UM CARIOCA EM INTERLAGOS

SÃO PAULO (quantos cocares?) – Muito legal o relato do Gustavo Sirelli em seu blog, sobre a aventura de sair do Rio para ver a GT3 em São Paulo no domingo. Texto que deveria ser lido pelos organizadores para que eles saibam que: 1) tem gente no Brasil disposta a botar o pé na estrada para ver corridas; 2) essa gente merece ser bem tratada.

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Fernando Chaves
Fernando Chaves
15 anos atrás

É realmente brincadeira de amador. É muito triste ver as arquibancadas vazias e aquelas maravilhosas maquinas voando na pista. Nos anos 60 eu assistia as corridas em dois locais: Na arquibancadas de tijolinhos ou com turma de Santo Amaro na plataforma onde foram construidos os boxes atuais.
Acho que o negócio é cobrar 10 reais de entrada e mais 10 pelo carro, encher de quiosques decentes de Alimentação (è só convidar as franquias de fast-food) barracas de souvenier e muita mulher bonita. Agora precisa divulgar (Dizer que tem corrida no fim de semana). Ou eles não querem a gente lá……..????

Filipe Araújo
Filipe Araújo
15 anos atrás

Já comentei aqui a minha decepção com a GT3.
A desorganização, o desrespeito com o público, 8 horas de corridas e treinos sem um rango decente, sem banheiros suficientes, estrutura zero.
Realidade, o automobilismo brasileiro (ou o que restou dele) está todo assim: dirigentes enchendo o rab.. de dinheiro, pilotos sem identidade com o público e comprometidos com os patrocinadores, dando entrevistas que, cada vez mais, se parecem com as de jogadores de futebol. E para o público, o que que sobra?
Bem dito pelo Sirelli: parece que eles não nos querem lá.

Sidney Cardoso
Sidney Cardoso
15 anos atrás

Flavio
Vou colar abaixo o que escrevi no blog do Sirelli. Lendo você entenderá tudo. Após vou te enviar a tal foto. Caso queira publicar e alongar esta discussão, penso que seria proveitoso para a situação atual de nossas corridas, autódromos e público.

Caro Sirelli
Vi a chamada pra seu blog – que não conhecia – no Flavio Gomes, vim ler e quero deixar meus mais entusiásticos parabéns!
Você além de dominar a Língua Portuguesa com maestria – como FG – tem uma capacidade de observação e descrição maravilhosa.

As cinco estrelas representadas com cocares foi ótima.

(…) para quem não conhece autódromos, é preciso explicar que em nenhum, em qualquer lugar do mundo, é possível enxergar toda a pista. O que chegava mais próximo disso era Jacarepaguá, aquele lá do início da história e que César Maia e Carlos Nuzman destruíram (…). Concordo plenamente. Acrescentaria também Interlagos antigo, onde a visão não era total como o de Jacarepaguá, pois das arquibancadas perdia a Ferradura e Sargento, mais assistíamos quase tudo.

Há alguns meses atrás Flavio Gomes propôs uma discussão sobre o esvaziamento dos autódromos e uma das minhas várias observações – não coloquei todas para não me alongar – foi de que a visão das arquibancadas ficou péssima com a modernidade.
Não sou contra a modernidade, mas penso que seria possível inovar com a tecnologia que dispomos construindo os boxes subterrâneos com rampas para a pista, creio que assim a visão da pista poderia voltar a ser como antes. Do contrário é melhor assistir as corridas em casa no sofá pela TV como você disse.

(…) Mas não dá para esperar muito público mesmo. Pouquíssima publicidade, mesmo na cidade onde acontece o evento (…).
Havia detectado a mesma coisa. O óbvio só é óbvio para mentes preparadas.

(…) Ao comprar ingresso, não deveríamos receber um folder com informações sobre as categorias, pilotos etc.? (…).
O contrário a isso acontece nos desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí. Lá o público recebe uma revista muito bem feita, percebe-se que verdadeiros profissionais fizeram extenuantes trabalhos de pesquisas. Esta revista chama-se: Rio, Carnaval e Samba. Ela contêm de forma leve, leitura agradável, bem diagramada, muitas fotos e riquíssimas informações sobre cada escola de samba, a origem do enredo, simbologia das alas, etc. Será coincidência que os ingressos se esgotem rapidamente? O engraçado disso é que os comentaristas das TVs usam-na para descrever os enredos, as alas, como se fossem eles os experts no assunto.

