O MUNDO É TEU, SEBASTIÃO

SÃO PAULO (fará falta) – Não há um sorriso sequer nos quatro minutos e dois segundos que Sebastian Vettel usou para informar que vai parar de correr. Mas sobram belas palavras. Talvez as mais belas que um piloto de Fórmula 1 já tenha dito sem apelar para fórmulas fáceis. As mais sinceras, serenas, genuínas, verdadeiras, maduras. Pensadas.

Vettel não saiu falando dele, propriamente, deixou de lado a tentação que todos nós teríamos de exaltar nossos feitos, evocar nossas próprias façanhas. E olha que ele teria muito para dizer. Em vez disso, nos convidou a refletir sobre o futuro, as crianças, o mundo, a vida. “As marcas que deixei na pista vão ficar até que o tempo e a chuva as levem embora.”

Dá para ser mais profundo que isso?

Faltou o sorriso, mas ele talvez fosse tristemente falso nessa hora. Ou falsamente triste. Porque Sebastian não está exatamente… feliz. Aliás, quem consegue ser realmente feliz nestes tempos tão sombrios?

É só um piloto que vai parar de correr, dirá alguém — nos dias de hoje, tanta gente. Puta frescura. Mimimi. Deixa de viadagem. Já ganhou bastante dinheiro. Que importância tem isso? Piloto decadente. Virou um lacrador.

(Lacrador. Certas palavras têm sido acompanhadas de tanto ódio que doem-me os dedos ao batucá-las no teclado. Lacrador.)

Vettel se preocupa com o meio ambiente. Afronta governos — sim, afronta governos como fez na Arábia Saudita e no Catar ao pintar o arco-íris no capacete, na camiseta, no tênis, nas palavras. Fala de amor, amor livre. Fala sobre inclusão, diversidade. Luta contra o racismo. Se irrita com as injustiças. Defende aquilo em que acredita. Questiona até a existência da F-1 como algo relevante. Fala de coisas que pilotos não falam, do alto de uma carreira não menos que espetacular — a saber, se me permitem um manancial de números que soarão aborrecidos num momento tão especial: 289 GPs (vai parar faltando unzinho para os 300 redondos), 53 vitórias (o terceiro maior da história), 57 poles (o quarto), 122 pódios (o terceiro), 3.499 voltas na liderança (o terceiro), 106 GPs liderados (o terceiro), 15 poles numa temporada (o primeiro), 13 vitórias num ano (o primeiro) e nove seguidas (o primeiro), campeão aos 23 anos, quatro meses e 11 dias (o mais jovem), quatro títulos (só três conseguiram mais).

Nascido na pequena cidade alemã de Heppenheim, 25 mil almas, em 3 de julho de 1987, Sebastian apareceu num fim de semana de GP pela primeira vez em 25 de agosto em 2006. Há uma doce coincidência na data: exatos 15 anos depois da estreia de outro alemão na F-1, um tal de Michael Schumacher — que largou para sua primeira corrida em 25 de agosto de 1991, na Bélgica.

Vestia um macacão branco meio folgado com a hélice azul e branca da BMW no peito. Naquela temporada, as equipes puderam usar um terceiro carro nos treinos livres da sexta-feira. Aos 19 anos recém-completados, foi escalado pela Sauber para andar no circuito de Istambul, que recebia a categoria pela segunda vez. No primeiro treino, ficou em oitavo. Depois da segunda sessão, recolheu suas coisas nos boxes levando na mochila uma folha de papel dobrada. Nela, seu nome aparecia na primeira colocação ao lado de um tempo de volta: 1min28s071.

“Estamos diante de um novo fenômeno?”, perguntou incrédulo este blogueiro numa remota postagem com o resumo do dia na Turquia. Ele mesmo, o blogueiro, tratou de responder com toda a cautela possível: “Pode ser”.

Vettel era um desses jovenzinhos promissores que nas categorias de base faziam chover. No seu caso, duas temporadas de F-BMW com 23 vitórias, 19 poles e 32 pódios em 39 corridas disputadas. Depois ainda passou pela F-3 Europeia, conquistando um vice-campeonato em 2006 — perdeu o título, vejam só, para Paul di Resta. Desde os 13 anos, por indicação de um certo Gerhard Noak, acelerava por aí com um bordado da Red Bull no uniforme e a marca do energético no capacete. Noak é uma dessas figuras anônimas a quem o automobilismo tanto deve e nunca pagou a conta. Diretor do clube de kart de Kerpen, anos antes vira em Schumacher alguém diferente. Deu o empurrão que ele precisava para, um dia, se tornar sete vezes campeão mundial de F-1. Com Vettel foi igual. No garimpo diário na pista onde nascera Schumi, descobriu diamante parecido.

