PAGOU, CORREU

Spanish <a href=F1 Grand Prix - Race" src="https://flaviogomes.grandepremio.com.br/wp-content/uploads/2013/02/Pastor-Maldonado-corrida-Barcelona-2012.jpg" width="930" height="620" />SÃO PAULO (eterna polêmica) – A quantidade acima da média de pilotos pagantes na F-1 tem suscitado algumas discussões interessantes e declarações fortes, como este artigo do Américo Teixeira Jr. e esta entrevista de Jarno Trulli.

De fato, a coisa parece ter saído do controle. A ponto de, hoje, ser quase irrelevante para algumas equipes a qualidade e o currículo de quem vai se sentar nos seus carros.

Contribui para isso, creio, o peso cada vez menor do piloto numa mudança real de patamar de uma equipe.

Olhemos a Marussia, por exemplo. Se ela tivesse, imaginemos, uma verba exclusiva para contratar pilotos, mas não pudesse investir nenhum centavo dessa verba no desenvolvimento do carro, na fábrica, em pessoal técnico etc. Digamos: 50 milhões de dólares.

Contrataria Alonso e Vettel — uma ótima dupla, não? Mas o que mudaria em seu destino? Nada. Continuaria andando ali perto da Caterham. Talvez largasse em 19° e 20°. Mas não seria uma equipe de ponta nunca. Dois pilotos fenomenais não seriam capazes de mudar o patamar técnico do time, que continuaria a ser o pior de todos.

Assim, para quê apostar em talentos não pagantes, se o resultado final será o mesmo? Opta-se, desta maneira, por alguém que, pelo menos, ajude a equipe a continuar existindo.

Piloto pagante não é fenômeno recente, muitas equipes pequenas, ao longo da história, se valeram do recurso para sobreviver e/ou nascer. E muitas estrelas da F-1 chegaram à categoria nessa condição, como Alonso e Schumacher. O primeiro foi bancado pela Telefónica na Minardi e o segundo, pela Mercedes na Jordan. Há dezenas de casos.

Mas há uma diferença básica entre o que acontecia e o que acontece atualmente. O caminho era inverso. Empresas e patrocinadores apostavam em pilotos talentosos e davam um empurrãozinho. Ficavam de olho em quem estava surgindo, em quem ganhava nas categorias de base, em quem merecesse um investimento. A Arisco fez isso com Barrichello por anos. E não era por causa de seus belhos olhos, nem por qualquer tipo de relação comercial com a família — os Barrichello vendiam material de construção, não catchup e mostarda. Simplificando a questão: era preciso, antes de qualquer coisa, ser bom, muito bom, para chamar a atenção de algum mecenas disposto a investir, apostar, para auferir algum lucro depois. O que vocês acham que fez o banco Nacional com Senna?

Hoje, não é preciso ser bom, basta saber dirigir um carro. E ter bons relacionamentos comerciais ou ser rico de nascença, mesmo. No lote atual da F-1, há exemplos das duas modalidades. Pérez é um desses. O bilionário Carlos Slim botou dinheiro no moleque porque ele tinha futuro. Para a Sauber, foi o melhor tipo de piloto pagante possível, aquele que traz dinheiro e talento. Pode ser que a fórmula dê certo com Gutiérrez, também. Maldonado é outro exemplo, embora a motivação do investimento, da PDVSA, tenha um componente político que não faz parte da história de Pérez. Mas dá para dizer que deu errado? Se você acha que sim, olhe a foto aí em cima para refrescar sua memória.

Mas há também aqueles que nada têm a apresentar além da possibilidade de patrocínio forte, na maioria das vezes obtido por relações pessoais, mais do que a simples simpatia de uma empresa ou a crença de que está investindo em alguém que pode gerar lucros lá na frente. Van der Garde é herdeiro de uma marca de roupas. A mãe de Charles Pic tem uma frota de seis mil caminhões na França. Luiz Razia tira do bolso da família, até onde se sabe. Bruno Senna tinha Gillette, Embratel e Eike Batista a bancar a brincadeira, e isso só acontecia pelo sobrenome. Petrov atraía patrocinadores de seu país, que em breve receberá uma etapa do Mundial. E por aí vai.

A grande questão não é, pois, se pilotos pagantes deveriam ou não existir. Essa é uma discussão inútil, eles sempre existirão enquanto houver equipes que dependam disso para correr. Aí sim entra a verdadeira discussão: não é frágil demais uma modalidade cujos escolhidos para sua prática são medidos muito mais pela capacidade de trazer dinheiro do que pelo talento que possuem para exercer sua atividade? Não é frágil demais, do ponto de vista esportivo, uma categoria em que ser um Alonso ou um Max Chilton, dependendo do carro em que ele estiver sentado, dá mais ou menos no mesmo?

O formato atual da F-1, com suas exigências financeiras, seus custos assombrosos, a crise econômica na Europa, está fazendo com que ela deixe se ser aquilo que sempre foi: o destino final dos melhores, o campeonato que reúne só os bons, os muito bons, aqueles que foram subindo degrau por degrau colecionando troféus e construindo sua fama, sem espaço para a mediocridade. Essas coisas não importam mais.

Nesta F-1 do século 21, em resumo, qualquer um corre. Claro que isso não vale para os times de ponta, capazes de montar seus orçamentos por outros meios. Ali, naquela turma que tem Ferrari, McLaren, Red Bull e Mercedes (os únicos times sem pilotos pagantes), talento é importante, sim, porque é o que decide na hora de brigar com seus pares igualmente gigantescos. Mas daí para baixo, basta ter uma grana razoável, ou uma forma de obtê-la. Muito mais que um currículo, é preciso ter um bom “business plan”. E muita gente realmente boa acaba ficando de fora da festa.

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Juliana Vieira Gomes
Juliana Vieira Gomes
11 anos atrás

Flavio, eu lamento muito a ausência do piloto Kamui Kobayashi em 2013. O nipônico, infelizmente, não conseguiu arrumar patrocinadores em seu país. Espero que, no ano que vem, Koba-san esteja no grid. Aliás, gostaria de dizer que os meus amigos e amigas que trabalham no Japão (dekasseguis) chegaram a conhecer o Kamui, sendo que eles afirmaram que se trata de uma pessoa muito simples, simpática e alegre. Sou mulher, mas adoro assistir as corridas com o meu marido e o meu filho e o “mito” (parafraseando o jornalista Celso Itiberê) é um dos nossos pilotos prediletos. Adoramos, também, o Vettel, o Hülkenberg e o Pérez. Indubitavelmente, uma boa safra de jovens talentos. Ouvi dizer que a Honda poderia retornar em 2014, fornecendo motores para a equipe McLaren. Se for verdade, acho que a montadora do Japão poderia, também, entregar os propulsores para um outro time e tentar colocar o Kamui. A minha família sempre acompanha o seu blog. Beijinhos. Juliana Vieira Gomes

Carlos Silva
Carlos Silva
11 anos atrás

Sr. Flavio Gomes: Concordo em gênero, número e grau com o seu excelente artigo. Contudo, desconfio muito do seu leitor Fernando Cruz, que aparece em diversos blogs e sites -inclusive estrangeiros- sempre defendendo “com unhas e dentes” o piloto Bruno Senna. Até no site do jornalista britânico James Allen, o Fernando Cruz surge para fazer a defesa do sobrinho do saudoso Ayrton. Seria o empresário, um parente, uma namorada, o amigo ou o próprio piloto Bruno? É estranho… Lembrando que o Bruno Senna sempre foi um “piloto pagante” e, em três temporadas, teve atuações muito, muito discretas. Abraços e parabéns pelo blog.

