JAPINHAS (3)
SÃO PAULO (eu disse…) – Com a mesma facilidade com que tinha feito a pole-position ontem, Max Verstappen venceu hoje o GP do Japão, quarta etapa do Mundial de F-1. Conquistou também o ponto extra da melhor volta da corrida, e assim chegou a 13 “hat-tricks” na carreira. Só Michael Schumacher (22) e Lewis Hamilton (19) têm mais “hat tricks” que ele. Max recuperou-se, assim, do inusitado abandono de Melbourne e retomou o controle absoluto do campeonato. Foi a 77 pontos na classificação, contra 64 de Sergio Pérez. Seu companheiro de Red Bull chegou em segundo em Suzuka. Carlos Sainz, da Ferrari, terminou em terceiro.
Foi um passeio de Verstappen numa prova previsível, mas até que bem movimentada. A corrida teve duas largadas, boas disputas por posições intermediárias, muitos pit stops e ultrapassagens a granel – a maior parte delas, porém, ditada pelas diferenças de tempo de vida dos pneus
A primeira largada do líder do campeonato foi segura e precisa, como se esperava, mas nem deu tempo de aproveitar o momento. Na curva 2, Daniel Ricciardo tocou em Alexander Albon, que procurava um espaço para fazer a ultrapassagem pelo lado direito da pista. Os dois foram parar na barreira de pneus e a bandeira vermelha foi imediatamente acionada, interrompendo a corrida. Para ambos, um desastre. O australiano está na corda bamba na Dá Pra Parcelar Até em Três Vezes, enquanto a Williams amarga a terceira batida em dois finais de semana – Albon arrebentou seu carro nos treinos na Austrália e seu companheiro Logan Sargeant bateu na sexta-feira em Suzuka. O custo dessas pancadas é altíssimo. Numa equipe que tenta equilibrar suas contas como a Williams, pesa mais ainda.
Culpados? Ah, nesses acidentes de primeira volta não dá para pendurar ninguém na cruz. Acontecem. Está todo mundo andando junto, as distâncias são mínimas, Suzuka é uma pista estreita, Ricciardo tinha Lance Stroll à esquerda… Não, ninguém precisa pregar a prisão temporária dos envolvidos.
A nova largada aconteceu com as posições dos 18 sobreviventes no momento da batida e nenhuma mudança muito significativa em relação ao grid original. A rigor, Yuki Tsunoda foi o maior prejudicado, caindo de décimo para 12º nos primeiros metros da prova.
Os pneus macios, escolhidos apenas por Fernando Alonso entre os primeiros do grid – a maioria optou pelos médios, por causa do calor acima do esperado e da temperatura da pista, que bateu em 40°C –, seguiram nos boxes. Quem mudou de estratégia foi Hamilton, que colocou duros, pensando em fazer uma parada a menos que os rivais. Do meio do pelotão para trás, Esteban Ocon, Pierre Gasly e Sargeant fizeram o mesmo. Nico Hülkenberg, Valtteri Bottas, Tsunoda, Stroll e Guanyu Zhou foram para os macios.
Verstappen foi bem de novo na segunda largada, mantendo a ponta e trazendo Pérez na escolta. Tsunoda se recuperou, ganhou três posições e pulou para nono. A contagem das voltas foi mantida, assim como a distância original de 53 voltas. Muito rapidamente Max abriu do companheiro. Na volta 6, tinha mais de 1s5 de vantagem.
Incompreensível foi a estratégia da Sauber e da É com Senha ou Aproxima?, que chamaram Bottas e Tsunoda para tirar os pneus macios depois de cinco voltas. Por que não fizeram isso com os carros parados durante a interrupção da prova é mistério que jamais será desvendado.
A corrida não era grande coisa na altura da décima volta. A transmissão da TV, então, colocou no ar algumas comunicações de rádio para entreter o público que já bocejava. Primeiro, Verstappen. “Olha, o carro estava saindo de frente, agora está saindo de traseira, mas está bom”, disse o holandês. “Sim, Max, era o esperado”, respondeu o engenheiro, que estava tomando um café e nem entendeu direito o que o piloto dizia. Já George Russell, sempre muito didático e observador, queixou-se de “estranhas vibrações no volante”. “Talvez o alinhamento e o balanceamento da Rede Zacharias seja ainda o melhor, nunca gostei do Rodão”, acrescentou o piloto. A equipe nem respondeu.