No GP do Canadá de 2007, Robert Kubica se arrebentou com a Sauber BMW e, por precaução, não pôde disputar a corrida seguinte, em Indianápolis. Com o mesmo macacão folgado e um sorriso tímido no rosto de moleque, Vettel foi escalado pelo time para disputar sua primeira prova. Largou em sétimo. Terminou em oitavo e marcou seu primeiro ponto na categoria.

Vettel em Indianápolis: ponto marcado na primeira corrida

Foi o bastante para a Red Bull requisitá-lo junto à Sauber, porque não andava muito satisfeita com um de seus pilotos na Toro Rosso, o norte-americano Scott Speed. Titular desde 2006, o cara não conseguia marcar um ponto sequer. A paciência do time terminou depois da décima etapa de 2007, em Nürburgring. Passe no Departamento Pessoal, disseram a Speed. Na Hungria, o carro #19 passaria a ser pilotado pelo garoto alemão.

A aposta se pagou rapidamente. Na China, Vettel terminou a prova num fenomenal quarto lugar, melhor posição da história da equipe até então. E no ano seguinte, a glória maior: vitória em Monza a partir da pole-position, de ponta a ponta. Na chuva. Com 21 anos, dois meses e 11 dias de vida, tornava-se o mais jovem vencedor de todos os tempos na F-1.

Foi no dia 14 de setembro de 2008. Recorramos, novamente, à incrível memória dos computadores. E à improvável longevidade deste blog mambembe.

Monza, 2008: vitória no templo italiano de “Minardi”

O que Vettel fez hoje é mais, por exemplo, do que Senna fez na Toleman em 1984 — aquele segundo lugar de Mônaco colocado como uma das maiores façanhas de todos os tempos. É mais do que Alonso fez na Hungria em 2003, quando ganhou sua primeira corrida. É mais do que fez Schumacher ao vencer seu primeiro GP em Spa, em 1992. É mais do que fez Fisichella em Interlagos com a Jordan em 2003, uma vitória confusa e igualmente inesperada.

Gomes, Flavio

O trecho acima, publicado aqui depois da vitória de Vettel no GP da Itália, talvez tenha sido o primeiro capítulo do embate que travo até hoje com a Santa Igreja da Sexta Marcha. Ainda não tínhamos redes sociais, mas a manifestação do amigo internauta nas caixas de comentários dos blogs era igualmente histérica e barulhenta. Tanto que dois dias depois fui obrigado a escrever um texto sobre a reação dos fãs de Senna à — como ousa? — comparação que fiz entre ele e Sebastian. Está aqui, caso alguém tenha curiosidade: 583 comentários. Num único post. Uau.

Mas não nos desviemos do assunto, o tema aqui é outro, Sebastian Vettel. Não o blog, muito menos eu.

Em 2009, Vettel foi puxado para a Red Bull, venceu quatro GPs, foi vice-campeão. Schumacher, que havia parado em 2006, encontrara um digno sucessor. A Alemanha não tinha de que se queixar. Veio 2010 e o primeiro título, incrível, na última corrida, à qual quatro pilotos chegaram com chances de levar a taça: Alonso, 246 pontos; Webber, 238; Vettel, 231; Hamilton, 222. Sem ter liderado o campeonato por um dia sequer, Sebastian fez a pole em Abu Dhabi, venceu de ponta a ponta e contou com as más apresentações de Alonso, sétimo, e Webber, oitavo, que ficaram empacados atrás de Kubica e Petrov, da Renault, a corrida toda. Com 256 pontos, terminou o Mundial quatro à frente do espanhol, então na Ferrari.

Na Red Bull: tetracampeonato e nome na história

Em 2011 foi fácil, em 2012, difícil, em 2013, tranquilo. Dou o salto no tempo sem entrar em detalhes do tetracampeonato porque nos interessa mais, agora, tentar identificar o momento em que Vettel começou a, digamos, desgostar da F-1. Ou, pelo menos, passou a se perguntar até onde iria aquela jornada cujos primeiros passos já se mostravam algo distantes, deixados para trás numa infância alegre e divertida, vivida de pista em pista acelerando karts, sem medo de ser feliz.