(…) Além disso, apesar de grandes marcas envolvidas, nada para o público. Nenhum estande onde se pudesse comprar lembranças de qualquer tipo. Em resumo, nenhuma atração para o público nos intervalos entre as provas. O meu sentimento é que a organização se incomoda com a presença de torcedores e fazem de tudo para que ninguém volte. (…).
Estive numa etapa da GT3 em Interlagos e pareceu-me que essa não é a intenção da organização. É burrice mesmo.

Gostei de seu blog, adicionei aos meus favoritos. Estava para enviar uma foto para Flavio Gomes de uma volta de apresentação de uma corrida que participei realizada em 1970, com público enorme e o mesmo com os carros participantes, de tal forma que a foto não conseguiu capturar todos carros que participaram desta corrida, nela não aparecem os primeiros e os últimos por falta de espaço.
Era meu desejo enviar essa foto pra ele e continuarmos a discussão sobre o porquê da falta de público atual nos autódromos, pois acho que se discutimos isso mais vezes creio que alguns dos organizadores e imprensa atual acabem lendo e, quem sabe, resolvam fazer uma experiência com nossas sugestões.

Tenho estado com alguns afazeres extras com falta de tempo de vir aos blogs e fui protelando, mas lendo o que disse, concordando com tudo, você me reanimou a enviar esta foto para ele. Irei fazer isso agora, obrigado por esta injeção reanimadora.

LUCA
LUCA
15 anos atrás

Lembro de uma MIL MILHAS em Interlagos. Aquilo sim que era aventura. Sair de Campinas de trem, chegar em Sampa e pegar um papa-filas até Interlagos, ou o mais perto possível, ver a largada estilo LeMans da arquibancada e depois, ahaaa, depois é que começava a farra. Durante a noite, atravessava a pista inúmeras vezes e fica um pouco em cada curva, com direito de quase ser atropelado lá pelas 4:00 da matina quando escorreguei atravessando a pista no Pinheirinho (puta susto, meu e do piloto) .Quanta diferença…..para melhor de um lado e para pior de outro !!!

Ricardo - OR
Ricardo - OR
15 anos atrás

Nao e possivel que esses “organizadores” nunca foram a corrida no exterior.
Qualquer autodramo aqui nos EUA tem atividade diarias.
Aqui em Portland-OR quarta e dia de carros classicos e corridas de dragster, Quinta e motocross no miolo do circuito, sexta e sabado e arrancada aberto ao publico, isso a noite. no sabado e domingo sempre tem corridas, nem que seja de cortador de grama. e em todos os eventos, tem baracas de lojas com lembrancas, roupas, capacetes e etc, sem falar obviamente nas opcoes de comida.
Se paga 8 dolares pra entrar,
Pra correr paga 25 dolares se o carro passar na inspecao de seguranca.
Com isso o autodramo ta sempre cheio, e certamente tem uma boa renda.
Ricardo-OR

Rafael Lucas
Rafael Lucas
15 anos atrás

Na outra etapa em São Paulo fiz a mesma coisa, mas Poços de Caldas fica só a 300km.

Uma observação: a barraca de comida tem fila, só tem cachorro frio e coxinha minúscula a um preço bem maiúsculo.

Sirelli
15 anos atrás

obrigado ao Gomes e à turma que visitou, comentando ou não.

Carlos Galto
Carlos Galto
15 anos atrás

Pois é…
Assistia tudo aqui em Jacarepaguá, de Copa RD350 até F1, Stock, Regional de Marcas, 6 Horas de JPA, Indy, MotoGP… E fora a MotoGP, todas dos boxes, sem pagar fortunas ou ter de entrar de penetra…
Hoje em dia, assim como no Marcanã, assisto do sofá de casa, com uns tira-gostos e uma cervejinha.
Pediram encarecidamente para que eu deixasse de ir. Deixei de ir..

reginaldo nat rock
reginaldo nat rock
15 anos atrás

Eita peão corajoso.
Não vou de jeito nenhum enquanto for essa frescura toda.
São carros de sonho mas, por enquanto, vou de racetv mesmo.
Esqueci que o menino perguntou quantos cocares vale a empreitada. Dou 10 com louvor.