Na volta 12, Lando Norris, que era o terceiro colocado, parou para trocar pneus. Colocou duros. Seu companheiro Oscar Piastri foi para os boxes na volta seguinte e, tal e qual, espetou os compostos mais duros. Ainda no rádio, Hamilton, gentilmente, ofereceu sua posição a Russell. A equipe assentiu. Lewis, claramente, não está mais nem aí com a Mercedes. Essa conclusão é minha, diga-se. Não que o piloto esteja dando sinais de fazer corpo mole. Se esforça, faz o que pode, mas já não está ligando muito para os resultados.
Alonso, o único que tinha pneus macios naquele momento, parou na volta 14 e colocou médios. Na sequência vieram Sainz e Pérez. Verstappen finalmente parou na 17ª e colocou médios novamente. A corrida deu uma animada, com a turma de pneus mais novos conseguindo posições interessantes – o que se saiu melhor foi Norris, que nas paradas ganhou a posição de Pérez.
Charles Leclerc era o líder na 20ª volta, sem ter feito seu pit stop. Verstappen, em segundo, preparava o bote para assumir a ponta novamente. Fê-lo na volta 21. “Por que você passou tão rápido, Max?”, perguntou o engenheiro pelo rádio, aflito com a pressa do rapaz. “Fi-lo porque qui-lo”, respondeu o piloto.
Naquela altura, quem se arrastava na pista era a dupla da Mercedes, com seus pneus duros já destruídos. Desesperado, Hamilton pediu à equipe para mudar a estratégia. Sainz foi um que aproveitou e passou os dois. Logo depois, Pérez superou Norris e reassumiu o terceiro lugar – virtualmente segundo, porque Leclerc ainda teria de parar.
Checo chegou rápido em Charlinho e passou o monegasco na volta 26 depois de uma ligeira escapada da Ferrari #16. Foi a senha para Leclerc parar, junto com Norris, que estava colado nele. Sainz, então, pulou para terceiro. Alonso vinha em quarto e, fechando os dez primeiros, Piastri, Leclerc, Norris, Russell, Hamilton e Hülkenberg.
Pérez fez mais um pit stop na volta 34. Voltou em quinto, atrás da Ferrari de Charlinho e de Norris. Verstappen também parou e Sainz assumiu a liderança. O mexicano não perdeu muito tempo e passou Norris, partindo para cima de Leclerc novamente. Na volta 36, passou. O objetivo óbvio era mais uma dobradinha para a Red Bull. Que voltou a se desenhar quando Sainz fez outra parada – a pista estava comendo pneus; mesmo os compostos duros não aguentavam muito tempo e perdiam desempenho depois de meia-dúzia de voltas.
Carlos voltou em sétimo, mas passou fácil por Hamilton, e Russell, que também estava à sua frente, parou de novo. Assim, subiu para quinto. Com pneus novos, o espanhol tentaria chegar em Norris e Leclerc, que tinham borracha já bem desgastada. Pensava em pódio, e essa seria a única disputa relevante do final da prova.
“Disputa” é modo de falar. Sainz passou Norris facilmente na volta 44 e foi para cima do companheiro, que estava apenas 2s à frente. Leclerc foi avisado por seu engenheiro para não dificultar as coisas para o parceiro, que estava bem mais rápido. Na volta 46, Carlos passou e garantiu seu lugar no pódio.
Restou uma briguinha pelo sexto lugar entre Alonso, Piastri e Russell, mas, convenhamos, não será assunto para conversinha de balcão de padaria daqui a pouco, diante de um pão na chapa e uma média bem tirada. Russell passou Piastri na abertura da última volta, ganhou a sétima colocação, mas não chegou em Alonso. Ficou nisso.