Em 2014, o regulamento da categoria mudou drasticamente e entraram em cena os motores híbridos alimentados parcialmente por componentes concebidos para armazenar energia em baterias e despejá-la em forma de potência nas rodas traseiras. Foi necessária uma mudança radical no estilo de pilotagem que os novos carros exigiam, especialmente no lidar com os freios “eletrônicos”, já que o calor gerado nas frenagens era a principal fonte de um dos motores elétricos acoplados ao V6 de combustão normal.

Alguns pilotos se adaptaram rapidamente. Outros, não. Entre esses, Vettel. “Ele nunca se acostumou”, disse recentemente o chefe da Red Bull, Christian Horner. “O estilo de pilotagem desses carros não é o dele. Seb sempre gostou da traseira colada no chão, de muito ‘downforce’, de sentir o carro no eixo traseiro. E de repente os carros perderam pressão aerodinâmica atrás, a traseira ficou leve, nervosa. Na verdade, ele nunca gostou das regras novas e desses motores.”

Depois de cinco anos como titular da Red Bull, um vice e quatro títulos, pela primeira vez Vettel terminou um campeonato atrás de seu companheiro de equipe. Fechou o ano em quinto, sem vitórias. Daniel Ricciardo, recém promovido ao time de cima, vindo da mesma Toro Rosso, tendo percorrido o mesmo caminho que o alemão, foi o terceiro e venceu três GPs. Era a hora de picar a mula. Ou o touro, se vale a piada sem graça.

De vermelho, em Maranello: seis temporadas, nenhum título

Sem conseguir um campeonato depois de cinco anos na Ferrari, Fernando Alonso juntou suas tralhas em voltou à McLaren em 2015, deixando o cockpit do time italiano vago. Vettel era a escolha óbvia. A equipe de Maranello via nele um sucessor de Schumacher, capaz de recolocar o cavalinho rampante de pé.

Não se pode dizer que sua passagem pela Ferrari tenha sido um fracasso total. Seria um exagero, uma injustiça e um equívoco, sobretudo. Se é verdade que Vettel nunca chegou a brigar pelo título de verdade — a hegemonia da Mercedes na era híbrida acabou se impondo de maneira categórica até ser interrompida neste ano, 2022 –, pelo menos flertou com ele em duas oportunidades. Foi vice-campeão em 2017 e 2018, lutando bravamente contra uma equipe quase imbatível. Nos seis anos vestindo vermelho, Sebastian ganhou 14 corridas, tornando-se o terceiro maior vencedor da história ferrarista — atrás apenas de Schumacher, com 72, e Niki Lauda, com 15. Aqui, um lembrete: ele ainda é o mais bem sucedido piloto da história da Red Bull com 38 vitórias, mesmo tendo deixado a equipe há oito anos.

Dizem que Vettel entrou em parafuso em 2018, ao bater sozinho no GP da Alemanha, que liderava, quando ponteava também o campeonato. Ali Hamilton virou o jogo e ninguém mais conseguiu pará-lo. A chegada de Leclerc em 2019 também teria colocado uma pulga dentro de seu capacete — o monegasco terminou o ano à sua frente e repetiu o resultado em 2020. Alguma coisa estava acontecendo, mas era difícil determinar o quê.

A transferência para a Aston Martin em 2021 seria o sinal de que o tempo de Vettel na F-1 estava terminando. Com um carro pouco competitivo, não fez muito em termos de resultados — um pódio no Azerbaijão foi o derradeiro momento de glória, descontando-se o segundo lugar anulado na Hungria, por um erro da equipe no controle de combustível. Neste ano, ficou fora das duas primeiras etapas por ter contraído Covid. Um sexto lugar em Baku foi o máximo que conseguiu até agora.

Ao lado do pupilo Mick Schumacher: “Vai deixar um vazio”

Curiosamente, apesar do visível divórcio da condição de protagonista na pista, nunca se viu um Vettel tão sorridente e afável nos últimos tempos como neste ano. A exceção talvez seja o semblante algo melancólico no vídeo da aposentadoria gravado em preto e branco e colocado no ar hoje de manhã, depois de abrir uma conta verificada no Instagram ontem à noite — evento que causou verdadeiro frisson na internet, ele que nunca teve presença alguma em redes sociais.

