AINDA OS MINIS
SÃO PAULO (entrando no fuso) – A destruição dos Mini importados temporariamente deixou todo mundo arrepiado. Inclusive Zeca Giaffone, da JL, empresa responsável por sua manutenção e importação. A Juliana Tesser, do Grande Prêmio, conversou com ele. As explicações para o destino triste dos carros já foram dadas. Para ser salvos, eles teriam de ser reexportados, se alguém quisesse comprar. Caso contrário, o regime de importação temporária exige que os bens sejam destruídos, ou entregues à Fazenda, se ela tiver interesse. Como, compreensivelmente, a Fazenda não teria o que fazer com carros de corrida, o fim deles foi esse que todos conhecemos.
Bem, o fato de tudo ter sido feito nos conformes, dentro das regras, não significa que se tenha de achar as regras lindas de morrer. Mas são as regras.
De qualquer maneira, me parece claro que essa legislação tem de ser revista. Talvez com algum mecanismo diferente para bens cujo fim é a prática esportiva. Ou médica. Ou cultural. Sei lá.
Está cheio de gente em Brasília que recebe salário para pensar nessas coisas, incluindo aí o Congresso Nacional, o Ministério do Esporte e o próprio Ministério da Fazenda. E há a CBA, que se tivesse alguma utilidade poderia fazer gestões nesse sentido, para defender o esporte que, supõe-se, cabe a ela fomentar.
Apenas mais uma expressão do absurdo protecionismo alfandegário vigente no Brasil há muitas décadas. Essa política beneficia um pequeno grupo de empresários e ferra pesadamente o consumidor brasileiro.
Por causa dela, o Brasil é um dos países com maior custo de vida no mundo hoje em dia e o brasileiro nem se toca. Continua se endividando e fazendo financiamentos…
Dura lex sed lex
moral da historia, não existe automobilsmo no Brasil…….
Houve sim o “”maior” interesse em ver esses carros destruidos..
Apenas isso!
Flavio,
Lei é lei, mas bom senso e inteligência não burla as leis. Nesse caso me parece muito simples de resolver, a receita recebe os carros, nomeia um fiel depositário por 30 dias e
publica o edital do leilão. Feito o leilão, os arrematadores quitam as contas com o fisco e todo mundo fica feliz. É isso. Mas aqui é querer demais que isso aconteça né?
alguem viu todos os carros destruídos? por favor, coloquem uma foto aqui, vai que daqui alguns anos aparece um carro desse do nada abandonado em algum galpão.
O caso dos F-1 deve ser distinto, pois, diferentemente do que ocorre com os minis, ficam pouco tempo e permanecem nas mãos dos mesmos proprietários. Em suma, os F-1 não importados do exterior mediante uma compra e venda.
Você se lembrou e disse:
Congresso Nacional, Ministério do Esporte, Ministério da Fazenda e a CBA.
É bom procurarmos outras alternativas, esses aí além de não resolverem nada, criam mais problemas para o contribuinte …
Bom pessoal, a regra de importação por admissão temporária é igual para qualquer bem. Se foi feito assim, logicamente foi para reduzir custos.
Se quisessem mante-los no país, deveriam ter pago todos os custos de importação, como ocorre com qualquer outro Mini que é importado.
Não tem nada de absurdo; da forma como foi feito, provavelmente eles custaram quase metade de um Mini normal. É triste, mas não absurdo…
Abraços.
Sem dúvida. Afinal, se pagamos esses impostos, por que diferencia-los quando se trata de uma montadora e/ou uma confereração.
Uma boa solução seria, ao invés da destruição, incorpora-los (doa-los mesmo) às Polícias (Rodoviária talvez), para algum departamento de operações especiais, com direito à pinturas específicas (caso contrário, é óbvio que poderiam ir para algumas garagens particulares).
Só com um banco, sem painel, sem revestimento, sem vidros e com santo antonio seria divertido ve-lo numa perseguição policial!!!!
Se liga Ulisses!!!
kkkkkkkkk
Viva o protecionismo brasileiro. Rola um lobby pesadíssimo da indústria nacional contra as importações, para evitar a competição externa. As indústrias do Brasil tem condições de competir SIM, mas os empresários preferem ganhar dinheiro fácil, barrando tudo o que vem de fora. Aí temos essas leis alfandegárias absolutamente estúpidas, ridículas. E depois nossos políticos dão piti quando outros países barram os produtos daqui.
