E OS ENGENHEIROS?
SÃO PAULO (para pensar) – O blogueiro Edson Del Rio mandou uma mensagem muito simpática com foto ainda mais simpática que lança no ar uma reflexão. A gente vive falando aqui de categorias de base, da falta de campeonatos que formem pilotos no Brasil etc. Mas quase nunca falamos dos engenheiros. Do quanto o automobilismo poderia se integrar às faculdades de engenharia em todo o Brasil, ajudando em sua formação.
É algo, realmente, que deveria ser considerado pela CBA. E pelas universidades, também. Tirando a FEI e uma ou outra que participa das competições da SAE, não existe essa sinergia, para usar termo que os executivos adoram.
Seguem o e-mail do Edson e a foto.
“A foto é de 1985 e o carro é uma antiga Vemaguet transformada em um off-road (foram mantidos o motor e a transmissão, e realizadas pequenas alterações da suspensão). O chassi foi drasticamente encurtado e redistribuído o peso. O projeto foi feito por estudantes de engenharia mecânica da UNESP de Ilha Solteira e posteriormente doado a um colégio técnico da cidade. As rodas são do Passat (o nacional antigo) e durante muito tempo foi a diversão da garotada que estudava engenharia nesta terra distante (para aquela época, hoje é tudo muito perto…). O Brasil apresenta fantásticos pilotos de competição com destaque no automobilismo mundial, mas e os nossos engenheiros de competição? Acredito que pela nossa competência técnica poderemos ter mais engenheiros de competição com destaque no cenário internacional. Essa é uma missão para as escolas de engenharia, principalmente aquelas que proclamam a ênfase no setor automobilístico. Competição de velocidade também necessita de engenheiros e técnicos habilidosos para obtenção de resultados. Na verdade é um time, uma equipe! E nessa equação é importante a presença dos gerentes e administradores, engenheiros, mecânicos, técnicos etc. Ver a garotada que cursava engenharia preocupada com o desenvolvimento de novos projetos, com segurança, responsabilidade e dentro do ambiente acadêmico, era sempre muito bom, mesmo que lá em Ilha Solteira, e mais de 20 anos atrás.”
Olá Flavio Gomes,
Parabenizo e curto quase que diariamente seus comentários na ESPN, é muita alegria poder estar revendo alguns amigos de universidade nesta foto, onde tambem estou presente. Pode crer, na UNESP de Ilha Solteira temos um abnegado e competente Doutor em Termodinâmica e outras áreas afins, o Sr. Edson Del Rio, o qual tenho a honra de ter sido companheiro e aluno no período de graduação.
Engº Mecânico (1987) – Renato Antonio Alonso.
Olá Flávio,
Parabéns por seu trabalho e principalmente em divulgar essa foto. Fui colega e amigo de todos que estão nessa foto histórica. Muito me orgulho desses abnegados Engenheiros da nossa UNESP de Ilha Solteira (só Deus sabe como era difícil conseguirmos estágios e moradias decentes numa cidade que “teimava” em sobreviver, como nós). Ao meu grande Professor Del Rio nossos mais profundos agradecimentos.
Saúdades de todos,
Eng. Mecânico(1987) Ailton Avellaneda Couto
FEIS é longe ainda, que nem dizem nos cantos mais famosos
ohhh ilha solteira, para pá pá
fica mais um pouquinho para pá pá
você é admiraval, voce é admiravel, mas é longe pra caraleo
aliás, eu acho muito legal, a idéia das competições da sae e tal, mas tirando a fei, que tem dinheiro, o resto num tem como competir de igual para igual, e isso porque todos deveriam usar motores 2 tempos de roçadeira a gasolina.
é como na f1. quem tem “mais” ganha. (apesar desse ano ser diferente)
Pode colocar um engenheiro atrás do outro que não dá resultado nenhum. Décadas de formandos não foram capazes de construir uma indústria automotiva local. Pelo contrário, todos objetivam ingressar numa das grandes multinacionais e trabalhar em pequenos projetos e contribuições mínimas.