Sebastian assumiu de vez um papel de voz ativa em favor de causas inatacáveis, como a igualdade de gênero, a crise climática, o antirracismo, e passou a usar a F-1 como megafone para falar alto a quem quiser ouvi-lo. Disse hoje em Budapeste que a decisão de parar não foi fácil, mas vinha sendo amadurecida havia algum tempo. Contou que apenas ontem, quarta-feira, comunicou à Aston Martin que iria pendurar o capacete. A equipe queria que ficasse. Ele mesmo cogitou continuar. Mas descobriu que ultimamente não tinha mais prazer em guiar um carro de corrida “só para fazer parte”. A dedicação até podia ser a mesma. A motivação, não.

No paddock, todo mundo, sem exceção, fez questão de falar sobre Vettel hoje. Logo depois do anúncio, começaram as especulações sobre seu substituto, uma lista grande que teve citados nomes como os de Nico Hülkenberg, Nyck de Vries, Fernando Alonso, Oscar Piastri, Alexander Albon, Daniel Ricciardo e Mick Schumacher. Se dependesse dele, Vettel, Mick seria o escolhido. Ele o tem como filho. “Vai deixar um vazio enorme aqui”, disse o jovem Schumacher hoje.

Mas ainda é cedo para esmiuçar o assunto. Tudo que for dito nas próximas horas não passa de ilação. OK, se querem meu palpite, acho que será De Vries, mas é um mero palpite. Deixemos para quando passar a comoção, expressa na reação de seus amigos, chefes e ex-chefes, companheiros e ex-companheiros, novos e velhos adversários. A mais sensível, talvez, vinda de Hamilton. “Ele foi um dos poucos que fizeram minha vida aqui ser menos solitária”, falou o inglês. Antes, havia escrito: “Te amo, cara”.

A mensagem de Hamilton: “Te amo”

No vídeo do Instagram e nas entrevistas que já deu às vésperas da abertura dos treinos na Hungria, Vettel citou a família — a mulher Hanna, duas meninas e um menino –, o tempo que quer dedicar a ela, a necessidade de ser um bom pai e de aprender com as crianças, contou como é cada vez mais duro sair de casa para correr, falou sobre a urgência de se fazer alguma coisa para salvar o planeta, mencionou a exigência física e mental de um trabalho que ainda ama, mas que já não lhe traz mais a satisfação de antes. Disse também ter consciência de que sua voz “perderá peso” fora da F-1, mas que neste momento só consegue compreender que “a mensagem é mais importante que o palco”.

Falou que gosta de chocolate, do cheiro de pão fresco e da cor azul.

Vettel, o menino que batizava seus carros com nomes de mulher, que trouxe à F-1 um amor juvenil pelas corridas que parecia perdido em algum lugar, cresceu rápido, virou gente grande e resolveu encarar o mundo.

Que vá na fé. Porque o mundo é teu, Sebastião.

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Alexandre Neves
Alexandre Neves
1 ano atrás

Lindo texto. A altura do homenageado.

Osmar
Osmar
1 ano atrás

Fazia tempo que eu não procurava o blog…..nem sabia que tinha voltado…..
vou te dizer……é gostoso ler o que vc escreve!
obrigado.

Momchil Stoyanov
Momchil Stoyanov
1 ano atrás

Flávio,
Que texto!!! Parabéns!!! Documental, sensato, irônico, divertido, profissional… Muito bom!!!

Acompanho a F1 há mais de 30 anos (não que isso me torne autoridade ou qualquer coisa assim), e hoje a melhor parte desse universo são os seus textos e produções!
Parei de acompanhar quando começaram as “eras” ou períodos em que começaram a ocorrer grandes dominâncias por parte de certas equipes e pilotos! Para mim isso se iniciou com a era Schumacher e depois na continuação com Vettel e Hamilton. Não dava para aguentar mais o hino alemão e corridas e mais corridas com desfechos previsíveis… Não desmerecendo, são feitos históricos, equipes e pilotos excepcionais, mas as corridas ficaram chatas para mim no final dos anos 90! Parece que a tecnologia e o volume de investimento prevaleceram amplamente frente ao talento e ao fator humano!
Aí veio a pandemia e o campeonato de 2021. Ano passado parece que mudou algo! Esse ano estou acompanhando com certa frequência! E torcendo para não termos novamente mais uma era, do Verstapen…
Parece que agora as coisas estão mais preto no branco como os americanos adoram. Parece que estão assumindo finalmente que a F1 é de fato, um circo (como alguns comentaristas falavam antigamente), um espetáculo, entretenimento para fãs de automobilismo e velocidade, ou uma novela como muitos brasileiros gostam. E mais recentemente, um reality show que muitos acompanham pela Netflix (por que não?!). E isso é bom, certo?! A corrida de Silverstone esse ano para mim foi demais, faz tempo que não assistia uma F1 assim. Que as corridas melhorem mais ainda! O engajamento crescente com questões relevantes é muito bom e necessário também, que aumente mais ainda!
E finalmente, mas não em último lugar, a aposentadoria e declaração de Vettel! Para mim esse é um posicionamento que ultrapassa a categoria. É mais um sinal do ensaio de uma mudança social positiva relacionada aos homens, pais, protagonistas (no caso um esportista de primeira). Ora, ele tá largando uma carreira milionária e de exposição global na principal categoria do automobilismo para que? Ser pai e marido presente, ativista, protagonista mas na sua família e em questões importantes! Louvável!!!

