ENTREVISTA COM O BLOGUEIRO (16)

SÃO PAULO (e olha que falta bastante…) – A promessa era de uma remessa por dia, mas não será fácil. Aos poucos, vamos respondendo tudo que a blogaiada perguntou. Hoje, terceira parte. E vamos em frente, ainda faltam 15 páginas de perguntas.

Gustavo Lucena – Flávio Gomes na sua opinião, qual deveria ser a quantidade de clubes e o sistema de disputa pro Campeonato Brasileiro?
RESPOSTA – Qualquer um, menos pontos corridos com 20 clubes. O campeonato fica arrastado e chato. Eu faria quatro divisões fortes com 16 clubes cada em pontos corridos, se gostam tanto disso. Mas seriam apenas 30 datas, aumentando os Estaduais e fazendo com que todo mundo jogasse o ano inteiro. As vagas de Libertadores e Sul-americana seriam distribuídas entre essas quatro divisões. Ou, então, voltaria com o mata-mata dos oito melhores, se essas séries tivessem de ter 20 clubes. E durante os mata-matas para apurar campeões, mata-matas para decidir rebaixamentos e vagas em outras competições, assim todo mundo continuaria jogando.

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Beirute, 2004

Gabriel – Flavio, minha pergunta é pessoal: caso você não vivesse no Brasil, onde gostaria de morar? Qual país e cidade? Por quais motivos? E outra: qual o lugar que mais gostou de conhecer?
RESPOSTA – A cidade que mais gosto no mundo é Berlim. Mas, ultimamente, tenho pensado muito em viver no Uruguai, o país mais decente do planeta. Uma segunda opção seria a Nova Zelândia. No Brasil, se tivesse de escolher uma cidade seria João Pessoa. E o lugar que mais gostei de conhecer foi Beirute.

Meirelles – Você gostaria de ter nascido em outro país? E em outra época? Enumere algumas épocas e países que você acha serem as melhores da história.
RESPOSTA – Na Alemanha Oriental nos anos 70. Assim poderia ter um Trabant zero quilômetro. Acho que a época mais divertida da história foram os anos 60. Londres e Paris também são cidades legais, ao lado da já citada Berlim. Gosto de Roma e de Barcelona, acho Melbourne o máximo.

Danilo – Toda(s) a(s) sua(s) fonte(s) de renda tem relação direta ou indireta com o automobilismo?
RESPOSTA – Não. Minha única fonte de renda é meu trabalho como jornalista.

Bruno Pereira – Olá, Flávio. Sou seu leitor já há muitos anos. Se bem me lembro desde 2003, quando você escrevia uma coluna semanal no Lance!. Sempre admirei a maneira ácida de suas críticas e seu jeito simples e direto de falar das coisas de que gosta. Tive o prazer de encontrolá-lo pessoalmente no Blue Cloud de 2011, em Poços de Caldas (MG), mas é óbvio que você não se lembra disso. Bem, sem mais delongas, vamos à pergunta: Você crê, piamente, que os cidadãos cubanos e venezuelanos são plenamente felizes com suas respectivas formas de governo? Por favor, entenda: eu não sou um defensor desta ou daquela forma de governo. Mas já visitei ambos os países e vi, com meus próprios olhos, a penúria, o descalabro e a miséria humana que os assolam. E também vi a desesperança nos olhos de uma parte considerável da população.
RESPOSTA – O que é ser “plenamente feliz”? Você acha que os cubanos eram mais felizes sob a ditadura de Fulgêncio Batista, quando o país era um puteiro dos EUA? Você acha que os venezuelanos eram felizes sob governos que viviam da sua miséria, comandados por uma elite política e econômica cada vez mais rica graças à pobreza da maioria da população? Acho que os povos têm direito de escolher seus próprios caminhos. Regime nenhum se sustenta por tanto tempo como em Cuba se não estiver entregando algo ao seu povo. O problema da maioria das pessoas que vivem no Ocidente é querer medir a felicidade de outros povos com sua própria régua. Aqui, e na Europa Ocidental, e nos EUA, e nos países capitalistas em geral, o índice de felicidade geral da nação é medido por aquilo que o sujeito é capaz de comprar e ostentar. Alguém já parou para pensar que para certas populações isso não é importante? O que é exatamente essa miséria que você encontrou em Cuba? Um cara andando de bicicleta ou vivendo num apartamento que não tem varanda gourmet num prédio que não se chama Beverly Hills? Vai dar uma volta no Haiti para ver o que é miséria. Ou na Faixa de Gaza. Ou num hutong em Pequim. Ou no Sudão. Ou em Sri Lanka.

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Pasta de dente e sabonete para todos na DDR

Willian Hoffmann – Caro FG. Nos últimos anos a ganancia do ser humano e das instituições financeiras quase levaram o mundo a bancarrota e a uma crise econômica da qual ele ainda não saiu. Pergunto-lhe: Já não é hora do ser humano “” repensar”” o comunismo como uma forma justa de administração governamental e inclusão de todas as nações na economia mundial?
RESPOSTA – Acho que é hora de o ser humano repensar o sistema capitalista, que evidentemente não deu certo. Nenhum sistema pode ser considerado bem-sucedido enquanto houver uma única pessoa passando fome no mundo, ou morando ao relento. Dizem que o comunismo não deu certo. Na Alemanha Oriental, por exemplo. Alegam que lá só tinha uma marca de pasta de dente e duas de sabonete. OK. Aqui temos 50 marcas de pasta de dente e 200 de sabonete. E temos milhões de pessoas que não têm dinheiro para comprar nenhuma delas. Num regime como o da DDR, todos tinham pasta de dente e sabonete e ninguém morria de fome. Estou simplificando bem a questão, mas é mais ou menos isso.