Jose Brabham
Jose Brabham
11 anos atrás

Alonso não é pagante? O que aquele banco espanhol está fazendo poluindo a carenagem da Ferrari então?

Rodrigo Vilela
Reply to  Jose Brabham
11 anos atrás

Pelo mesmo motivo que a McLaren, esperta, foi buscar o Perez!

Marcus Lima
Marcus Lima
11 anos atrás

Falando sobre pagar e correr. Acaba de sair no GP a informação de que o Sutil vai correr em Barcelona, nos testes, pela Force India. Tudo bem que tratar bons pilotos como Sutil e um potencial como Bianchi como ” pagantes ” é um pouco impróprio. Mas a Force India está estranha. O que acha Flávio? Queria saber sua opnião, talvez você poste mais tarde.
A Force India, como questionada, rechaçou a possibilidade de fazer um tipo de ” vestibular”. O que é isso então, de colocar caras para testar sem saber quem vai guiar?
Ainda tem as notícias do Narayn Karthkyan ( será que tá certo, sei lá viu) , querendo assento com um caminhão de dinheiro da Tata. Se num é vestibular, é leilão?
Fora essa rocambolesca demora para anunciar o piloto, e ações ao contrário do seu discurso, a Force India ainda sofre com os comentários de insolvência da King Fisher e a possível bancarrota do seu dono.
Flávio, será a Force India chega ao fim desse ano? Sei não……..
Uma pena, porque é um time bacana, carismático, e que já tem uma história bonita na categoria ( começada como Jordan)…
Será que está indo para o brejo?

Edson Gomes
Edson Gomes
11 anos atrás

Cara, não fala “m”….realmente a familia de Etchenique junto com a Arno garantiram a permanencia de Piquet na formula 3 inglesa que aliás foi campeão com recorde de vitorias no ano e daí abriu portas para a F-1….mas não bancaram na F-1…Piquet, assim como Senna, Schumacker, Alonson, Hamilton, Vetel e outros mais, foram bancados por alguem no começo de carreira (Brastemp/Arno, Pool/Nacional, Mercedes, Telefonica, Mclaren, RedBull) respectivamente. De uma forma ou de outras TODOS os pilotos da F-1 foram, são ou serão bancados por alguém….a permanencia nessa mesma F-1 depende da qualidade do mesmo, alguns ficam e se tornam grandes campeões com ou sem titulos, como Barrichello, Piquet e Senna, outros simplesmente saem, como o caso de Rosseti, Diniz, Burti, Pizzonia dentre alguns dos brasileiros. Exemplo de sucesso de pagantes estrangeiros (ou bancados) como: Schumacker, Alonso e Vetel e futuros de sucesso, tais como: Perez, Maldonado, etc….Tudo são business….simplesmente. Ah, brilhante seu texto Flávio, resumiu tudo.

Edson Gomes
Edson Gomes
Reply to  Edson Gomes
11 anos atrás

Meu texto anterior é em resposta a Razor e não a John McClaine, desculpe-me!!!

Mauricio
Mauricio
11 anos atrás

Essa festa continua até alguém fazer uma bobagem realmente grande, tipo bater, morrer e levar mais um ou dois outros pilotos ou espectadores.
Ai vira circo romano. Diversão com sangue!

Estevão
11 anos atrás

“E muita gente realmente boa acaba ficando de fora da festa.” Foi o que aconteceu com Kovalainen. Ou alguém acha que esse Van der Garde fará melhor do que o finlandês fez…
Abs.

Rafael Wüthrich
Rafael Wüthrich
Reply to  Estevão
11 anos atrás

Não. Leia-se Kobayashi.

Bruno Castelló
Bruno Castelló
Reply to  Rafael Wüthrich
11 anos atrás

Aquele que só fazia bater no carro dos outros, incluindo o pobre do Button duas vezes, o campeonato inteiro? Me poupe. Kovalainen anda mais que ele.

Carlos Silva
Carlos Silva
Reply to  Bruno Castelló
11 anos atrás

Bruno Castelló: Poupe-me você deste seu comentário preconceituoso. O japonês Kamui Kobayashi tem um boa reputação na F-1. Naturalmente, comete alguns erros, mas no cômputo geral é um bom piloto. Acho que você não deve de acompanhar a F-1 com regularidade.

Gabriel Rosenvald
Gabriel Rosenvald
Reply to  Bruno Castelló
11 anos atrás

Castelló, o Kamui Kobayashi merece continuar na Formula One. Você necessita, urgentemente, de um oftalmologista, pois não deve estar enxergando as corridas direito. Certamente, o colega não viu o talento do japonês nas três últimas temporadas. Nos anos de 2011, 2012 e 2013, surgiram rumores do retorno do grupo industrial Honda para o ano que vem. Aposto que o Koba voltará em breve!

Abner
Abner
11 anos atrás

Razia e B. Senna não são somente pilotos com fortes patrocinadores, foram vice campeões na GP2 e se me disser que isso não é parâmetro, então, não há mais parâmetro nenhum a ser relevado.

A F1 hj é cruel, não basta ter talento e dinheiro, é preciso entrar no jogo da politicagem. Grosjean e Maldonado são dois ótimos exemplos disso, é a política que os garantiu no grid, do contrário, ambos desastrados desde os tempos de GP2 nunca estariam na F1.

Mauricio Alves
Mauricio Alves
Reply to  Abner
11 anos atrás

Caso você não saiba, vou relembrar.

O Bruno Senna foi vice campeão da GP2 na temporada com o PIOR nível técnico da história da categoria, que teve como campeão (Pasme!!) o Giorgio Pantano, que é tão bom que nem chamado para os testes de fim de ano ele foi!
e o Bruno só não perdeu o vice para o Lucas Di Grassi porque este somente começou a temporada a partir da terceira prova por falta de patrocínio, e ainda assim chegou a apenas um ponto do Bruno no final!
E isso aconteceu após uma temporada anterior sem brilho e participações esparsas em outras categorias sem resultados expressivos.
Lembrando, ainda, que em 2009 ele se meteu a participar do campeonato de endurance (como agora) e acabou sendo demitido na metade da temporada por conta dos resultados ruins.

Fernando Cruz
Fernando Cruz
Reply to  Mauricio Alves
11 anos atrás

Voce esta enganado, a GP2 teve em 2008 um excelente lote de jovens talentos. Ate Pantano tinha algum talento mas como ja tinha estado na F1 em 2004 e foi Campeao de GP2 aos 28 anos, a quarta tentativa, isso retirou-lhe credibilidade para voltar a F1. Mas na GP2 tirou partido da sua enorme experiencia para se impor a um lote de pilotos bem talentosos, como Bruno Senna, Lucas Di Grassi, Romain Grosjean, Pastor Maldonado, Sebastien Buemi e Alvaro Parente. Isto sem falar em Vitaly Petrov e Mike Conway (campeao da F3 inglesa em 2006).

