A OBRA DE LOLÔ

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SÃO PAULO (tá difícil) – Linda a matéria da Evelyn Guimarães com Ayrton “Lolô” Cornelsen, projetista do autódromo de Jacarepaguá que, desde o dia 5, se tornou o centro do mundo do esporte. Sem pista, sem carros. Mas, sim, como Parque Olímpico da Rio 2016.

O circuito, que teve um oval incorporado nos anos 90 e sediou provas de F-1, Indy e MotoGP — são pouquíssimos os que tiveram essa honra, e gostaria que vocês fizessem a lista, para ver se estão afiados –, foi mutilado para os Jogos Pan-americanos de 2007 e definitivamente assassinado para a Olimpíada.

Falaram, quando decidiu-se pelo uso da área para a construção de arenas, piscinas e quadras, que uma nova pista seria feita em Deodoro. Não será. O automobilismo acabou no Rio. Ninguém vai construir um autódromo numa cidade que cresceu desesperadamente para o oeste e cujos terrenos, todos enormes, passaram a valer muito. Deodoro não é um lugar legal. O Rio é meio apertado. Não tem demanda por automobilismo. Esqueçam. Ali, acabou.

E, então, o que fazemos? Choramos, nos descabelamos?

Desde o início, fui contra a destruição de Jacarepaguá. Achava que havia espaço suficiente na Barra para que instalações olímpicas fossem erguidas sem ter de acabar com a pista. De fato havia, mas convenhamos: Jacarepaguá era bem mais apropriado: uma área já urbanizada, e aquele monstrengo subutilizado. É fato. O autódromo já não tinha mais a vitalidade que teve nos anos 80 e 90. Como o automobilismo, aliás. Alguém é capaz de negar que é um esporte em crise?

[bannergoogle]Acho que não. Por isso, hoje, alguns anos depois de consumada a morte do autódromo, e depois de conhecer o Parque Olímpico nas últimas semanas cobrindo os Jogos, tendo a acreditar que o fim do circuito era inevitável. Se não fosse a Olimpíada, seria outra coisa. Não sei, sinceramente, se manter um autódromo num país que tem um automobilismo tão frágil é um bom negócio. Não tem quem pague a conta.

O que escrevo agora depõe contra opiniões que já sustentei e, pior, contra meu ganha-pão. Mas é preciso reconhecer que os tempos mudaram. Ninguém fez nada, nos anos finais de Jacarepaguá, para que aquela pista se sustentasse. O carioca não tem um interesse especial por corridas, e aquele momento dourado de Senna e Piquet na Fórmula 1 já passou faz muito tempo. O mesmo pode ser dito da Indy, que viveu um “boom” na década de 90, mas murchou até desaparecer — o Brasil hoje é indiferente à categoria.

Há uma tendência mundial pela redução da importância do esporte a motor, essa é a verdade. Quando se olha para fora, dá para contar nos dedos os autódromos permanentes construídos nos últimos anos. Sochi? Faz parte de um complexo olímpico de inverno e só foi erguido porque Putin manda e desmanda na Rússia sem perguntar muito quando resolve fazer alguma coisa. Abu Dhabi? É uma ilha da fantasia. Austin? Os caras estão suando sangue para fazer aquilo virar. Bahrein e China? São coisas de governos tão autoritários quanto o russo.

O que tem pingado aqui e ali é circuito de rua, como os de Cingapura e Baku. Iniciativas recentes como as pistas da Turquia, Índia e Coreia do Sul, nasceram mortas. O que foi feito desses autódromos? Nada. Elefantes brancos que receberam, juntos, apenas 14 GPs — sete na Turquia, quatro na Coreia, três na Índia. Quem ficou com o prejuízo? Bernie, certamente, não.

Assim, a morte de Jacarepaguá, deixando a paixão de lado, era apenas uma questão de tempo. Falando de Brasil, Curitiba sobreviveu porque o momento não é de investir em empreendimentos imobiliários nababescos. O ímpeto refreou. Brasília está abandonada. Tem pista no Sul correndo risco, como Santa Cruz. O mesmo vale para o Velopark.

[bannergoogle]Não sei direito onde vamos parar. Curvelo é uma exceção das exceções, e louvo a coragem de quem está investindo ali. Goiânia foi reformulada e ficou muito bacana. Velo Città é uma pista particular, não tem sequer autorização para receber público. Interlagos passa por uma reforma muito ampla, mas a obra é totalmente vinculada à F-1. A existência do autódromo, suspeito, depende do GP do Brasil. Não fossem as exigências da FIA e da FOM, receio que a pista ficaria do jeito que estava, sem grandes atenções do poder público. Até morrer de inanição.

O Parque Olímpico da Barra — já não se usa o nome original, Jacarepaguá — é bonito. Aparentemente, há planos para cada uma das arenas ali construídas e as coisas não serão abandonadas. Certamente terá um uso mais intenso do que teria o autódromo, se não tivesse sido destruído. Como apaixonado por corridas, olho para o fim de Jacarepaguá com tristeza e melancolia. Já tive raiva do que fizeram ali. Hoje, acho que só restou mesmo saudade. Caminhando pelas alamedas do complexo esportivo, vendo de perto o que brotou ali, ginásios, piscinas, estádios, observando a alegria das pessoas e um quase total desconhecimento da maioria de que naquele lugar, um dia, correram carros e motos, a sensação que tenho é que ninguém deu muita bola para o fim do autódromo.