Luiz – FG, perguntas abaixo:
1) qual foi a melhor corrida que vc acompanhou in loco?
2) qual cidade das que vc visitou não voltaria jamais, por que?
3) partindo da premissa que o PSDB roubou tanto quanto o PT (só foi menos investigado), como o Brasil pode acabar com a corrupção?
RESPOSTA – O GP da Malásia de 1999, volta do Schumacher depois do acidente de Silverstone. Mas há outros tão bons quantos, e eu mencionaria alguns como: Brasil/1991, Jerez/1997, Donington/1993, Nürburgring/1999. Quanto às cidades, uma à qual não voltaria mais por vontade própria é Manama, no Bahrein. Sobre a última pergunta, o Brasil acaba com a corrupção quando o brasileiro deixar de ver a corrupção como meio de vida e passar a ter uma ideia coletiva de nação, deixando de pensar apenas no próprio umbigo. E prendendo gente, como está acontecendo agora aos trancos e barrancos, ainda que a maioria desses inquéritos seja de uma fragilidade jurídica assustadora.

Luiz – Ja recebeu convite para ser comentarista ou ate mesmo narrador de corridas? O que te levou a se aprofundar em esporte a motor especificamente de carros?
RESPOSTA – Uai, eu sou comentarista de corridas, até onde me lembro. Sempre trabalhei com isso em rádio e TV. O que me levou a cair no automobilismo foram circunstâncias da carreira. No fim dos anos 80 e início dos 90, a F-1 tinha um espaço muito grande na imprensa e eu, trabalhando na editoria de Esportes maior jornal do país, fui escalado para várias coberturas na área. Porque gostava e entendia do assunto.

75. Todestag von Motorsport-Legende
Bernd Rosemeyer

Emerson – Olá Flavio Gomes, acompanho seu blog desde o começo e não passo um dia sem visitar a página bem como a do Grande Premio o qual sigo desde áureos tempos. A pergunta: Quais os cinco melhores pilotos de todos os tempos para você, independente de categoria ou títulos?
RESPOSTA – Quais são os áureos tempos? Dúvida à parte, vamos lá, tentando não restringir a lista à Fórmula 1: Bernd Rosemeyer (o da foto), Michael Schumacher, Valentino Rossi, Sébastien Loeb e Mário César de Camargo Flho, o Marinho da Vemag.

Vander Romanini – Olá, meu nome é Vander e gostaria de saber por que a Classic Cup só corre, praticamente, em Interlagos??
RESPOSTA – Porque é um Campeonato Paulista, e todas as etapas oficiais do Paulista são realizadas em Interlagos. Não há condições práticas de se fazer um campeonato nacional de uma categoria como essa. Mas desde que criamos a Classic em 2003 (teve outros nomes), já corremos também em Londrina, Curitiba, Goiânia, Piracicaba, Velopark e Velo Città.

Marcelo Feitoza – Flávio, Posso fazer algumas perguntas? rs Ainda sobre a questão ESPN-Grêmio-Portuguesa e mídias sociais. É inegável o barulho que as redes fazem, coisas boas que surgem, talentos, bem como toda a sorte de preconceitos e frescurites. Pra você, o jornalismo brasileiro tem trabalhado bem com essa ferramenta, ou caminha demasiadamente ao sabor “das polêmicas” que a moçada levanta em detrimento da informação? A ESPN errou no episódio, já que aquela era a sua conta particular e nada tinha a ver com a emissora, ou essa separação inexiste mesmo? Pilotos brasileiros. Claro que os que vieram antes da década de 90 conseguiram títulos internacionais expressivos e entraram para a história. Mas, do início da década de 90 pra cá, mesmo com menos conquistas, em termos de talento, não foi um desastre. Pra você, quais os três melhores pilotos brasileiros entre Barrichello, Massa, Tony Kanaan, Gil de Ferran, Cristiano Da Matta, Christian Fittipaldi, Lucas Di Grassi, Antônio Pizzonia, Nelsinho Piquet, Zonta e Cacá Bueno, e por quê?
RESPOSTA – Vamos lá, redes sociais. Há inegáveis avanços com a popularização da internet como ferramenta de produção e disseminação de informação. Nós, jornalistas, fomos privilegiados detentores da informação por anos, e hoje qualquer um é “jornalista” no sentido de produzir uma informação e levá-la ao maior número possível de pessoas. Olhando assim, podemos concluir que hoje a informação tem um viés muito mais democrático, porque não passa mais, obrigatoriamente, pelo crivo de uma suposta elite intelectual, os jornalistas, que decidiam o que era e o que não era importante. Ao mesmo tempo, como diz Umberto Eco, a internet deu voz a uma legião de imbecis. Também é verdade. Mas, no geral, prefiro assim do que um monopólio de uma determinada classe profissional. O problema é que hoje se confunde rede social com jornalismo. Um post que alguém publica no Facebook não é jornalismo pelo simples fato de se tornar público. O Facebook não é um produtor de conteúdo, é um disseminador de conteúdos. O mesmo vale para o Twitter. O que se tem hoje é uma maior variedade de plataformas através das quais se faz chegar uma informação ao público. Mas, para o jornalista de verdade, a matéria-prima permanece a mesma: informação. E para considerar uma informação algo jornalístico, é preciso tratá-la tecnicamente com alguns princípios que o jornalismo desenvolveu ao longo dos anos: apuração, checagem, clareza, responsabilidade. Como a internet abriu infinitas possibilidades de divulgação de informações – através de textos, áudios, vídeos, fotos –, o jornalismo tradicional passou a enfrentar uma concorrência muito numerosa e pouco preocupada com os ritos que o bom jornalismo exige. Mas não acho que a internet está matando o jornalismo. O que mata o jornalismo é… o mau jornalista. O produto ruim. A “Veja”, por exemplo, que virou um panfleto. Por outro lado, a internet abre um espaço para o bom jornalismo que as mídias tradicionais não têm mais. O momento ainda é confuso especialmente porque o modelo de negócios das empresas jornalísticas mudou radicalmente. E ainda não se chegou a um ponto em que o bom jornalismo possa ser bem remunerado pelos métodos tradicionais, através da venda e da publicidade. A tecnologia avançou demais nos últimos dez anos. Hoje, se faz com um smartphone o que só se fazia com um caminhão equipado com antenas e equipamentos caríssimos pouco tempo atrás. É um novo mundo, e não sei direito onde vai parar. Estou achando tudo muito interessante, embora um pouco confuso.
Sobre a ESPN, sim, errou, eu estava de folga e minha conta é pessoal. Se as pessoas não sabem separar as coisas, problema das pessoas.
Da lista de pilotos que você mencionou, para mim os melhores foram Gil de Ferran, Cristiano da Matta e Barrichello.

