sempre lembrados para que tal regime nunca mais suba ao poder!

carlos lima
carlos lima
8 anos atrás

Sim, caro escriba, o jornalismo respira. Bravo!

Marcelo de Castro
Marcelo de Castro
8 anos atrás

É inacreditável que ainda tem pessoas que pedem a volta desse bando de canalhas ao poder. Até hoje vemos policiais fazendo horrores com a certeza da impunidade, que quase sempre vem. O Mundo já acabou faz tempo mesmo.

Fernando
Fernando
Reply to  Marcelo de Castro
8 anos atrás

Marcelo, isso é o fim do mundo, mesmo sendo meia dúzia de idiotas, mas há coisa pior. Até gente da esquerda esta pregando a intervenção militar por causa da tal “mídia golpista”, isso lá é solução? Gente citando Gudrun Ensslin (parceira do Andreas Baader), – matar, matar, matar – “a oposição”, lá no Nassif, que houve com o país?

Paulo Leite
Paulo Leite
8 anos atrás

Um primor de reportagem, ótima leitura, excelente texto para aqueles tapados que insistem em desconhecer a origem da violência dos dias de hoje. Não gente, não é a pobreza que gera a violência, são uns cachorros goguentos feito fleury, erasmo, medici, geisel, que enrustiram a violência arredondada pelo arbítrio, pela truculência, e abafada com um um bocado de incompetência.

Marcelo dos Santos
8 anos atrás

E esta é a rotina da periferia e de quem vive nela até hoje.

raoni
raoni
8 anos atrás

Pratica ainda usada por esses assassinos que se julgam acima da lei, do bem e o mal.
Independente de quem for (criminosos) a policia não é juiz para julgar e condenar muito menos para executar pessoas.

Tem “pessoas” que defendem “policiais” que matam supostos bandidos.
Ahh era ladrão mesmo tinha que matar… porém assassinato e decorrentes fraudes e farsas montadas por esses “agentes da lei” são crimes de gravidade muito maior que um simples roubo.

Queria ver esses que defendem esses crimes o que falariam se caso sua filha, mulher, namorada, mãe ou outro familiar por não entender uma ordem de parar o carro é perseguida e assassinada por policiais.

É “interessante” na verdade assustador ver que algumas práticas de inventar cenários de confronto para apagar crimes de agentes públicos ainda são usadas até hoje.

Aqui o ex-delegado do Dops Claudio Guerra um matador da ditadura conta como isso era feito. Comenta que isso ainda existe. Conta que eles montavam cenários de confronto com militantes de esquerda que nada tinham a ver com armas e violência, mas que depois de serem mortos em tortura se montava uma história falsa de confronto com “terroristas” onde estes foram mortos em combate até mesmo estando em outro estado que não o do suposto confronto. E outras fraudes de simular acidentes, Rio Centro, Zuzu Angel, Esquadrão da Morte e etc…

Cláudio Guerra, um matador arrependido – Observatório da Imprensa
https://www.youtube.com/watch?v=xOwI7Lc_LKI

“Ex-sargento do Exército Marival Chaves trouxe informações sobre mortes e desaparecimentos, estrutura da repressão, financiamento privado para a Oban e Operação Condor, especialmente sobre a chacina no Parque Nacional de Foz de Iguaçu, a qual se refere como Operação Medianeira.”

https://www.youtube.com/watch?v=ImdTmLiFWp0

pharaujo72@gmail.com
8 anos atrás

Gomes, ainda no estadão:

http://cultura.estadao.com.br/blogs/marcelo-rubens-paiva/melhor-ficarmos-a-globo/

sei não, mas acho que concordo com essa análise:

https://filosofiavan.wordpress.com/2015/04/28/marcelo-rubens-paiva-e-a-sindrome-de-estocolmo/

(nem precisa publicar esse comentário, só tenho ficado muito preocupado com esse discurso do abrandamento do que aconteceu no pós 64, e vindo até de quem foi diretamente atingido por aquilo tudo)

Luiz Rocco
Luiz Rocco
8 anos atrás

Foto tirada na Rua Groenlandia, do outro lado da rua onde ficava o 15º DP

joel lima
joel lima
8 anos atrás

De lá pra cá, a ditadura acabou, estamos numa democracia – com todos os problemas que ela tem – mas uma coisa parece que não quer mudar = a maneira de agir da polícia no Brasil (aliás, das polícias ). Primeiro atira e depois, havendo mortes, forja provas para sempre culpar os mortos. Isso quando não dá sumiço no corpo da vítima – como o caso de Amarildo e de Patrícia Amieiro. Infelizmente, no Brasil, serve um ditado ( acho que italiano, não me lembro ) = a polícia me protege do bandido. Mas quem me protege da polícia?

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
8 anos atrás

O que vou falar não é defesa aos Policiais e muito menos contemporização, é apenas uma reflexão daqueles tempos muito difíceis.

Naquela época?!?! Deviam ter parado no primeiro toque da sirene da ROTA. Faltou um pouco de calma para os meninos. Fugir era uma sentença de morte caso fossem alcançados. Como diz o ditado: “Quem não deve não teme”.

Mesmo hoje a chance de fugir da policia é remotíssima, quem tentar fazer o que esses garotos fizeram não terá sucesso.