Pena que não sobrou nada, rigorosamente nada, para lembrar da pista. Podiam tem mantido um pedacinho dos boxes. A torre cilíndrica. Alguma coisinha, um memorial, sei lá. Jacarepaguá foi muito importante. Com o passar do tempo, foi deixando de ser. É duro. Mas é a verdade.

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Eduardo
Eduardo
8 anos atrás

FG e amigos, minhas memórias são mais já de Interlagos, mas me lembro bem das imagens do calor do Rio em meio ao início da temporada de F1 nos anos 80, além das surras que tomava da pista em “Super Monaco GP”…
Para mim, é como aquele lugar onde você foi feliz com uma namorada, uma paquera: depois de alguns anos, casado, é bom não voltar mais, pois dá a sensação melancólica do que poderia ter sido.
Jamais entenderei (ou gostarei da) a sanha da granda por, atualmente, mais destruir do que erguer coisas belas, assim como nunca compreenderei por que é preciso colocar algo no chão para refazer a história, apagando-a.
Sempre me lembrarei do autódromo ao passar por Jacarepaguá, assim como sempre nos lembramos daquela pracinha, daquele cinema onde fomos felizes na tenra idade.
Enfim, vida que segue.

Mello
Mello
8 anos atrás

Também achei uma desgraça para a cidade, o fim do autódromo.
Creio que poderiam ter colocado pelo menos uma placa na entrada do parque, informando quantas vitórias Alain Prost teve ali e que a última vitória de Michael Doohan foi ali. Ou um pequeno memorial com imagens e documentos da época.

Felipe Cardoso
Felipe Cardoso
8 anos atrás

Excelente sua atitude e exemplo, pois é aceitação e complacência que os que destroem, não só o esporte, mas tudo nesse país desejam… Que seja apenas mais um funcionário de cabeça baixa e sem reclamar…

Assim caminha a humanidade;

Só para constar, as instalações darão lugar a condomínios das construtoras muito em breve… E, esses mesmos prédios irão afundar na lagoa… Assim como a Vila do Pan.

Em tempo: Eu vi JPA lotado em tempos de Indy e Moto GP, mas também o vi encher em seus últimos dias de Stock, Porsche, Truck e Mini… Mas, carioca não gosta de automobilismo, né?…

E, queria ver se fosse o estádio da preciosa Portuguesa que tivesse sido destruído para dar lugar a um (in)útil Parque Olimpico… Acho que você não teria a mesma opinião.

marcos andré rj
marcos andré rj
8 anos atrás

Realmente o automobilismo no RJ foi assassinado por inanição !

O rio merece um autódromo, um autódromo pode sim ser multifuncional, basta ter boa vontade, basta fazer sem roubar, se parcerias forem bem feitas com certeza o espaço não fica ocioso…

O texto como sempre , muito bom , mesmo me deixando triste… com a dureza da realidade.

Vamos aguardar o legado olímpico, vamos ver se realmente o povão vai pode desfrutar ou ter algum beneficio de modo geral.
Tomara que as instalações móveis não se percam pelo caminho, como se perderam as vigas da perimetral que eram gigantes e nunca mias foram encontradas…. que o espaço não se torne um grande condomínio fechado, beneficiando apenas as pessoas que poderão comprar um imóvel alí.

Thiago Sabino
Thiago Sabino
8 anos atrás

Então….

Ler de um jornalista especializado em automobilismo, que o fim de um autódromo foi algo , até certo ponto, bom, é pra realmente passar a régua , e repensar tudo que envolve colocar engenhos autopropulsados de quatro rodas numa pista.

Acaba que, dessa forma, perde-se total sentido. Em que pese a luta incansável do André e seu insólito SOS Jacarepaguá, sabíamos que era um Davi contra Golias. A questão da discussão do automobilismo no Brasil é bem mais profunda, e isso aí acaba se tornando questão interna, intra-muros. Coisa pra gente , nós, que gostamos de corridas, e não é de hoje.

Como nos tornamos um gueto, ao ponto de, em 25 anos virar rodapé de jornal – ou, atualizado, rodapé de portal – nota-se a irrelevância para onde o automobilismo caminha. Concorrer com munição pesada, do quilate de gângsters como Nuzman, Maia, e Edu Paes, e até mesmo fogo amigo de um Clayton , porque não , virou tarefa inglória. Enxugar gelo.

Até porque, a tática dessa galera , é vencer pelo cansaço. Mesmo tendo eles , o facão na mão, pra encerrar a contenda a qualquer hora.

Mas , numa tática maquiavélica, esticaram, estenderam, procrastinaram…

Numa boa? Dava pra fazer como sochi. E não fizeram, porque sabiam da irrelevância a qual o automobilismo como um todo se encontra. Não me recordo de, algum piloto ter comprado essa briga publicamente, se desgastar, dar a cara pra porrada…. Não… Não houve.