Thales – Flávio, poderia nos dizer quais os carros de sua coleção, de qual mais gosta e se tem algum que arrependeu de ter comprado? Outra pergunta: Se você pudesse escolher um carro zero km, de produção em série, de qualquer lugar do mundo, com valor máximo de R$ 150.000,00, qual compraria? E qual o carro dos sonhos inatingível?
RESPOSTA – Já respondi sobre a lista e não, nunca me arrependi de ter comprado nenhum. Quanto a carros novos, nenhum me encanta especialmente e não tenho muita noção de valores, mas acho que se tivesse de comprar um zero quilômetro hoje, seria um Subaru Impreza WRX — nem sei se existe, ainda. Carro dos sonhos inatingível? Bom, eu sempre sonhei e sonho com carros que possa ter um dia. Porque gosto de usar os carros, e por isso não diria um Bugatti, ou uma Ferrari, ou qualquer porcaria dessas que não podem ser utilizadas no dia a dia. Meus objetos de desejo mudam de tempos em tempos. Hoje, talvez, seria um DKW F102.

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DKW 102, o último dois tempos, que deu origem ao primeiro Audi da era moderna

Pedro Abot – FG, qual você acha que foi o melhor presidente da história do Brasil? E o pior? Porquê?
RESPOSTA – Já respondi sobre o melhor, Lula. Porque foi o único que se preocupou com aqueles que sempre foram deixados de lado por todos os governos da história do Brasil. Pior? Todos os militares, com menção honrosa a Costa e Silva.

Alberto – Três curiosidades…
1. Conheço um pouco de seu gosto musical pelos vídeos que posta aqui no blog. Mas falando de maneira mais abrangente, o que mais lhe toca e o que abomina musicalmente?
2. Gosta de motos custom, choppers?
3. Já pensou em assumir a presidência ou algum outro cargo da Portuguesa para tentar ajudar a situação lá?
Em tempo, não lhe comparo com o Galvão. Ele é um cara político, por vezes até falso e é um chato do caral***. Você é um cara que fala o que quer e não se arrepende (ou ao menos não demonstra arrependimento).
RESPOSTA – Pela ordem, vamos lá. Bandas grandiloquentes como o Pink Floyd me agradam. E duplas como Simon & Garfunkel, também. O pop e o rock dos anos 60 e 70, em resumo. Não gosto desse funk que tomou conta das periferias das grandes cidades brasileiras, acho ruins musicalmente, embora reconheça que sejam um retrato da realidade do país. Sobre motos, não ligo muito para essas grandonas, entre outras coisas porque não consigo dirigi-las – são muito pesadas. Prefiro, de longe, motonetas. Sobre a Portuguesa, não, nunca pensei e não quero. O que me resta de amor ao futebol é ligado diretamente à minha condição de torcedor, nada além disso. Quanto à última consideração, não, não costumo me arrepender do que falo.

Paulo Barros – FG, Qual o valor estimado (alguns inestimávies…) para a sua coleção de carros antigos (Relíquias) que possui…E…se não for pedir muito, quantos carros estão atualmente na sua coleção??
RESPOSTA – Já dei a lista, precisa ir lá contar. Acho que deu 36, ou 37. Nunca fiz essa conta, não é algo que me interesse, saber quanto eles valem. O valor dos meus carros é muito pessoal, da ligação que tenho com cada um deles e do prazer que me dão ao dirigir.

[bannergoogle] Flavio Bragatto – Nestes anos todos em que eu sigo o teu blog, eu vejo que você tem um grande apreço pelos automóveis europeus, principalmente os da Europa socialista, como Trabant e Lada. É paixão mesmo, ou é pela “causa”?
RESPOSTA – Qual causa? Socialista? Xará, a gente pode gostar de um carro por vários motivos. Pela sua beleza, sua engenharia, esportividade, por alguma memória afetiva, pelo prazer de dirigir, por aquilo que ele significa historicamente. Aplique todas essas razões mencionadas aos meus carros do Leste. Com exceção da esportividade, elas valem para todos. Acho que já falei sobre isso em outra pergunta, mas não custa repetir. Um Lada é um carro fabricado por um operário soviético. Um Trabant, por um proletário alemão-oriental. São países que não existem mais, e que eram “players” importantes de um mundo dividido em dois até outro dia, quando o planeta ainda refletia mais sobre sistemas políticos e ideologias – com todos seus tropeços, procurava-se uma fórmula ideal. Hoje ninguém reflete sobre porra nenhuma. Eu imagino como era a vida do cara que colocou o farol no meu Trabi. Ou do sujeito que ligou meu Laika pela primeira vez em Togliatti. Meus carros fizeram parte, de alguma forma, das vidas dessas pessoas. Eles vieram de longe. Merecem respeito e carinho.

Do Pandeiro – Flávio, na verdade não é bem uma pergunta e sim um comentário. Gosto muito quando você se põe a falar de coisas passadas, infância, adolescência, ou narra fatos de uma forma bastante peculiar, porque me vejo nestes “posts”, afinal temos quase a mesma idade e vivemos praticamente as mesmas coisas. Mas se posso fazer uma sugestão, e acho que posso, não me venha falar de política. Não concordo com você, você não concorda comigo, e estamos conversados. Grande abraço.
RESPOSTA – Foda-se que você não concorda comigo. Eu falo de política quanto e quando quiser. Acho engraçado um sujeito que porque não concorda comigo politicamente se considera no direito de determinar que, por isso, eu não devo mais falar de política. Vá à merda.

Rubens – Creio que será o recorde de comentários nesse site. Boa sorte pra ler e filtrar tudo isso.
RESPOSTA – Longe disso, teve posts com milhares de comentários. E está sendo interessante. Não filtrei nada. Estou respondendo tudo.

