BRASA NA ÁUSTRIA
SÃO PAULO (em instantes, mais entrevista com o blogueiro) – Que história mais sensacional me manda o Klaus Wagner, que reproduzo na íntegra — não sem antes mandar um recado para Dom Pedro Von Wartburg, hoje refugiado em Viena, que certamente quererá conhecer este novo amigo.
Meu nome é Klaus, sou brasileiro e moro em Viena há mais de 10 anos. Vim pra cá com 19 anos pra estudar e acabei ficando.
Venho a você primeiramente pra dizer que gosto bastante do seu trabalho e já o acompanho há bastante tempo. Gosto muito do seu jeito de escrever!
Queria contar também brevemente minha aventura que começou no ano passado, quando tive a estranha ideia de que queria ter uma VW Brasília em Viena. Nos anos 70, a Brasília foi vendida em alguns poucos países além do Brasil, dentre eles Portugal, o único na Europa.
Quando descobri que existiam Brasílias em Portugal, comecei a procurar e com um tanto de sorte encontrei a Leopoldina, a minha Brasília. Esse carrinho da foto.
Dois amigos e eu a trouxemos rodando do Porto até Viena, 3.000 km em três dias. Existe até um divertido vídeo que o Tiago, participante da jornada, editou.
Depois de superar toda a complicada burocracia europeia, emplaquei o carrinho e posso dizer que tenho a única VW Brasília rodando na Áustria, uma das poucas na Europa, já que até mesmo em Portugal ela são de extrema raridade.
Hoje eu rodo com ela por aí em dias de passeio e a Leopoldina chama muito a atenção. Já fui inclusive premiado no maior encontro de Fuscas da Áustria, realizado dia 1° de maio em Eggenburg.
Eu também possuo um blog em que conto sobre as manutenções que fiz e faço no carro e sobre os passeios nessa terra distante.
Se julgar interessante, fique a vontade pra divulgar :-)
Um abraço,
Klaus
Está divulgado. Muito linda essa paixão por um carro, ainda mais de alguém jovem como o Klaus, que nasceu, pelos meus cálculos, uns quatro anos depois de encerrada a produção da Brasília. Abaixo, Leopoldina. Vida longa a ela!
O cara é maluco…. mas adorei a maluquice dele!
Vida liga para Leopoldina!
Nossa, numa boa, que Brasília linda a desse cara! A propósito, nunca tinha visto com essa cor!
Klaus, meu jovem, me mande um sinal de fumaça no [email protected]. Quero conhecer Leopoldina!
Recebeu meu e-mail? Qualquer coisa, me ache por aqui [email protected].
Que história bacana. Uma Brasília em Viena! Meu pai tinha uma Variant, que era bem parecida e que eu achava mais bonita também. Pergunta: a Brasília foi desenvolvida no Brasil?
Sim, foi um dos primeiros VWs a serem desenvolvidos fora da Alemanha. A maioria delas (uns 90%) foi produzido no Brasil e o restante foi montado no México.
Cara que emoção!
Muito legal a sua história e fiquei impressionado com o estado da sua Brasilia, realmente linda!!!
E que legal a viagem, paisagens lindíssimas e estradas de primeiro mundo que tornam a viagem divertida prazerosa e divertida.
Parabéns!
Flávio, merece mais destaque essa estória, publica prá gente !
É só entrar no blog dele!
BLZ !!!!
As cores e padronagens das Brasílias export ( como de outros VW) eram muito mais interessantes que as feitas para consumo interno.
Se vc ler o blog dele, vai ver que o carro foi pintado posteriormente com uma cor não original Brasília, mas sim VW.
Um dos poucos itens não originais…
Parabéns Klaus, belissíma a Leopoldina(homenagem à nossa primeira imperatriz, que era austriaca?) são pessoas como você que tornam a vista a esse blog sempre interessante…além dos comentários do Flávio, claro…Abraço.
Pois é, o nome Leopoldina foi a melhor forma de unir Áustria (por ser austríaca), Portugal (por Leopoldina ter se casado com um português) e Brasil (por ela ter sido a nossa imperatriz).
Parabéns !
\o/
Viver na Áustria é 10. Viver na Áustria e dirigir uma Brasília é 1000!
Linda cor!
Por que não fazem mais carros com cores diversas?
Oi Klaus – Muito interessante a materia !! Tambem gostava muito das Brasilias – uma a alcool que nao ” andava ” e duas a gasolina, carburador unico , que eram muito agradaveis de rodar . Saudacoes do Kurt – Rio de Janeiro,
gostaria de saber o ano dessa Brasilia.
mas seja lá qual ano for, dá pra ver que tá caprichada e bem cuidada.
e como cai bem a placa europeia nela…
Produzida no meio de 1976, emplacada pela primeira vez em dezembro de 1976.
Que massa!!! Eu aprendi a dirigir em uma Brasília do meu pai! Já tive uma Brasa também, gostava muito dela, apesar de ter ficado pouco tempo, porque ainda estava naquela vontade de piá de trocar de carro pra ir “melhorando”. Mas estou pensando em comprar uma novamente, muito legal!
Tem uma na Autostadt, em Wolfsburg.
Muito boa a odisseia da Brasília de Porto até Viena! E andando muito bem, para mais de 110 km por hora!
Até pensei em copiar a ideia e trazer uma para Espanha, mas só encontrei esta por Internet, e acho um pouco caro
http://olx.pt/anuncio/volkswagen-brasilia-IDvswUC.html#69c35d5983
Quanto custaria uma similar no Brasil?
Meu pai teve uma igual, exceto por estas rodas de 1303 …. que devem ter sido colocadas em algum momento. Mas a curiosidade fica pelo PQP no painel, pelo que me recordo o último ano dele por aqui foi em 76, e os apoios de cabeça, acessórios???
As Brasilias portuguesas eram fabricadas no Brasil, mas possuem algumas curiosidades. Uma delas são os bancos, que eram fabricados por uma fábrica de colchoes bem tradicional de Portugal. Por isso eles tinham o encosto de cabeça inclusive em modelos pré-78 como a Leopoldina. No Brasil os encostos só vieram mais tarde. Outro detalhe sãos os vidros, também fabricados em Portugal pela Covina e o carpete também é diferenciado das Brasilias 100% brasileiras.
Obrigado, Flávio! Vida longa a todos nós e a nossos carros queridos.
Du caralho essa história. Linda, a Leopoldina. Parabéns, Klaus! Aproveite seu carro e passeie bastante por aí com ela!
Sensacional. Reliquia de uma era.
Se estivesse vivo, o Piancastelli te agradeceria por cuidar tão bem desta Brasília!
E é vinho… vinho do Porto!
Muito interessante, imagina a aventura… 3000 Km… de Brasília… pela Europa! Genial.
A frente é diferente, não? Os paralamas me parecem arredondados na junção com o conjunto ótico.
Penso que você deve ser bem jovem, e só conheceu os últimos modelos da Brasilia. Os mais feios – aliás, menos bonitos.
Essa aí é das primeiras, no máximo 76 – devido ao friso único do capô dianteiro.
Belo e interessante carro…
Foi o 2º carro de rua pelo qual me apaixonei à 1ª vista – o 1º foi o Alfa-Romeu 2000 JK – e que cheguei a ter, um linda Brasilia 74 bege alabastro, discretamente personalizada.
Rs. Não, não sou jovem. Eu já devo estar pela esclerose mesmo. Obrigado pela explicação, Roberto.
Rs. Não, não sou jovem. Pelo contrário, talvez já esteja na conta da esclerose. Obrigado pelo esclarecimento, Roberto.
Lindíssima