Flávio, mais uma vez, parabéns pelo seu trabalho! Desejo muito sucesso e quem sabe a coisa não continua melhorando na F1! E não desista de escrever sobre a categoria (e se divertir com isso) que, caso contrário, aí eu largo de vez, rs!

PS: ao clero do Senna. Sou estrangeiro e posso dizer, no Brasil se criou (ou foi criada) uma verdadeira novela ao redor do inquestionável talento dele. Virou uma espécie de messias aqui no Brasil, com frases supostamente ditas por ele sendo publicadas até hoje! Eu fico com o talento e a personalidade dele (que tinha seus defeitos como qualquer um tem) e com vários momentos inesquecíveis (positivos e negativos) que eu tive a oportunidade de acompanhar!

PS: ao Flávio. Eu sou da Bulgária e acho curiosíssimo esse seu interesse por carros dessa região que eu considero de péssima qualidade (talvez seja um trauma cultural)!

Japoneis
Japoneis
1 ano atrás

Texto maravilhoso Flávio Gomes!!!
Parabéns!!!

Afonso Muzzo
Afonso Muzzo
1 ano atrás

Que texto lindooo. Emocionante!
Obrigado Vettel e Flavinho

pedro araújo
pedro araújo
1 ano atrás

texto lindo, gomes!

me lembro muito de uma corrida do vettel na chuva, inicio de carreira (acho que ja de toro rosso, ele substituiu o kubica só em uma corrida, certo?), ele tinha chance de pódio, acabou errando e batendo

chorou horrores nos boxes

daí veio a vitória em monza…

aquele gp do brasil que ele rodou e teve que se recuperar pra ser campeão me botou de taquicardia a corrida toda…

vamos torcer pro vettel mesmo depois que ele parar de correr, né?

António
António
1 ano atrás

Grande Flávio, fantástico texto 👏🏻👏🏻👏🏻

Robertom
Robertom
1 ano atrás

Texto maravilhoso e emocionante, mas… você “abraçou a abobrinha” que o Galvão insistentemente sempre falava, sobre a energia gerada com o calor das frenagens, um absurdo. Quem gera a energia elétrica é um Gerador atrelado ao sistema de freios, que funciona como um motor elétrico ao contrário, convertendo energia mecânica em energia elétrica, que com isto produz efeito de frenagem.

Paulo McCoy Lava (ILHA)
Paulo McCoy Lava (ILHA)
1 ano atrás

Oi Flavio. Bom dia. Sempre complicado quando um campeão abandona um ‘grid’. Particularmente, gostaria que nomes como J. Button, N. Rosberg e Raikkonen ainda estivessem na ativa; que maravilha se a F1 pudesse contar com eles e uma eventual continuidade de Vettel. Enfim, seriam nomes que, somados à Verstappen, Alonso e Hamilton, abrilhantariam o ‘grid’. Sete campeões mundiais num mesmo ‘grid’! Eu gostaria de ver todo este ‘povo’ reunido.

Dito isso, uma ressalva extra: constatei, por parte de alguns internautas, algumas ‘asperezas’ pela citação do piloto Ayrton Senna no texto. Particularmente, não entendi. Fico imaginando se algumas pessoas perderam dinheiro após tomarem conhecimento do que você escreveu. Ainda na primeira pessoa: garanto que nunca perdi dinheiro com suas opiniões. [ALERTA DE IRONIA] Mas se alguém sofreu perdas financeiras ao lerem o nome de Ayrton Senna no artigo, sugiro a contratação de um advogado…

João Henrique Leme
João Henrique Leme
1 ano atrás

Maldito cisco que insiste em cair em meus olhos!

