DANÇA DAS CADEIRAS
SÃO PAULO (chacoalha tudo!) – E, no caso, são cadeiras, mesmo. Hoje foi dia de anúncios oficiais de trocas de chefia em várias equipes. Começando com a Ferrari, que tirou Frédéric Vasseur da Sauber/Alfa Romeo, onde ficou seis anos, para assumir o cargo de Mattia Binotto, demitido alguns dias atrás. O francês será o manda-chuva do time vermelho a partir de 9 de janeiro. Era um movimento esperado e a imprensa italiana cantou a bola no início da semana.
Na Sauber, quem assume é o alemão Andreas Seidl. Já esteve por lá, nos tempos de BMW. Depois passou pela Porsche, ganhou três edições das 24 Horas de Le Mans e desde 2019 ocupava a função de chefe na McLaren. Foram quatro anos no time papaia sem resultados muito expressivos — a vitória de Ricciardo em Monza no ano passado foi o ponto alto. A indicação de Seidl tem cara da Audi, que assume oficialmente a Sauber em 2026, mas claramente participa da estruturação da equipe para o futuro — 2023 será o último ano do time suíço sob a marca Alfa Romeo. Sua passagem pela Porsche foi bem-sucedida e, como se sabe, Audi e Porsche são parte do mesmo grupo, a Volkswagen.
A McLaren, para o lugar de Seidl, promoveu o italiano Andrea Stella, que está na equipe desde 2015. Stella trabalhou 15 anos na Ferrari e foi engenheiro de Schumacher, Raikkonen e Alonso.
Ontem, Jost Capito deixou a Williams depois de duas temporadas na chefia. Não se sabe ainda seu destino, nem quem vai ocupar o lugar no time inglês. Binotto está na pista e o que não falta é especulação. Uma delas, de que a Porsche, depois de tomar um passa-fora da Red Bull, poderia fazer uma proposta pela equipe inglesa e levar Binotto para tocar o projeto, já que o ítalo-suíço é especialista em motores.
Ou Porsche ou os Andretti, alguém vai acabar comprando a Williams. Por um tempo achei que o destino dos alemães era Jordan/Midland/Spyker/Force India/Racing Point/Aston Martin, mas Papa Stroll tem gasto os tubos ali e acho que acabou ficando salgado demais.
Binotto como chefe de equipe é um ótimo de engenheiro de motores. Não basta ter tempo de casa, tem que ter o conhecimento e habilidades necessárias à nova posição
A Ferrari está merecendo ganhar um campeonato. É lenda do esporte.