Falta muita coisa nesse país, inclusive apoio (sim, eu sei que isso faz muita diferença), mas a gana de construir algo valioso e que beneficie o país e seus cidadãos é mínima.
Por isso que temos que tirar o chapéu para caras como o Gurgel e até o dono da Tata. Chega de viver para servir as grandes corporações multinacionais. O Brasil precisa de gente que faz para os brasileiros. Não é à toa que pagamos US$20K por veículos toscos e vemos os “nossos” funcionários serem remunerados em uma fração do seu correspondente nos EUA ou Alemanha.
Por fim, competição de baja, de veículo movido à bateria química e tal não têm valor prático nenhum. Deve ser legal pra ganhar um troféu e gozar o colega perdedor e só. Enquanto isso, vamos que vamos com um buggy/fusca ou foras-de-série que não passam de canibalismo de partes e peças de veículos de produção.
to pensando em prestr em ilha solteira…
minha irma estuda la e ela falou do baja. cara, deve ser mto loko!!!
Olá, Gomes!
Sou leitor assíduo do blog, mas esta é primeira vez que participo dos comentários… Fiz graduação e mestrado em engenharia mecânica na UNESP de Ilha Solteira, saí de lá em 2005, inclusive fui aluno do prof. Del Rio, mas não conhecia esta história. E olha que o prof. Del Rio gostava de contar histórias nas aulas, vai ver faltei no dia em que ele contou esta…rs Lá na Ilha também existe equipe do Mini-Baja, quem sabe apareça algum participante por aqui… Enquanto isso, segue o link:
http://www.dem.feis.unesp.br/baja/
Grande abraço.
É Gomes,
Como vc pode ver nos comentários, são várias faculdades de todo o Brasil,que participam do projeto Baja SAE, o que é um motivo de orgulho para nós da SAE que organizamos as competições como voluntários.
O Formula SAE Brasil, que tem as mesmas regras do formula student ingles e americano, é um projeto mais novo no país mas que já reúne em torno de 15 escolas diferentes.
Destes projetos saem todo ano alguns engenheiros de competição e hoje temos alguns diretamente na F1 ou mesmo em empresas que prestam serviço as equipes.
Se vc se interessar eu posso te passar o contato de alguns desses engenheiros para eles te contarem como foi o caminho deles até a F1. É muito importante que as pessoas que acompanham o automobilismo saibam destes projetos e saibam que nossas equipes se saem muito bem nas competições no exterior.
A próxima competição da SAE é o Formula SAE Brasil, em novembro. Voce já está convidado a ver de perto o trabalho destes estudantes. Vou de enviar um email com um convite oficial.
Abraços
PARABÉNS ANDRÉ SOARES POR SEU COMENTARIO E SEU TRABALHO VOLUNTARIO NA SAE
MEU FILHO HOJE TEM 14 ANOS E ESTÁ NA OITAVA SERIE DO ENSINO FUNDAMENTAL ,GOSTA MUITO DE CORRIDAS E É PILOTO DE KART , COM UM GRANDE TALENTO ,GRANDE MESMO ,MAIS NÃO TEMOS O PRINCIPAL PARA SUA CARREIRA A GRANA ,MAIS ELE SEMPRE ME FALA EM SER UM ENGENHEIRO DE COMPETIÇÃO POIS ADORA ESSE MUNDO DAS CORRIDAS QUAL O MELHOR CAMINHO PARA ELE EM TERMOS DE UNIVERCIDADE OU MESMO COLEGIAL TECNICO PARA 2010 . ELE ME FALA EM IR PARA INDIANAPOLIS NOS USA É PRECISO MESMO DESCULPE POR MINHA ESCRITA E MINHAS PALAVRAS POIS SOU UM SEMI ANALFABETO MAIS UM PAI ORGULHOSO DE SEU FILHO E EM BUSCA DE AJUDAR SEU SONHO DE FUTURO SEM MAIS OBRIGADO A QUEM PUDER AJUDAR
Eu, como engenheiro mecânico formado na UFRJ e ex-piloto de kart no Rio, pergunto: se a CBA não se importa em formar pilotos, vai se importar em formar engenheiros?