André Parreira
André Parreira
1 ano atrás

Tião é um piloto fora do comum, assim como Hamilton, entendeu que é há algo a mais na vida além da cara feia e dar de ombros para a opinião alheia, como sempre vimos nos pilotos da F1 desde tempos antigos.
Sou fã do Vettel desde sempre, quase sempre com sorriso leve no rosto e a faca nos dentes na pista. Apesar de já ter torcido contra ela, na disputa contra Alonso, afinal queria ver o El Fodón de Las Asturias chegar além do bi.

Flávio, seus textos sempre são um deleite para quem acompanha a F1, ée é uma pessoa sensata, acompanho aqui desde sempre, mas nunca fui muito de escrever nos comentários. Agradeço pela ótima leitura que você nos proporciona.

Obrigado Tião, obrigado Flávio

Valmir Lopes
Valmir Lopes
1 ano atrás

Deu-me sempre a impressão de ser uma boa pessoa. Piloto de calibre. Fará falta sim.

Arthur Lima
Arthur Lima
1 ano atrás

Números impressionantes. De todos, o que mais me impressionou, foi o 3o maior vitorioso na Ferrari! O arco dramático de Vettel na F1 é muito descendente. Jovem piloto feliz e cheio de realizações e um piloto experiente melancólico. A história de Vettel seria mais gloriosa e talvez mais valorizada fosse contada de trás pra frente.

Fabian Oliveira
Fabian Oliveira
1 ano atrás

Seb vai fazer muita falta. Não lembro de um piloto tão fã de carros e da história da F1 quanto ele. Seu começo de carreira foi de um brilho intenso. Nos últimos anos já estava sendo um pouco subestimado. Grande piloto e, mais importante, um grande cara. Baita texto, como sempre, Flavio!

Jose Carlos
Jose Carlos
1 ano atrás

Talvez o piloto mais humano que já correu na Formula 1…que vá pela luz!

Plínio Duarte
Plínio Duarte
1 ano atrás

Já agora em relação a essa da igreja da sexta marcha tenho isto a dizer-lhe:

O texto é sobre Vettel, porque razão voce mete Ayrton Senna no texto??

Fica aí elogiando piloto Nutella, o mundo não está bem aí para Vettel mas coloca Ayrton Senna fora porque o texto é sobre Vettel!

Cala a boca com Senna, Cara!

Edu Zeiro
Edu Zeiro
Reply to  Plínio Duarte
1 ano atrás

Hahahahahahahahaha, fãnáticos não conseguem mesmo interpretar textos.

Nilton Lopes
Nilton Lopes
Reply to  Plínio Duarte
1 ano atrás

Hei, Plínio, … …… .. .u

Alysson Chequetto
Alysson Chequetto
1 ano atrás

vai fazer falta…

Marcio Alexandre
Marcio Alexandre
1 ano atrás

Grande Vettel. Além de um grande piloto também um grande homem! Essa característica é meio que difícil na F1.

SulIvan
SulIvan
Reply to  Marcio Alexandre
1 ano atrás

exatamente

Fabio de Lima
Fabio de Lima
1 ano atrás

Que texto excelente ! O tempo passa muito rápido. Um tetracampeão da F1 consciente. Que viva a aposentadoria. Parabéns pelo Blog Flavio Gomes !

Hilton Vaz Pezzoni
Hilton Vaz Pezzoni
1 ano atrás

É exatamente por textos assim que eu leio Flávio Gomes. Desde a coluna Motor na Folha, há 1/4 século. Grazie tanti!

Jorge Luis
Jorge Luis
1 ano atrás

“Santa Igreja da Sexta Marcha” …. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Sensacional …..
Seb Monstro !!!!!

Jorge Luis
Jorge Luis
1 ano atrás

“Santa Igreja da Sexta Marcha” …. Sensacional !!! Orações Viuvas …
Vettel Monstro !!! Queremos te ver ainda Seb ……

geraldo
1 ano atrás

Parabens pelo texto!