Idiotices à parte, poderia haver uma exceção à essa regra se os dirigentes esportivos se mexessem. Mas aí a CBA teria que fazer alguma coisa, e sabemos que isso não é do feitio dela.
era só o que faltava… ficar pensando em um duzia de minis…. O Brasil tem sérios problemas na educação, infraestrutura, saúde, a “epidemia de crack”… Brasilia tem que pensar nisso!
Olha as enchentes no RJ mostrado no blog…
Vamos perguntar para quem está na fila do SUS ou em abrigos o que acham da destruição dos mini!
Falou agora o revolucionário! Calixto “Che Guevara” Vargas!
Amigo, o ambiente aqui é de automobilismo, não venha com seu modismo de que “o mundo precisa de solução” que aqui não cola…
Entre nos fóruns sobre ações do governo, vote melhor, cobre de quem você votou…
Desculpe brother, não é aqui no Blog do Flavinho que sua revolução dará certo…
Boa Marcelo!!! o pessoal sofre por cada bobagem… onde já se viu comparar a nossa preocupação com a morte do automobilismo brasileiro com outros problemas que ninguém vai resolver… O pessoal de Brasilia, como disse o FG, tem que olhar mais para o esporte a motor!
só estou esperando o “Flavinho” se digninar a responder… kkkkkkkk
C B HA HA HA …
Lamentável!
Em se tratando de Brasil, nao fico surpreso. O chato é ver bons carros, melhores que 95% das carroças de 20 anos que se ve por ai, sendo destruida por leis sem pé nem cabeça.
Enfim, é Brasil e seu pensamento provinciano.
Qualquer explicação fiscal aí nesse caso não justifica nada. Só explica.
Afinal, vamos colocar o seguinte exemplo: no lugar de “minis”, que diga-se de passagem, já não são baratos, fossem carros de Fórmula 1.
Será que alguém iria destruir?
Eu não sei “lhufas” de regras alfandegárias, mas lembra FG daquele carro do Rubinho, de 92 ou 93 que o Piquet comprou pra dar pro filho treinar? Aquele que vc achou numa garagem no Rio de Janeiro?
Seguindo a lógica dos minis, se o carro nao fosse “reexportado”, ou tivesse os impostos não pagos, ou o cacete que o seja, o destino de um carro HISTÓRICO da elite do automobilismo mundial teria o mesmo destino.
De doer o saco um filme desses… Não consegui assistir até o final.
Essa é a marca da gestão Pinteiro nessa CBA de araque: a permissão da destruição de carros e autódromos.
Parem o Brasil que eu quero mudar de mundo.
Entendo que, caso um F1 seja importado com a finalidade de permanecer no país, deverão serão pagos todos os impostos sim. Caso contrário, não será liberado pela Aduana.
No caso em questão (temmporária), entendo que um valioso carro de F1 não seria destruído: seria ou reexportado, ou cobrados/pagos todos os impostos, o que ocorreria caso os Minis são tivessem sido destruídos.
Abraço.
As imagens chocantes da destruição dos mini challenge são o resultado e a conclusão de que o nosso automobilismo em geral virou um exemplo de desorganização por parte da cba que não se pronunciou sobre o caso e nem se quer publicou uma nota falando sobre o acontecido,para ser mais claro e direto ao ponto de vista do que eu vejo,o automobilismo brasileiro se tornou um lixo com essa administração que se diz e se chama cba e que tem um presidente que é manipulado como se fosse um boneco de ventriluco que não sabe de nada do que está acontecendo diante dos olhos dele sem se importar com nada ao redor dele,este homem chamado cleyton pinteiro vai ser reeleito novamente no dia 18/01/2013,para mim,este boneco de fantoche que está ai,vai mais uma vez assumir a presidencia da cba e ninguém vai se candidatar ao cargo da cba porque o orgão da cba virou uma banana de dinamite que está prestes a explodir e quem vai se o primeiro a abandonar o barco quando explodir é o sr. cleyton pinteiro e sua corja de quadrilha incluindo sr.nestor valduga que pegou dinheiro de meio mundo e sumiu do mapa e que no meio da comunidade automobilistica ninguem quer ver o valduga nem pintado de ouro e algumas pessoas gostariam de reencontrar o sr.nestor valduga para cobrar o que ele deve para meio mundo do automobilismo,o nosso querido automobilismo virou para se dizer a verdade “um lixo que ninguem gostaria de assumir diante de muitos escandalos,falcatruas,desvio de dinheiro,lavagem de dinheiro e não os esclarecimentos de prestações de contas e fatos que deveriam ser esclarecidos sobre o caso dos mini challenge”.