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Paddock de Zeltweg, 2002

Gustavo – Tenho duas perguntas,
1) Como você , baixinho, feio e mal humorado, conseguiu uma namorada tão gente boa ? RS
2) Salvo engano, faz quase 10 anos que VC não cobre “inloco” a temporada de F1. Tem vontade de fazer de novo uma temporada inteira, tipo “farewell tour ” ?
Sou um leitor costumeiro do blog e das suas redes sociais . Nem sempre concordando, mas sempre respeitando . Afinal isso é uma democracia . Grande abraço
RESPOSTA – Nunca tive problema nenhum em ser baixinho. E não teria se fosse muito alto, ou gordo, magro, perneta, vesgo, careca. Beleza é algo bastante relativo, me parece uma discussão irrelevante. E não sou mal-humorado. Apenas sou sincero e franco. De tudo que você afirmou na primeira pergunta, apenas confirmo que minha namorada é, sim, muito gente boa, a menina mais legal que conheci na vida. Segunda pergunta, não, não tenho vontade. Alguns países para onde a F-1 tem viajado não me interessam minimamente. Sinto falta das corridas, porque gosto delas, e do ambiente do paddock – que já foi bem mais divertido, claro, mas ainda tem seu charme. Há fases para tudo na vida e tive sorte de acompanhar “in loco” momentos muito interessantes da F-1, mais do que os atuais, com pilotos como Senna, Prost, Mansell, Piquet, Alesi, Berger, Schumacher, Villeneuve, contando histórias de equipes como Brabham, Tyrrell, Andrea Moda, Osella, Minardi… O calendário era mais enxuto e visitava lugares de que eu gostava muito. A F-1 trocou Portugal, Argentina, França e Alemanha por Abu Dhabi, Cingapura, Bahrein, Malásia, China, sítios que não me dizem muita coisa. As viagens ficaram muito longas e cansativas. Se eu quiser ir a alguma corrida hoje, escolho e vou. Spa, Monza, Budapeste, Melbourne e Mônaco são algumas que eu faria de novo.

Carlos – Ok. Parabéns pela iniciativa. Sou fã de seu trabalho (não de você) desde os tempos da RB. Foi uma época em que tirava o áudio da TV e acompanhava a transmissão da F1 pelo rádio. Nenhuma dúvida quanto a seu profissionalismo. Vida pessoal não interessa a ninguém, ou não deveria interessar… Mas, tem uma coisa ligada ao seu comportamento que desperta curiosidade. Assim. arriscando a tomar mais um chingamento, aproveito a oportunidade para perguntar: Flávio, por quê você é tão rancoroso?
RESPOSTA – Um enorme preâmbulo para fazer uma pergunta meio descabida, que embute uma afirmação. A única resposta possível é: não sou rancoroso, portanto fique com sua opinião.

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Valdemir
Valdemir
8 anos atrás

O melhor do Blog, além dos excelentes textos do Flávio Gomes, são as respostas que ele dá aos comentários.

Jornalista com culhões, coisa raríssima hoje em dia… Parabéns Flávio.

Gabriel P.
Gabriel P.
8 anos atrás

Flávio
Concordo totalmente com suas opiniões políticas.
Quanto ao automobilismo nem sempre, mas as respeito demais pois são de quem entende.
Agora…
É uma pena dos leitores do blog, mas se interessarem em criticá-lo por suas opiniões políticas.
Paradoxalmente, no Brasil se fala muito de política, mas a imensa maioria dos que querem falar a respeito, são ignorantes no assunto.
Gente burra, totalmente manipulável e que dão audiência aos BBBs.
Continue assim Flávio, pois cada um de nós que enxerga vale por milhares de cegos que são apenas levados como gado.

Sanzio
8 anos atrás

Fico aqui me perguntando o que uma pessoa que “gosta do seu trabalho mas não de você” vem fazer no seu blog pessoal.
Se gosta só do seu trabalho, que limite-se a visitar o Grande Prêmio, uai!
Blog pessoal, com opiniões e gostos pessoais… gostando ou não, há de se respeitar.
Tem tonto que acorda louco pra levar uma nabada, viu!

Alan
Alan
8 anos atrás

Tô me divertindo a beça com as respostas kkkkkkk mais ainda das de cunho político, já que compartilho da opinião do Flávio Gomes.

Gabriel P.
Gabriel P.
Reply to  Alan
8 anos atrás

Idem
E Flávio tem sido nota 10 ou 1000
Fala tudo aquilo que gostaríamos de falar para os coxinhas que mal são informados ou sabem da vida..
Parabéns ao Flávio.

Danilo B. Hatzlhofer
Danilo B. Hatzlhofer
8 anos atrás

Sobre a questão de na Alemanha Oriental existirem apenas 1 marca de pasta de dente e 2 de sabonete…. De que adianta hoje existirem 300mil marcas se todas essas marcas pertencem somente a 2 ou 3 grandes grupos? Ou seja, só existem 2 marcas.

Sobre suas opiniões políticas/comunistas, confesso que muitas vezes li algo aqui e fui contra, não comentei, mas discordem em pensamento, algumas vezes fiquei até revoltado. Mas as frases “Temos milhões de pessoas que não tem dinheiro pra comprar nenhuma delas” e “Enquanto houver 1 pessoa passando fome, significa que o sistema não funcionou” estão me fazendo refletir bastante. Detesto qualquer tipo de desigualdade e injustiça.
Parabéns e obrigado por me colocar para refletir, espero que funcione com mais gente.

Obs.: Perceba que muita gente provoca vc nos comentários apenas para ter o gostinho de ser respondido de volta. É o preso de ser uma celebridade.

Obs. 2: O Flávio Gomes da TV é muito coxinha.

Danilo B. Hatzlhofer
Danilo B. Hatzlhofer
Reply to  Danilo B. Hatzlhofer
8 anos atrás

* discordem
*preço

Danilo B. Hatzlhofer
Danilo B. Hatzlhofer
Reply to  Danilo B. Hatzlhofer
8 anos atrás

Bom, o celular não quer me deixar escrever discordei.

RS

Abraço

Jonny'O
8 anos atrás

Sensacional Flávio!!!!!!!…. nunca concordo muito com sua visão politica, mas isso não importa porque as pessoas são diferentes, temos que conviver com as diferenças…….. mas de todos os lados, da politica ou fora dela, tem pessoas honestas e pilantras.E sempre gostei muito de sua sinceridade sobre as coisas.