SulIvan
SulIvan
1 ano atrás

VETTEL & RBR IMBATÌVIES
A RBR só foi se achar agora com o MAX, infelizmente SEB não se encaixou bem ne FERRARI (por culpa da quipe) e o AstonMartin é um projeto que parece não deslanchar deve ter desanimado SEBASTIAN,
Mas personalidade, carater e talento ele tinha demais, foi este homem que mudou as placas de P1 pra ele quando doi injustamente e desonestamente penalizado no Canada (um dos piores vexames das puniçoes erradas que a FIA aplica) e que deu um chega pra lá no colega desonesto que na malandragem usou uma “brecha” de regulamento pra ferra-lo e ele mostrou que não aceita esse tipo de sujeira, JA TODAS AS OUTRAS DONDOCAS DA F1 TERIAM UM MEDO TERRIVEL DE ATITUDES COMO ESTAS

Marcos Bassi
Marcos Bassi
Reply to  SulIvan
1 ano atrás

Por falar em desonesto, acho que acima destas duas vezes que ferraram o Vettel, pelo colega que você evita sempre nominar, foi a última corrida do ano passado. Merecido campeonato do Verstappen, mas injusto. Uma das viradas mais épicas da história da Fórmula 1, o concorrente do Verstappen, que você não cita (espero que não por preconceito) precisava vencer nas 4 últimas corridas. Fora o baile no Brasil, e ter sobrevivido a uma frenagem “super limpa” do MAX acima de qualquer suspeita na Arábia Saudita, precisou de toda a ajuda da equipe pra que algumas regras da F1 fossem jogadas no lixo para conseguir seu título. É..afinal todos os pilotos são meio sujos de vez em quando. MAX, MAX super MASI.

Edu Zeiro
Edu Zeiro
Reply to  Marcos Bassi
1 ano atrás

Pois é, Marcos, os desonestos serem sempre os outros é filosofia de vida dos minions, em qualquer área…

Luiz (o outro)
Luiz (o outro)
1 ano atrás

Brilhante texto, como sempre!
E que o Tiãozinho seja feliz em seus novos caminhos!

Barreto
Barreto
1 ano atrás

Belo texto, como de costume.
Um belo feito de Vettel que não tem muito destaque foi o vice campeonato diante da avassaladora Brawn GP.
Triste mesmo é ler o comentário desmerecendo os títulos feito por alguns caboclos que devem ter dificuldade até para conduzir o carrinho de supermercado.

Alex
Alex
1 ano atrás

Que texto incrível. Obrigado, Flávio. Aprendi a gostar desse moleque travesso que fazia piada de tudo nas coletivas de imprensa mas que perdeu a alegria nos tempos sombrios de Binotto na Ferrari. Agora vai ser ainda maior fora da F1.

Alejandro
Alejandro
1 ano atrás

Excelente texto Flávio, felicitaciones

Vinny Alves
Vinny Alves
1 ano atrás

Baita texto, Flávio! Parabéns. Abraço.

JULIANO
JULIANO
1 ano atrás

Um dos seus melhores textos Flávio! Sensacional… assim como Vettel! Obrigado!

SulIvan
SulIvan
1 ano atrás

I LOVE SEBASTIAN VETTEL !

Edu Zeiro
Edu Zeiro
Reply to  SulIvan
1 ano atrás

E gritar também.

martim
martim
1 ano atrás

Flávio, uma coisa importante https://www.grandepremio.com.br/f1/noticias/chefe-pede-sebastian-vettel-converse-mais-aston-martin-antes-protestos/ acho que isso foi a gota que fez o copo do Vettel transbordar. Provavelmente a equipe, diga-se aramco começou a pressionar.
Creio que se o Vettel tiver uma proposta boa e liberdade daqui uns 2 anos ele retorna… ao menos assim espero.

Eliseu
Eliseu
1 ano atrás

Bela homenagem, FG!

lagerbeer
lagerbeer
1 ano atrás
Carlos Jose Pimenta Franco
Carlos Jose Pimenta Franco
1 ano atrás

Só o fato do rapaz não ter redes sociais, não ser afeto a essas coisas de exposição e tals, já diz tudo. Valeu Flávio.

Marcelo Spacachieri Masili
1 ano atrás

Obrigado por manter a emoção dos mais de 4 minutos do vídeo do sujeito. Quando lamentei ontem num grupo de pessoas sobre a saída dele, um sujeito perguntou “mas ainda é relevante?”. Quem não consegue enxergar relevância em alguém que acumula una História de resultados, ações e essência como o Vettel nos mostrou em todos esses anos não tem muito mais a acrescentar além de uma.pergunta idiota dessas.

Henrique Martini
Henrique Martini
1 ano atrás

Ótimo texto Flavio!