Lucas Di Grassi estava na sua terceira temporada na categoria enquanto o Bruno estava na segunda. Alem disso perdeu ainda inumeros pontos com azares, sem os quais tambem ele poderia ter chegado ao titulo. Na minha opiniao Alvaro Parente era provavelmente o mais talentoso dos jovens nesse ano, alias ganhou ate a sua primeira corrida em Espanha, na sua estreia absoluta na categoria e com um carro do meio do pelotao. Foi campeao na F3 inglesa em 2005 e nas WSR em 2007 mas nunca teve dinheiro sequer para conseguir lugar numa equipa de topo da GP2.

Quanto ao Mundial de Endurance (LMS) em 2009, o Bruno nao foi despedido, isso e invençao sua. Conseguiu ate dois podios nesse ano e so nao participou nas ultimas provas porque numa delas a Oreca participou so com um carro e na outra nem sequer participou.

John McClane
John McClane
11 anos atrás

Engana-se. Piquet não comprou sua vaga. O que o Ecclestone fez foi oferecer um contrato – leonino como o próprio Piquet – que estipulava salário 0 no primeiro ano, e depois em função da pontuação, nos anos seguintes, parecido com o da Benetton. O próprio Piquet sempre disse “até o sanduíche era por minha conta”, porque a equipe só pagava as despesas de viagem. Se ele tinha patrocínios pessoais é outra questão, como o Senna, o Lauda, o Mansell etc tinham.

charles
charles
11 anos atrás

É, pra quem [Maldonado] consegue bater o carro em uma apresentação…

Luís
Luís
11 anos atrás

FG, poderia citar alguns pilotos que poderiam correr hoje, na formula1, e que perderam espaço em detrimento de pilotos pagantes? Obrigado. Grande abraço.

Luiz Mendes
Luiz Mendes
11 anos atrás

Concordo com sua opinião, Flavio Gomes. É certo que no circo da fórmula 1, os pagantes sempre existiram, mas, na atual fase, são cada vez mais frequentes. Isso devido a custos absurdos e crise econômica na Europa. É bom lembrar também que ainda há espaço para investimento em jovens talentos, é o caso da STR, braço da Red Bull, que revelou Vettel e continua com a mesma política. Outro exemplo, é a Renault com o Grojean. Então, ainda há esperança pra f1: Vettel, Alonso, Hamilton, Button são alguns exemplos. Pena que depois do nosso eterno campeão, Airton Senna, nada apareceu de bom pra nós. Assim, seja sincero com a história da categoria e, dessa forma, não defina o Rubinho como “muito bom”, porque andando nos melhores f1, sempre levou “pau” dos companheiros de equipe e nunca ganhou campeonato.Portanto, vamos recordar de nossos VERDADEIROS CAMPEÕES( Fittipaldi, Piquet, Senna) e torcer para quem tá chegando ou é promessa, como o Luiz Razia e Felipe Nasr.

Daniel Chagas
Daniel Chagas
11 anos atrás

Maldonado deu certo??? #pelamor

Ricardo
Ricardo
Reply to  Daniel Chagas
11 anos atrás

Tá de sacanagem? Ganhar uma corrida com uma Williams é pouco pra você??

Formiga
Formiga
11 anos atrás

Na Lotus os dois são “não pagantes”. Apenas o Grojean tem as costas quentes, mas é um bom piloto e foi escolha da Renault. O Raikkonen ganha bem para pilotar.

Ah!!! Vai dizer mas foi indicação pois tem o patrocinio da Renault. O Perez tem o do Sim e isso importou para McLaren com certeza.

Fernando Cruz
Fernando Cruz
Reply to  Formiga
11 anos atrás

O Grosjean e pagante. A Total (que ja patrocinava a equipa antes) aumentou o valor do seu patrocinio para ajudar Grosjean a garantir a vaga em 2011 e acho que continua a pagar bem para ele la continuar. Isso nao tira qualquer merito ao piloto, que e bom e tem muito potencial. Alias a maior parte dos pagantes sao bons e tem potencial.

Rodrigo Vilela
Reply to  Formiga
11 anos atrás

Se o Romain Grosjean não fosse pagante, o Bruno Senna estaria lá até hoje!

Jackson Batista
Jackson Batista
11 anos atrás

Sim, é frágil e frustrante.. os carros e os orçamentos são cada vez mais determinantes, a ponto de pneus, aerofolios, regras, tudo ser usado para forjar uma competitividade que não existe. E a farsa é tão atraente que move milhoes de pessoas ao redor do mundo, como se ainda fosse mesmo uma corrida de carros, onde pilotos fizessem a diferença.

Tiago Marçal
Tiago Marçal
11 anos atrás

Não sei.. acredito que as equipes médias como a Williams fariam muuuuuito mais pontos se no ano passado tivessem Alonso e Vettel! Olha a Lotus que com o Kimi ficou em terceiro.. Se tivesse alguem que nao fizesse tantas cagadas como o Grosjean talvez ficasse em terceiro nos construtores também!!

Para as pequenas realmente.. não tem santo no mundo que mude o cenário, mas para as médias acho que deveriam ter o mesmo pensamento das grandes na hora de escolher o piloto!

Rael
Rael
Reply to  Tiago Marçal
11 anos atrás

Tiago, acho que o ponto é que não existem mais equipes médias: ou são as de orçamento monstro, ou todas pequenas correndo atrás de grana (inclua Williams nessa).

Daniel Barros
Daniel Barros
11 anos atrás

Voçê é bi polar Flavio Gomes, quando o Senna fez a primeira classificação com a Lotus na Belgica e deu pau no Petrov com pista molhada, voçê escreveu um post dizendo que ” o primeiro sobrinho era um bom piloto”, eu lembro bem disso, ta certo que o cara (pela pouca milhagem que possui por ter começado cedo) é um pouco inconstante em seus resultados, fato que seria superado se tivesse conseguido uma boa equipe que apostasse no seu desenvolvimento, pois Bruno Senna mostrou no ano passado que consegue trazer pontos para equipe, agora dizer que ele não tem nada de mais pra acrescentar ai ja é de mais, o cara nao é nenhum fora de série mas pelo pouco tempo de pista que tem, ele tem seu talento que o credência entre os mais capacitados para estar no grid.

Daniel Barros
Daniel Barros
Reply to  Flavio Gomes
11 anos atrás

Deixa de ser trouxa, foi um erro de digitação…o importante foi a reflexão.

Samuel Santiago
Samuel Santiago
Reply to  Flavio Gomes
11 anos atrás

ahahahahha voçe com cedilha eh duro, o pior que já parece uma nova ortografia de tanto q se vê escrevendo errado.

Michel
Michel
Reply to  Daniel Barros
11 anos atrás

Parece que o trouxa é você Daniel!
A opinião do blogueiro pode mudar sim e dai?
Hoje, se o piloto produz bons resultados em pista merece elogios. Se amanhã fica devendo merece ser criticado, afinal a opinião é livre!
Bipolar seria acaso ele apontasse que o Vettel vence corridas na sorte e depois falasse que ele vence por puto talento!