Senti imensamente por não poder fazer uma pergunta por chegar talvez alguns minutos mais tarde, pena………mas saiba que acompanho seu blog desde o 1ª dia.
Agradeço muito por este seu blog, que deu a nós leitores a oportunidade de colocar nossa opinião e agora você dá este outro passo muito doido e bacana…… dar esta oportunidade dos leitores “as perguntas”.

Parabéns Flávio e que seu sucesso seja longo!!!!!!

ricardo soeiro
ricardo soeiro
8 anos atrás

Muito legal, algumas perguntas muito criativas, as respostas também. Algumas para aprender algo e refletir, outras para rir muito. Tudo excelente.
Espero as outras.

Leonardo
Leonardo
8 anos atrás

Eu estou adorando esses posts. As respostas são ótimas. Pena que perdi a janela de perguntas.

O que mais está me divertindo são as respostas na “lata”. Como dizem os cariocas, é “papo-reto”. E, claro, com muito sarcasmo!!

Sinceramente, o que gosto muito do seu Blog é que ele me faz viajar, viver coisas que eu acharia legal ter vivido (ou que eu ainda planejo experienciar). Quando você fala de suas viagens para cobrir a F-1, consigo vivenciar um pouco dessa experiencia. É para isso que existem livros, poetas e escritores não é? Para nos permitir viver muitas vidas. Uma série de posts que me marcaram foi da sua viagem pela europa com os seus filhos. Quando o meu estiver mais velho, quero viver uma experiencia similar com ele. Obrigado por escrever sobre coisas tão interessantes.

Fico no aguardo da próxima leva.

Paul
Paul
8 anos atrás

Hahaha……só rindo de algumas perguntas….e das respostas também….hahaha…..Vai em frente Flavio…seja feliz isso que importa na vida e muitos ainda não entenderam….hahahaha.

Hassan
Hassan
8 anos atrás

Flávio se eu soubesse que vc foi pra Beirute te faria um monte mais de perguntas!! Eu morei lá 4 anos, essa foto é de um taxi tipo “service” O sistema funciona com o cara andando na rua (la nao tinha pontos de taxi até pouco tempo atrás) e ele leva diversos passageiros ao mesmo tempo pelo preço de 2 “obamas” como voce diz… Ahn, e ele nao para onde voce precisa ir, ele fica só nas avenidas principais, e deixa voce perto do seu destino. Agora ja tem taxis normais, mas isso era um costume local mto legal…

sergio luiz
sergio luiz
8 anos atrás

Cada vez admiro mais o Flavinho por suas posições.Tanto as políticas em que aprendo muito com seu poder de convencimento de que a queda do socialismo eh momentânea frente a esse capitalismo cruel, como por suas posições honestas e sem papas na língua, como a maioria dos jornalistas esportivos. Quanto aos leitores ignóbeis que te repudiam por causa de suas posições,que vão às favas!

marcos
marcos
8 anos atrás

Flavio, a foto Paddock de Zeltweg, 2002, é do Elton John?

Marcos Milani
Marcos Milani
8 anos atrás

Na falida DDR, além de pasta de dente e sabonete, também havia balas de graça. Bastava tentar fugir de lá.

Sobre Cuba: tenho um grande amigo cubano. Hoje vivendo no Brasil. Pergunte para ele sobre a realidade da vida na ilha e se ele tem alguma vontade de voltar para lá.

Fernando
Fernando
Reply to  Flavio Gomes
8 anos atrás

Perdão Flávio, na primeira série de respostas elogiei muito tanto sua iniciativa como sua visão mais abrangente sobre a Coréia do Norte, o que amplia o debate, sempre simplista demais. Agora discordo.

Sobre Cuba não vou falar. Quanto a DDR, nada sobre pasta de dentes ou sabonetes. Foi construído um muro para que o povo não pudesse escapar de lá para o ocidente, decisão acertada ou não (do povo), certamente era soberana – e foi fato.

Também foi fato que morreram tentando fugir, cerca de 100. Foram fuziladas, há provas, fotos, filmes. Você deveria, penso eu, responder ao comentário e dizer o que pensa disso. Um mal necessário? Abraços.

Alfredo
Alfredo
Reply to  Flavio Gomes
8 anos atrás

Os Estados Unidos fizeram um desses com o México?

Fernando
Fernando
Reply to  Flavio Gomes
8 anos atrás

Não, não consegui me fazer entender. Você não é um cara do tipo “mas eles também fizeram…”, até porque foi antes. Estranhei o fato de você querer morar em um lugar de onde não pode sair sob o risco de ser fuzilado.

O muro dos EUA foi construído para não entrarem, o de Israel idem, não quer dizer que eu concorde com isso, o da DDR foi construído para deter “no fuzil” o próprio povo em suas fronteiras, foi feito para não saírem! Você sabe disso. Certamente com isso eu não concordo.

Esse “questionamento” todo é porque eu respeito muito você e tuas opiniões, e esta longe de ser uma provocação.

Sinta-se à vontade, óbvio, para não publicar, pode se tornar maçante, se já não esta, apenas quis te escrever isso, basta que leia, achei tudo isso um pouco contraditório com o que você escreveu sobre a Coréia, e penso que a liberdade prá você tem um valor imenso.

Não seria o comunismo um sistema que mede a todos – como você gosta de escrever – com a régua do ditador? Abraços.

Alfredo
Alfredo
Reply to  Flavio Gomes
8 anos atrás

Eu moro “lá”

Flavio Guerra
Flavio Guerra
Reply to  Flavio Gomes
8 anos atrás

Pelo Google pode-se constatar o muro dos estadunidenses.

Rafael Rodrigues
Rafael Rodrigues
Reply to  Flavio Gomes
8 anos atrás

Existem americanos rednecks que ficam com caminhonetes perto da fronteira “caçando” imigrantes ilegais. Pessoa caçando gente. Não é incomum utilizarem arma de fogo.

mario aquino
mario aquino
Reply to  Marcos Milani
8 anos atrás

Tive um escritório de contabilidade, executamos a contabilidade de empresas cubanas, Surimpex, Tecnosumma e outras, convivi com executivos cubanos que eram pessoas altamente qualificadas, bem formadas e bem informadas, seus subordinados de nível médio apresentavam um nível intelectual e cutural superior aos nossos “graduados” brasileiros. A tecnologia na área médica por exemplo que é vendida por algumas dessas empresas é absurdamente superior a qualquer coisa que possamos conceber, é só isto que eu posso afirmar.

