FOTO DO DIA
RIO (mil parabéns) – A imagem de hoje é de Emerson Fittipaldi, que exatamente 45 anos atrás conquistava seu primeiro título mundial em Monza. A história está contada aqui pelo Fernando Silva na seção “Na Garagem” de hoje. Costumo dizer que, sendo rigoroso, o Brasil teve três excepcionais pilotos. Emerson, para mim, foi o mais importante dos três.
Minha interpretação:
Emerson Fittipaldi, o primeiro campeão, mudou o modo como os gringos enxergavam os pilotos brasileiros na F1. Inteligente, técnico, “cerebral”. (Acho parecido com o tipo de piloto que era Alain Prost).
Nelson Piquet, o piloto brasileiro mais completo (conhecimento técnico + velocidade + arrojo) de todos os pilotos brasileiros que já passaram pela F1. Um dos mais completos da história da F1. Da “escola de Nikki Lauda”.
Ayrton Senna, o mais arrojado, mais rápido e mais vencedor/recordista. Não á toa seu ídolo era Gilles Villeneuve. Tinham muito em comum como pilotos, na pista.
Cada um tem o seu fã clube, os seus méritos.
Mas o meu favorito SEMPRE será Nelson Piquet.
Quem viu, viveu e acompanhou Piquet e a F1 do fim dos anos 70 até 1990, sabe que grande campeão foi (ainda é) o “Nelsão”.
Em 1995, aos 49 anos, Emerson ganhou uma corrida da Indy pela última vez, correndo com pilotos com menos da metade da idade que tinha.
Ganhou por onde passou, desde que foi para a Inglaterra no final dos anos 60.
Correu, ganhou e perdeu contra os grandes de cada época. Como acontece com todos os grandes. E é isso mesmo. De cada época, longevo que foi.
No final de 1980, quando disputou o último GP de Fórmula 1, quem não tinha parado (uns poucos) tinha morrido. Naquela época, precisão era essencial, porque perder o controle do carro poderia simplesmente ser pela última vez.
Foi grande na F1 e, talvez, maior ainda na Indy. Era um desses pilotos que é preciso certo esforço para apontar os erros que cometeu nas pistas – usando os dedos de uma mão, possivelmente.
Os três foram gênios, cada um a sua maneira. Mas nenhum deles – e poucos no mundo – competiram por tanto tempo em nível tão elevado.
Único defeito razoavelmente grave que se pode contar é ser realmente ruim em qualificações. Segundo pior, talvez até o pior (dando o benefício da dúvida à carreira abortada do Moco) dos seis vencedores.
Tem um pega dele com o Mansell, em Cleveland, que é épico. Dois pilotaços com a faca nos dentes, numa pista maluca e carros lindos de viver. Pra quem não lembra, vai de brinde uma narração bem legal do Teo José :
https://youtu.be/SKuY9Nb9LU0
Prezado F&G : Emerson é a verdadeira consagração na F-1, campeão pela Equipe Lotus, não recebeu o tratamento de campeão por parte de Colim C., Uma grande empresa patrocinadora de tabaco, lhe ofereceu a chance especial, escolheu a Team McLaren, foi Bi-campeão, realizou o sonho do irmão Wilson com uma equipe nos moldes dos garagistas ,sim teve sucesso Fitti-coopersucar , pontuações, pódios .Parou com a carreira voltou humildemente na F-Indy, venceu por duas vezes a prova mais importante da categoria.É reconhecido no mundo todo como o Piloto de talento e cérebro,calculista, planejava as corridas marcava seus adversários, estudava seus erros e fazia a ultrapassagem ,outras vezes na raça na dividida,conversava com à máquina , vestia o carro, ouvia a suspensão ,câmbio, motor,cuidava dos pneus .Simplesmente fantástico, sobraram dois grandes campeões vivos . J.Stuart e Niki Lauda , ambos adversários de época , é só perguntar como era competir com Emerson ,
O Senna tinha mais o chamado ” talento natural ” para pilotar , mas também acredito que o Emerson Fittipaldi tenha sido o mais importante piloto brasileiro no exterior ! Nos anos 70 a Formula 1 era totalmente diferente, os circuitos eram sensacionais, a maioria sem artificialismo , os carros em sua maioria eram lindos e desafiadores, sem qualquer ajuda externa, a maioria dos pilotos tinha carisma, vide Peterson , Cevert, Villeneuve e tantos outros ! O titulo mundial era consequência e não uma necessidade para ser reconhecido como um grande piloto e amado pelos fãs de uma Formula 1 que cheirava a borracha e gasolina e não a politica e puro interesse comercial ! O fato de que em 2018 seja bem provável que não tenhamos um piloto brasileiro no grid da Formula 1 só aumenta a importância daquele que começou polindo os cabeçotes dos motores nas madrugadas frias da Inglaterra, para poder competir na Formula Ford a partir de abril de 1969 !
