JÁ ERA HORA

RIO (antes tarde) – A Fórmula 1 sempre foi esporte de gente rica e arrogante. De ponta a ponta — com as exceções de sempre, claro. Pilotos, mecânicos, engenheiros, dirigentes, jornalistas, torcedores, patrocinadores, donos de equipe, organizadores de corridas, convidados VIP, seguranças de autódromos, assessores de imprensa, cozinheiros… Em 18 anos acompanhando o Mundial “in loco”, indo a praticamente todos os GPs, vi isso de perto. Ainda vejo uma ou duas vezes por ano, quando vou a alguma prova para desenferrujar. Me incluo, de certa maneira. Todo mundo que faz parte de alguma forma desse circo — clichê que sempre evitei; acho que é a primeira vez na vida que chamo a F-1 de “circo”, mas vá lá, ajuda na compreensão e carrega uma certa ironia — se sente especial.

É fácil explicar. Como a F-1 é um esporte que envolve valores exorbitantes, quem está dentro dela, em qualquer função, faz parte de uma engrenagem que movimenta muita grana. A isso se chama genericamente de “elite”.

Discrimino. O piloto, via de regra, ganha um salário milionário e se comporta como um ser ímpar, pertencente a uma seletíssima casta de esportistas ungidos por deuses. Mecânicos viajam o mundo, recebem ótimos ordenados e trabalham em carros caríssimos, não são simples funcionários de oficinas ordinárias sujas de óleo e graxa. Engenheiros atuam num universo de altíssima tecnologia que não mede gastos, têm à disposição equipamentos e recursos que seus colegas de faculdade nem sonham existir. Dirigentes fazem as regras ao seu bel-prazer e estão à frente de um negócio sem paralelo no mundo dos esportes. Jornalistas, a exemplo dos mecânicos, rodam o planeta, se hospedam em bons hotéis, tem cartões de milhagem robustos e diferenciados e custam bastante para os veículos de comunicação que os empregam. Torcedores pagam caro para ver as corridas nos autódromos, muito mais do que pare ver um jogo de futebol. Patrocinadores abrem a carteira sem medo para colocar suas marcas nas pistas, carenagens, macacões e capacetes. Donos de equipe administram orçamentos estratosféricos. Organizadores de corrida tratam diretamente com as mais altas autoridades públicas dos países e cidades onde elas acontecem e lidam com verbas cheias de zeros. Convidados VIP desfrutam das benesses de camarotes e “hospitality centers”, comendo do bom e do melhor de graça, com transporte privado e acesso a áreas do paddock onde só chegam os eleitos pelo destino. Seguranças se investem de uma autoridade que não teriam fora da jurisdição de um circuito, e têm contato direto com gente perfumada e importante. Assessores de imprensa regulam o contato da mídia com os personagens de quem tomam conta como se fossem bebês, controlando o fluxo de informações como se tivessem o poder de determinar o que pode e o que não pode ser publicado. Cozinheiros de motorhome se comportam como chefs de restaurantes estrelados, servindo magnatas de todos os matizes e comandando aos gritos seus subordinados.

A F-1 é muito, muito legal, mas todos que já passaram por lá sabem que por dentro ela é assim. É algo que causa incômodo em quem tem essa percepção, até que uma hora cansa — um pouco meu caso. Rapidamente percebe-se que é difícil bater de frente com o sistema o tempo todo, e o antídoto para não adoecer mentalmente é tentar sublimar e fazer o seu trabalho. Ou cair fora, quando se tornar insuportável.

Evidente que nem todo mundo que faz parte desse universo é assim. Falo em termos gerais, e a generalização às vezes é inevitável. Conheci gente incrível em todas essas categorias profissionais citadas acima, de pilotos a cozinheiros, passando obviamente por jornalistas, dirigentes, mecânicos, assessores e organizadores de GPs. Fiz grandes amigos que carregarei por toda a vida, embora seja difícil imaginar ambiente com tamanha concentração de gente metida por metro quadrado. E, por isso mesmo, nunca me iludi demais achando que realmente fazia parte daquele mundo feérico, procurando manter um olhar bem crítico para muita coisa errada que via e vivia.