Então, pra resumir: quando um Flavio Gomes, que tem no seu ganha pão , justamente a matéria prima que é discutida aqui, e aceita de até certa forma resignada , o fim de um autódromo histórico, é porque realmente, já foi o fim da picada faz tempo.

Deodoro foi o argumento da malandragem, com conivência criminosa da CBA.

Na qual muita gente caiu que nem um pato. Menos nós.

Aguardaremos, pois, o fim dos outros.

Gustavo
Gustavo
8 anos atrás

Flavio
Um dos pontos que você abordou em seu texto eu pude comprovar agora quando estive nas Olimpíadas. Quando mencionei para meus amigos que onde fomos no parque olímpico era o autódromo de Jacarepaguá, todos, sem exceção, sabiam que lá era o autódromo.
E ficaram muito boas as instalações. Tomara que sejam utilizadas pela população, e que de lá, saiam muitos atletas.

Zeca
Zeca
8 anos atrás

O automobilismo no rio começou a acabar quando aterraram o kartódromo para construção do oval com a complacência dos pilotos e da federação e confederação.
O kart é o berço do automobilismo

Carlos Roberto da Silva Junior
8 anos atrás

O Seu Ayrton “Lolô” Cornelsen, projetista do finado autódromo de Jacarepaguá é um personagem Anônimo do automobilismo brasileiro que infelizmente nunca será lembrado. Pobre Brasil!

Saima
Saima
8 anos atrás

Destruiu-se o autódromo pra fazer as Olimpíadas – no mínimo questionáveis e pelas quais pagaremos muito, muito caro por muito, muito tempo. O prejuízo não será, certamente, do COI, do COB, do prefeito que apoia espancador de mulher e nem do presidente mordomo de filme de terror C. A Viúva que se exploda e pague tudo, como sempre.
Havia muito mais povão feliz e se divertindo em qualquer evento de automobilismo em Jacapareguá ou Tarumã do que houve em qualquer jogo da Copa ou agora. Por incrível que pareça, o automobilismo poderia ser mais democrático que muito esporte, era só ter alguma boa vontade e iniciativa. FG, eu era criança há vinte anos e tinha campeonato de marcas, de cilindrada, disso, daquilo, com 2 ou 3 baterias com um monte de pilotos cada. Passava na manchete, na band. Não dava mesmo pra continuar?
Aliás, continuaremos sendo insignificantes nos esportes, exceto pelo futebol e pelo vôlei. Mais grana indo pelo ralo pra ficar em décimo-quarto no quadro de medalhas. Foi pontual. Daqui a quatro anos voltaremos a ficar em trigésimo-alguma coisa.
Não haverá nenhum benefício de fato pra população. Parte dessa, inclusive, que foi ou despejada pra que se construísse as coisas ou que foi excluída na marra pra que inglês não a visse nas ruas gentrificadas, cheias de gente bonita sorrindo com a boca lotada de dentes.
No fim, foi um evento pros bacanas da zona sul, pros endinheirados que podem viajar e pra Globo. Quem disser que foi pro povo, pra inclusão social, pra inserir o esporte na vida das crianças é um ingênuo ou um salafrário total.
A partir de amanhã, vem a conta pra gente. A matéria da moça foi animal e o seu texto, FG, o ótimo de sempre. Abraço.

Douglas Borges Oliveira
Douglas Borges Oliveira
8 anos atrás

Foi, não será mais. Acho que você fala algo parecido.

fernando delucena
fernando delucena
8 anos atrás

Sem dúvida, podiam ter mantido alguma coisa. Aquela estrutura dos boxes era uma marca muito forte e bonita.

Automóveis não são mais tão interessantes como no passado, por diversas razões. O pessoal da Formula-E que está sabendo tirar bom proveito disso. Curioso é que as corridas estão voltando para a rua, exatamente como no começo de tudo. Parece um caminho necessário de retorno, a fim de encontrar muita coisa que foi perdida no esporte durante sua história.

Eduardo_SC
Eduardo_SC
8 anos atrás

Apesar de ser um saudosista, nada se justifica pelas glórias do passado para se manter aos pedaços. Jacarepaguá virou um descampadão sem sentido depois que foi preterida por Interlagos. Construir um autódromo para essa F1 que está aí e projetado pelo Tilke que tem boa parte de culpa de toda essa situação, melhor deixar do jeito que está.

Mauricio Teixeira
Mauricio Teixeira
8 anos atrás

Com esse tipo de jornalismo não tem automobilismo e nem qq outro esporte que sobreviva. Péssima matéria!

Rafael Rodrigues
Rafael Rodrigues
8 anos atrás

Flavio, estive muitas vezes no Autódromo. Concordo que morreu de inanição. Pena. Como você diz, a conta não fecha.

