CONCORDO
SÃO PAULO (sem sombra de dúvida) – O Ministério Público Federal pediu ao Ministério do Esporte que reveja a decisão de autorizar a captação de recursos via Lei de Incentivo a Pietro Fittipaldi, neto do Emerson, para correr na Nascar. Em março a história veio à tona e escrevi sobre o tema aqui. Em resumo: Emerson tem todo o direito de pleitear o que quiser, porque a lei é para todos. Mas acho que as pessoas tinham de ter um mínimo de sentido de patriotismo nessas coisas. A lei é para todos, mas não foi criada para bancar brincadeirinha de carro de corrida, muito menos nos EUA. Qual a contrapartida? Qual o benefício ao país? Zero. Por isso, Emerson não devia nem pedir. Mas tem o direito de.
Gostei da ação do MPF. O problema todo nesse negócio de leis de incentivo está em quem aprova os projetos. Por mais que sejam tecnicamente perfeitos, é preciso responder a uma pergunta muito clara e óbvia ao final de qualquer análise fria e objetiva: este projeto vai trazer algum benefício à população brasileira? O Brasil vai abrir mão de alguns valores em impostos para beneficiar quem? Um grupo? Uma comunidade? Uma cidade? Um bairro? Ou um garoto que quer correr de carro, única e exclusivamente?
No caso desse projeto fittipáldico, quem sai no lucro é o Pietro, ou quem cuida da carreira dele. Ninguém mais.
Nesse caso, prefiro que o dinheiro vire imposto. É mais justo e correto.
ATUALIZANDO…
Pietro ganhou mais uma corrida ontem à noite. O relato está aqui.
O saudoso e grande HENFIL tinha um personagem que sempre caiu – continua caindo e parece que sempre cairá – muito bem em certas personalidades do país – no caso aí, o RATÃO – quando se trata de pegar um naco do butim da viúva: QUEROMEU O CORRUPIÃO CORRUPTO.
Com tanto atleta – bom à beça – por aí à fora, mas na pindaíba, precisando de incentivo para esportes bem mais “morais” do que o automobilismo, sabidamente pouco praticado por pés-rapados, “neguzinho” libera grana para um pimpôlho milionário ir brincar de carrinho nos “states”.
Tá na hora do “tavarish” Rebelo fazer uma auto-crítica um pouco mais apurada, né? Sua participação no último documentário da ESPN sobre as barbaridades cometidas pelas federações e pelo COB foi digno de uma pena de uns bons dez aninhos num GULAG siberiano.
Hoje o Barrichello postou uma foto no Twitter onde aparece o stand de uma competição de golfe, e ao lado o logo da lei de incentivo ao esporte…
Não creio que ele utilize.
Concordo, também prefiro que o dinheiro vire imposto, desde que bem utilizado para a sociedade e bem longe das cuecas desses políticos imundos e indecentes que na maioria dos casos estão por aí na total impunidade…
Falou e “dizeu” FG!
Pois eu concordo com o benefício aos Fittipaldi.
Primeiro porque eles têm o direito. Ponto.
Segundo, porque a sociedade está investindo numa promessa para o futuro.
Emerson, com suas conquistas, criou milhares de oportunidades de empreendimentos e empregos que não existiam no automobilismo em 1970.
Aliás, nem no jornalismo – né Flávio?
A febre iniciada pelo Rato aumentou nos anos de Senna, e aqueles empregos foram mantidos e até aumentados.
Desde 1994, contudo, há um crescente marasmo no nosso autmobilismo.
O surgimento de um novo ídolo pode e deve mudar essa situação triste que nossas corridas vivem.
É nisso que a sociedade está apostando, com esse incentivo.
Os ditos “jornalistas especializados” tinham mais é que agradecer.
Agradecer? Essa visão distorcida do que é jornalismo de verdade ainda me espanta. Mas não deveria. O que não falta é gente burra no mundo.