Daniel Barros
Daniel Barros
Reply to  Michel
11 anos atrás

Mas dai a falar que o cara nao tem nada a apresentar para a categoria….achei exagero. O blogueiro colocou a opinão dele e por se tratar de um blog em que o leitor pode comentar, concordar ou descordar eu comentei a minha opinão! Pois se o blogueiro falou bem do piloto em outra oportunidade é um sinal de que alguma qualidade ele tem. Liberdade de expressão e opinião. Sou leitor do blog desde a sua criação, respeito o blogueiro e apenas não concordei com a mudança de opinião.

Rodrigo Vilela
Reply to  Daniel Barros
11 anos atrás

Fato. Se não gosta de ler discordâncias ao assunto, proíba os comentários!

Rodrigo Vilela
Reply to  Michel
11 anos atrás

Discordo desse ponto de vista. Pode-se dizer que “não correspondeu às expectativas”, “mostrou-se limitado quanto a desenvolver carro”, “sentiu a pressão”, mas ninguém que é bom fica ruim de uma hora para outra!

daniel
daniel
Reply to  Daniel Barros
11 anos atrás

voçê é de mais …

Allez Alonso!
Allez Alonso!
Reply to  daniel
11 anos atrás

Aconteçe…

Luiz Dranger
Luiz Dranger
11 anos atrás

É triste mas verdade. O pior é que vemos isso no automobilismo de base no Brasil. E investimentos são difíceis de justificar por parte das empresas. Não há mídia (é só futebol), TV as vezes, mas rara etc… Público nos autódromos dá vontade de chorar.
A CBA que deveria ter como missão alavancar tudo isso não faz nada ! Lamentável !

marcos jose
marcos jose
11 anos atrás

O problema é o custo que as equipes de ponta criam na categoria, um equipamento desenvolvido numa equipe grande é muito alto para uma equipe média ou pequena, daí a necessidade de pilotos pagantes para pagar por esses equipamentos. Antes tinha pilotos pagantes como hoje mas agora os custos subiram tanto que por menos de 15 milhões de Euros você não garante vaga. Por quê a Ferrari não comprou a Hispania para formar uma Ferrari B igual a que Red Bull tem com a Toro Rosso? Custos seria a resposta? Não. Pra Ferrari menos equipes melhor , ela nem liga em aumentar os custos da categoria só ser importa com ela mesma. Mais custos , sem equipes menores no grid e mais lucro para as grandes na divisão do dinheiro na categoria.A politica da F1 é essa atualmente. A Hispania acabou quem seria a próxima ou as próximas a cairem? Só o tempo dirá.

Wagner
Wagner
11 anos atrás

Milionarios pagantes sao coisa antiga na F1. De quando eu era garoto, lembro-me de Emilio de Villota e Hector Rebaque. As vezes, calha de o cara ser milionario, mas talentoso, e nao precisar nem pagar, como o Elio de Angelis e o Alessandro Naninni…

Winston
Winston
11 anos atrás

Esse topico he dificil de opinar. Quem seriam os grandes injusticados do momento? O Kobaiashi? Na pratica o Perez colocou ele no bousso esse ano.
Mas se eu decidisse, tiraria toda temetria dos carros, deixaria os pilotos diserem como queriam os carros, ai acho que teriamos mudancas. Afinal he assim quando compramos um carro nao?

daniel
daniel
Reply to  Winston
11 anos atrás

“bousso” , “temetria”, “diserem”,”he”. Cara ,escrevendo deste jeito você nunca deveria opinar….

Estevão
Reply to  daniel
11 anos atrás

kkkkkkkk.
Boa!

Fernando Cruz
Fernando Cruz
11 anos atrás

O excesso de pilotos pagantes na F1 e em grande parte uma consequencia da falta de visao das equipas grandes, que so pensam em ganhar custe o que custar e nao aceitam uma reduçao drastica dos orçamentos. E tambem culpa de Bernie Ecclestone, que deveria apostar numa melhor distribuiçao dos lucros em vez de dar mais a quem nao precisa tanto, ou seja as equipas de topo. A FIA tambem tera a sua parte de culpa ao nao querer ou nao ter poder para mudar as coisas. Numa situaçao de crise economica global, em especial na Europa, a F1 caminha assim a passos largos para a sua propria extinçao, com as dividas
das equipas medias e pequenas a atingirem valores entre os 50 e os 100 milhoes de euros. Isto e, a corda pode rebentar a qualquer momento, e so uma questao de tempo (talvez questao de dois ou tres anos), ate porque as mudanças regulamentares de 2014 vao ainda fazer subir os custos e a maioria das equipas pode nao aguentar.

Convem tambem recordar que os efeitos da crise financeira começaram a fazer-se notar na F1 no final de 2008. A saida da Honda foi o primeiro grande sinal do que estava para vir, seguindo-se a enorme restriçao aos testes e o dinheiro que a maior parte das equipas começou a exigir aos novos talentos, obrigando-os a tornarem-se pilotos pagantes. Muitos destes pilotos sao talentosos e mereciam bons lugares na F1 pelo que fizeram nas categorias de acesso. Bruno Senna e um deles, por isso causa-me especial estranheza e ate nojo que certos jornalistas como Flavio Gomes continuem a apostar no lado demagogico do discurso dos pilotos pagantes. Isto como forma de rotular um piloto que por por merito, pelo que fez nas categorias de acesso, merecia ter entrado na F1 em 2009 sem ter de pagar por um lugar! Nao entrou precisamente por causa dos efeitos da crise financeira! Enfim, e o cumulo da hipocrisia mas infelizmente o senhor Flavio Gomes nao esta sozinho. Nao falo evidentemente de certos torcedores comuns que se roem de inveja do Bruno ou outros tantos sem noçao que acham que ele devia ter um desempenho semelhante ao tio mesmo com tantas paragens na carreira. Falo sim de profissionais que precisamente por serem profissionais deviam ter mais responsabilidade naquilo que dizem ou escrevem. Como se atrair patrocinadores fortes fosse sinonimo de falta de qualidade. Nao senhor Flavio Gomes, o apoio da Gillette, da OGX ou da Embratel nao aconteceu so pelo sobrenome. Se assim fosse o Bruno teria o apoio dessas empresas todas logo no inicio da sua carreira e isso nao aconteceu. E mesmo que acontecesse, nao era o apoio dessas empresas que faria um piloto mostrar talento e ser rapido desde que começou a correr nos formulas, aos 21 anos.

Compare com o Damon Hill (outro piloto de sobrenome famoso que começou tarde no automobilismo) e logo vera que Bruno Senna fez muito mais do que o ingles nas categorias de acesso. Enquanto Hill demorou uma decada a chegar a F1 ao Bruno bastaram 4 anos nos formulas para chegar ao teste com a Honda e ser quase tao rapido como o Jenson Button. O Hill nao ganhou nenhuma corrida na F3000, enquanto o Bruno ganhou corridas na GP2 e so nao foi campeao porque estava la um piloto ja com 4 anos de experiencia na categoria e 7 anos de experiencia na formula secundaria, com uma passagem pela F1 pelo meio. Tivesse o Bruno condiçoes semelhantes as que o Hill teve na F1 e certamente teria uma carreira igualmente brilhante. E pelo que fez nas categorias de acesso o Bruno merecia mais entrar na Honda ou na Brawn em 2009 do que o Hill mereceu entrar como titular na Williams em 1993!