Estive também no Parque Olímpico. 4 dias para ser exato. Há pouco estive no Maracanã para a final feminina e estou estupefato. Já visitei inúmeros lugares muito legais. No Brasil e fora dele. O Parque é uma das coisas mais legais que eu já vi. A Olimpíada foi uma experiência que vou guardar para sempre. Ímpar. Se o autódromo morreu para virar o Parque, considero então que foi “reciclado”.

Frise-se que os Jogos foram obra e mérito de Lula, queiram coxinhas ou não.

Sobre corridas no Rio, ouso dizer que embora tombado, com algum ajuste o Aterro do Flamengo / Enseada de Botafogo poderia ser o circuito de rua mais belo do planeta. Não seria difícil como fazer um autódromo do zero e não seria custoso, posto que não seria permanente.

Meus 2 centavos…

brian hertha
brian hertha
8 anos atrás

Somente na belíssima foto acima eu contei OITO arenas ou ginásios. E ainda tem o Riocentro, o Maracanazinho, o Sambódromo e o Complexo de Deodoro. Vai ter evento esportivo pra tudo isso ? Aqui em São Paulo mal se usa o velho e arcaico Ginásio do Ibirapuera, cheio de goteiras e caindo aos pedaços. Então é óbvio que o Rio de Janeiro ganhou a maior coleção de elefantes brancos do mundo. Depois dos altíssimos custos de construção, agora começam os custos de manutenção. Numa cidade onde o sistema de saúde está FALIDO. Não vai haver legado, vai ter é uma bela HERANÇA MALDITA.

Paulo Fonseca
Paulo Fonseca
8 anos atrás

Prezado F&G : você fez uma narrativa da morte anunciada, da execução, do velório, da missa de sétimo dia.O Automobilismo é movido por uma única coisa: Muito dinheiro, propaganda e negócios , Marketing. O Rio de Janeiro é uma cidade privilegiada por sua natureza exuberante , suas praias maravilhosas, vive em razão do turismo. Não existe espaço para à época romântica do automobilismo.O Rio teve percursos e pistas fenomenais, trampolim do diabo, clássicas como corridas de rua em Petrópolis, circuito antigo da Gávea, Jacarepaguá .Para aqueles que são apaixonados pelo automobilismo ficará a lembrança na memória, momentos mágicos, 2º( segundo ) lugar de Emerson Fittipaldi com F-1 ( F-04 coopersucar), sua despedida, uma vitória de Nelson Piquet, corridas de F-1, Fórmula Indy , e todas as outras categorias. Grande Pilotos, Grandes Garagistas Sérgio com seu carro feito em vibra e motor Porsche, com seu FORD GT40,, Vamos guardar as fotografias filmes, corridas de longa distância, de Vw-Kombi, de Pumas, Formula V.Bom agora é deixar as lágrimas correrem o fim de um circuito lindo Jacarepaguá, boas lembranças.

Garlet
Garlet
8 anos atrás

Caro Fg fui atleta amador de ciclismo de estrada na Italia, e posso opinar a respeito do velódromo do RIo. Demoliram o do PAN, sem necessidade. GAstaram 200 milhões nesse novo, e será demolido também, só será aproveitada a cobertura para fazer uma arena de shows. Será demolido também piscinas, etc etc etc, é quase como, ver um mendigo acender um charuto achado no chão com nota de 100 reais, nunca vi isso……….quanto dinheiro jogado fora………………

brian hertha
brian hertha
8 anos atrás

Maravilhoso esse parque olímpico. Pena que serviu para apenas duas semanas de competições. Quem sabe, daqui a uns duzentos anos o Rio de Janeiro consiga sediar de novo uma Olimpíada. Ate lá, um punhado de elefantes brancos, ao custo de BILHÕES de reais. Ao invés de tantas arenas, por que o Comitê Olímpico Internacional não prolonga a Olimpíada por mais duas semanas, como a Copa do Mundo de Futebol, e, assim, reduz a exigência de tantos ginásios ? Pra que concentrar um evento tão FANTÁSTICO em apenas duas semanas ?

brian hertha
brian hertha
8 anos atrás

E por falar em instalações olímpicas, alguém poderia me explicar por que o Estádio Olímpico do Engenhão recebeu o nome de Nilton Santos ? O que tem a ver o futebolista Nilton Santos, bicampeão mundial (58 e 62), que nunca disputou uma olimpíada, nunca conquistou uma medalha olímpica, com Jogos Olímpicos ? É a total e lamentável ausência de CULTURA OLÍMPICA neste eterno país do futebol. Dar o nome de um estádio olímpico a um futebolista que nada tem a ver com olimpíadas é um desrespeito a Ademar Ferreira da Silva, Robert Scheidt e Torben Grael, nossos maiores medalhistas. LAMENTÁVEL.