Walter que tal a sociedade investir em um monte de promessas que existem por aí em várias modalidades e que não tenham o nome que o Emerson tem, sim porque o Emerson pode sim com a sua história abrir várias portas, as quais estão fechadas para os desconhecidos mas que são promessas?
O Garvão levou quanto??????? Devolveu ou pulou fora?????? Alguém sabe???????
Sei lá o que é pior – financiar uma criança destas a arriscar a vida numa corrida ou um nadador que se diz cansado para competir na Olímpíada…
É o fim da rosca. Vô querendo bancar brincadeira do neto nos EUA as nossas custas.
E aqui????
poi é, faça o que eu falo não faça o que eu faço…lá nos States o Pé de Bode entregou o Hélio Castro Neves pro fisco, aqui ele usou do conhecimento pra dar o golpe no povão…
Nós contribuintes estamos financiando vários projetos, através do dinheiro público, que não beneficiam a sociedade brasileira; haja vista as várias ONGs e seus escândalos, que aparecem aqui ou acolá, de tempos em tempos, agora esta história de um dos príncipes Fittipaldi. Devemos sempre observar e fiscalizar, pois não é porque é legal que não seja imoral.
Depois que o Emerson , denuncio o Helio Castro Neves ao fisco dos EUA , por que não o queria mais como manager da carreira dele, perdi o respeito por esta familia.Que se vale do nome e de brechas na lei para se favorecer.
Mas o risadinha realmente sonegou…….Só escapou da cadeia por um erro dos americanos na execução do processo
Oi Eduardo. Infelizmente não é brecha. A lei prevê esse incentivo. Errado é o critério e, como disse o Gomes, a linha de raciocínio na aprovação desses incentivos. Melhor se não existisse, ou que tivesse regras mais criteriosas na concessão dessas isenções.
Faço parte de uma associação que foi criada para desenvolver pilotos para o automobilismo, conseguimos a duras penas a homologação junto ao Ministério da Justiça como OSCIP, isto em 2010 e acreditávamos que poderíamos enfim poder concretizar vários sonhos, ledo engano, até agora não conseguimos patrocínio algum junto as empresas, enquanto vários negócios(e que negócios) são feitos a favor dos mais abastados.
Quem tiver interesse e quiser ajudar entrem no site http://www.sc-racing.org
Abraço a todos
Pedro Zimmermann
Tesoureiro SC RACING
Não sei se ele é o único….O Nassr tmb tem patrocínios de BB e outros.
Luiz, uma coisa são os patrocínios que cada piloto consegue, outra e se usar da Lei de Incentivo para conseguir os patrocínios…
O objetivo primordial dessa Lei seria fomentar a cultura e a educação dentro do Brasil, através de ações subsidiadas, entretanto não se aplica na prática. Porém, todos têm o direito de pleitear tal captação…
Mas nao creio que seja o caso do Nasr.
Desconheço o texto da Lei, mas acredito que o erro começa por permitir que se conceda benefício sem que indique a tal “contrapartida” de forma clara e evidente.
Não é preciso ser especialista no assunto e deve ser a avaliado (ou deveria) por um especialista para se perceber que esse não é o caso.
É por essas e outras que a população deveria entender melhor o trabalho desenvolvido por membros e servidores do Ministério Público Federal, pois é a única instituição pública séria nesse país que procura combater a corrupação e os desmandos dos governantes.
Sei que esse assunto sobre o patrocínio ilegal veio a tona já em março desse ano, porém, soube que os servidores do MInistério Público Federal fizeram uma greve que durou de junho a agosto, lutando por reposição salarial, já que estão há 06 anos sem nenhum centavo de correção inflacionária. Isso porque a nossa presidenta está atuando do sentido de anular a autonomia investigativa e orçamentária do único órgão que combate a corrupção e as ilegalidades, e assim limitando a sua atuação.