Melhor esperar uma iniciativa das montadoras…
Opa! Tem feiano na área. Sou da época que o TALAV estava empoeirando em frente ao prédio da elétrica (1979, 80, etc.).
Fiz elétrica mas também metia a mão na graxa. Certa feita ajudei um colega de área a desenvolver um sistema de ignição a descarga capacitiva. A gente era tão tarado para jogar energia nas velas que numa das experiências o Passat deste colega teve um de seus pistões furados. Também devido a isso, a história acabou com ele sendo um dos “pais” da injeção eletrônica totalmente analógica do Gol GTS (trabalhando na Bosch). Lembram daquela que engasgava quando passava na Av. Paulista, devido às interferências eletro-magnéticas? E, por favor, não critiquem: poucos fazem idéia das dificuldades criadas com a lei da informática naquela época.
Bons tempos…
Sou calouro de Engenharia Mecânica do Cefet-MG, e por lá eles disputam tanto o Baja SAE quanto o Fórmula SAE, e em ambos os projetos a seriedade e competitividade é enorme.
Olá Flávio !
Sou participante da Equipe de Fórmula SAE da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Realmente, acho que a CBA poderia olhar mais para os engenheiro do nosso brasil.
O Brasil tem ótimos pilotos mas também tem muito engenheiro bom !
A imprensa poderia divulgar mais essas competições organizadas pela SAE.
Segue o link da nosso profile no orkut.
http://www.orkut.com.br
/Main#Profile.aspx?uid=3696925951750834414
Você pode ver várias fotos e vídeos !
Vale a pena !
Grande abraço !
Vejo isso como pura falta de diálogo entre SAE, CBA e as universidades, visto que isto é do interesse direto de todos os envolvidos.
curso engenharia mecânica aqui em Cascavel, e o pessoal da primeira turma decidiu entrar com um projeto de Mini Baja pro SAE meio que por conta própria, já que a faculdade não tá dando apoio oficial. Acredito cegamente que é possível e fácil a SAE e a CBA firmarem parcerias pra estimular esse tipo de competição nas universidades.
Concordo 100%.
Sou engenheiro mecânico, mas não tive qualquer foco em automobilismo na faculdade, infelizmente. Só na prática mesmo.
O que eu pude ver mais de perto foi na época da ETI-Escola Técnica Industrial Lauro Gomes em SBC. Havia um Fórmula V construído por alunos de anos anteriores.
Com certeza o Ceregatti estava envolvido nisso, pois estudou lá e anos depois deu aula nessa bela escola. chegou a aparecer por lá com um certo Opalão de Estreantes e Novatos Classe C.
Como outros varios comentarios vim dizer que existem varias faculdades envolvidas nesses projeto, o maior problema, pelo menos na UNICAMP, é que a faculdade em si apoia mto pouco, sobrando qse todo o esforço de achar patrocinio e peças para os alunos.
Quem quiser conhecer projeto entre: http://www.fsaeunicamp.com.br
Aqui no RS a UFSM (Federal de Santa Maria) desenvolveu o SM01, um protótipo que participa eventualmente das provas de Endurance e é presença certa nas 12 Horas de tarumã. Antes dele, foi desenvolvido um outro protótipo na uFSM, que hoje repousa no museeu do Trevisan.
um pessoal do SENAI de Cxias do Sul estava montando um VW Gol para o Gaucho de Marcas e o tunel de vendo da UFRGS (federal do Rio Grande do Sul) é utilizado eventualmente por equipes no desenvolvimento de protótipos.