Andre
Andre
8 anos atrás

Flávio, infelizmente sou obrigado a concordar com seu texto, apesar de que ainda acredito na possibilidade de fazerem um traçado provisório para provas importantes por dentro do Parque, conforme o modelo de Sochi.
A luta pelo autódromo de Jacarepaguá morreu em 2012 com a demolição da pista, de lá pra cá vivemos de promessas, inclusive essa de Deodoro, que só sairá se alguém levar muito dinheiro por trás dessa história.
Do ponto de vista dos grandes eventos a cidade poderia ter sim uma pista provisória para receber eventos que dão público, como a Stock ou a F-Truck, o resto não paga nem placê, são praticamente eventos privados.
Uma nova pista no Rio de Janeiro, só se for fora da região metropolitana da capital, e particular, considerando o atual estado de penúria do automobilismo carioca, não há massa crítica que fomente a construção de um novo autódromo, a menos que surja uma categoria barata que atraia novos pilotos, pois os que existem atualmente ou penduraram o capacete ou correm em outros estados.
Vejo com bons olhos a Old Stock, mas não com os valores atuais que cobram pra correr, motor de Opala seis cilindros não é uma das coisas mais caras do mundo, muito menos o carro em si, as atuais, as categorias tipo Classic são um bom caminho, mas tudo esbarra na questão dos custos.
Realmente, os tempos de Piquet e Senna se foram, dificilmente teremos alguém capaz de mobilizar o público como naqueles tempos, até porque hoje os jovens preferem cultuar esses pilotos do que acompanhar quem está hoje nas pistas, e sempre que a nova geração é citada é com desprezo e antipatia ao ser comparada com os ídolos de outrora.
Quem viveu a era de Jacarepaguá viveu, quem guardou boas lembranças, imagens, filmes, que os guarde com carinho, se algum dia a cidade voltar a ter um autódromo permanente ou um traçado temporário para eventos pontuais, não será Jacarepaguá, nunca será, essa pista era insubstituível, e quem a destruiu não irá fazer outra.
Minhas lembranças dos tempos do SOS Autódromo RJ poderão um dia virar livro, talvez, mas não sei quem se interessaria por essa história, afinal de contas a verdade está sempre com os vencedores, e eles venceram, nossa versão será sempre a do perdedor, do retrógrado, daquele que não quer ver o país crescer.
Dia 22 de agosto termina esse pesadelo de mais de uma década, acabou, agora vamos ver o que sobra.
Grande abraço Flavio, se ainda estiver pelo Rio por esses dias e tiver tempo a gente marca um chope.

Leonardo
Leonardo
8 anos atrás

ACHO que poderiam ter feito o mesmo que foi feito na Russia.

Euler
Euler
8 anos atrás

“O carioca não tem um interesse especial por corridas” , Acho que vc deveria pesquisar sobre o publico nas etapas da stock car e f- truck , não vou nem citar na época da f-1 , ledo engano seu.

quanto ao legado, do lado norte do terreno, será tudo desmontado e o terreno entregue as 3 construtoras , vale ressaltar a alteração no gabarito do imoveis na área

http://oglobo.globo.com/rio/pacote-altera-gabarito-no-parque-olimpico-6619336

Quanto ao abandono do autódromo, foi proposital (desde a época do Cesar Maia com Pan 2007), sucatiaram ,

Para se realizar corrida ali , tianha q se contratar , gente pra capinar, carros pipas , limpeza, segurança e até geradores , pois só restava o asfalto e mesmo assim a prefeitura cobrava um aluguel absurdo . Prefeitura foi deixando o autódromo morrer pra justificar a desativação .

enfim…

Robertom
Robertom
Reply to  Euler
8 anos atrás

O abandono foi crime premeditado, estavam de olho na área há mais de 20 anos…

Barba
Barba
8 anos atrás

Flavio,

Desculpe-me pelos termos, mas acabar com o Autódromo foi uma grande sacanagem, coisa de filho da puta, que começou com uma briga do Marcelo Alencar, então prefeito do Rio com Shell, patrocinadora do GP Brasil. Autorizou um Posto BR na Praia de Botafogo em frente a sede da Shell, local onde nunca poderia ter um posto, como não teve.
Havia também o interesse da Globo em agradar os paulistas, levando o GP para SP, estavam perdendo audiência em SP para as emissoras paulistas. Daí facilitaram a ida do GP para SP, mutilando Interlagos.
Aí veio o Cesar Maia mutilando o Autódromo para o Panamericano e o Paes acabou com tudo de uma vez por todas.
Daqui a um ano as ditas arenas estarão abandonadas e todos os empreiteiros e políticos com seus rabos cheios de grana e a população, sempre ela, fudida e nem mal paga estará, pois, estará, sim, pagando a conta da festa. O carioca gosta de corridas sim, depende de um automobilismo organizado. Não só no Rio, mas em todo o Brasil, o automobilismo está morrendo por conta da má administração, de só se pensar em GP de F1.
Não acho que automobilismo seja coisa de rico, também é, como diversos outros esportes e atividades. Automobilismo desenvolve tecnologia.
Abraço,
Barba

Rogerio Kezerle
Rogerio Kezerle
8 anos atrás

Concordo. Apesar de ser fanatico por automobilismo, temos que concordar que o autodromo de Jacarepagua nunca foi utilizado plenamente e nos ultimos tempos estava abandonado. Sei lá se era a localização, com transporte dificil ou se o carioca realmente não é tão fã de automobilismo…
Quanto ao uso dos equipementos após as Olimpiadas, só acreditarei vendo.
As instalações do Pan não foram devidamente reutilizadas, alias derrubaram algumas para refazerem para as olimpiadas. Os aptos da Vila Panamericana estão afundando e quem comprou se arrependeu..
Varios estadios da copa viraram monstruosos elefantes brancos, como Manaus, Mato Grosso, Brasilia, RN.
Então não acredito que dessa vez será diferente.
Como amante de esportes, torço para estar muito enganado.

