ELEIÇÕES 2010 – APURAÇÃO (32)

SÃO PAULO (lógica) – Na categoria “Esquisitos”, ganhou o mais bonito. Aos resultados:

TOTAL DE VOTOS COMPUTADOS: 205
1) Citroën “sapão” DS, 92 (44,9%)
2) Fiat Multipla, 76 (37,1%)
3) Tatra 603, 27 (13,2%)
4) Nulos, 10 (4,8%)


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ELEIÇÕES 2010 – APURAÇÃO (31)

SÃO PAULO (barbada) – A Gabriel Araújo’s Inc. é mesmo uma grande empresa de apuração. Vamos fechar a bagaça em poucos dias. Agora, uma das eleições mais previsíveis: os Esporte-protótipos mais lindos do mundo. Deu a lógica:

TOTAL DE VOTOS COMPUTADOS: 296
1) Porsche Gulf, 220 (74,3%)
2) Sauber-Mercedes, 30 (10,1%)
3) Jaguar “Silk Cut”, 28 (9,5%)
4) Nulos, 18 (6,1%)

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ÁLBUM (SOBRE RODAS) DE FAMÍLIA

SÃO PAULO (bom gosto) – O brother Marcelo Di Lallo mandou, e a foto foi capturada na página do famoso comentarista no facebool. Alguém aí sabe quem é? Sensacional!

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MALZONI NA TELONA

SÃO PAULO (andava, o bichinho) – Preciosidade encontrada pelos meus amigos vemagueiros: as cenas completas de uma perseguição entre um GT Malzoni e um Fiat no filme “A espiã que entrou em fria”, de 1966. O Roberto Joaquim foi quem editou e colocou no VocêTubo. São oito pequenos vídeos, o primeiro deles esse aí em cima. Se você deixar rolando, eles vão sendo exibidos na sequência. Vale, inclusive, para ver como era o Rio nos anos 60.

O Norman Casari, segundo consta, foi consultor técnico da fita. Aparece até nos créditos. E o Malzoni era dele. Muito possivelmente, o #96 original que ele colocou nas pistas.

Para quem não sabe quem é o Norman, é só colocar “Carcará Norman Casari DKW” no Google. Ou aqui mesmo no sistema de busca do blog.

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ENIGMA DO DIA

Enviada pelo Denisson De Angelis. Essa está difícil. Mandem o serviço completo: quem, quando, onde, o quê, por quê, como etc, etc e etc.

ATUALIZANDO…

OK, já disseram que é o Wilsinho na Argentina. Mas o que eu quero de vocês é: por que esse capacete diferente? E qual é a história dele correndo de Lotus? É F-1? É F-2? Vamos, pesquisem!

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NINE-ELEVEN (2)

SÃO PAULO – Os ataques de 11 de setembro aconteceram numa terça-feira. Na quarta, embarquei para Milão para cobrir o GP da Itália em Monza. Claro que o clima era de comoção e tal. A Ferrari correu sem inscrições de patrocinadores e com o bico preto em sinal de luto. Depois da prova, Schumacher contou a um amigo que não iria ao pódio de jeito nenhum naquele fim de semana. Terminou em quarto.

No dia 14, sexta, escrevi a coluna abaixo. Devo ter voltado ao assunto alguns dias depois, porque a corrida seguinte era nos EUA. E, lá, dá para imaginar como estava o ambiente. De novo, não é nenhuma pensata, nada de muito profundo. É apenas um breve registro de como a F-1 encarou aqueles dias estranhos e trágicos.

SILÊNCIO INÚTIL

Daqui a alguns anos, até o fim de nossas vidas, todos teremos alguma história para contar sobre o 11 de setembro de 2001. Aqueles que têm amigos nos EUA, aqueles que acompanharam tudo pela TV ao vivo sem acreditar no que viam, aqueles que doaram sangue para as vítimas, os que mandaram dinheiro pela internet, os que participaram das correntes para a localização de pessoas desaparecidas em Nova York ou Washington.