Frederico Lima
Frederico Lima
8 anos atrás

Flávio, sensacional a resposta pro “De Pandeiro”. Rí alto sozinho. Rs… Parabéns por ser você mesmo. Um dos motivos por admirar o seu trabalho é justamente esse: você é franco e extremamente sincero no que fala. Por isso passo diariamente aqui pra ler o que você fala.

Eduardo Britto
Eduardo Britto
8 anos atrás

Muito legal esse lance de entrevista! Só vi agora, queria fazer umas perguntas pra essa pessoa que admiro, mas seguro a ansiedade, o que é um bom treino pra levar adiante a vida nesses tempos. Quando abrir de novo eu pergunto. Valeu!

Mauricio
Mauricio
8 anos atrás

Flávio, Tudo bem?
Sou muito seu fã! Abro o blog religiosamente umas 3 vezes por dia, apesar de quase nunca interagir.
E;
Apesar de não concordar com muita coisa, suas posições me fazem pensar. E sinto q este exercício, de ser fã e acompanhar um cara com o qual concordo apenas uns 40%, me fazem bem intelectualmente.
Desculpe ser piegas e meio bichinha, mas Adoro te Odiar.
Forte abraço

Éder Bento
Éder Bento
8 anos atrás

Olá Flávio, não deu prazer fazer a pergunta a tempo, mas vou deixar mesmo assim aqui..hehe…
Eu fiz um trabalho sobre os torcedores barra brava a um tempo atrás, e assistindo o fox Rádio vi que você conhece bem o assunto e a força que os barras tem, apesar que a galera da mesa não lhe deixou falar muito, voce em sua carreira cobrindo automobilismo já viu algo parecido mas nesse esporte em específico? Abraço!

Jose Maria Forville de Andrade
Jose Maria Forville de Andrade
8 anos atrás

Parabéns, Flávio, pela franqueza no seu comentário referente ao incógnito Do Pandeiro.

do Pandeiro
do Pandeiro
Reply to  Jose Maria Forville de Andrade
8 anos atrás

Flávio, você sabe que para milhares de pessoas assim como eu, a leitura diária do seu blog se tornou uma obrigação. Nós nos identificamos com seus posts, talvez pela sua linguagem, talvez pela facilidade que você possui para externar coisas que, na maioria das vezes, sentimos e pensamos mas não ousamos externar. Assim é que, por essa identificação, as vezes a gente extrapola e passa a se sentir como se fosse íntimo seu. A ponto de, ao ver um carro antigo nas ruas da cidade onde moro, pensar, de imediato: poderia tirar uma foto deste carro e mandar para o blog do Flávio, talvez ele publique. Isso apenas para parecer simpático a pessoa que nutro grande admiração. Tanto é que meus filhos, admiradores também de automobilismo, são seus leitores, recomendados por mim, Jamais, em tempo algum, se assim lhe pareceu, seria capaz de sugerir algo a jornalista tão capaz e brilhante. Apenas deixei de fazer uma pergunta, como centenas de participantes do blog, e fiz um comentário que, aos meus olhos, soou tão inocente que não vi nele nenhum tipo de maldade que pudesse despertar sua ira e de outros seguidores do blog. Se é assim, então te peço, de coração, que me perdoe. Não sou energúmeno elevado à enésima para confrontá-lo, desafiá-lo ou provocá-lo, se assim lhe pareceu. Prezo muito as pessoas e tive educação e formação suficientes para não ser capaz de agredir as pessoas de forma tão gratuita, que dirá jornalista tão destacado quanto você. Mas continuo achando que não merecia ser tratado de forma tão grosseira e com tamanha falta de educação quanto você me tratou. É um direito meu pensar assim. Aqui, em meu humilde anonimato, vou continuar a admirá-lo.

João
João
8 anos atrás

Espero que alguém tenha perguntado se existe algum carro de F1 em especial que gostarias de ter conduzido. A mim só me vem à cabeça o Ferrari de 1990 de Alain Prost. Absolutamente lindo!

josé Marinho
josé Marinho
8 anos atrás

“…o Brasil acaba com a corrupção quando o brasileiro deixar de ver a corrupção como meio de vida e passar a ter uma ideia coletiva de nação, deixando de pensar apenas no próprio umbigo.”
É uma frase pra ficar gravada.

Marcelo
Marcelo
8 anos atrás

Ainda que às vezes não concorde politicamente contigo, sempre leio seus post´s sobre o assunto, afinal, penso que só posso ter uma opinião real sobre qualquer coisa se ler/ouvir vários aspectos, e seu ponto de vista é normalmente diferente e interessante, contra o que a gente vê na grande maioria dos telejornais por aí. Por isso mesmo, achei muito boa sua resposta ao “anti-político” aí em cima !!!

Emerson
8 anos atrás

Respondendo á sua dúvida sobre quais áureos tempos, os meus áureos tempos, época do começo do site grande premio.
Gostei da resposta sobre os maiores pilotos na sua opinião.

Mario Mesquita
Mario Mesquita
8 anos atrás

Ahahah, eu “se” divirto com o festival de tocos para algumas perguntas sem noção ou quase…

O legal é que ficou meio papo de botequim, verdades jogadas na mesa, para a alegria de alguns e cara feia de outros. Em tempos de relações superficiais e muita frivolidade um “papo reto” ao vivo e a cores é bacana de ver.

Na próxima vou tentar perguntar algo relevante ou levar toco também, rs.