Uma delas — a mais grave, provavelmente –, a característica histórica de não estar nem aí para nada que não tivesse alguma relação com o mundinho particular de carros & pistas. Por conta disso, por exemplo, a F-1 dialogou durante décadas com governos abjetos que mereceriam, de qualquer modalidade esportiva, nada menos que o desprezo. Estou falando, obviamente, dos tempos em que corria na África do Sul do apartheid, ou no Brasil e na Argentina dos anos 70, com suas ditaduras militares sanguinárias. Isso para não mencionar o absoluto descaso quanto à origem do dinheiro que financiava suas equipes, corridas e campeonatos como um todo.

Enfim, se tivesse de resumir o que tem sido a F-1 ao longo de seus 70 anos de história num slogan imaginário, ele seria algo como “quem não gostar que se foda”.

Bem, fiz esse monumental preâmbulo apenas para festejar o que a categoria anunciou hoje — espero, com toda a sinceridade do mundo. A campanha que carrega a hashtag #WeRaceAsOne vem no embalo dos acontecimentos recentes que mudaram a vida do planeta nos últimos três meses, a saber: a pandemia da Covid-19 e a explosão dos protestos antirracismo pelo mundo a partir do assassinato de George Floyd em Mineápolis.

Já a partir da abertura da temporada, na Áustria, o arco-íris que ao redor do mundo virou símbolo de empatia e gratidão aos trabalhadores que bateram de frente com o coronavírus estará presente em carros, uniformes e placas de publicidade nos autódromos, numa tentativa de passar uma mensagem que deveria ser clara e permanente: nós fazemos parte dessa merda toda, não podemos fingir que nada está acontecendo. A campanha se associa a outras, como a determinação de reduzir a zero a emissão de carbono da categoria como um todo até 2030 — são várias ações, que passam até pelos materiais que serão usados nas fábricas em todos os níveis –, a educação no trânsito, a preocupação com o meio ambiente, e uma política agressiva de combate ao racismo — que inclui uma discussão profunda sobre a quase completa ausência de pretos no paddock, em todas as funções.

São medidas bem-vindas, necessárias, urgentes. Hamilton foi a um protesto contra o racismo ontem em Londres, no mesmo dia em que um nó de forca foi encontrado na garagem do piloto negro Bubba Wallace em Talladega, na Nascar. O mundo está numa encruzilhada perigosíssima de intolerância e ódio que precisa ser contida imediatamente e de todas as maneiras.

Se a F-1 nunca foi exemplo de virtude em suas sete décadas de existência, que passe a ser. Seu alcance global é enorme, e quem tem voz, hoje em dia, precisa erguê-la sem medo. Em algum momento, a humanidade terá de evoluir. Que cada um faça sua parte.

Subscribe
Notify of
guest

48 Comentários
Newest
Oldest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
RICARDO MENDES LOPES
3 anos atrás

Ótimo texto. Como falou outro colega nesse post, muito mais legal os seus escritos do que os videos.

Antonio Marcos
Antonio Marcos
3 anos atrás

Tudo jogada de marketing. Fachada. Como quase todo mundo, estão usando o cadáver do Floyd e dos mortos pelo Covid para valorizar a marca, a persona nas redes sociais, ganhar seguidores, likes, engajamentos e conversões para os patrocinadores.. Querem realmente demonstrar que se importam ? Não se engane, quem tira selfie em manifestação como fez o Hamilton, só quer capitalizar reputação. E a formula 1 continuará sendo um business, e nesse momento, o marketing manda que se faça esse tipo de ação.

Giovanni
Giovanni
3 anos atrás

E o Hamilton sempre foi um idiota, que só mudou depois que virou o super herói/campeão. Mas depois que se consegue o que se quer, é fácil ser legal, né? Tipo pessoas que enriquecem sonegando e depois vão pra redes sociais, TV, pagar de bonzinho pra divulgar suas bondosas doações.

Carlos
Carlos
Reply to  Giovanni
3 anos atrás

Comentário abobalhado!
Nasça negro, passe pelo que ele passou. E faça melhor que ele. Só o maior piloto da história, em atividade.
Claro que virão as “viúvas”. “Ahhh mas o Senna”…
Esse despeito pelo sucesso de um baita profissional é um porre!
Que bom que ele esteja usando da imensa imagem que criou para catapultar uma causa.
Mesmo que eu não gostasse de Hamilton, só o fato de ter dado um chega pra lá na íngua que é Bernie Ecclestone, já tem minha simpatia.
No mais #GoHamilton!

Giovanni
Giovanni
Reply to  Carlos
3 anos atrás

Nem deveria responder, mas vamos lá…

Sobre nascer negro, antes de falar m… minha família é do interior do RS, no meio dos italianos e alemães, e minha mãe é de família “brasileira”, se é que você me entende…

Sobre ser melhor ou pior da história, não muda nada pra mim, pois corrida assim como futebol e qualquer outro esporte, tudo é entretenimento. As pessoas que valorizam e colocam os esportistas num pedestal e o tratam como “heróis”, talvez porque suas vidas são uma bela porcaria e precisam de alguma coisa fácil e acessível pra usar como referência, assim como palestras motivacionais que não servem pra nada.

Abraços

Giovanni
Giovanni
3 anos atrás

Cuidado, pois há pessoas que se aproveitam da onda para fazer marketing.

Mário
Mário
3 anos atrás

Cara, você se supera nos textos. Raríssima inspiração neste. Parabéns.

Zuca
Zuca
3 anos atrás

Mérito e cada cachorro que lamba a sua caceta.
Se nós cuidássemos da nossa própria grama do que querer ensinar como vizinho cuida dele, com certeza não teríamos esses tipos de problema no mundo e outros tantos. Claro que estou falando de um mundo utópico e de um ser humano evoluído em todos aspectos. Então release the Kraken.

PTman
PTman
3 anos atrás

Não querendo desmerecer, mas se tornar um ativista num momento em que o mundo todo está com essa pegada é muito mais fácil (estou falando do Hamilton, por exemplo.)
Eu me pergunto por que esses caras demoram tanto tempo pra se posicionar em relação a coisas importantes, com o espaço e visibilidade que tem.
Ele disse que sofreu racismo na carreira, etc, com certeza deve ter sofrido, mas pq não levantou essa bandeira anti-racismo há mais tempo, quando não era um assunto tão em voga?

Se eu fosse um piloto de f1, na época que o Lula tava preso, toda corrida eu subiria ao pódio com uma faixa de “Lula Livre” escondida no macacão, pra exibir para as televisões do mundo todo.
Ser ativista em momentos não muito óbvios é muito mais provocador e corajoso.

O Hamilton tem que ser aplaudido, mas não é nenhum heroi da luta anti-racista. Tem gente que tá dando a cara a tapa muito antes do caso do George Floyd.

Edu Zeiro
Edu Zeiro
Reply to  PTman
3 anos atrás

Prezado, entendo sua colocação, mas não concordo. Como o próprio texto afirma, e que reconhecemos ser verdadeiro, Hamilton vive em um ambiente de pessoas eminentemente alienadas. E chegou em uma posição em que seu status e posição financeira acaba se sobrepondo ao preconceito, externo e até interno, nesse caso aquele sofrido antes da fama e fortuna. Assim, somente um episódio de repercussão mundial para quebrar o isolamento social de seu novo mundo e trazer de volta sentimentos que foram sublimados. Não se esqueça de que, ao contrário de muitos no Brasil, ele não ficou na nota de repúdio, foi pessoalmente se juntar às “pessoas normais”, com um peso muito maior, o que era para ser notícia local virou manchete mundial. Quanto ao “Lula livre”, estamos juntos no grid!

Edu Zeiro
Edu Zeiro
Reply to  Edu Zeiro
3 anos atrás

*acabam

Edu Zeiro
Edu Zeiro
Reply to  Edu Zeiro
3 anos atrás

*status e situação financeira acabam

T. Leal
Reply to  PTman
3 anos atrás

Cara, não é de hoje que o Hamilton comenta essa e outras questões raciais.

PTMAN
PTMAN
Reply to  T. Leal
3 anos atrás

Ok, eu não deixo de dar razão pra vcs dois.
Hamilton ja falou de racismo antes e é importante que use sua voz pra essas coisas, não importa o timing.

Acho que eu só escrevi pq lá no fundo ainda acho que o Hamilton tenha umas doses de Neymar… Mas pelo usa a voz pra coisas bem mais importantes que o “nosso menino”.

Vai Vettel!
Vai Vettel!
Reply to  PTman
3 anos atrás

Concordo plenamente com sua análise, PTMAN. Os ricos e famosos só se posicionam quando tomo mundo já se envolveu.

Gus
Gus
3 anos atrás

Por mais preâmbulos assim – rsrsrsr. É por ali mesmo, concordo com cada palavra desse belo texto.

Lagerbeer
Lagerbeer
3 anos atrás

Bravo Flavio ! Você consegue fazer um paralelo com o circo da Indy ? Você deve ter convivido lá por um tempo né ?

Paulo Fonseca
Paulo Fonseca
3 anos atrás

Prezado F&G : A F-1 tem uma força publicitária impressionante , e quando é aliada para o bem da sociedade a vitória é de todos. Muito inteligente a proposta de apoio com relação a covid-19, e as formas combate ao preconceito arraigadas em todos os cantos do planeta terra.

Bruno Mantovanelli
Bruno Mantovanelli
3 anos atrás

Emissão de carbono zero, ou seja, motores 100% elétricos. Fim da F1.

Cowboy do Asfalto
Cowboy do Asfalto
Reply to  Bruno Mantovanelli
3 anos atrás

Pensei que ela já tivesse morrido…

BlackFireHawk
BlackFireHawk
3 anos atrás

Quanta hipocrisia.

Edu Zeiro
Edu Zeiro
Reply to  BlackFireHawk
3 anos atrás

Quanta?

A. Coyote
A. Coyote
Reply to  Edu Zeiro
3 anos atrás

Eu lhe ofereço essa. Curta.
“Quanta
Quanta do latim
Plural de quantum
Quando quase não há
Quantidade que se medir
Qualidade que se expressar
Fragmento infinitésimo
Quase que apenas mental
Quantum granulado no mel
Quantum ondulado no sal
Mel de urânio, sal de rádio
Qualquer coisa quase ideal
Cântico dos cânticos
Quântico dos quânticos
Canto de louvor
De amor ao vento
Vento arte do ar
Balançando o corpo da flor
Levando o veleiro pro mar
Vento de calor
De pensamento em chamas
Inspiração
Arte de criar o saber
Arte, descoberta, invenção
Teoria em grego quer dizer
O ser em contemplação
Cântico dos cânticos
Quântico dos quânticos
Sei que a arte é irmã da ciência
Ambas filhas de um Deus fugaz
Que faz num momento
E no mesmo momento desfaz
Esse vago Deus por trás do mundo
Por detrás do detrás
Cântico dos cânticos
Quântico dos quânticos”

Garagista
Garagista
Reply to  Edu Zeiro
3 anos atrás

Tentando quantificar a hipocrisia, senhores?

Vai Vettel!
Vai Vettel!
Reply to  Edu Zeiro
3 anos atrás

O Edu Zeiro, com certeza, não entendeu.

Edu Zeiro
Edu Zeiro
Reply to  Edu Zeiro
3 anos atrás

Falou um camarada que se auto denomina “Vai Vettel” em pleno 2020. Esse entende muito…

Vai Vettel!
Vai Vettel!
Reply to  Edu Zeiro
3 anos atrás

E continua não entendendo. Vettel vai para a Mercedes, para a Renault ou vai para casa… mas ele vai!

Edu Zeiro
Edu Zeiro
Reply to  Edu Zeiro
3 anos atrás

Hahahahaha, Mercedes? Vai sonhando, entendido!

Mario
Mario
3 anos atrás

Excelente texto Flavinho. Mas, como você mesmo diz, existem algumas generalizações perigosas. Quanto ao público: vi corrida em Interlagos, Spa, Monza, Hungaroring, Hockenheim, A1 Ring, Suzuka. Não sou um cara rico, longe disso. Morei na Europa por 5 anos, o que facilita as coisas. E foi na Europa e no Japão que eu vi que existe um grande público de F1 que está longe de ser o torcedor endinheirado bebedor de champagne. Quando eu era moleque, meu sonho era ver uma corrida de F1 sentado na grama – nem imaginava o que eram os General Admission Tickets. E confesso que me diverti muito ali – em todas essas corridas que mencionei, com excecao do Japao, eu estava acampando junto a milhares de pessoas que gostam tanto da farra quanto de corridas, e a realidade desses lugares é muito longe do glamour e do mundo dos endinheirados (um ingresso de general admission custa uns 100 Euros – válido de quinta a domingo, incluso visita aos boxes – excelente custo benefício). É uma faceta da F1 que infelizmente não é transmitida para o público da TV. É o que eu mais sinto falta, com certeza – acampar e tomar cerveja depois das atividades em pista.

Robertom
Robertom
3 anos atrás

Texto excelente.

GIOVANI JARDIM
GIOVANI JARDIM
Reply to  Robertom
3 anos atrás

Verdade.

JT
JT
3 anos atrás

A Fórmula 1 começou como um esporte, tornou-se um negócio e, como todo negócio capitalista, percebeu que precisa se engajar ideologicamente, mesmo que isso seja contraditório com o princípio do capitalismo, que sabe muito bem como crescer em crises. Não tem nada de espontâneo nisso e seus personagens continuam fazendo o que seus líderes permitem ou determinam.
Ninguém precisa se culpar por gostar de corrida de automóvel (esse troço machista que queima gasolina e polui o planeta), mas também não podemos ser ingênuos em pensar que esse tipo de atração televisiva dominical vai ajudar o mundo a ser um lugar melhor. Não existe isso.
Em termos esportivos absolutos, o campeonato de 2020 da Fórmula 1 já teria sido cancelado há meses. É o negócio que impõe sua realização. Então, essas manifestações ideológicas, por mais poéticas e lindas que sejam (e concordo com elas), é apenas uma cortina de fumaça para que as pessoas se sintam melhor nesse auto-engano consciente.

Edu Zeiro
Edu Zeiro
Reply to  JT
3 anos atrás

Que seja. Mas ainda é melhor do que não se manifestar, não pensa assim?

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
3 anos atrás

Off Topic: A beira do inicio da temporada noticias nebulosas em relação a Mclarem. R$1.800.000.000,00 não se arranjam tão facilmente (gosto de colocar todos os zeros para ter a real noção do “tamanho do grito”).

Bem que o Mundo poderia ser como a China onde milagrosamente o vírus só causou uma “gripezinha”. Menos de 5.000 mortos em meio a 1.400.000.000 de almas.

Edu Zeiro
Edu Zeiro
Reply to  Ricardo Bigliazzi
3 anos atrás

Off topic. Prezado, por curiosidade: por que você dúvida dos números chineses?

A. Coyote
A. Coyote
Reply to  Edu Zeiro
3 anos atrás

Negacionismo.

Garagista
Garagista
Reply to  Edu Zeiro
3 anos atrás

Não só os números, como a procedência. Made in China: quem acredita na qualidade?

mario aquino
mario aquino
3 anos atrás

Gomes quando fica puto escreve como ninguém

Sergio Helou
Sergio Helou
Reply to  mario aquino
3 anos atrás

então o cara vive puto, escreve pra caramba o cara

Leonardo dos Santos
Leonardo dos Santos
Reply to  Sergio Helou
3 anos atrás

Concordo totalmente com vc Sérgio Helou!

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
3 anos atrás

Muito legal essa nova postura. É importante trabalhar no sentido que a igualdade e o respeito entre as pessoas passem a ser apenas uma atitude/postura normal de cada um (faço a minha parte nos últimos 58 anos).

Agora, não posso me iludir esperando que o glamour e o luxo nababesco deixem de existir nos eventos de F-1. A comparação com o ingresso de futebol é descabida. Vejo um grande premio ao vivo (hoje em dia é raro) apenas uma vez ao ano, enquanto posso ver o meu Palmeiras aqui em SP pelo menos umas 30 vezes.

A F-1 é um espetáculo raro, e como toda “raridade” tem o seu preço a pagar (caro).

Obs.: Automobilismo de maneira em geral é um treco caro, andei por anos de Kart Endurance e pude participar de algumas provas de longa duração na Granja Viana (500 Milhas, 400 Milhas Oval, 1.000km Invertidos ) e sempre foi um “negócio de rico”. No inicio da década de 2000 um kart para correr as 500 Milhas da Granja na categoria B saia a bagatela de R$25.000,00. (R$5.000,00 para cada piloto). Sempre achei caro, era apenas um kart de 18HP – motor 4 tempos – com pouca preparação. Conquistamos 2 sextos lugares na “Categoria B” o que sempre nos deixou orgulhosos (éramos um bando de “velhos amadores”). Costumo brincar com os meus amigos quando me falam que vão comprar um kart que Eles não sabem o mundo que estão entrando, sempre digo: “veja bem o que vai fazer, é mais barato ter uma amante do que um Kart”.

Fernando
Fernando
3 anos atrás

Caraca, acho demais quando voce escreve…nada contra os seus videos, somente que prefiro ler e, na maioria das vezes, nao da pra assistir ao video nocomputador devido ao trabalho, a estar no escritorio….abracos

GIOVANI JARDIM
GIOVANI JARDIM
Reply to  Fernando
3 anos atrás

Eu também, Flávio Gomes escreve muito bem.

Gustavo
Gustavo
3 anos atrás

Boa noite!

Escrever que seus textos são foda, é pleonasmo.
Culpa disso tudo é do capital.
Relembro agora, grande frase do mestre Ariano:
– A meu ver, enquanto houver um miserável, um homem com fome, o sonho socialista continua.

Jeferson Araújo Pereira
Jeferson Araújo Pereira
3 anos atrás

Acredito que o Hamilton irá mudar completamente seu capacete na Áustria. Caso ele mude mesmo, há muitas opções para se combater o racismo que ele poderia usar.Uma delas seria estampar o rosto do George Floyd.

Wallace
Wallace
3 anos atrás

Flavio,
Cara você é danadinho heinnn? Obrigado pelo show escrito, parabéns!!
Pois é, parece muito oportuno né? Mas com essas letrinhas de bula de remédio escondidinhas mostra bem que a hipocrisia continua, Isso tudo é só marketada.

Gabriel Rocha
Gabriel Rocha
3 anos atrás

Esse é o tipo de assunto que valeria a pena umas cervejas noite adentro no bar. Colocar tudo em perspectiva, fazer a crítica, saber observar e analisar sem deixar a paixão atrapalhar, e saber que pode-se fazer essa crítica sem perder a paixão.

Márcio Montechese
Márcio Montechese
3 anos atrás

Belíssimo texto, como sempre. Eu, que gosto de Fórmula 1 desde criança (já tenho 56), achei muito legal a iniciativa. E o Hamilton foi PHODA ontem!