Nos EUA, como primeira determinação a uma população desorientada e assustada, o presidente mandou todo mundo ir rezar na sexta-feira. Politicamente corretíssimo, conclamou seu povo a se dirigir a igrejas, sinagogas e mesquitas. O que significa que, daqui a alguns anos, quase todas as pessoas nos EUA poderão acrescentar a seus currículos “rezei na igreja presbiteriana tal três dias depois da explosão do World Trade Center”, ao lado de “fiz quatro home-runs nas quartas-de-final da liga amadora de beisebol de Nebraska”. Americanos gostam dessas coisas, se sentem participantes e ativos e importantes ao registrar para a posteridade qualquer porcaria sem importância que tenham feito na vida.

Exceto pela vigília televisiva de terça-feira, terei pouco a contar aos que por ventura estiverem dispostos a me ouvir um dia. Minha participação global nos episódios desta semana limitou-se a respeitar um minuto de silêncio ontem em Monza, e quase não consegui. Quando faltavam 20 segundos para o meio-dia, estava fazendo um boletim ao vivo para a rádio que por muito pouco não maculou o momento. Seria um pária se o fizesse, a julgar pelos olhares que me foram dirigidos por colegas estrangeiros.

Ter respeitado um minuto de silêncio em Monza não chega a ser nenhuma façanha. Percebi, sim, o peso desse silêncio no autódromo, sítio normalmente muito barulhento. Notei algumas expressões de verdadeira consternação, como procurei, igualmente, compreender e enxergar alguma sinceridade na decisão da Ferrari de pintar o bico de seus carros de preto e eliminar de suas máquinas as inscrições de patrocinadores, deixando apenas o vermelho visível. Mas foi só. Nenhuma emoção arrebatadora tomou conta de mim, um insensível.

Numa metáfora besta, eu poderia aqui dizer que esse vermelho é o vermelho do sangue que os EUA ocultam do mundo, negando-se a mostrar e a contar seus mortos. Não sei se é proposital, censura ou auto-censura, talvez uma forma de não chocar ainda mais um país de gente puritana em sua maioria, que ainda vive sob uma certa aura de inocência, inocência que já acabou faz tempo. Mas resisto à tentação de ligar o vermelho de um carro ao sangue das vítimas.Em português muito claro, seria uma babaquice sem tamanho.

Pensei em “Silêncio dos inocentes” como título para esta coluna, outra analogia boba, para aproveitar o nome de um filme. Seríamos todos nós, os que mantiveram silêncio por um minuto nesta tarde de sexta-feira na Europa, os inocentes a quem terroristas sanguinários atacaram e mutilaram. Mas, por mais que me esforce, não consigo me sentir inocente em momento algum.

A culpa está estampada no rosto de cada ser humano deste planeta, exceto no das crianças que não têm a menor idéia da roubada em que se meteram ao nascer. Olho no espelho e enxergo mais um culpado. Meu minuto de silêncio em Monza não serviu para coisa nenhuma.

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NINE-ELEVEN (1)

SÃO PAULO – Esta semana fui procurar o que tinha escrito depois dos atentados de 11 de setembro. Desapareceu dos arquivos internéticos, mas encontrei o texto original.

Não creio que escreveria algo muito diferente hoje. Talvez sim. Certamente melhor. Essa história das baratas, sei lá. No calor dos fatos, nem sempre a gente consegue ser muito preciso. Basta ver que matei mais de 20 mil no texto, porque quando vi aquela merda toda desabando imaginei que era isso que tinha de gente ali, 20 mil, talvez mais. Foram menos de 3 mil.

Bem, não é nenhum tratado, é apenas um texto. Na época não existiam as redes sociais, as coisas não se amplificavam como hoje. Talvez não tenha sido lido por muita gente. Pingo aqui como exemplo de arqueologia da web, apenas, sem a menor pretensão de levar ninguém a refletir sobre nada. Nem sobre baratas.

O PLANETA DAS BARATAS

Sou um interessado observador de baratas. Elas são nojentas, asquerosas e purulentas, delas chego a ter medo, mas admiro sua agilidade e destemor diante de adversários tão hostis e bem maiores. Dizem que no dia em que o planeta se dizimar de vez numa nuvem radiativa, só vão sobrar as baratas.

Talvez seja melhor. Não há notícias, no mundo das baratas, de semelhantes se trucidarem por nada. Talvez porque elas não tenham nada na cabeça, não sei sequer se têm cabeça. Baratas não se matam. São uma espécie bem-sucedida, como os pernilongos, as lacraias e as mocréias, que vivem em paz sem maiores sobressaltos.