Thiago Azevedo
Thiago Azevedo
8 anos atrás

Gomov,

Frágil por que?
As provas dos inquéritos não são tão frágeis assim. Em geral, o que tem sido apontado tem sido comprovado, seja por depósito em contas, seja por criação de empresas de fachada… Pode ser que não delatem todos e nem mencionem tudo o que foi roubado. Por mais afiados que sejam os auditores/contadores, vai ser difícil chegar ao valor final. Mas muito do que foi apontado, apareceu.
Aos réus, restam fazer o que sempre fizeram e que dá certo no Brasil: contratar bons advogados, enrolar os processos e negar até a morte. Não serão encontrados recibos assinados pelos réus e estes não vão confessar. Depois, é só esperar as instâncias superiores /tribunais desfazerem os trabalhos das polícias, dos ministérios públicos e dos juízes da primeira instância. É assim que funciona no nosso Brasilzão. Claro, os réus também contam com ajuda dos legisladores, que faz leis para bandidos.
Um exemplo: os danos ao erário são imprescritíveis (isso esta na nossa constituição). Mas valores obtidos de maneira irregular, subtraídos do erário, de maneira improba, são sujeitos à prescrição – tem várias de ações civis públicas que os réus foram condenados, mas que não devolverão os valores por conta da prescrição. Tem sentido?
A operação lava jato é um marco. Quem estiver no esquema de corrupção, tem que ser punido, independentemente do partido. E isso deve ser rápido, pra ser efetivo. Como já disseram, corrupção tem cheiro de morte.

Rafael Rodrigues
Rafael Rodrigues
Reply to  Thiago Azevedo
8 anos atrás

Se te mandassem para a cadeia porque te confundiram com seu irmão em um vídeo de CFTV, você iria ficar feliz? Iria considerar aquilo uma “prova”? Se você sendo réu primário fosse preso “preventivamente” para “não cometer crimes que pode cometer”, você ficaria feliz?

O estado democrático garante alguns direitos básicos. Um deles é o de não ser punido antes de ser condenado, também conhecido como “presunção de inocência”.

Pessoas como você deveriam ouvir menos os “articulistas” da mídia e se ater mais à lógica e aos fatos e ver, de mente aberta o que está ocorrendo.

A título de exemplo, o Genoíno foi condenado com base na “teoria do domínio do fato”. Procure na internet e dê-se ao trabalho de ler algumas partes do processo contra ele.

Dos políticos elencados na Lava-Jato, o PP responde por mais do dobro de PT e PSDB somados. O que a mídia fala a respeito?

Nós temos muitos culpados no país, muita gente que dá para condenar dentro da lei, a muitos anos de cadeia e sem ser autoritário. Gente em todos os partidos.

Aqui no Rio, um prefeito do PSDB roubou treslocadamente um município muito pobre. Ele comprou Ferrari, comprou até uma TV de mais de 100 mil reais. Tá solto. A mídia não está nem aí.

Nessa semana o Aécio teve a pachorra de dizer que o Trensalão de SP é “Forjado pelo PT”. Tem gente que vai acreditar.

O Mensalão Tucano, que foi o (frise-se) embrião do Mensalão do PT está há 1 ano sem juiz, relegado à primeira instância pelo STF. Sua prescrição é dada como certa.

Eu defendo punição exemplar. Mas precisa ser para todos. Quando se pune apenas um grupo, não é justiça, é perseguição.

antonio
antonio
8 anos atrás

já pensou em contar a historia de cada carro e sua ligação com ele?

antonio
antonio
8 anos atrás

Bom dia
Não sei se ainda dá tempo, mas já pensou em contar a historia de cada um de seus carros já que afirma ter uma ligaçãoa com cada um?

Rubens
Rubens
8 anos atrás

Fiz só um comentário simples, nem pergunta era, e ainda assim o blogueiro se deu ao trabalho de fazer uma observação.

Nem precisava. :)

Marcelo Kozak
Marcelo Kozak
8 anos atrás

Flavio, sou seu fã, pois na juventude quis ser jornalista e sempre sonhei escrever dessa forma crítica, bem humorada e com qualidade, como você escreve.
A vida me privou desse sonho. Hoje meu filho faz jornalismo e me sinto realizado. Ele produz textos que me fazem lembrar dos seus e isso me enche de orgulho!
Leio seus textos diariamente e muitas vezes já me peguei relendo todos as suas peripécias em O Boto do Reno. Acho todos aqueles textos sensacionais!
Só te escrevo hoje, pois li algumas críticas a você nos posts acima e achei que você merecia uns elogios, pra começar bem o dia.
Um grande abraço e torce junto aí, pro meu filho um dia chegar lá!
P.s.: seu texto sobre a Portuguesa, aquele com a foto do seu filho no alambrado, é um dos textos que mais me emocionou na vida. Quem tem filhos, sabe do que estou falando.

Thiago Leal
8 anos atrás

Porra, legal saber que minha cidade agrada tanto quem visita! Quando voltar a João Pessoa, informa antes no blog que quero uma dedicatória no meu Boto do Reno, cazzo!

Emerson Carneiro
Emerson Carneiro
8 anos atrás

Só tenho duas perguntas:
1) Conseguiu arrumar a Willians do Piquet que te enviei junto com outro carro que você queria do Alex Dias Ribeiro ?
2) Já conseguiu montar a Ferrari do Massa que te deu as plantas e o cd com instruções por imagens e vídeos e outros carros da F1 ?
Grande abraço !

F.Raeder
F.Raeder
8 anos atrás

Impreza WRX…bela resposta! Também seria a minha. Torço muito pra Subaru aumentar sua praticamente imperceptível presença no Brasil. Podia também trazer seus modelos em cores além dos monótonos preto e prata. Um azul, como tem no site, seria show!

Silvana Castro
Silvana Castro
8 anos atrás

Oi Flavio tudo bem??? Aqui vai um link e um som do Gabriel o Pensador e Jorge Benjor – Solitário Surfista onde aparece um DKW diz aí o que vc acha???

https://www.youtube.com/watch?v=6jDJXjSeNIg

Gustavo
Gustavo
8 anos atrás

Sou o autor da penúltima pergunta . A primeira parte dela ( sobre ser baixinho, feio, etc) tinha a intenção de brincar com você e não criar uma discussão sobre “minorias estéticas” . Não formulei bem a pergunta e a resposta foi mais seria do que eu esperava. Bem divertido esse questionário. Abraço,

Airton Silva
Airton Silva
8 anos atrás

Tenho um Fusca fabricado em outubro de 1968 (mesmo ano do meu nascimento). Hoje mesmo estava pensando no fato de que quando ele foi fabricado o Brasil vivia aquela época obscura do AI-5, que seria editado pouco mais de um mês depois. E às vezes me pego pensando onde estarão hoje os operários que montaram aquele carro e que apertaram muitos dos parafusos que estão ainda intocados. Tenho também dois carros modernos de uso diário, um suve fabricado no México e um Cruze, mas em relação a ambos o que me vem à cabeça são aquelas imagens de operários montando tudo muito rapidamente e sem um pingo de apego às tarefas que estão a executar.