Sem dúvida, inclusive por reconhecer o mérito de Chico Landi, quase sempre esquecido. Uma pena que vive sempre metido em trambicagens, o que, é claro, não diminui seu valor como piloto/desbravador.
Não sabia da Amizade de Emerson com Ronnie Peterson era tão intensa, uma vez em uma entrevista, perguntado sobre o Sueco, o Rato chorando disse como o estimava. Este mês de setembro, fazem 39 anos do fatídico GP de Monza. Outra interessante, foi ele contanto que numa corrida aqui no Brasil, o Sueco foi se hospedar no hotel e exigiram a certidão de casamento do Sueco e sua esposa Barbro, e o Sueco ficou muito puto, daí chamaram o Rato que contornou a situação.
O Brasil tem oito títulos de pilotos na F-1, mas o primeiro de Emerson em 1972 conquistado no circuito de Monza na Itália o pessoal que acompanha automobilismo nunca esquece! O Emerson tem um carinho muito grande pelo Chico Landi e quando falam que ele foi o primeiro ele diz: “Não, o primeiro foi o Chico Landi.”
Emerson fenomenal pelo fato de ser o primeiro e unico com coragem de ser construtor da Formula 1, ainda sim depois de ridicularizado foi o primeiro a ser aventurar em ovais e sempre perfomando bem.
Nunca esquecerei das 3 Penskes Marlboro andando juntas em Elkart Lake (Trancy, Al Unser Jr e Fittipaldi).
A 45 anos , ouvi essa corrida , pelo rádio , pois naquela época não tinha
tv ainda . Vibrei com a voz do Velho Barão emocionada com a conquista
do filho ….é o tempo passa depressa …
Um gênio sobre rodas.
Corajoso, ousado e arrojado ao encarar pilotar para a equipe do irmão.
Lembrado e aplaudido pelo mundo todo, pelo talento e inteligencia dentro do carro, menos nesse país em que se não vencer, não é bom.
Parabéns Fittipaldi.
Concordo. Cada um teve sua época, suas conquistas e sua relevância. Mas sem dúvida o Émerson foi o mais importante pois abriu caminhos. É verdade que houveram outros (poucos) brasileiros antes dele na F-1, mas ele foi o primeiro que realmente colheu frutos. Isto sem contar que foi o primeiro construtor, o primeiro a encarar o desafio da Indy e o primeiro a ganhar em Indy. Este cara é mito!
Boa Tarde.
Emerson foi o grande desbravador brasileiro quando se fala em automobilismo. Contando com o apoio do Chico Rosa foi pra Europa e disse ao mundo que Chico Landi não era o único tuipiniquim competente atrás de um volante e que o Brasil faria história no velho mundo. Excelente acertador de carros, técnico como poucos, viveu uma geração romântica mas perigosíssima, muitos pilotos morreram. Lutou muito por segurança e precedeu aqueles que nos trariam outras tantas glorias.
Bicampeão teve coragem para deixar a certeza de outros títulos para se aventurar junto ao irmão no projeto da Equipe Fittipaldi onde, mesmo sem o dinheiro das equipes grandes, fizeram muito bonito. São respeitados no mundo todo menos aqui…Imagino o que não sofreram sendo chacota de parte da imprensa.
Grande cara, merece muitas e muitas homenagens.
Concordo plenamente como fala o Piquet mostrou o caminho da pedras para os outros.
E os caras estão patinando pra colocar qq porra que proteja a cabeça dos pilotos …
Nessa foto, a Lotus já tinha o “Halo” …
Lotus tinha o “shield”.
De fato, o Senna leva uma vantagem injusta sobre Emerson e sobre Piquet: ele morreu, e morto, tornou-se inatacável e inquestionável.
Tanta coisa boa pra se escrever desses 3 magníficos pilotos e vc escreve isso? Que pobreza
Sem dúvida o mais importante porque foi o primeiro. Como diz Nelson Piquet: ” Depois do primeiro que abre as portas, fica fácil”. Não tão fácil…
Emerson poderia ter vencido, fácil, 5 campeonatos mundiais.