Certamente, caso fosse necessária a greve a recomendação teria sido realizada antes e o assunto já poderia estar encerrado.
Portanto, a populãção deveria entender melhor a atuação do Ministério Público Federal e apoiar os pleitos sobre respeito a autonomia institucional, pois sem isso o órgão perde a liberdade de atuação e fica submetido aos políticos corruptos de nosso país, dependendo de negociatas para atuar, o que é inadimissível em um país democrático!!!
Desconheço o texto da Lei, mas acredito
Justificando o injustificável, março de 2012:
Família Fittipaldi justifica apoio: “Tudo está dentro da legalidade”
http://tazio.uol.com.br/nascar/familia-fittipaldi-justifica-apoio-tudo-esta-dentro-da-legalidade
“Até o momento, a carreira de Pietro foi financiada pela família e por um grupo de pequenos patrocínios. Nesta nova etapa profissional, contudo, os custos são significativamente maiores que os de 2011. E, neste cenário, os recursos da família se tornam escassos(pra gastar uma fábula com o casamento da filha não faltou grana). Por estas razões, utilizou-se o mecanismo de captação através da Lei de Incentivo ao Esporte”, justifica.
Pois é, está tudo dentro da legalidade mas esta sendo ético? Tá bom, eu sei, no Brasil ética que se dane quem pode mais chora menos!!! Mas vamos ser coerentes, Pietro Fittipaldi é americano e já nasceu em berço de ouro! Enquanto isso, no Brasil milhares de atletas sequer tem condições de treinar. Um bom exemplo é a judoca Sarah Menezes medalha de ouro em Londres, no começo da carreira ela sequer tinha dinheiro para pagar passagens para disputar campeonatos.
A primeira judoca brasileira a ganhar uma medalha de ouro, se emocionou ao lembrar do duro caminho até Londres e agradeceu ao seu técnico(ele chegou a bancar algumas passagens do próprio bolso, acreditando no potêncial da menina). Sem largar a medalha, Sarah pediu ainda ajuda para encontrar um lugar para treinar em Teresina, no Piauí. Ela tem fé que com a medalha olímpica, as coisas serão mais fáceis.
Confira no video abaixo:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_e_fotos/2012/07/120731_olympics_entrevista_sarah_menezes_as.shtml
Outra alteta que sofreu muito foi a maratonista Maria Zeferina Baldaia! Ela trabalhava como doméstica e ajudante geral em uma indústria de Sertãozinho. Seu último trabalho antes de começar a correr foi como bóia-fria nos canaviais de Sertãozinho, a moça sequer tinha tênis decente para treinar.
http://www.mariazeferinabaldaia.com.br/links/historia.html
Veja o caso de Nelsinho Piquet, o pai sempre bancou o filho na carreira, sem dúvidas dava para E.Fittipaldi bancar Pietro através de outros meios. Se for para o governo bancar filho de rico no esporte, o que vai ser do filho do pobre?
Outro caso lamentável foi do cavaleiro chamado José Roberto Reynoso, onde disse que os brasileiros precisavam criar mais cavalos, em vez de ter cães e gatos em casa.
http://flaviogomes.warmup.com.br/2012/08/coice/
Esse Zé Reynoso merecia levar uma surra de cinta, pra sair com a bunda roxa!!! A verdade é uma só, rico quer mais que pobre se exploda!!!
Chico Anýsio – Justo Veríssimo: casamento de pobre(anos 80):
http://www.youtube.com/watch?v=IQKkp5ilFxM
Chico Total (1996): Justo Veríssimo se confessando:
http://www.youtube.com/watch?v=0XFpBLE22-k&feature=related
Fitti balde….um balde de vergonha esse zé bicanca devia ter..Quem sabe o dia a dia dessa ursa sabe que a grana é pra outros fins..
Resumo…Vai procurar outro pau pra vce subir mané……….