Os animais, quando se matam, o fazem por causas bastante razoáveis. Ou para comer, ou para se defender. Eles não odeiam os outros animais. São indiferentes aos sentimentos das moscas, das pulgas ou dos gnus. Têm seus instintos, suas próprias leis, e vão levando a vida através dos séculos.

O homem, não. É um fracasso como espécie animal. É capaz das maiores façanhas tecnológicas, de ir à lua e clonar gente, mas incapaz de estabelecer regras de convivência que deveriam fazer parte de algum código genético interno, como o das baratas, das lacraias e das mocréias. O homem fabrica armas que têm como único objetivo matar outros homens. E transforma suas criações mais formidáveis, como aviões, em mísseis recheados de gente muito mais eficientes que ogivas nucleares.

A estupidez, e não a criatividade ou a inteligência, é a característica mais marcante da nossa espécie, é pela estupidez que seremos lembrados pelas baratas daqui a alguns milhões de anos. E o 11 de setembro de 2001 será emblemático, o dia em que o homem a exerceu com esplendor.

Eu e as baratas passamos o dia anteontem colados na TV, vendo nossa estupidez transformada em espetáculo de mídia. Nada mais formidável, cardápio para todos os gostos. Para aqueles que defendem o troco imediato, com a mesma violência e insanidade, e para os que acreditam que, finalmente, a arrogância do poder econômico e político recebeu sua lição, sentiu na pele o que é ter medo, o mesmo medo disseminado pela força ao longo dos anos.

Aqueles que admiram a superioridade imposta por nossos vizinhos do norte ao resto da humanidade no último século, que se sentem incomodados pelas nações que não tiveram a competência de construir suas disneylândias e não jogam basquete direito, estão radiantes. É a hora de provar de uma vez por todas quem manda no galinheiro.

Estes devem ter adorado a figura patética do presidente caubói garantindo a vingança com discurso hollywoodiano, “não se enganem, já vencemos outros inimigos antes, vamos vencer de novo”, um Forrest Gump mal-acabado defendendo ideais de liberdade, democracia e justiça nos quais só quem nunca esteve nos EUA pode acreditar.

(Basta meia hora em território americano para perceber a falácia dos tais ideais. Que liberdade existe num país vigiado por câmeras e satélites, onde jogar um chiclete na rua é motivo para ser detido pela SWAT? Que democracia é essa que referenda uma eleição fraudulenta e coloca na presidência um sujeito que teve menos votos que o derrotado? Que justiça é essa que faz com que esse país se ache no direito de interferir nos destinos de todos os outros exportando guerras e miséria?)

Os EUA apanharam. Não sabem de quem, mas talvez saibam por quê. E, se não sabem, era hora de alguém se dirigir ao seu povo e admitir que se meia-dúzia de doidos foram capazes das atrocidades do 11 de setembro, é porque muito mal esse país andou fazendo a outros povos por aí para ser tão odiado. Infelizmente, o caubói não é esse alguém. Sob a sombra e o cheiro fétido de 20 mil cadáveres, o caubói estava mais preocupado, horas depois dos atentados, em garantir aos seus cidadãos que “a economia americana está aberta aos negócios como sempre”.

Eu e as baratas nos espantamos com essa declaração. Aliás, nos espantamos também com palestinos festejando a morte de milhares de inocentes, em Beirute e Jerusalém. Ouvi alguém dizer que o que aconteceu ontem mostra que o mundo precisa de deus no coração. Discordamos, eu e as baratas. Foi o excesso de deus, assim mesmo, em minúscula, que levou as Cruzadas a dizimarem inimigos que acreditavam em outro tipo de deus, na Idade Média. Foi o excesso de deus no coração que conduziu os judeus na expulsão dos palestinos de seu território depois da Segunda Guerra. É o excesso de deus no coração que faz os árabes explodirem lanchonetes, shoppings, pizzarias, aviões e prédios pelo mundo afora.

O que há, e nisso eu e as baratas concordamos, é um excesso de deuses nos corações dos homens. Um deles, citado pelo caubói, é o mercado, a economia, o papel verde que move as engrenagens do planeta, e que uma barata amiga confessou ter roído um dia, de um maço escondido sob o assoalho, sem saber do que se tratava — não apreciou o paladar. Em nome de deus, ou de Deus, ou das várias modalidades de deuses, matamos, explodimos, arrebentamos, crucificamos, bombardeamos, torturamos e acompanhamos tudo pela TV como se fosse um grande espetáculo, e nisso concordamos de novo, eu e as baratas, somos muito bons.