“Bruno Senna tinha Gillette, Embratel e Eike Batista a bancar a brincadeira, e isso só acontecia pelo sobrenome.”

Nao, em 2009 quem entrasse na pagina oficial do Bruno veria que na altura ele ainda nao tinha assim tantos patrocinadores fortes. Em 2010 sei que tinha a Embratel e o Banco Cruzeiro do Sul. Em 2011 apareceram Gillette, OGX, MRV Engenharia, regressando o Santander. Mas nessa altura ja a sua carreira estava seriamente comprometida por falta de oportunidades, pois na F1 e fundamental entrar-se na altura certa. Neste ponto sim, os apoios ajudaram, mas claro que nao se tratou de nenhuma brincadeira, mesmo se ja nao conseguiu recuperar totalmente todo o tempo perdido entre 2008 e 2011. Mesmo assim mostrou mais talento do que Maldonado nas corridas (tao veloz como ele e mais consistente), enquanto o colega mostrou mais talento nas qualificaçoes. Mas mesmo nestas a diferença seria bem menor se o Bruno tivesse condiçoes iguais (perdeu 15 treinos livres
enquanto o colega estava sempre no carro!). Partindo mais na frente para as corridas e logico que conseguiria tambem muito melhores resultados nestas e tambem na classificaçao final do campeonato. Convem tambem lembrar que Maldonado ja tinha um
ano de experiencia com a Williams quando o Bruno assinou pela equipa. Portanto poderia melhorar bastante numa segunda temporada completa, tal como Maldonado melhorou na sua segunda temporada, conseguindo ate uma brilhante vitoria. Convem lembrar que pilotos como Jenson Button ou Nico Rosberg ganharam o seu primeiro GP na F1 apenas na setima temporada deles e Barrichello apenas na oitava.

Allez Alonso!
Allez Alonso!
Reply to  Fernando Cruz
11 anos atrás

Muito bom, realmente gostei do seu comentário e compartilho seu pensamento. Vale lembrar que o Hill testou muito antes de ser promovido a titular e teve Prost e Senna como companheiros de equipe.

José Sandro Silva
José Sandro Silva
Reply to  Fernando Cruz
11 anos atrás

De fato, o Flávio Gomes faz uma análise serena. No entanto, sempre expressou certa antipatia por Bruno Senna ( é só ler os textos que escreveu citando Bruno). Bruno Senna ganhou provas e foi consistente nas breves passagens pelas categorias de base. Ficou mais da metade do campeonato cedendo o carro para o Bottas. Faltou sim, experiência. Nessa época que se exige resultados rápidos, Bruno não os mostrou. Não por falta de talento e sim por falta de kilometragem. Acompanho a F1 desde 1975 e já vi muitos pilotos bons não ganharem nada.

Jorge Valenzulea
Jorge Valenzulea
Reply to  José Sandro Silva
11 anos atrás

Caro José, o Brunox $enna venceu 12 corridas de carro em toda a sua vida, considerando todas as categorias !!! Desconte o sobrenome dele e verá que é um piloto bem mediano…

Fernando Cruz
Fernando Cruz
Reply to  Jorge Valenzulea
11 anos atrás

Desconte o sobrenome ao Damon Hill e veja o que ele fez nas categorias de acesso. O Bruno Senna esteve 10 anos totalmente afastado das competiçoes e so esteve 4 temporadas nas categorias de acesso. Ninguem nas mesmas circunstancias poderia ter feito (muito) melhor. Talvez nem mesmo o Ayrton. Portanto nao venham com demagogias. A verdade e que conseguiu podios e vitorias nas categorias por onde passou e so na F1 nao teve essa possibilidade, essencialmente por motivos fora do seu controlo.

O cumulo da hipocrisia e quando um piloto que mostra talento para entrar na F1 sem ter de pagar e rotulado como nao tendo nada a apresentar so pelo facto de ter apoios financeiros que outros nao tem. Como se ter dinheiro fosse sinonimo de falta de qualidade. E isso que irrita. Ainda para mais quando o dinheiro que ele tinha na altura nao foi o suficiente para lhe garantir um lugar que devia ser seu por merito, pelo que mostrou na GP2 em 2008.

Fernando Cruz
Fernando Cruz
Reply to  Flavio Gomes
11 anos atrás

Nao era ruim, era fraco nas categorias de acesso mas foi evoluindo, tal como Bruno Senna e muitos outros tambem poderiam evoluir se tivessem as mesmas oportunidades, ate porque muitos mostraram mais talento antes da F1.

Alem disso o Hill foi campeao mundial em 1996 com um carro muito superior a concorrencia e tendo um estreante como colega de equipa. Schumacher em 1996 nao tinha carro para disputar titulo nenhum e estivesse la outro piloto no lugar dele provavelmente a Ferrari nem ganhava nada nesse ano.

Mesmo em 1994 Schumacher terminaria o campeonato com 30 ou 40 pontos de avanço sobre o Hill. A FIA e que resolveu interferir no campeonato, penalizando o alemao (com suspensoes e desclassificaçoes) de forma escandalosa e nunca antes vista na historia da F1.

Abner
Abner
Reply to  Fernando Cruz
11 anos atrás

Estupendo seu comentário Fernando, com certeza deve ter calado a boca do FG (se é que foi capaz de ler seu comentário), quero ver ele refutá-lo com argumentos convincentes. O exemplo do D. Hill foi bem exposto e comentado, aliás, ele estreou tarde na F1 e ainda foi campeão mesmo sem ter as “bases” que tanto cobram do B. Senna. E olha que, se o BS não sofresse o duro golpe em 2009 da Honda, ele teria feito bonito com o carro da Brawn, já que nos testes, andou tão bem qto o Button e mais rápido do que o Di Grassi. Nada mal p/ quem não teve “as bases” do kart.

Poderia citar o Jim Clark que tb nunca correu no kart.

Fernando Cruz
Fernando Cruz
Reply to  Flavio Gomes
11 anos atrás

Bem melhor levando 10 anos a chegar a F1 enquanto o Bruno precisou apenas de 4 anos nos formulas? Bem melhor sem conseguir ganhar uma unica corrida na F3000 enquanto o Bruno ganhou 3 corridas na GP2 (uma delas no Monaco) e foi vice-campeao, perdendo apenas para alguem que ja la estava ha 4 anos?