Francisco Moredo
Francisco Moredo
8 anos atrás

Ainda bem que existem os simuladores de corrida para imortalizar os autódromos. Jacarepaguá é um dos meus preferidos no Game stockcar extreme. Você brinca em algum simulador Flávio?

carlos
carlos
8 anos atrás

Lindo texto. Parabéns!!!!!

Aliandro Miranda
8 anos atrás

Penso na mesma linha que a sua. Não é que a sua opinião tenha mudado ou a minha, é que as épocas eram outras. Quando foi que se começou a cogitar as obras no autódromo para o Pan? Há dez, quinze anos? Então, o cenário era outro, o automobilismo era mais forte e, claro, naquela época era um absurdo a destruição do autódromo. Naquela época.

De fato hoje os tempos são outros. O que foi construído lá é belíssimo, nem a dificuldade de acesso via transporte público existe mais e a área tem um enorme potencial para ser bem aproveitada. Embora não possamos ter certeza que será.

Estive no último dia de atividades em Jacarepaguá. Estive no Centro Olímpico ontem à noite. Não consegui me localizar muito bem, pois não existe nada que faça alguma referência ao autódromo. Só na saída me dei conta em que ponto eu estava. Foi legal relembrar, e também foi triste. Mas é a vida.

Acarloz
Acarloz
8 anos atrás

Apesar de planos, projetos, etc a elefantização é uma grande probabilidade…

Kaike
Kaike
8 anos atrás

Eu acho (apenas acho) que poderia ter sido feito um projeto pra uma pista no espaço do Parque Olímpico, já que tem arenas que são provisórias e espaço tem no local. Algo como um local multiuso, um parque público mesmo.

Robertom
Robertom
8 anos atrás

O Autódromo (excelente) que foi destruído e roubado, inaugurado no final de 1977 é um projeto do arquiteto David Caderman.
Loló Cornelsen projetou a pista original, inaugurada em 1966, da qual só foi aproveitado o terreno…

carlos santos
carlos santos
8 anos atrás

Prezado Flávio,

Olhando o complexo olímpico fica a sensação que dá para fazer algo parecido com Sochi. Nem digo para Formula 1, que tem sua casa em SP. Mas dá para planejar corridas de Stock e até a sonha da etapa da Formula E no Rio. O que você acha?

Saudações.

Boca
Boca
8 anos atrás

“…deixando a paixão de lado…”

Triste pra nós, apaixonados por automobilismo, mas esse fragmento do texto resume tudo. Era isso ou “…morrer por inanição…”

Mais uma vez (já perdi as contas) Parabéns pelo texto e, mais ainda, pela mudança de opinião, sensata e honesta.

alexandre
alexandre
8 anos atrás

Se para construirmos um complexo olímpico ou outra construção qualquer, se tem de derrubar parte da história de uma cidade, de uma comunidade de Automobilistas de um estado inteiro, é porque o poste ta fazendo xixi no cachorro mesmo, pior é gente do meio achando isso normal… como se não não existisse espaço e locais precisando serem utilizados no Rio para isso, uma verdadeira vergonha, foram feitas muitas manifestações contra o fim do Autódromo sim, até que o governo promete-se outro em Deodoro, faltou apoio de meios como o seu também, divulgando com força o tamanho absurdo que se faz aqui nesse País, já temos denuncias de desvio de verba da obra 2016 de Interlagos, alguém falou disso não, muitos interesses financeiros… Vamos destruir tudo, autódromos, parques, monumentos, e depois falar que é o fim natural, que absurdo.

Newton Chan
Newton Chan
8 anos atrás

Ontem finalmente conheci o Parque Olímpico e concordo em tudo que foi escrito. Tive a mesma sensação, senti saudades do autódromo, mas a área ficou muito bonita mesmo. Espero que consigam cumprir tudo o que foi prometido. Vamos ver o que vai se tornar essa área no futuro.

Andre Decourt
8 anos atrás

O “seu” Carvalho Hosken, está esfregando as suas mãos esperando as paraolimpìadas acabar para meter a mão naquele nacão de terra, que já foi público, para enfiar mais uma dezena de prédios para a classe média alta e contribuir mais um pouco para a inviabilidade urbanística da Baixada de Jacarepaguá.

As arenas, as pistas tudo virará fumaça e em breve os jornais estarão falando de desperdício, furto de materiais, perda do velódromo ( vão desmontar e a cara pista ficará inviável) e etc..