Não há guerra boa ou paz ruim, escreveu Benjamin Franklin, curiosamente num 11 de setembro. As baratas discordam, a próxima guerra será muito boa porque sobreviveremos, me disse uma.

As baratas são bem melhores do que nós.

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ITÁLICAS (5)

SÃO PAULO (tô com fome/quero leite) – Bruno Senna fez seus primeiros pontos na segunda corrida pela Renault. Entra nas estatísticas da categoria, tira um pequeno peso dos ombros, e vai em frente.

Não escutei a transmissão global e não sei direito como foi tratado o resultado. Imagino que na ultrapassagem sobre Buemi a sete voltas do final o Galvão deve ter se esgoelado. Não deve ter dito que Buemi estava de pneus duros, nem que tinha largado nove posições atrás. Nem que apesar de todo o quiproquó da largada, Bruno fechou a primeira volta à frente do suíço e portanto era obrigação chegar à frente, também.

Digo isso não para desmerecer o resultado. Mas apenas para relativizá-lo. E se tem alguém que sabe que não foi nada demais, certamente é o próprio Bruno. Esse rapaz, felizmente, foge da carapuça que tentam enfiar em seu capacete mais do que o capeta do crucifixo. Aliás, poderia mudar o capacete. Porque se não o fizer, vai ser a vida inteira dessa papagaiada do capacete amarelo nas nossas manhãs de domingo.

Bruno tinha uma estratégia interessante: largar de pneus médios, não enrolar muito para parar a primeira vez e fazer a maior parte da corrida com pneus macios mais novos que os de seus adversários, porque optou por não fazer tempo no Q3.

Mas a largada mudou seus planos. Houve o strike orgulhosamente oferecido por Liuzzi que por pouco não o pegou. Acertou Petrov e Rosberg. Na confusão, Bruno caiu para 15º na primeira volta. Oh, chegou em nono, que corrida de recuperação! Menos. Três dos 14 à sua frente eram café-com-leite: Kovalainen, Trulli e Glock. E dois dos eliminados na batida eram pilotos que estavam à sua frente no grid. A situação não era tão ruim assim.

Bruno parou com o safety car e já mandou os pneus duros para o inferno. A partir daí poderia se dar muito bem, não fosse um detalhe: mais uma parada não seria suficiente, porque a primeira troca foi muito precoce. Precisaria de duas, e no fim das contas foi o único a fazer três pit stops na corrida.

Na volta do primeiro pit stop, apareceu em 18º, na frente do moribundo Barrichello e de Ricciardo. Oh, que recuperação! Menos, de novo. Três dos 17 que estavam à sua frente eram os nanicos Kovalainen, Trulli e Glock, de novo. E mais quatro abandonaram, ao fim e ao cabo: Kobayashi, Sutil, Pérez e Webber. 18 – 7 = 11. Senninha chegou em nono.

Portanto, nada demais.

Mas, igualmente, nada de menos. Bruno não podia correr o risco de se envolver num acidente na largada, como em Spa. Conseguiu evitar a grande maçaroca de Liuzzi & cia. e, prudentemente, fez sua corrida com paciência e parcimônia. Pontuar era importante. Para ele e para o time. Para ele, sobretudo, para mostrar que tem cabeça para buscar o resultado possível quando a situação não é ideal. E despencar lá para o fundão logo de cara não é uma situação ideal nunca.

Não dá para dizer que foi um desempenho excepcional. Mas esteve longe de ser ruim. Normal, eu diria, com alguns pontos favoráveis. Um deles, por exemplo, ter feito a quarta melhor volta da prova. OK, estava de pneus macios quando todo mundo estava de duros a duas voltas do final, mas é legal, estava acelerando o tempo todo, porque Di Resta estava pertinho na frente, poderia dar uma escapadinha, acontecer alguma coisa, era preciso estar no lugar certo para aproveitar qualquer oportunidade.

Bruno é um bom piloto, vai crescer muito até o fim do ano, já fez Galvão berrar, agora pode cuidar daquilo que realmente interessa: aprender o máximo que puder, manter-se afastado da inevitável onda verde-amarela-com-muito-orgulho-com-muito-amor e cuidar da sua carreira.