ASSIM COMO O EMERSON PEDIU DINHEIRO,NOS TB TEMOS O DIREITO DE NÃO ACHAR JUSTO ESTA INICIATIVA.
ATÉ PORQUE ELE É UMA MUITO RICO E PODE BANCAR O NETINHO,SE BEM QUE, PELO QUE JÁ ESTA ESTAMPANDO NO CAPÔ,ELE NÃO PRECISA DE NADA.
ABS
De fato, não pegou bem.
“Eu não sabia…”
Imperador
Outro absurdo, a banda Barão Vermelho obteve autorização para captar R$10 milhões em recursos por essa famigerada lei.
Essa é outra lei.
Realmente é outra lei, a Rouanet, mas o sentido é o mesmo. Sou fã do Barão, quero que eles voltem, mas essa lei devia beneficiar artistas de teatro ou da música ou do cinema que ainda não se estabeleceram, O Barão não precisa disso, ou pelo menos não deveria precisar.
Pelamor…lei de ajuda para bandas veteranas excursionarem?
Esse dinheiro tem que ser usado para viabilizar mais espaços culturais para as pessoas, para manter íntegros nossos poucos museus e bibliotecas.
O governo (Ministério da Cultura) ao criar brechas desse tipo demonstra certa preguiça em tomar a frente dessas ações.
Disse tudo Paulo!!!!!
É uma lei que nasceu para apoiar quem ainda não tem esquema de patrocínios, gravadoras, empresários, produtores, quem não tem grana para pagar jabás …..
O que tem acontecido é uma distorção absurda em que as empresas que apoiam artistas baseados com repasses financeiros à produções amparadas por essa lei, estão pedindo contrapartida dos artistas novos como se fossem patrocínios comuns. Daí que os artistas já consagrados estão tendo preferência das empresas, simples questão de veiculação de imagens dos patrocinadores. Quem está começando não está conseguindo apoio nenhum, além do que, os editais mais recentes dos programas de apoios culturais das empresas premiam sempre os mesmos artistas, a começar pelo Arnaldo Antunes, que é contemplado em praticamente todos os editais de patrocínios sejam estatais e/ou privados.
Paulo, estamos no blog errado para se discutir isso.
Concordo plenamente com FG, embora o garoto Fittipaldi esteja começando agora, seja “novo”, desenvolve carreira lá fora e pertence a uma família que, acredito, não teria problemas em “assinar” diretamente com um patrocinador interessado em divulgar sua marca através dele.
Aliás, pelo jeito, esse garoto promete ser rápido, podendo ser um bom investimento na veiculação da imagem de qualquer empresa, desde que não seja por leis de incentivo fiscal do Brasil!
Quando eu li isso por aqui, por mais que eu seja fan do Emerson e de querer muito ver o Brasil vencer tudo no automobilismo nos EUA, fiquei pensando que não era justo, que temos milhares de crianças que precisam muito, mas muito mais desse dinheiro, que com a mesma grana podemos retirar vários jovens das drogas e do crime, neste caso se eu fosse o Emerson corria pra pular fora desse projeto e bancava a carreira do neto
Quem pensa que já viu de tudo….
De Gaulle é que estava certo: O Brasil não é um país sério!
Ele disse isso?
Foi atribuida ao general De Gaulle, no caso das Lagostas, em 1963, mas contestado por alguns, por não acreditarem em tomar um “tapa de pelica” na cara e ficarem quietos.
É isso aí.
Eu acho que quem tem que procurar esse tipo de incentivo público é a CBA, para descobrir novos talentos e, talvez, criar a categoria-escola que se precisa tanto para o automobilismo brasileiro mas que nunca sai porque a Globo não tem o mínimo interesse em divulgar nomes de marca em sua programação.
Tipo: se a Fórmula Renault na Globo vira SpeedShow, para que eu, da montadora, vou investir um centavo que seja para não ter o retorno de visibilidade? Vou investir à toa?