FOTO DO DIA

Enviada pelo Douglas Nascimento. Tem até um Ladinha ali embaixo… Alguém sabe onde é isso?

Comentar

PEUGEOT FORA

SÃO PAULO (we will survive) – