SEM RÚSSIA
SÃO PAULO (já era) – Essa pista aí da foto, quase pronta, iria receber o GP da Rússia a partir de 2023. Fica perto da linda cidade de São Petersburgo, onde nasceu Vladimir Putin.
Não vai mais. Depois de cancelar a prova marcada para Sóchi no dia 25 de setembro, a Liberty hoje informou que rompeu o contrato com os promotores do GP da Rússia e que isso significa que “o país não vai receber uma corrida no futuro”. “No futuro” é um conceito bastante etéreo. Enquanto houver sanções econômicas e hostilidades políticas entre os EUA, onde a Liberty está sediada, esquece. Se amanhã Putin entra numa astronave e Kiefer Sutherland se naturaliza russo para assumir o Kremlin, claro que tudo isso será revertido.
Mas, pelo menos num futuro próximo, melhor não contar com a volta da F-1 à Rússia. No que diz respeito a Sóchi, que recebeu a categoria pela primeira vez em 2014, não vai fazer falta nenhuma do ponto de vista técnico-chármico. Chármico é palavra que inventei agora e vou indicar ao Houaiss. É uma pista chata, artificial, sem relevo, parece feita num estacionamento — e é quase isso. Só entrou no calendário porque Putin bancou sua realização, quando ainda era bonzinho. Incrível como o Ocidente tão esperto se enganou com esse moço, não?
De qualquer forma, fim de papo. GP da Rússia agora é história. Aos seus números, pois, depois de oito anos de vida:
VENCEDORES: Hamilton (2014, 2015, 2018, 2019 e 2021), Rosberg (2016) e Bottas (2017 e 2020). Como se nota, todas as vitórias foram conquistadas pela Mercedes.
POLES: Hamilton (2014 e 2020), Rosberg (2015 e 2016) e Bottas (2018) pela Mercedes; Vettel (2017) e Leclerc (2019) pela Ferrari; Norris (2021) pela McLaren.
PÓDIOS: Hamilton (7), Bottas (5), Vettel (3), Rosberg, Raikkonen e Verstappen (2 cada), Pérez, Sainz e Leclerc (1 cada)
PÓDIOS POR EQUIPES: Mercedes (13), Ferrari (7), Red Bull (2), Williams e Force India (1)
Ninguém falou ainda sobre substituição no calendário. No site da F-1, a prova foi simplesmente excluída e a temporada ficou com 22 etapas. O número mágico de 23 que a Liberty deseja corre risco de não ser alcançado mais uma vez. Mas o mais provável é que a data seja ocupada em breve. Sepang, Istambul, Portimão e Mugello estão entre as pistas cogitadas, com chances bem maiores para as duas primeiras, remotas para a terceira e quase inexistentes para a quarta. Nem sei por que citei Mugello.
gomes e pessoal:
a ferrari vai cancelar suas relações contratuais com a kasperski russa?
se não cancelar, a ferrari vai sofrer sanção por isso?
ou vão todos deixar pra lá no caso da kasperski e da ferrari?
Que guerra infame ( e qual guerra não seria ? ) , de um lado a Rússia , governada por um autocrata fascistão assassino , e do outro, a Ucrânia, governada por um bufão , também assassino de seu povo , cujo governo abriga grupos neonazistas super ativos e militantes . Apoiado pelo ocidente imbecilizado e imperialista .
É a guerra das extremas direitas .
… e com isso tudo Mazepin “rodou” e o gp da Rússia já era !
Jack Bauer, já está na Russia, dizem que ele sozinho, já derrubou 15 Migs, 245 Tanques T-90.
Quando Ecclestone era o comandante do circo, a F1 ia atrás do dinheiro, fosse onde fosse, independente de qualquer questão social ou política. Ecclestone, basicamente, tem um único valor. O dinheiro. Agora que a Liberty está no comando a turma segue a política dos norte americanos. Não sei se é certo ou errado, mas é simples de entender. Esportivamente, a Rússia não fará falta alguma! Mas se o raciocínio fosse apenas o esportivo outras praças também sairiam da F1.
Solução do marido traído que, pegando a mulher em flagrante adultério no sofá da sala, … tirou de lá o sofá, “resolvendo o problema”.
Não corre na Rússia.
Mas corre na Arábia Saudita, no Catar, no Bahrein, corria na África do Sul sob o regime do apartheid…
Coerência?
Melhor não tocar no assunto.
Nikita Mazepin rodou, Pietro Fittipaldi no lugar dele.
De 2014 a 2021 acho que só a corrida do ano passado foi legal. O resto pode jogar no lixo.
Obaa !! O Pietro entrou !!
Qualquer pista que entrar já é um up no calendário, ainda mais que temos pistas aí com tempo bem instável
Festival de hipocrisia desse mundo “civilizado”.
Porra, “chármico” é uma ótima palavra.
Mas eu queria saber Flávio como que você acha que vai ficar a questão de um carro com as cores da bandeira russa, guiado por piloto russo (já devidamente odiado antes da guerra), e isso ironicamente num time americano que precisa desse dinheiro pra sobreviver.
Já falei disso em vídeos desta semana. Dá uma olhada na série RÁDIO GOMES.
Desde já na torcida por Sepang
acho que o Bottas venceu 17 e 20