Sejamos serios, em talento natural o Damon Hill era claramente inferior ao Bruno Senna. Nos primeiros anos nos automoveis o Hill nao fez nada, enquanto o Bruno chegou a conseguir um podio na F BMW, fazendo so umas 6 corridas apos 10 anos sem competir. Na primeira temporada completa, ja na F3, alcançou mais podios e obteve uma Pole Position. Nao ha comparaçao possivel. Tivesse o Bruno as condiçoes que o Hill teve na F1 e faria pelo menos igual, quase de certeza ate melhor. Entrar na F1 ao volante daquele que era de longe o melhor carro, entrar ja com muitos milhares de quilometros de testes antes da estreia? Bem, acho que nao so o Bruno faria pelo menos igual ou parecido ao que fez o Hill nessa altura, mas sim bem mais de metade dos pilotos da F1 atual. Convem dizer que Hill entrou na epoca de 1993 ja com muito mais quilometros de experiencia de F1, so em testes, do que o Bruno em toda a sua carreira na categoria maxima, pois nessa altura os testes eram quase ilimitados.

José Sandro Silva
José Sandro Silva
Reply to  Flavio Gomes
11 anos atrás

Não digo que Bruno Senna seja um piloto excepcional, apenas que o desempenho dele é, provavelmente, compatível com o nível de experiência. A verdade é que dá tristeza ver como os pilotos Brasileiros da atualidade são incapazes de se impor nos times em que pilotam. Não se trata de ser viúva do Fittipaldi, Senna ou Piquet. Mas esses ganhavam e ainda demonstravam muita vontade de ganhar.

John Connor
John Connor
Reply to  Flavio Gomes
11 anos atrás

Com todo o respeito, discordo. Hill foi um piloto, se tanto, medíocre. Mal conseguia classificar a Brabham em 92 – Brundle e Blundell até pontuaram com ela em 91, por pior que o carro fosse. Pilotando a nave da Williams em 93 (e tendo sido piloto de testes, testando muito), só fez tomar ferro do Senna com a McLaren 1/4, nem 1/2, boca e só venceu as corridas em que Senna e/ou Prost tiveram problemas. Só conseguiu chegar à decisão do título em 94 porque o Schumacher, como disse o Fernando aí em cima, foi garfado. Em 95, levou mais ferro do alemão. Em 96, a Williams tinha de novo o melhor carro, Villeneuve era um novato que mal conhecia as pistas (e deu canseira no Hill mesmo assim) e a concorrência era inferior. Qualquer piloto no lugar dele teria sido campeão naquele ano. E depois de 96, não fez mais nada de relevante na F-1. Agora, o Bruno Senna também é fraco. E ok, o Hill foi campeão, isso não se pode contestar, e acho que isso é o que importa para você. É uma forma de ver as coisas.

Boer
Boer
11 anos atrás

Boa tarde, Flávio.

Entendo que o 3º parágrafo de baixo para cima do seu texto resume bem a F-1 atual: uma Fórmula 1 frágil.

Como você bem disse, pilotos pagantes sempre existiram e existirão. O problema é a porcentagem de pilotos pagantes no grid atualmente, número que beira ou ultrapassa os 50%, o que é muita coisa em um grid de 22 carros.

Tássilo
11 anos atrás

O Américo falou tudo. Mais a formula 1 tinha que ser lucrativa para as equipes pequenas ai sim elas não iriam precisar leiloar seus assentos.

voulembrar
voulembrar
11 anos atrás

Gosto da idéia de pagar para correr… assim, um dia posso correr na F1 também. Vou pedir para papai comprar uma vaga para mim no próximo ano, quando completar 18.

Mauricio Camargo
Mauricio Camargo
11 anos atrás

Verdade. Mas será que vale a pena? As equipes que disputam tanto o campeonato de construtores como o de pilotos, são aquelas em que os seus pilotos não são pagantes.

PRNDSL
PRNDSL
11 anos atrás

O problema da F1 é o INTERMEDIÁRIO: o Bernie fica com o filé da grana que o espetáculo gera. Se não fosse ele, os recursos gerados seriam divididos só entre a FIA e as equipes .

PRNDSL
PRNDSL
11 anos atrás

o problema da F1 é o INTERMEDIÁRIO:

Jonh Player
Jonh Player
11 anos atrás

Seu texto resume bem o triste momento da F1. Como brasileiro, não posso deixar de lamentar nunca ter tido a oportunidade de apreciar o talento de Lucas di Grassi em um F1, ao menos razoavelmente competitivo. Ele é O exemplo do talento sem dinheiro. Teria sido muito interessante ver até onde ele poderia ter ido com aquele bom carro da Williams do ano passado, caso Eike Batista não tivesse se deixado seduzir pelo sobrenome Senna. Como se viu, foram cerca de 15 milhões mal investidos.

Fernando Cruz
Fernando Cruz
Reply to  Jonh Player
11 anos atrás

Ha um certo equivoco no raciocinio de muitas pessoas. A maior parte dos chamados pilotos pagantes sao talentosos e ha muitos com menos dinheiro que nao sao melhores do que eles. Lucas Di Grassi e um exemplo disso, pois no teste com a Honda nao impressionou tanto como o Bruno, apesar de na altura ter ja experiencia como piloto de testes da Renault. O Bruno ficou a 0,3 do melhor tempo do Button e o Di Grassi ficou a 0,5. Na GP2 em 2008 o Lucas Di Grassi fez comparativamente um melhor trabalho (menos 1 ponto depois de falhar as primeiras 6 corridas), mas convem lembrar que era mais experiente na categoria, era a sua terceira temporada, enquanto para o Bruno era a segunda. Convem tambem lembrar que o Bruno perdeu muitos pontos com azares ao longo do ano – cao na Turquia, problemas tecnicos em Magny-Cours quando era segundo, falta de gasolina em Valencia quando era terceiro e penalizaçao polemica em Spa, perdendo uma possivel vitoria sem qualquer culpa (no maximo a culpa foi da sua equipa). Com isso perdeu tambem a possibilidade de obter um bom resultado na segunda corrida e na pratica a possibilidade de ainda chegar ao titulo.

Quanto ao investimento na epoca de Bruno Senna na Williams, so nao tive a rentabilidade esperada porque a Williams ja tinha um jovem talento apadrinhado por Toto Wolff pronto a entrar em 2013. Provavelmente Lucas Di Grassi tambem nao faria melhor do que o Bruno com aquelas condiçoes, perdendo 15 treinos livres enquanto o colega que ja la estava ha um ano estava sempre no carro!

Quanto ao Eike Batista, o valor investido pela OGX foi apenas uma pequena parcela do valor total dos 15 milhoes. Embratel, Gillette e Head and Shoulders da PG, MRV Engenharia e Santander investiram tanto ou mais do que a OGX.

Sidney Andreato
11 anos atrás

O Senninha deveria mandar o currículo pro Vaticano.

Parece que vai abrir uma vaga pra Papa.

