SOBRE ONTEM DE MANHÃ
IMAGEM DA CORRIDA
SÃO PAULO (cola) – Vamos à luta, ó campeões! Hoje tem de ser tudo rapidinho, porque a semana será braba… Começando com a taça quebrada. Fabricada pela gloriosa Herendi Porcelanmanufaktura, disse um representante da empresa, um certo Attila Simon, que são precisos seis meses para sua confecção. E a dita cuja vale 40 mil euros, mais de 200 mil lulas. Mas a Red Bull não precisa se preocupar, vai receber outra. Norris espatifou o troféu quando deu com o fundo da garrafa de champanhe no pódio para estourar a rolha. A urna de porcelana se desequilibrou e caiu no chão. “Estava muito na beirada”, desculpou-se Lando, ligeiramente envergonhado. “Da próxima vez tiro de perto de você”, respondeu Verstappen, às gargalhadas. “Vou mandar a conta para o Zak [Brown], que está cheio de grana, contratando todo mundo.”
Fica para o folclore da categoria. Eu, se fosse a Red Bull, guardaria desse jeito mesmo, dentro de uma redoma de vidro. Foi o desfecho de um domingo histórico para a equipe, que estabeleceu a maior série de vitórias seguidas de um time na F-1, 12, superando as 11 que a McLaren conseguiu em 1988. São as marcas da guerra.
Carro por carro, aquele MP4/4 de Senna e Prost contra o RB19 de Verstappen e Pérez, estamos no empate quando se trata de vitórias consecutivas na mesma temporada. Já falamos bastante disso aqui. Há 35 anos, a McLaren venceu 15 das 16 etapas do Mundial. Para superar esse aproveitamento, em termos percentuais, a Red Bull precisa de 21 vitórias em 22 corridas deste ano.
Vai conseguir?
Abaixo, mais uma sequência de fotos da patuscada de Norris, incluindo sua cara de menino que fez coisa errada na entrevista coletiva e o troféu nas mãos de um integrante da organização antes do sinistro.
Os números da Red Bull e de Verstappen neste ano são, efetivamente, muito superlativos. Além de ganhar todas as corridas, venceu também as duas Sprints — uma com Pérez, em Baku, e a outra com Verstappen, na Áustria. Sábado que vem tem a terceira da temporada, em Spa. São, além disso, nove poles, oito melhores voltas e 650 voltas lideradas em 680 possíveis — 95,6%. Em 1988, a McLaren liderou 1.003 das 1.031 voltas percorridas, 97,3% do total.
Em Budapeste, a vantagem de Max para o segundo colocado, Norris, foi de 33s731, a maior do ano. E o holandês, como destacado ontem neste espaço, chegou a sete vitórias seguidas, a segunda maior sequência da história, perdendo apenas para as nove de Vettel em 2013 com a mesma Red Bull. Ascari (1952/53), Schumacher (2004) e Rosberguinho (2015/16) também ganharam sete consecutivas.
Isso tudo nos leva à…
FRASE DE BUDAPESTE
Toto Wolff, sobre a superioridade da Red Bull:
“É como se tivéssemos um monte de carros de Fórmula 2 correndo contra um carro de Fórmula 1. Eles fizeram um trabalho melhor que todo mundo.”
Toto Wolff não esconde seu desalento diante do quadro que vive a Mercedes contra sua principal adversária, como se vê. Mas segue de cabeça erguida. E cometendo algumas indiscrições. Nas fotos acima, o chefe da equipe dá entrevista a um repórter-mirim da TV inglesa Sky Sport. No flagra, cochicha para o menino : “Lewis vai assinar por dois anos”. Como repórter não é baú para guardar informação, o moleque deu com a língua nos dentes. No que fez muito bem.
É com essa informação que trabalharemos daqui em diante: Hamilton vai renovar por dois anos. Criança não mente. Falando nele…
O NÚMERO DA HUNGRIA
9
…poles na Hungria tem Hamilton, e sua façanha de sábado fez com que se isolasse como piloto que conseguiu mais poles no mesmo circuito na história da F-1. Nessa estatística, ele mesmo tem oito em Melbourne e está em segundo na lista ao lado de Senna (em Ímola) e Schumacher (em Suzuka).
Verstappen não precisa mais vencer nenhuma corrida para ser campeão em 2023. O leitor Alexandre Neves mandou as contas. Se Pérez ganhar as 11 que vêm por aí, fizer 11 pontos extras das melhores voltas e vencer as quatro provas modelo Sprint, marca 318 pontos e pode chegar a 489 (ele tem 171). Max, ficando em segundo em todas elas, inclusive nas Sprints, faz 226 e alcança 507 (está com 281).
O campeonato acabou, claro. E faz tempo.