Somente parando teriam a chance de hoje contar essa passagem para os seus Filhos.

Roberto Fróes
Roberto Fróes
8 anos atrás

Eu não estava a par desse fato.
Ocorreu logo após meu casamento, e eu estava em excelente e longa viagem de lua de mel. Quando voltei, já havia esfriado.
Acabo de ler toda a reportagem, e chego à conclusão – já bastante conhecida – de que a polícia é truculenta e despreparada.
Os truculentos Dias e Fleury – Deus se arrependeu de te-los posto no mundo e, Graças, já os levou para os quintos dos infernos – fizeram o que era então padrão.
Os policiais – despreparados – atiraram, tenho certeza ,achando que se tratava de bandidos. Estavam, na verdade, aprontando, roubando toca-fitas…
Se não dá para fugir da polícia hoje, imagine então naquela época…
Foi o maior vacilo dos três…

Roberto Fróes
Roberto Fróes
Reply to  Flavio Gomes
8 anos atrás

Não estou contemporizando não! Apenas constatando a absurda realidade! O padrão era esse – e ainda existe isso por aí…
Os caras eram truculentos e despreparados!
Truculentos porquê, no fundo, faziam isso com uma grande dose de prazer!
E despreparados, porquê não eram capazes de distinguir 3 caras que fumavam maconha e furtavam um toca-fitas, de um elemento realmente perigoso. E claro, por não conseguirem parar um Fusca desarmado sem atirar. E – faltou dizer – criminosos, por atirarem em quem já estava rendido, segundo as testemunhas.
Em outras palavras, uma tremenda cagada!
Piorada com o que foi feito a seguir, para encobrir a cagada.
Esse tipo de coisa continua a acontecer!
Conheço um paulistano que, aqui no Rio, fingiu “não entender” a sinalização da PM para parar, pois usaram aquela ridícula sirene eletrônica com leves toques – não sei se aí em São Paulo usam isso, parece um cachorro doente latindo – e quase dançou! Deu sorte…
Agora, que é um tremendo vacilo fugir da polícia, ah, isso é… mesmo estando certo!
Se sequer passei a impressão de dar qualquer tipo de razão a esses animais – coitados dos animais – me expressei mal!

Eugen
Eugen
Reply to  Flavio Gomes
8 anos atrás

E atiram ainda hoje, se vez ou outra erram o alvo nunca erram a proposta. Por mim deviam matar todos os comunas! E me pergunto… O que leva um idiota como vc a exaltar o regime de Cuba ou da Venezuela que já matou mais que três inocentes por dia? A resposta vem embutida idiota que sois…

valter
valter
Reply to  Flavio Gomes
8 anos atrás

O lema da Rota era atira primeiro, pergunta depois.

Rafael Rodrigues
Rafael Rodrigues
Reply to  Roberto Fróes
8 anos atrás

O excelente livro do Caco desmonta esta tese. Foi uma longa perseguição, com muitos tiros disparados contra rapazes. Que raio de “bandido perigoso” é esse que ao ser perseguido e alvejado por diversas quadras não revida?

Luis Felipe
Luis Felipe
8 anos atrás

Matéria excelente… e no áudio o babaca zomba!

Miguel
Miguel
8 anos atrás

E ainda tem imbecis que pedem a volta desses animais.

Marques Guron
Marques Guron
Reply to  Miguel
8 anos atrás

Volta? Eles estão aí até hoje!

Fernando Kesnault
Fernando Kesnault
Reply to  Miguel
8 anos atrás

Falou tudo amigo…

Roberto Fróes
Roberto Fróes
8 anos atrás

E ainda aparece 1/2 duzia de otários torcendo pela volta do regime militar…
Ou não viveram a época – e pensam que é exagero de quem a conheceu – ou é a turma mais velha, que era do lado de lá…
São – hoje – dignos de pena!

Anselmo Coyote
Anselmo Coyote
Reply to  Roberto Fróes
8 anos atrás

Eu às vezes penso em que tipo de educação/informação esses miseráveis que vomitam a volta da ditadura tiveram de seus pais. É óbvio que nem todas as familias eram politizadas, mas qualquer uma podia perceber algo estranho no ar, como não poder escolher governantes, notícias truncadas, jornais publicando poesias e receitas de bolo, a arte incompreensível por que mutilada pela censura etc.
Muita coisa estranha acontece denunciando que debaixo do tapete e dentro dos armarios existem coisas podres.
É muito estranho.
Abs.
PS. Ainda é tempi de ler Rota 66, do Caco Barcelos. Sempre será.

Fabio
Fabio
8 anos atrás
JP
JP
Reply to  Fabio
8 anos atrás

Dois marmanjos com 30 nas costas vagabundando como se fossem adolescentes.

pharaujo72@gmail.com
Reply to  JP
8 anos atrás

e daqui a pouco os marmanjos de 16 também vão entrar na roda, certo JP?

MARCOS
MARCOS
Reply to  JP
8 anos atrás

è JP nesta época existiam poucos maloqueiros na rua, os maconheiros comunas foram todos deportados, mas não foram pra Cuba ou URSS, acharam melhor ir para a França, Suíça, Suécia, Uruguai….depois voltaram socialistas e estamos nesta merda…