Fui no Parque Olímpico e para quem conheceu não só o autódromo como toda a área circuvizinha vê que aquilo como ambiente urbano acabou, a maior marca é o hotel de luxo, onde era a entrada da velha Vila Autódromo com um pútrido Rio Pavuninha na frente, que demonstra que tudo aquilo ali é uma enganação que boia no desastre ambiental fomentado pela ganância e especulação imobiliária,

Diego - Floripa/SC
Diego - Floripa/SC
8 anos atrás

Se for para amontoar um monte de gente em prédios e contribuir mais para o esgotão logo ao lado que seja feita a Vila Olímpica.

E autódromos vão entrar em extinção logo, não tem como manter uma estrutura tão grande para poucos afortunados se divertirem.

Serginho
Serginho
8 anos atrás

Sou carioca e apaixonado por F1 por influência do meu pai, que me levou em Jacarepaguá em 84 pra ver os treinos, me acordava nas madrugas pra ver as corridas do outro lado do mundo e muitas vezes levantava 2 horas antes das provas pra tentar ligar nossa tv velha que tinha um problema no botão liga/desliga. Comecei esse texto pra dizer que, apesar disso, concordo com vc. Mas acabei foi ficando com uma saudade danada do meu velho. É isso que importa.

Charles
Charles
8 anos atrás

Flávio,

Essa história de Jacarepaguá não soa igualzinha a do autódromo californiano de Riverside?

Renato de Mello Machado
Renato de Mello Machado
8 anos atrás

Eu só posso chorar,pois sou careca e já sou descabelado.Outro dia estava em um site russo,vendo como as instalações olímpicas ficaram muito após as olimpíadas,em outros países e é lamentável, ver o abandono.Imagina no Brasil tudo logo vai estar depredado e abandonado e parando por aqui pois se não entro em política.

kkkkez Alonso
kkkkez Alonso
8 anos atrás

Por falar em F1, o melhor dessas Olimpíadas foi o nome do treinador do Tiago Braz…il: Vitaly Petrov!

Putz!!! Sensacional!!!

Chuuuuupa Michelonso!

E que bom que o circuito de Jacarepaguá foi substituído pelo Parque Olímpico.

Automobilismo é esporte de rico, assim como o golfe. Pobre nunca será piloto.

Mas pode ser canoísta, por exemplo. Ou judoca. Ou atleta do salto com vara.

Quem quiser queimar combustível correndo com seus carrinhos que banque a brincadeira. Cada um faz o que quiser com seu rico dinheirinho.

Governo que se preze tem que investir no esporte nas escolas, nas crianças, no acesso de todos, como forma de inclusão social.

Essa semana li que Felipe Nars foi conversar com Temer sobre um “objetivo comum”. Deve estar querendo que o governo banque sua aventura na F1.

Tsc tsc tsc…

Tomara que fique a pé.

Emerson Juncom
Emerson Juncom
8 anos atrás

Alem do Autodromo, destruiram também o Clube de Ultraleves Armando Nogueira ao lado.
Fazem uma homenagem ao jornalista dando a ele o nome do clube e um ano depois acabam com a area.
Além da falta de vocação para o automobilismo, acabou a vocação ao voo recreativo no RJ e o respeito a memória do jornalista.

Alex Tadeu
Alex Tadeu
8 anos atrás

Sensacional a matéria!! Já tinha lido algo a respeito, aqui mesmo no blog, sobre os autodromos de Jacarepaguá, Estoril, Curitiba e Luanda serem do mesmo arquiteto, mas nem imaginava que ele era daqui de Curitiba!

A propósito, o autódromo de Luanda ainda existe, ao contrário do que diz a matéria! Só está num estado deplorável. Aqui por exemplo tem um “onboard” filmado este ano: https://www.youtube.com/watch?v=sbr0Ia2ot6w

Renato
Renato
8 anos atrás

Ok! Acabaram com um monstrengo para construir outro!

Marcos Gomes
Marcos Gomes
8 anos atrás

Será que há mesmo planos para as arenas alí construídas? O que será feito do velódromo após as olimpíadas? O mesmo que foi feito ao do Pan2007?
Vai acontecer com o velódromo o mesmo que aconteceu ao circuito de corrida que havia alí. Sendo subutilizado, abandonado lentamente até que farão outra coisa no lugar. Desmontarão a pista e levarão para outra cidade para ficar abandonado do mesmo jeito que a pista do Pan2007 ( a pista do Pan está abandonada em Pinhais, PR). E é assim que gastam o nosso dinheirinho…

Saima
Saima
Reply to  Flavio Gomes
8 anos atrás

Sei lá, FG. Queria acreditar, de verdade, que ficaria pras pessoas desfrutarem.

ANGELO MELLO
ANGELO MELLO
8 anos atrás

Sou dos que apostam que a infra das olimpíadas será transformada em uma manada de elefantes brancos. No Pan foi assim, mesmo com as olimpíadas a caminho. O velódromo nunca mais foi utilizado, não criaram nem um centro de treinamento pra alavancar esporte no Brasil. As olimpíadas estão sendo legais, mas algumas coisas me deixam bem triste, principalmente os estádios vazios, na maioria das competições. Ver um Estádio olímpico simplesmente às moscas na maioria das provas de atletismo foi surreal. E concordo que o automobilismo é um esporte anacrônico e que não se ajuda, principamente a F1, que é arrogante e ficou muito chata de acompanhar.