Rildo
Rildo
11 anos atrás

Olá Flavio, excelente reflexão. Pra resolver tudo isso faria uma pequena correção nas regras atuais da F1, duas seriam suficientes: 1 – Teto orçamentário (estilo Max Mosley) factível por ex. 200 miilhoes de euros e não aquela loucura dos 40 milhoes de libras, o que seria um grande avanço já que diz-se que pra andar no pelotão da frente gasta-se pelo menos 350 mil 2 – definine-se o peso minimo e máximo, padrão dos motores e que sejam felizes com suas solucoes engenhosas de aerodinamica, gastarem com testes privados, simuladores ou pilotos se acharem que fará a diferença. O grande problema está na falta de exposicao da turma do fundão, eles nunca aparecem e desta forma nunca trarão retorno de mídia aos patrocinares que alias podiam ter carros dentro da escuderia com patrocinios diferentes algo como a indy e nascar e a BAR tentou introduzir. Tudo isso pra que o piloto de talento possa sonhar novamente com uma vaga no topo do automobilismo mundial.

heberthy
heberthy
11 anos atrás

Ser campeão ou vice campeão da GP2 deveria ser pré-requisito para pilotar um carro de F1. Bruno e Heikki, por exemplo, deveriam estar correndo!

Rafael Chinini
Rafael Chinini
11 anos atrás

concordo com temos alguns pontos.

a Minardi não virou grande por ter o Alonso! acho que nenhuma equipe que era última do grid foi pra frente por causa de piloto. é uma combinação das duas coisas.

e já vimos, que o piloto faz diferença sim! só vermos a diferença gritante entre Vettel e Webber, Alonso e Massa, Maldonado e Senna com os mesmos carros por exemplo.

enio jr
enio jr
11 anos atrás

Só vai ter bota nesta formula 1 moderna, bota dinheiro….

JCS
JCS
11 anos atrás

Imaginem a seguinte situação: Acabam-se com os pilotos pagantes. Teriamos as 4 equipes de ponta (Mercedes MacLaren, Ferrari e RBR). Um gride talentoso de 8 carros. Alguém veria uma corrida com essa forma? Eu não. A Formula1 era um esporte que virou negócio.
Um show que como qualquer show necessita de protagonistas e figurantes. Os protagonostas recebem, os figurantes pagam. Nada de errado.
Com todos os pilotos pagantes e não pagantes, equipes de ponta, médias e nanicas a temporada de 2012 foi uma, senão a melhor, temporada em termos de disputa.

Zacca
Zacca
11 anos atrás

Na verdade, daquelas Williams de 92 e 93 a F1 não foi mais a mesma.
E parece que essa era de ouro da Fórmula 1 acabou com o Airton, pode isso Arnaldo ?

Felipe AG
Felipe AG
11 anos atrás

Esse post é realmente um dos mais importantes que já li no blog, sem desmerecer os demais. O velho Max “Chicotinho” Mosley por muito tempo lutou para reduzir os custos na F1. Queria até impor um teto orçamentário, um limite para gastar. A ideia, em essência, era boa, mas impraticável porque não era e não é possível controlar quanto a Ferrari gastou em palitos de dentes ou a Mercedes em papel higiênico. Mas que os custos, há tempos em ascendência geométrica, devem baixar, isso devem. A crise na chamada Zona do Euro está aí, batendo na porta das equipes de F1, sediadas todas em território europeu. Muitas fábricas pularam fora, como BMW, Toyota e Honda, por exemplo. A Renault por um triz não abandonou também, embora tenha vendido a sua equipe para um grupo de investidores. Ao menos, ainda fornece motores. Bernie Ecclestone, o homem que mais gosta de dinheiro desde o rei Midas, sabe que a coisa está feia e “orientaliza” a categoria a cada ano que passa, fugindo de um continente que já não pode mais se dar o luxo de bancar os enormes custos para sediar “entretenimento motorizado para as massas”. Se a França se recusa a custear uma corrida, no problem. Há dinheiro de sobra no Bahrein, na Coreia do Sul, Rússia ou em Abu Dhabi. A Ferrari, por exemplo, sempre foi contra limite de gastos, pois é dotada do apoio irrestrito de sua maior controladora, a Fiat, e mais uma penca de investidores das mais diversas partes do globo. O que me é estranho, pois a Fiat está sabidamente mal das pernas desde a unificação italiana por Garibaldi e o Conde de Cavour. Não interessa à Maranello, a priori, um fair play financeiro, algo que, dizem, será introduzido no futebol europeu muito em breve. Entendo a situação de uma Marussia, por exemplo. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Mas é melhor assim do que fechar as portas, como a HRT, e tantas outras, no passado. Se a F1 de fato tornar-se atrativa financeiramente, ou melhor menos cara, é possível que outras montadoras voltem e o número de pilotos pagantes decaia. Ou seja, o campeonato tornar-se-ia mais forte tecnica e tecnologicamente falando. É aquilo que todos queremos, no fim das contas.

gilberto
gilberto
11 anos atrás

Nao tem nada de novo nisso ai, nem tendencia de usar dinheiro de familia. Ou esqueceu do Johnny Dumfries, aristocrata escoces que foi companheiro do Senna na Lotus? F1 continua a mesma. Sempre teve de tudo, pagante com meritos, sem meritos, influencia politica de um pais… (ou alguem acha que o Nakajima corria na Lotus por ser muito bom piloto?)

Fernando Cruz
Fernando Cruz
Reply to  gilberto
11 anos atrás

Antigamente havia muito mais pilotos pagantes com pouco talento ou sem talento nenhum. Atualmente todos os pilotos pagantes tem um minimo de talento, ate mesmo um Karthikeyan. O problema e que agora e preciso ser-se pagante para se ter lugar na F1, mesmo com muito talento, enquanto antigamente o talento era o fator preponderante na maioria dos casos. Mas entre os pagantes havia pilotos como Deletraz, Lavaggi ou Ide, todos eles muito inferiores ao pior piloto da F1 atual, que penso ser precisamente o Karthikeyan.

Marcelo Cerri
Marcelo Cerri
11 anos atrás

Flávio,
No fundo, todo piloto é pagante. Alonso, por exemplo, só está na Ferrari porque gera retorno. No seu texto mesmo está a explicação para sua própria indagação: salvo raras exceções, pilotos pagantes ruins só correm em equipes pequenas. Mesmo as médias precisam de bons pilotos para continuar sendo médias. Veja o histórico da Sauber, Force India, Williams etc. Seus pilotos não são de qualidade suficiente para estar na F1? Portanto, não vejo problema algum para a F1 com os pilotos pagantes. Os bons pilotos pagantes são bons para a F1; os ruins, por sua vez, são insustentáveis no longo prazo, ainda mais se estiverem numa equipe média.
Temos uma F1 com Alonso, Vettel, Hamilton, Button, Raikkonen… Essa é uma das melhores safras da história! Como podemos reclamar do “modelo” atual? Sim, existem algumas aparentes injustiças, como no caso de Kobayashi ou Barrichello, mas, mesmo assim, olhando do alto, vejo uma F1 muito bem servida de bons pilotos.

Braulio Gerhardt
Braulio Gerhardt
11 anos atrás

Perfeito!

Apenas dois fatos pra ilustrar:

1. Como pode um piloto como o Kobayashi ficar sem carro na F1? Que b**** de categoria é essa em que um dos pilotos mais talentosos, arrojados, carismáticos e interessantes que surgiram nos últimos anos não consegue um lugar pra correr porque não tem dinheiro?