E o mundo que já está cheio de lixo, mais cheio de lixo se faz.
A lei precisa ser revista. E claro que passa por imposto de importacao ridiculomde alto pq nao temos uma industria em nivel de competicao ainda. Eu acho que temos. O que rola e lobby de protecao.
Amigo Flavio,
Totalmente hipócrita a análise do Sr. Zeca Giaffone, sempre se faz de “desentendido” e é o responsável pela importação e pelo “GANHO” ($$$) sobre a utilização destes carros.
Cada carro gerou pelo menos R$ 200 mil por ano (custo anual de um campeonato que um piloto pagava) e nos 3 anos pelo menos R$ 600 mil, e não tem dinheiro para manter os carros no Brasil?
Isso que não vamos falar sobre as “cadeiras elétricas” da Estoque que ele também fez…
Só quer saber de grana, além de abrir e fechar campeonatos…
Este é um dos coronéis do automobilismo brasileiro…
Abraços,
Marcelo
Marcelo,
você precisa analisar melhor seus dados. Não se esqueça que em cima dos R$200 mil existem despesas com a manutenção dos carros, então não é bem assim que as coisas acontecem. E outra, com a categoria fora do evento da Vicar, o que sobraria para ela? Virar um regional? Quem iria pagar para correr num Mini por R$100 mil se as categorias regionais quem corre é só amador.
Além do mais, a JL não é uma empresa de caridade, se não dá lucro, tem mais é que fechar a categoria.
Grande Marcos,
Estou falando genericamente, pois os custos são mais altos…
Mas a questão é exatamente essa – será que é tão caro nacionalizar um carro desses?
Um piloto pagava pelo menos R$ 200 mil de “aluguel” por temporada, devendo devolver o carro no final do ano.
Acredito que você deve saber – quando o piloto fazia uma m… na pista, o custo do conserto é por conta dele (daí os patrocinadores etc.) e além disso a JL ou a Vicar (quem tinha a “posse” dos carros ou do campeonato) tinha um seguro em caso de PT.
Duvido, volto a dizer, duvido, que um carro deste custou R$ 100 mil para a JL, pelo lote inicial que veio (acho que 30 carros), houve um abatimento com certeza…
Confesso que não sei quanto de imposto ficaria retido etc, mas tenho certeza que tem muita gente que compraria esses carros, tem muito piloto não profissional que compraria para correr em campeonatos estaduais etc.. veja os carros que correm em Interlagos no Paulista e vejam as categorias…
Enfim, é o que mencionei no outro post do Flavinho, isto tinha que ter sido negociado na partida, o fato de virar sucata, esportivamente falando, não foi a melhor solução.
Abraços,
Marcelo
Marcos, concordo que a JL não é empresa de caridade mas é muito cômodo para uma empresa destuir algo que gerou uma grande receita para eles.
Neste mundo de “coronéis”, Zeca jamais iria entrar para perder…
Marcelo,
o grande problema nisso tudo é que a BMW não tinha mais interesse no campeonato. Ela não tendo mais interesse, nacionalizar os carros para virar regional não valeria a pena, pois sem a ajuda da BMW, teriam que correr atrás de patrocínio para bancar o campeonato nacional, e sendo um campeonato sem TV, quem teria coragem de patrociná-lo? Ou seja, um campeonato com destino certo, destruição total dos carros.
Grande Marcos,
Concordo contigo, a BMW não teve interesse nenhum, tanto é que a importação foi feita através da JL.
A BMW queria saber era dos camarotes e convites VIPS em cada corrida…
Conforme mencionei, isso tinha que ser negociado no início, pois a destruição foi muito banal…
Abraços,
Desta geração de políticos não se pode esperar nada de produtivo, daqui 30 ou 40 anos quando as atuais crianças estiverem governando talvez venhamos a ter propostas úteis…
O problema é que, como eles devem ter sido importados em regime de admissão temporária, vieram sem custo de venda e pagaram impostos proporcionais ao período em que ficaram no País.
Existe o recurso de você realizar uma nacionalização de admissão temporária, mas teria-se que realizar a aquisição “de facto” do bem junto ao exportador e o pagamento integral do imposto devido.
Se o custo para tanto fica proibitivo, então não há muito o que fazer.
E eu andando de ônibus. Como diria o narrador: É, amigo…
E o governo – em qualquer nível – faz algo que preste?
Seus funcionários – principalmente os de nível decisório – se dão ao trabalho de pensar?
E quando pensam – saia de perto, o fedor é grande – só sai m…
É muito fácil botar qualquer porcaria no papel, escrever “Cumpra-se” e assinar!
Dá nisso…
Em outra época, eu teria sido anarquista.
Desperdício lamentável. Se houvesse vontade por parte dos órgãos governamentais responsáveis, os veículos poderiam ser leiloados. Se vendessem, mesmo que barato, uma meia dúzia destes Minis, poderia financiar uma ambulância, quem sabe.
Imagine se, em vez de carros de corrida, fosse um quadro do Van Gogh que tivesse sido importado temporariamente para um evento cultural??? Seria rasgado se não conseguido vender no exterior?????? LEI ABSURDA…
Essa lei ridicula é o que te permite ver a F1 todos os anos em interlagos (ou você acha que a FOM e DHL não usufruem dos beneficios fiscais?), seja pela tv ou ao vivo. Assim como em outros paises.
O que tem que se discutido aqui, e não só aqui, são as tributações e taxas envolvidas na operacionalização do comercio internacional no Brasil. Mas, dito isso, a JL sabia onde estava se metendo e mesmo assim trouxe os carros, todavia, infelizmente, não tiveram balha na agulha para manter os equipamentos no mercado.
Errata: onde le-se ridicula, seria na verdade absurda, entre aspas.
Ninguém destroi carro de F-1 depois da corrida.
Sim, isso ocorre pois a FOM tem bala na agulha para pagar os custos de exportação dos carros.
Pelo que diz o Giaffone, os carros seriam reexportados, havia um grupo de alemães interessados, mas acabou não dando certo.
Não me surpreende, dados os motivos que o Giaffone mencionou na matéria. Mas vale ressaltar a viã da história foi mesmo a carga tributária/taxas opeacionais, e não exatamente a lei da importação temporaria – é uma lei muito benefica, mesmo/até para o automobilismo, quando bem utilizada. O que não foi o caso desta vez.
Mas creio que a lei poderia ser ajustada, de modo a permitir que os carros pudessem ser adquiridos definitivamente no Brasil, desde que o comprador se comprometesse em pagar os devidos impostos.
Típica facilidade brasileira….
Isso é exatamente o que a lei diz. Bastava pagar os impostos devidos e os carros ficariam aqui. Provavelmente ninguém quis pagar.
Ver esses Minis em Nürburgring ia ser da hora.
Caso que ocorreu com a Porsche, quando foram importar os novos modelos 911, os antigos foram vendidos para o México, se não me engano.
Quando me referi a “lei absurda” não me referi a permissão de importar temporariamente, mas sim a de determinar a destruicão do bem importado temporariamente sem um destino mais nobre… penso que esses carros poderiam ter sido doados para o Sesi, por exemplo, para formar mecanicos de competição…
Leis, mais uma vez leis questionáveis nesse país.
E mais uma vez me pergunto: por que diabos essa CBA, ou melhor, alguém com bagos não cria uma lei (ou inicia um movimento, sei lá) pra conseguir criar uma lei que isente de impostos (como você mesmo falou, Flavio) esses veículos utilizados em competições???
Ou então dar incentivos a montadoras que entram oficialmente em competições automobilísticas?
Uns anos atrás ouvi que na Argentina existia uma lei semelhante a isso. E era graças a ela que existiam dezenas de Subaru Impreza e Mitsubishi Lancer competindo pelos Rallys sulamericanos pilotados por argentinos.
Sei lá. Quem quer, faz. Mas aqui no brazil, poucos querem. ao que parece.
Abraços!!!
Em Brasilia tem sim muita gente pra pensar…e pensam, muito…..NELES!
verdade..
Deveriamos fazer a mesma coisa com os politicos desse país! Acabou o mandato, distrói!
boa…