Joaquim Lopes
8 anos atrás

Ayrton Cornelsen foi também o projetista da primeira pista de Jacarepaguá, o antigo circuito inaugurado em 1966 e que esteve na ativa, bem ou mal, até 1972. Mas desde aquela época o circuito vivia na berlinda por estar encravado em uma das áreas mais valorizadas do Rio de Janeiro e exposto ao boom imobiliário dos anos 70 que tomou conta da Barra da Tijuca. Em 1969 o campeonato carioca atrasou seis meses, só iniciou em junho, por conta de uma pendenga jurídica entre a Caledônia Empreendimentos que queria retomar a área para incorporação e construção de prédios e condomínios de luxo. Teve até passeata de carros de corrida na Zona Sul em sinal de protesto. Depois um acordo com a prefeitura incluiu o circuito dentro do plano de desenvolvimento da Barra, salvando a pista por mais alguns anos, após o presidente da federação carioca – Almirante Dantas Torres – ter acertado um arrendamento do terreno do autódromo com a incorporadora. Pelo que veem, não era de hoje o destino traçado para Jacarepaguá. Em tempo: Ayrton “Lolô” Cornelsen é pai do piloto curitibano Aryon Cornelsen que em 1975 disputou a F-3 inglesa.

Alexandre Lannes
Alexandre Lannes
Reply to  Joaquim Lopes
8 anos atrás

Sou obrigado a discordar.
Não houve ‘boom’ imobiliário naquela área nos anos 70
A área do autódromo de Jacarepaguá só foi se desenvolver em meados dos anos 80, apesar da Barra da Tijuca já estar estabelecida.
Era o hotel Monza e o autódromo, mais nada.
Não houve ‘boom’ naquela época
O ‘boom’ veio para aquela área, após moradores assumirem obra falida de empreiteira. Com endereço de Curicia.
César Maia, que em nada ajudou na pendenga, tratou de fazer associações e rearranjou a área para as imobiliárias que vieram na carona desse empreendimento particular
Até área de proteção ambiental foi revista.

Ainda dentro disso, não se justificava acabar com o autódromo, dentro dos argumentos apresentados

Até pq, o RJ têm N áreas para expansão e/ou que necessitam de algum esclarecimento investimento, como Londres, que usou essas áreas até para a construção de um shopping

Acarloz
Acarloz
Reply to  Joaquim Lopes
8 anos atrás

Datas à parte iria acabar, assim como o interesse pelo automobilismo aqui no Brasil. Interlagos que se cuide.

Sérgio Mendes
Sérgio Mendes
8 anos atrás

Excelente texto! Sem rodeios e objetivo.
Bom, antes um complexo esportivo – que pode deixar alguma herança – do que um empreendimento imobiliário.

Ricardo Lopes
Ricardo Lopes
8 anos atrás

Ótimo texto. Difícil digerir o fim do autodromo, mas os motivos são mais que óbvios. NO fim, concordo integralmente que deveria ter sido feita uma certa homenagem histórica em preservar uma parte ou uma peça para posteridade. Indianapolis mantém, em dias atuais, uma faixa da pista de tijolos para lembrar a todos de onde veio, mas a gente não tem uma cultura desenvolvida o suficiente pra fazer coisas desse tipo.

Ricardo Fulgoni
Ricardo Fulgoni
8 anos atrás

Eu olho pro parque olímpico e vejo uma pista, tal vomo fizeram em Sóchi. Um circuito em forma de 8, como Suzuka. Explico.

Reta de chegada beirando a lagoa, iniciando no estádio aquático (que será desmontado) e terminando atrás do IBC.

Grampo ao fim da reta, pequena reta, curva de alta à esquerda, passa embaixo do calçadão. Sequência de curvas atrás das arenas cariocas, passando entre o HSBC Arena e o Maria Lenk.

Reta paralela à Aberlardo Bueno, entra pelo calçadão seguindo-o em uma sequência de esses até o início da reta de chegada.

Giovanni
Giovanni
8 anos atrás

Se o custo fosse mais baixo, os autódromos continuariam existindo. O problema é que hoje mais do que nunca a sociedade toma decisões baseada em aspectos econômicos.

O autmobilismo que já é caro por natureza, sofreu aumento dos custos com normas de segurança e qualidade EXAGERADA para autódromos cheios de frescuras com instalações, etc, além de uma competitividade desenfreada que diz mais respeito à TI e engenharia do que ao esporte, aumenta também de forma EXAGERADA os custos dos construtores.

Querem solução? Baixem o custo de competição e dos autódromos. Sabe quando isso vai acontecer? Nunca. Mas fiquem tranquilos, o automobilismo não vai morrer. Mas a tendência é se tornar um nicho tão pequeno que pouco será lembrado (talvez a decisão da F1 será tema de rodapé de jornais e sites).

Convenhamos, quem tem manga (pai) pra botar de R$ 100 a 200 mil POR ANO pra competir no automobilismo de BASE?.