2. Será que hoje os melhores do mundo estão mesmo na F1? O que Kimi Raikkonen conseguiu no WRC? Barrichello, Sato e Bourdais são/foram na Indy muito melhores do que foram na F1? Quem garante que um Will Power ou Dario Franchitti da vida não é melhor que Alonso, Vettel, Hamilton e cia? Que parâmetros temos pra afirmar isso com toda certeza?

Enfim, a superioridade da F1 em termos tecnológicos é inquestionável, mas em termos de qualidade dos pilotos, confesso que hoje eu tenho lá minhas dúvidas. Pelo menos, campeonato de pilotos, já deixou de ser faz tempo. Hoje, daria pra colocar todos os carros do grid pra correrem sozinhos. Tecnologia pra isso, já existe.

Paulo Pinto
Paulo Pinto
11 anos atrás

A “vaquinha” do Kobayashi não foi suficiente para mantê-lo na categoria.
Que melhor exemplo podemos tirar, desse automobilismo de verbas estouradas?

Ademir Silva
Ademir Silva
11 anos atrás

Flavio, você quer dizer que o sobrinho do nosso eterno campeão Ayrton Senna só leva dinheiro e não tem talento? Como alguém que carrega o sobrenome Senna não tem talento? O maior nome do automobilismo em todos os tempos só agrega grana ao time?

Fabiano Lacerda
Fabiano Lacerda
Reply to  Ademir Silva
11 anos atrás

O fato de eu ter dúvidas se o teu comentário foi sarcástico não é um bom sinal.

Allez Alonso!
Allez Alonso!
11 anos atrás

Interessante ver que o os 3 melhores da gp2 em 2008 estão fora da f1, B. Senna, vice campeão, Giorgio Pantano, campeão, Lucas di Grassi, terceiro colocado também fora, Grojã, quarto colocado tá na Lotus, muito mais pelo título de 2011… Vale ressaltar que Koba foi somente 16 colocado. Em 2009, Hulkenberg estraçalhou a concorrência, Pastor foi sexto, Perez apenas o 12 colocado. Kamui de novo 16 colocado. Em 2010 talvez o ano mais competitivo, Pastor, Perez e Bianchi nas primeiras posições. Em 2011 Grojã detonou a concorrência, acho que foi o ano mais fraco, ano passado também nao foi dos mais fortes com Valsecchi, Razia e Gutierrez entre os 3 primeiros. O Koba era simpático mas o Perez teve resultados muito mais expressivos que o japonês nos anos que dividiram cockpit na Sauber, um foi promovido pra Mclaren, o outro levou um chute na bunda. O Hulkenberg é muito mais piloto que o japonês.

Batista Lara
Batista Lara
11 anos atrás

Entre as equipes não pagantes que você citou, a Lotus não estaria entre elas? Ou o Grosjean é pagante?

Raphael
Raphael
11 anos atrás

O Grosjean entra para a lista de pilotos pagantes?? Confesso que dessa eu não sabia.
Infelizmente com a crise cada vez pior na Europa os patrocinadores estão “fechando a torneira” e cortando patrocínios.
E a tendência é essa situação ficar cada vez pior, o que só aumentará o fosso entre as grandes equipes e as menores.
Só não vejo uma solução a curto prazo para que essa diferença seja reduzida.
Creio que o regulamento técnico que será introduzido no próximo campeonato só aumente ainda mais a discrepância de performances entre as equipes.

Allez Alonso!
Allez Alonso!
Reply to  Flavio Gomes
11 anos atrás

Verdade, mas a Total já apoiava a Renault, antes do Grojã ela estampava o logo da ELF.

Giovanni
Giovanni
11 anos atrás

O problema maior é a F1 que tá muito cara, o quanto uma equipe precisa desembolsar pra se manter nela.

Por que gastar 200, 300 milhões de dólares pra fazer um carro, se é possível ter um carro semelhante por 50, 100 milhões? Pra ganhar 1s? O público caga e nem nota se os carros são 1s mais rápido ou não.

E aí vem a história da redução de custos que nunca vai acabar. Pelo jeito, é isso aí mesmo.

JP
JP
11 anos atrás

Pior mesmo é na Indy, especialmente em algumas provas (Indianápolis, Texas). É um enxame de pilotos desconhecidos/aposentados ou que só correm justamente nessas provas.

Joao
Joao
11 anos atrás

Creio que o problema foi que nos anos 2000 as montadoras entraram em peso na categoria , como Honda, Toyota, Renault e BMW e entao as equipes tinham seus proprios recursos e poderiam contratar os pilotos por sua performance e nao pelos patrocinios. Com isso nos desacostumamos a ver piltos pagantes no grid , o que aconteceu bastante nos anos 90. Mas com a crise europeia todas as marcas sairam deixando as equipes frageis financeiramente e necessitando de verba para poder se manter funcionando.
Creio que atualmente os pilotos pagantes sejam um mal-necessario porque so assim para a categoria se manter viva e alguns podem se tornar pilotos de equipes grandes como o Perez , mas nao devemos culpa-los por tudo, porque se ele comprou a vaga eh porque tinha alguem para vender.

Alessandro Neri
Alessandro Neri
11 anos atrás

Nota 1000 o texto Flavio. Perfeito. Por essas e outras, é que não perco meu tempo com a F1 já há algum tempo. F1 mesmo, de verdade, e de direito, somente a do século passado. Naquele tempo tinhamos pilotos ( e nao moleques milionarios robotizados), carros lindos ( e nao esses F.Ford siliconados horrorosos , e todos identicos diga-se de passagem) e autodromos que separavam os homens dos meninos. Aquilo sim era F1, e nao o lixo que a categoria se transformou no século 21.

Alexandre Nascimento e Silva
Alexandre Nascimento e Silva
Reply to  Alessandro Neri
11 anos atrás

Neri, eu te agradeço pela disponibilidade de videos raros. Estive a pesquisar sobre o ex-piloto francês Philippe Streiff, que se acidentou gravemente na curva do Suspiro em Jacarepaguá no ano de 1989 com o carro da AGS numa sexta em dia de testes. O seu vídeo retrata o perigo inerente a quem se arriscava a correr a mais de 300km/h com a segurança ainda frágil dos bólidos assim como a estrutura de atendimento. Neste vídeo se vê o então piloto da Coloni Roberto Pupo Moreno sendo avisado no seu box que chegara o carro acidentado e vai correndo pelo pit lane até chegar ao box fechado encontrando lá a equipe de peritos analisando a massa que restou do carro de Streiff, que em nada lembrava um carro de corridas tamanha destruição, exceto por um pedaço da carenagem próxima ao Santo Antônio que restou com o logotipo do patrocinador Camel. O piloto francês ficou tetraplégico.

http://www.youtube.com/watch?v=wIOljz2S-40

Wanderson
Wanderson
Reply to  Alessandro Neri
11 anos atrás

Alessandra, tu ainda se esqueceste de citar que nos anos 90 não havia asa para ultrapassagem e que tudo era quase que feito no braço. A F1 de hoje é inegavelmente um grande engodo: uma festa grandiosa, um circo com cifras monumentais, mas não uma competição esportiva.

Everson Abreu
Everson Abreu
11 anos atrás

Do Davide Valsecchi, campeão da GP2, ninguém sequer comentou para uma vaga.