O de 76 teria sido uma moleza. E o Comendador tinha oferecido o lugar de Lauda para ele no final de 76.
Nunca me decidi se a Copersucar foi um exemplo de conduta ou um erro.
Piquet também enterrou anos produtivos na Brabham, apenas para continuar pilotando os carros projetados por Gordon Murray. Sei lá…chega uma hora que títulos talvez contem menos que sonhos, prazeres e princípios.
Fácil, não. Tinha O Lauda e o Andretti com sua super Lotus no meio do caminho. Acho que levaria mais 1 título.
76 eu não acredito. A decisão iria pro Japão igual foi com o Hunt. Só que Hunt quis correr risco e Emerson não iria querer arriscar. Pelo bi acho que Lauda ficaria em 77 e ganharia o tri (75/76/77).
Fittipaldi só iria pra Ferrari em 78, e não impediria o domínio da Lotus. Aí viria o tri em 1979.
Acho que ele aguentaria pilotar em bom nível até 1983, onde acredito que acabaria em terceiro (atrás de Prost e Piquet).
Que interessante: o Lotus 72 já utilizava o Aeroscreen no início da década de 1970.
Algo esteticamente muito mais aprazível que o horroso Halo.
A FIA deveria olhar pelo retrovisor…
Também o considero o mais importante. Alguém que certamente teria mais vitórias e títulos, se não tivesse investido no projeto da equipe brasileira de F1.
Monstro sagrado do automobilismo.
Emerson… “O Melhor”!
Sem Ele nada teria acontecido!
Off topic: Essa Lotus 72 devia ser uma cadeira elétrica de primeira, O Colin Chapman era um gênio das pistas, mas a segurança ficava em segundo plano em relação a velocidade.
Emerson sempre disse que esse foi o melhor carro que pilotou em toda sua carreira.
Todos os F1 daquela época apresentam os mesmos índices de (in)segurança.
Veja por exemplo o caso do Courage, que morreu queimado num de Tomaso, carro construído com magnésio.
A tecnologia da época era assim. O maravilhoso Lotus 72 era uma “banheira” aberta, com um acrílico cobrindo a região do painel. E o projetista do De Tomaso foi o GianPaolo Dallara, considerado melhor que Eric Broadley(Lola), Len Terry(Lotus) e outros do período.
Emerson,
O pioneiro, que abriu o caminho.
Piquet,
O mais criativo e inteligente. O inventor.
Senna,
Talvez o mais brilhante.
Gosto mais do do Piquet. Cada entrevista dele é um aprendizado, sem usar meias palavras.
Uma vez o Flávio sintetizou parecido, de forma que deixa lugar para os 3 serem admirados sem ciúmes dos fãs dos outros:
Emerson – o mais importante
Piquet – o mais interessante
Senna – o melhor
Concordo. Poderia ter sido o maior dos Brasileiros em resultados (títulos) se não tivesse apostado no sonho da equipe própria. É o maior de todos justamente por isso. Que coragem e qie talento! Parabéns, Emo, pelas bodas do título.
Seria nosso primeiro tri, e teria números pouco inferiores aos do Senna.
No início da década de 80 ele acabaria meio em segundo plano por causa do crescimento do Piquet, e a Ferrari (onde ele estaria desde 78) não ia entregar carros pra acompanhar, exceto em 83, que seria a temporada de canto do cisne, e mesmo assim não impediria o bi do NP.
Graaaaaaannnnnnde Emerson !!!!!!!
Concordo! Foi o cara que serviu de portal para tantos outros atravessarem o Atlântico para tentar a vida de piloto na Europa. Depois, fez o mesmo com o automobilismo norte-americano, além de ser um grande incentivador do esporte!
Lembro de ter chorado muito de emoção ao vê-lo cruzar a linha de chegada de Monza, tornando-se campeão mundial de F1! Se antes, acompanhava o esporte pelas revistas e por algumas vezes, assistir corridas no antigo traçado do autódromo do rio, passei a ser assíduo leitor de suas reportagens na revista 4 Rodas, passei a escrever para ele, tirar dúvidas, discutir sobre carros, sendo respondido com atenção.
Hoje, seu nome e sua imagem – manchados por alguns erros financeiros – mantèm-se entre os seus fãs, intocável, merecendo muitas homenagens! Parabéns, Emerson! E, muito obrigado por tudo!!!