GOSTAMOS & NÃO GOSTAMOS
GOSTAMOS de Sergio Pérez, que depois de um inferno astral daqueles (incluindo a batida tosca aos 4min do primeiro treino livre da Hungria, sexta-feira) conseguiu um pódio suado, tendo largado em nono. “A bravura que ele mostrou foi, para mim, como uma declaração: não me descartem”, elogiou o chefe Christian Horner, que aparece na foto abaixo, à esquerda, abraçando o mexicano.
NÃO GOSTAMOS dessa novidade gráfica que o sinal internacional da F-1 colocou no ar, esses bonequinhos que pretensamente cairiam nas graças das crianças para, como sempre dizem os marqueteiros, “formar um novo público” para as corridas. Alguém precisa dizer para esses gênios que a vida não é um videogame. Algo que as crianças sabem, inclusive. Será que só eu percebi isso, ou alguém mais notou?
Estou bastante impressionado com Sergio Pérez, realmente o idolatro que é tão bom
Achei a recuperação do Perez apenas a obrigação.
Lembrando que a corrida da Hungria é uma das mais longas do ano, então ele teve tempo…E por pouco ele não perde o terceiro lugar pro Hamilton.
Que coisa bizarra esses graficos, só vi agora.
O proximo passo vai ser instalar lançadores de cascos de tartaruga e cascas de bananas nos carros, transformando a f1 no versão real de mario kart.
Será que a queda de rendimento da Aston Martin é definitiva, adiós tio Alonso nos Pódios, vai perder a terceira posição….
Alguém tem uma noção do que aconteceu com a equipe?
Esqueceram de combinar com a concorrencia. Brincadeiras a parte, eh notoria a fama do piloto espanhol de nao agregar conhecimento tecnico as equipes em que corre. Eles desmontou uma Ferrari, Mclarem, Renault Alpine e agora uma Aston Martin (sempre eh bom lembrar os elogios interminaveis que ele fez ao Vettel sobre a contribuicao do carro 2023 da Aston)… passados 6 meses ele eh incapaz de contribuir para a equipe no desenvolvimento do carro. Esse Mr. Singapuragate eh um dos melhores acelerando… apenas isso.
Também gostei da recuperação do Perez, ano passado o Max saiu de nono para primeiro, então Perez fez o que estava ao alcance dele. Tomara que as aboboras se firmem na condição de segunda equipe já que as outras parecem ter desistido. Valeu Flávio & Galera
Acabei de ler em algum lugar que foi a menor audiência no Brasil, desde que o país transmite os GP’s…ou seja…51 ou 52 anos. Tudo contribui…ter uma equipe que coloca 30 segundos no segundo parecendo ainda esconder o jogo, o que é uma água no chopp de quem gosta de corridas depois do fantástico 2021 com dois dos maiores disputando metro a metro. A equipe de transmissão. O excesso de corridas e sprints. Quanto ao que o Brasil não controla, equipe muito acima das outras e excesso de corridas, a emissora que transmite não pode fazer nada…no que lhe tange, dá pra pensar em mudar algo.
Zero preocupado com a audiência. Nos tempos de internet, tem umas 300 opções para assistir as corridas. Isso era problema nos anos 90, onde só tinha Globo.
Pois a emissora se preocupa…
Nossa, juro que quando vi os bonequinhos achei que era propaganda da Barbie, ou alguma ação do tipo
Estadunidenses têm, por tradição, a cafonice entremeada em seu DNA. Não me surpreende os bonequinhos. Não me surpreenderá que os hinos dos vencedores sejam, num futuro proximo, cantados a capella naquele estilo Godspell com caças supersônicos da OTAN sobrevoando sobre o circuito.
E o tal teto de gastos? Parece que tá difícil controlar as equipes. Eu gosto desse limite de gasto, mas é muito raposão nas equipes. Os caras devem fazer de tudo pra conseguir vantagem.
Eu ainda penso que nada ira superar as Mc Larens de 1988 que colocavam 1 volta no….3o colocado nas corridas !
Como dizem os Pachecos: F1 boa era da época do Senna, câmbio manual, pilotos de verdade, corridas emocionantes. Contém ironia.
Essa gestão da Liberty tem seus altos e baixos, mais baixos que altos. Esse bonequinhos a la game de smartphone… Curioso para ver como vai ser Las Vegas, que já é brega por natureza.
Hão de vibrar em nossos corações …
Por falar em números, uma curiosidade inútil:
Versttapen chegou a 44 vitórias e Hamilton está há 33 corridas sem vencer.
A F1 sempre teve uma equipe dominante , Maclaren de Sena e Prost, Williams
de Mansell , Ferrari de Shumi , Mercedes de Hamilton , Red Bull de Max,
porem nunca perdeu a audiência .A esperança é 2026 , quando muda tudo de novo , até lá ….da-lhe Verstapen…
Resumindo:
Rumo ao Octa!
Inutilidades são sua especialidade, né, amiguinho?
O que notei foi a Mariana Becker comentando que ouviu, do local onde ela estava, um torcedor vibrando com uma ultrapassagem do Hamilton na reta. Na época dos V10 isso não seria possível…
Bahhh guriiiii olha láaaaaa