Na UFRJ, onde me formarei engenheiro mecânico amanhã (oh yeah!!!) participamos das competições do Mini Baja (ja citado como tendo a participação de várias universidades do brasil) e do Formula SAE, q possui menor divulgação.
digitem no google “formula student” pra ver a quantidade de universidade envolvida nesse campeonato aqui na alemanha e tb na inglaterra. um verdadeiro celeiro de talentos que sao aproveitados nao só no esporte a motor como tb na industria automobilistica daqui.
sobre os brazucas na F1, sei apenas do ricardo penteado, eng. da renault e guarda-costas do nelsinho qdo o briattore tá puto… ou seja, sempre.
abracao cambada
Flavinho, estamos dando um tempo. Mas estou na estrada com o “Pouca Vogal”: http://www2.uol.com.br/engenheirosdohawaii/index2.htm
Deu trabalho mais achei. Esse assunto sobre as Universidades e o Automobilismo de competição é recorrente em seu blog.
http://colunistas.ig.com.br/flaviogomes/2007/09/11/ajuda-dos-universitarios/
Abraço!
é issu ai! a FEI é foda e o resto é bosta!!
grito usado por muitos na FEI…
Não é só a FEI q faz projetos automobilisticos, mas lah temos uma ênfase em engenharia mecânica automobilistica muito forte.
A CBA poderia fazer um campeonato universitário, utilizando pistas profissionais. seria muito interessante e poederia render bons frutos para o brasil, tanto em pilotos como em engenheiros.
hoje só temos uma corrida, é bom, mas sempre dá pra melhorar.
O curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte compete com três equipes Minibaja. Uma das equipes do estado, a Car-Kará, venceu a competição nacional em 1998, quando se classificou para o torneio internacional, em Winscosin, desbancando a equipe norte-americana.
A empresa que organiza a Fórmula 3 Sul-americana esse ano tem uma proposta de categoria Universitária que, se não me engano, envolveria alunos de universidades nas atividades internas das equipes (como marketing etc). Não sei se pensaram também na parte técnica (engenharia). Já tentei conseguir mais informações a respeito dessa proposta mas não consegui nada. Fica aí uma sugestão de matéria para o seu pessoal, Flávio.
DIgo, Maua!
Gomes, acho que as equipes de esporte a motor no Brasil é que deveriam acompanhar mais de perto o que as escolas de engenharia estão fazendo nas competições da SAE.
Não se limitem somente à FEI, vão até a USP (Poli e São Carlos), UFSC, UFPE, FACENS de Sorocaba, Mau…., tem muito estudante fazendo coisas boas por ai. Abraço!
Flávio,
Na Universidade Federal de Santa Catarina tem uma molekada muito boa dando continuidade a um projeto que eu tive a honra de participar, que foi a união das duas equipes de Mini-Baja da universidade, criando a Equipe UFSC Baja SAE (http://baja.ufsc.br/). Este ano eles participaram pela primeira vez de uma competição internacional e terminaram em 8º lugar. A FEI ficou em 2º (http://students.sae.org/competitions/bajasae/).
Abraço!
A Índia (o país) é o maior pólo de engenheiros de software do mundo. O Brasil tem o potencial humano, vide a Embraer, engenharia da casa, mas sei lá, queque acontece com essa turma aí?
Em Interlagos não teve, ou tem uma técnica?
No colegial do Objetivo tínhamos aula de mecânica com um boliviano muito doido. Havia um chassis de fusca.
O legal era fazer o testão na aula do cara. Fechava a porta e era uma cola só.
Flavio, acho que a única iniciativa nesse nivel que ocorre em todas as universidades do pais é a competição de BAJA, aqueles carrinhos de corrida estilo gaiola.
Assino em baixo FG!!!
Infelismente o apoio é restrito mas continuamos tentando!!!
Para a galera que quiser conhecer o projeto do Cefet-MG:
http://www.equipeatena.com
Abraços!!!
Gomes, só uma correção. Não é uma ou outra faculdade que participa de competições SAE, são mais de 50 universidades de todo o Brasil que participão apenas do Baja SAE, se contar as outras competições esse numero deve chegar proximo a 60. Eu inclusive enviei um convite pra você esse ano, e solicitei divulgação no seu blog, mas não tive retorno, creio que você estava ocupado de mais, malhando a stock ou puchando o saco da corrida de carro velho.