Não é fácil, considerando o entorno. Bruno merece todo o respeito por saber lidar com serenidade com algo que, no fim das contas, não é responsabilidade sua. E que, justiça seja feita, ele nunca alimentou.

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ITÁLICAS (4)

SÃO PAULO (passeio) – Cheia de números, essa corrida. Vamos a eles, para não esquecer nada.

Vettel chegou à oitava vitória no ano, 18ª na carreira. Empatou com o Raikkonen.

Alonso chegou ao 70º pódio e a Ferrari acumula 650. El Fodón agora tem 1.001 pontos na F-1 e só perde para Schumacher, 1.493. São os dois milionários da categoria. Mas essa estatística de pontos perdeu peso e importância por conta das mudanças de regulamento. Hoje os caras dão 25 pontos para o vencedor. Em priscas eras, eram 9 ou 10. Fica só a curiosidade.

Bruno Senna tornou-se o 318º a pontuar na história. Sabe falar 318º por extenso? “Trezêntino-e-dezôitimo”.

Vettel abriu 112 pontos para o novo vice-líder, Alonsito. Isso significa que ele pode fechar a disputa matematicamente em Cingapura. Basta sair de lá 125 pontos à frente do segundo colocado. Não é tão fácil, considerando que todos seus perseguidores (eufemismo desnecessário) têm pontuado com frequência.

A coisa se resolve no Japão, na opinião deste humilde blogueiro. E que seja assim. Pelo menos é um palco apropriado.

E mais algo significativo, notado por um blogueiro: os cinco primeiros colocados na prova foram os cinco campeões mundiais em atividade. A eles: Vettel (2010), Button (2009), Alonso (2005/2006), Hamilton (2008) e Schumacher (1994/1995/2000/2001/2002/2003/2004).

Falemos deste GP mônzico, agora. Se tivesse de eleger dois nomes, o primeiro seria Alguersuari. Afinal, o cabra largou em 18º (“dezôitimo”) e chegou em sétimo. Muito bem. E o outro seria Schumacher. Que ficou em quinto, mas fez uma baita largada e ofereceu ao público os melhores momentos da corrida, nas duas brigas de dezenas de voltas com Hamilton, com direito a ser passado e passar de novo, um show de pilotagem e sangue-frio. Acabou sendo superado, mas mostrou, de novo, que é tão competitivo quanto qualquer fedelho com quem vem disputando posições. Aliás, ele passou quatro na largada. Segundo a Mercedes, Schumacher ganhou 35 posições em primeiras voltas neste ano. Vai ser uma crueldade do destino se Michael não levar um trofeuzinho para casa neste ano.

Vettel dominou praticamente de ponta a ponta. Há pouco a dizer sobre a prova do rapaz. Na largada Alonso saiu não se sabe bem de onde e assumiu a liderança, mas logo que saiu o safety-car acionado pelo rebosteio de Liuzzi, Tiãozinho foi para cima, fez uma linda ultrapassagem e desapareceu. Só foi visto de novo chorando no pódio. Ficou emocionado porque foi lá que tudo começou em remotas épocas (2008; moleque desgraçado), primeira vitória, e tal. É um monstrinho, esse moço.

Alonso fez, de novo, mais do que podia. A Ferrari lhe deve um carro. Button foi preciso como sempre, segundo. Hamilton vai sonhar com um alemão idoso lhe dando bengaladas. Webber podia pedir para sair, porque a cagada que fez hoje foi daquelas imperdoáveis. Menos pelo toque em Massa, acontece, mas por bater sozinho quando ia para os boxes trocar o bico. Felipe cumpriu sua triste sina de 2011, de andar sozinho, chegar lá atrás, longe das glórias, dos sorrisos e dos tapinhas nas costas.

Foi boa, a corrida. Nada de excepcional, tirando os duelos Hamilton x Schumacher, mas boa.

E do Bruno Senna falo no próximo post. Preciso de um café.

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MACHOS

SÃO PAULO (afe) – Amanhã a corrida é na pista mais veloz da F-1. Média de velocidade da pole, hoje, superior a 250 km/h. Dá medo? Medo dava isso aí embaixo. Ah, a música é uma atração à parte.

Neste link aqui tem o mesmo filme, mas com qualidade melhor de som e áudio.

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