Alfredo
Alfredo
Reply to  Airton Silva
8 anos atrás

Se você pensar num operário americano, pense que ele sairá da fábrica dirigindo um bom carro , pelos menos igual ao que ele fabrica e com um salário suficiente para dar uma vida confortável para a família. Se pensar num Russo ou num Chinês. Pense num cara explorado pelo estado que volta pra casa a pé e mal consegue comer com a grana que ganha construindo tal maravilha com amor no coração. Bem, mas lá phudido só ele, porque a galera do politburo come muito bem obrigado!!!

Alfredo
Alfredo
Reply to  Alfredo
8 anos atrás

Não meu caro. Não estacionei em 1970. Não falo por “ouvir falar” moro nos EUA e trabalho com Russos, Chineses, poloneses, não é UM que conta como as coisas funcionam por lá, são TODOS, é unânime. Se o regime desse países poderia ter qualquer coisa de nobre de sua criação. Com certeza perdeu se na sua implantação. O que ouço são histórias de operários necessitados num regime onde os mandantes vivem vida de nababos. Ora dirias, mas no Brasil é igual (hoje muito melhor, tenho que concordar) e não somos comunas. No Brasil quando o Renan usar o jatinho qualquer um pode ir na rua e gritar contra isso. Os regimes comunistas nada tem de diferente da ditadura que vivemos no Brasil, são os mesmos milicos com as mesmas armas e os mesmos fuzis, com a única diferença que os meganhas brasileiros na base do “amem ou deixe” “convidavam” a sair quem não gostasse, Já os fardados comunistas, obrigam aos que não gostarem, a viverem na marra as sandices do regime.
Essa história toda de operários comunistas acariciando um carro que era feito com amor, funciona muito bem num livro de romance. a realidade das fábricas nesses regimes era bem diferente, dito por pessoas que lá trabalharam. Infelizmente, para sua tese. os caras que trabalhavam com amor e carinho eram, ou são, artesãos que trabalham em fábricas tipo Rolls Royce e Bentley, que fabricam peças de arte que nunca vão poder usar.

Mario Hahn
Mario Hahn
Reply to  Alfredo
8 anos atrás

Até parece que ele viveu ou sabe alguma coisa sobre a Russia, ou que já chegou perto da China… Opiniões sem conhecimento de causa!

Rafael Rodrigues
Rafael Rodrigues
Reply to  Alfredo
8 anos atrás

Alguém precisa avisar ao Alfredo que nos EUA tem muito pobre. Em números absolutos, mais que no Brasil.

Ah, desculpe. isso é mentira, né? Manipulação comunista.

Dá um vôo em http://www.homelesschildrenamerica.org/ e veja como essas crianças manipuladas pelos porcos comunistas fingem tristeza como ninguém. 2.500.000 de crianças-atores, né?

Alfredo Aguiar
Alfredo Aguiar
Reply to  Alfredo
8 anos atrás

Senhor Hahn. O que lhe leva entender que não conheço a Rússia e a China?

Fernando Monteiro
Fernando Monteiro
8 anos atrás

Puta merda, observando as redes sociais e as perguntas feitas ao Flávio, é desanimador ver que ainda existe gente que acredita piamente que ” comunistas comem criancinhas” e esses débeis mentais ainda usam do seu direito, que é garantido pela constituição, de se expressar pedindo a volta de um regime de ditadura de direita que diz que esse direito de liberdade de questionar que ele usa agora é proibido.

Alfredo
Alfredo
Reply to  Fernando Monteiro
8 anos atrás

Ditadura é ruim de qualquer jeito. seja de direita seja de esquerda. Lugar de milico é no quartel!!!

Paulo Moreno
Paulo Moreno
8 anos atrás

Precisando de uma musica legal
https://www.youtube.com/watch?v=3j8mr-gcgoI

vinicius
vinicius
Reply to  Paulo Moreno
8 anos atrás

outra boa tbm é high hopes, sempre curti mto o pink floyd, o unico album ruim foi o the final cut

Brownstone
Brownstone
8 anos atrás

Sobre a penúltima pergunta/resposta, ainda bem que não teria problemas em ser careca, uma vez que está no caminho para tal.

vinicius
vinicius
Reply to  Flavio Gomes
8 anos atrás

kkkkk por isso o FG é foda

Paulo
Paulo
8 anos atrás

Oi Flávio, tudo bem? Como eu mando uma pergunta pra você?
Abs.

Paulo
Paulo
Reply to  Flavio Gomes
8 anos atrás

Rsrs, sem problemas Flávio, apenas não prestei atenção. Mas, muito legal isso que você fez. Parabéns!

Albert
Albert
Reply to  Flavio Gomes
8 anos atrás

E eu perdi o horário… Na verdade, vi o post sono dia seguinte. Mas estou esperando pra ver se alguém fez a pergunta que iria fazer.

Leon Neto
Leon Neto
Reply to  Flavio Gomes
8 anos atrás

Perdi a chance, mas já estou com minha pergunta pronta pra quando for comemorar 50 anos de profissão. Mal posso esperar!

Tiffosi
Tiffosi
8 anos atrás

FG, quando vc diz “Porque gosto de usar os carros, e por isso não diria um Bugatti, ou uma Ferrari, ou qualquer porcaria dessas que não podem ser utilizadas no dia a dia. ” esquece de mencionar algumas pessoas que correm com Ferraris F430 da extinta GT3 e Top Series que ainda rodam, mais especificamente no Endurance Gaúcho e também em outras provas de longa duração, como os 500 km de Interlagos. Dá para ter uma Ferrari sim pra correr em provas oficiais ou track days. É caro mas dá…

Thiago Leal
Reply to  Flavio Gomes
8 anos atrás

Os jornalões europeus noticiam, na maior cara lisa, que um chefe de estado perde tempo mandando executar até criador de tartaruga e os leitores acreditam. É cada uma…