Pedro Leonardo
Pedro Leonardo
1 ano atrás

Um gigante dentro e fora das pistas. Que siga levando o sorriso por onde passar. Danke.

RodrigoBM
RodrigoBM
1 ano atrás

Acompanho o Gomes faz muitos anos, acho que são quase 20. Se que a mídia esportiva especializada em automobilismo no Brasil tem bastante gente boa, mas acho ele o melhor de todos. Nem sempre concordo com seu ponto de vista, mas na maioria das vezes aprendo lendo e escutando ele. Desta vez concordo com 100% do texto. Vettel representa mais para a F1 e para o mundo do que muitos pilotos e cidadãos comuns. Exemplo de ser humano. Lamento muito sua aposentadoria, mas reconheço que é só um exercício de mesquinharia. Desejo ao (ainda) jovem alemão e sua família, toda a felicidade do mundo. E muito obrigado por tudo o que fez na pista e faz fora dela.

Felipe Tamelini
Felipe Tamelini
1 ano atrás

Texto maravilhoso. E vettel merece todas as homenagens e carinhos. Um dos maiores pilotos da história, um cara ligado às principais pautas do mundo.

João Oliveira
1 ano atrás

pra mim o brilho dele começou a se apagar qndo a ferrari trapaceou nos motores

Paulo Dantas Fonseca
Paulo Dantas Fonseca
1 ano atrás

Prezado F&G : Em seu pronunciamento foi marcado pelo tempo 4m e 2s . Foi um discurso sereno em Inglês e Alemão , as palavras de Seb apontam para uma realidade é um momento em que o piloto deixa registrado no tempo a sua marca , o melhor a sua ATITUDE. Parabéns Seb , você é o melhor de todos, siga em frente garoto do bem.

Guilherme
Guilherme
1 ano atrás

Parabens pelo texto, Flavio! Sempre fui fa do Vettel, piloto raiz. Mas permita-me um comentario: o acidente do Schumi mexeu com ele, nunca mais foi o mesmo, e neste nivel os detalhes fazem a diferenca… Sucesso e tranquilidade para o vettel daqui para a frente!

Antonio Seabra
Antonio Seabra
1 ano atrás

Um grande piloto, com um palmares invejável, e que aparentemente não se adaptou a pilotagem dos carros híbridos, especificamente no que diz respeito a frenagem dos mesmos.
Mesmo assim ainda foi eventualmente capaz de brilhar, em algumas ocasiões.
Olhando daqui de longe, é um homem de caráter digno, de personalidade marcante, que não aderiu as tendências e não se rendeu as pressões do mundo moderno e dos negócios onde impera o interesse financeiro.
Do meu ponto de vista, soube escolher o momento de parar, e assim está colhendo o reconhecimento e o respeito de todo mundo.
Pra mim a imagem que fica é o do homem que, inconformado com o resultado do GP do Canada de 2019, alterado (corretamente, aliás) pelos comissários através da aplicação de uma punição de 5 segundos a ele, foi até a área de estacionamento dos carros vencedores e retirou a placa de primeiro colocado da frente do carro de Lewis Hamilton, colocando a placa de segundo lugar.

Muito bom o texto, Flavio, como sói esperar de você, nessas ocasiões.

Frederico Jannuzzi
Frederico Jannuzzi
1 ano atrás

Maravilhoso o texto. Vettel é alguém que, além de fantástico piloto, faz desse planeta um lugar ainda desejável. Longa vida, Sebastião.

Alexandro
Alexandro
1 ano atrás

Parabéns pelo texto Flávio. Belíssimo.

Luciano Burger Balarotti
Luciano Burger Balarotti
1 ano atrás

Sensacional texto. Um retrato perfeito de um cara que é muito mais do que “só” um brilhante piloto. Algo que poucos foram na F1. Vettel e Hamilton se tornaram ainda maiores pelo que fazem fora da pista, pena que muita gente acha que isso é bobagem.

Chico
Chico
1 ano atrás

Que baita texto!
Grande Vettel.

Will
Will
1 ano atrás

Parabéns pelo texto, dos melhores que escreveu até hoje, Flávio – e não são poucos.
Uma justa e sincera homenagem a um dos melhores pilotos que vimos e de uma personalidade que fará muita falta no mundo frio da F-1.
Ano passado aposentou o piloto que mais gostava, o resmungão Kimi. Esse ano, para o que mais admiro.

Vera
Vera
1 ano atrás

Texto impecável para um piloto brilhante e um ser humano excepcional