RIO (eu não…) – Quem na imensa multidão que frequenta este blog teve a alegria de andar num Cometão com rodomoças nos anos 60? Salvo engano, apenas os ônibus leito que faziam longos trajetos ofereciam este luxo aos passageiros. Mas posso estar enganado. Aguardo testemunhos!
Andei muito nesses cometas na minha infância, mas já nos anos 80/90. Meu sonho era pegar um flecha de prata desses e transformar em Motorhome!
Expresso de Prata, Bauru a São Paulo na decada de 70 tbm tinha rodomocas.
A Viação Cometa não era tão boa quando tinha Scania. Depois, passou a ter Mercedes-Benz Marcopolo e melhorou bastante. Agora, para ficar um cometa Halley, tem de ter Mercedes-Benz Busscar.
quanta delícia junta num só lugar…..
Quando criança ia muito de São Paulo pra Campo Grande no leito da Motta e me lembro bem das rodomoças. Nos idos de 1980 já estavam abolindo as moças, mas como a caminha delas lá atrás ficava vaga, eu e meu irmão mais de uma vez dormimos lá… ;-)
Andei várias vezes de cometão mas nunca de leito. Assim, nunca conheci as rodomoças. Mas o cometão me traz uma lembrança hilária.
Sou de Ribeirão Preto e, na prática, sou fruto de um tombo de bicicleta. Meu pai quebrou a perna num treino e foi para a Santa Casa, onde a minha mãe trabalhava. Isso foi primeira metade dos anos 1950. Tempos depois o Zé Clemente veio ao mundo. Cabe dizer que não fui concebido numa maca de enfermaria porque, definitivamente, meu pai não seria capaz de fazer isso, dadas as condições.
Meu pai resolveu mudar para São Paulo e fez como todos faziam. Vem para cá, arruma emprego, aluga casa, chama a mulher e o rebento e começa outra vida.
Claro, na segunda metade dos anos 50 não havia internet, celulares, orelhões ou whats. Então ele ligou, mandou a minha mãe vir e esperou.
Pegamos o cometão. O cara que liga e chama, espera pacientemente o cara que diz que vai, porque não há outro meio.
Na viagem, na serra das araras, o onibus saiu da pista, entrou numa ribanceira e acabou parando numa arvore sem capotar. Um puta susto e um baita problema.
O Zé Clemente de então ainda usava chupeta (certamente não uso mais). E no acidentado evento a chupeta se perdeu. Um cara ajudou Da. Maura a sair do cometão com o rebento. Sem chupeta.
Lojas de conveniencia? Farmácias? No meio da Anhaguera isso não existia. No máximo borracharias.
Então o Zé…….começou a chorar. Puta que pariu. Teve que esperar outro busão, entrar D.a Maura e Zé chorão e aguardar a viagem até a antiga rodoviária de São Paulo. Tudo acompanhado por um lindo choro de criancinha sem chupeta.
Chegou na rodoviaria em São Paulo, a minha mãe correu pra primeira farmacia que achou e, bingo, o Zé parou de chorar.
Na prática o meu primeiro presente em São Paulo foi uma chupeta.
Thanks to cometão.
Eu tive essa oportunidade, ainda bem pequeno! Era um guri, com meus cinco anos de vida e, minha mãe viajava de ônibus comigo, para nos encontrarmos com meu pai – oficial da Marinha mercante. Muitas vezes, onavio em que ele trabalhava, não atracava no Rio de Janeiro. Então, íamos para Santos, ou, para Curitiba e, de lá, para Paranaguá ou Itajaí. Lembro que numa dessas viagens, desta vez para Curtiba, que havia uma “Rodomoça” que ficou me cobrindo de cuidados e mimos durante toda a viagem. Eu era a única criança a bordo. Ah! E, o conforto do ônibus era muito bom! Bons tempos.
Anos mais tarde, trabalhei na Viação Itapemirim – com seus Tribus e suas carrocerias construídas pela Empresa – mas, não se igualavam aos ônibus da Cometa…
Eu tive esta alegria. Temos parentes em Curitiba e íamos de Campinas para lá de ônibus leito da Cometa. Parecia que Curitiba ficava do outro lado do planeta. Mas isso foi na década de 70.
Já andei de Cometa, mas muito depois dos 60. Aí já não tinha mais luxo nenhum…
Sim tive o prazer de fazer uma viagem para S..J.do Rio Preto num ônibus leite da Cometa. E desfrutar dessa elegância toda.
Era totalmente tempos diferentes.
Abraços
Alo Flavio, nos idos dos anos 70 fui morar e trabalhar em barra mansa, interior do estado do Rio, depois de concluir os estudos em Juiz de Fora, MG. Nesta epoca assistia assiduamente, como varios leitores mais antigos do seu blog, as perfomances do Emerson nos circuitos de F1 pelo mundo.
Com um dos meus primeiros salarios comprei meu primeiro carro, um fusquinha 64, que ja tinha rodas “tala-larga”, volantinho de diametro super reduzido, bancos reclinaveis para as paqueras, e um toca-fitas de bandeija, que era para evitar roubos… Foi batizado carinhosamente de “pau velho”
Todo orgulhoso fiz minha primeira viagem, fui a Juiz de Fora mostrar o carro aos famliares e amigos. Depois da primeira noitada estacionei o carro perto de casa, e pensei comigo mesmo, aqui nao acontece roubos, fechei o carro e disse mentalmente a ele “durma bem, amanha eu volto”. No dia seguinte, estupefato, parvo, decepcionado, puto da vida, nao vi mais o toca-fitas…
Hoje, quando li seu post sobre o “cometao”, me lembrei do pau-velho, e esta eh a razao deste humilde texto!
Fui para a Dutra com o pau-velho para pisar fundo no acelarador, como o “Emerson fazia”. Extremamente decepcionado, mas muito mais humilhado, fui ultrapassado por um destes “cometoes”! Entendo sua admiracao nostalgica por estes veiculos que fazem parte da nossa historia, adolescencia, infancia, sei la. Mas sem querer ofender, amaldicoei aquele onibus no momento em que fui ultrapassado.. Abracos
Ônibus lindão. Época romântica. Meninas comportadas. Chapéu ridículo!
Não andei, claro, nasci depois. Mas a “suspensão a ar” me intrigava quando eu era moleque. Peguei os últimos anos da Cometa quando ia para o Sul de Minas passar férias (suspiro saudosista).
Continua na ativa, tem um esquema de pintura bem legal em alguns ônibus, misturando as cores atuais com as cores antigas (como os da foto) ficou bem bonito.