Verstappen, Pérez, Sainz, Leclerc, Norris, Alonso, Russell, Piastri, Hamilton e Tsunoda foram os dez primeiros. O público japonês festejou muito o pontinho do piloto da casa, assim como sua equipe. Foi a terceira vitória seguida de Max em Suzuka. Na carreira, são 57. No ano, três em quatro etapas.
Como a gente tinha dito aqui duas semanas atrás, a quebra na Austrália foi apenas um pequeno soluço. O roteiro desta temporada é idêntico ao da última. E Max seguirá acumulando taças, vitórias, poles e títulos.
Só para ser implicante: “Com Senha ou Aproxima?” não é uma pergunta exata. Pode ser “Aproxima” e ainda assim pedir senha. Ainda mais com os custos da F1.
ParA o bem estar geral deste blog o marconicov e o auto entitulado de critico estao quietinhos com os rabo no meio das pernas.
Não sei do seu, não tenho nada a ver com suas preferências, mas meu rabo fica mesmo bem quietinho entre as pernas, sempre.
A Mercedes poderia mudar o nome do carro para 1524. Parece um caminhão.
GP DO JAPÃO : Vencedores Red Bull com motores Honda e Liberty mídia, Super Max entregou uma espetacular pilotagem e colocou as cartas na mesa para temporada de 2024. Eventuais adversários somente a equipe FERRARI, depois vem o grupo da série “B” ( vou repetir em todos comentários ), Maclren, Aston Martim e Mercedes-Benz. Max cumpriu o contrato e Red Bull com motores da Honda, e vence. Liberty Mídia bons negócios a caminho para os acionistas com provável lucro com sua venda para novo grupo investidor comprou por 4 Bilhões de dólares do controle de Bernnie, e esta sendo vendida por 20 Bilhões de dólares. O destaque fica por conta da excelente evolução de Charles Leclerc . O pior da corrida o desempenho medíocre da equipe Alpine.
Como eu durmo tarde de qualquer maneira no sábado e aqui a corrida foi uma hora antes, então não foi lá um grande sacrifício.
Stroll chamando o propulsor Mercedes de motor de F2 foi legal,
Hamilton PEDINDO pro Russel passar ele, com o mesmo pneu, mesmo carro e mesma falta de estratégia. Se peidasse na cara do Toto, teria sido mais amável. Só faltou dizer:” -Toma korno, coloca o Max nessa draga, quero ver se ele anda”
Eu sei que aquele meio onde estavam Ricciardo e Albon é o pelotão da merda, mas o australiano nem era pra estar lá, nem é nenhum novato. Deu pra bola do canguru.
Uma pena que essa águinha com açúcar vai ser suficiente pra manter o Perez ano que vem. Um piloto mais cascudo ao lado do Verstappen, pra pelo menos ter briga pelo primeiro lugar, ajudaria bastante.
Pra corrida da China, vou apostar uns Bidens no Zhou, acho que ele ganha essa. Parece que o Xi Jinping vai dar uma força. Se só ele cruzar a linha de chegada, tecnicamente é o vencedor.
Tudo de dentro do normal-esperado e nda anormal-inezperado
Agora o Hamiltão dando.passagem pró Jorginho é estranho… seguir ordem de equipe servir de segundo piloto pra Russel/Totto/Merc deve ser o efeito da saída da equipe pra Hamilton
Decadência (3):
Que faaaaaase
Decadência (2):
Decadência (1):
Pérez fez uma corrida digna, Sainz demostrando desempenho, Hamilton torcendo pra 25 chegar logo e Tsunoda deixou a torcida feliz. Obrigado pelo texto de resumo da corrida FG.
Um detalhe sobre o Tsunoda: todos os companheiros de equipe que ele teve chegaram chegando, botando banca, tratando-o com desdém. De Vries rodou antes do fim da temporada passada, Ricciardo também vai. E o baixinho vai somando pontos e se cacifando pra chegar na matriz.
A batata Outbabck do canguru sorridente assou
Foto estratégica do Ricciardo com o Lawson no fundo… XD
Se for verdade a história de que o australiano tem até a China pra mostrar serviço, acho que só uma vitória segura a vaga dele. Eu nunca imaginaria um fim assim pra ele lá na época da Red Bull, parece que não se achou nesse novo regulamento.
Muitas ultrapassagens mesmo,
Mas o que impressiona mesmo é como Big Max e Txeko chegam passam e vão embora até fora do trecho de asa móvel.
Infelizmente, o Ricciardo vai rodar. E tenho a impressão que outros pilotos que estão fazendo hora extra na F1, como o peladão Bottas, o ternurinha Magnussen, o BV de pódio e o Sargeant (que deu uma ré no fim que pelamor…) também vão. 2025 pode ter muita troca de pilotos no grid, se não antes.
Com culpa ou não no acidente, o fato é que a batata do Riccardo está assando. Mais uma corrida atrás do Tsunoda.
Albon também está tendo um início de ano bem fraquinho.
A Ferrari pelo visto vai se firmando como a segunda força do grid, mas ainda muito longe da Red Bull.
Para as demais sobra disputar o quinto lugar, ou seja, se no ano passado ainda havia disputa pelo pódio, agora nem isso.
Mas o Albon nunca vai dar pra saber. Essa Williams não tem sequer calibrador de pneus. Querer que o cara demonstre alguma coisa com essa carroça é phoda.
Verdade. A Willians deu uma avacalhada esse ano….só não está pior que a sauber
O que dá pra esperar do Albon na Williams? Quando muito, que pontue aqui ou ali, de sétimo (me recuso a falar “P(número)”) pra baixo.
E o Ricardo vai estourando o limite do cartão… hehehe
Continuo achando ,o publico que a série “Drive to Survivor” adquiriu para a F1, vai diminuir com essa dominância de Max.
Boas, “Fi-lo porque qui-lo”, só você mesmo!!
O trabalho de troca de pneus salvou a corrida do Tsunoda.
Tomando café lendo o blog e melhores momentos no YouTube
Just in case.
Essa foi boa
Flávio, achei a corrida bem divertida das RB’s pra trás. Muitas trocas de posição e estratégias diferentes. O que está me incomodando bastante desde a temporada passada são as transmissões da TV. Gostaria muito de ler sua opinião sobre isso. Não sei o que está acontecendo, mas narrador, comentaristas e até os repórteres estão passando muitas informações equivocadas sobre a corrida durante as transmissões, errando diversas vezes os nomes dos pilotos e por aí vai. Sei que F1 é um “nicho” que só acompanha quem realmente gosta do esporte, mas acho que, no mínimo, o pessoal poderia se preparar mais para as passar as informações corretas para o público.
Entre em https://www.band.uol.com.br/ e procure lá se tem algum e-mail de contato…
F1 anda chata na pista e chatíssima na transmissão. E tem gente aqui com tanta vontade de tomar o lugar do blogueiro que nem se importa mais se está faltando assunto e acaba se repetindo.
Rádios da corrida (3):
Rádio da corrida (3):
Rádio da corrida (2):
Rádio da corrida:
O amor venceu (2)!
O amor venceu!
Matemática da F1:
2 pódios + 1 vitória + 1 apendicite = 1 demissão.
Me impressiona demais a facilidade com que os outros carros ultrapassam as Mercedes. Teve um determinado momento que fizeram “filinha” pra ultrapassar os dois. Não tem velocidade de reta, de curvas, de Pit stop, o Toto dormindo, o Hamilton desinteressado, o carro parece um tanque de pesado, feio…tudo muito estranho. Toma um banho das equipes com motor Mercedes. Eles dizem que é mais agradável de pilotar esse. Deve ser porque é mais lento. O outro com todos aqueles problemas ainda beliscava pódio, brigava com Ferrari e MacLaren…agora tá russo.
Abandonaram já para 2026, já se convenceram que não sabem fazer carro com esse regulamento atual.
Stroll chamou o motor, de motor de F2
Mas Norris e Alonso, com os mesmos motores…brigaram lá na frente até o fim. Nem se compara ao motor Honda e, atualmente, Ferrari. Vamos combinar que pro Stroll o motor tá do tamanho da categoria dele. Não sei onde eles se perderam e não acham o caminho de volta.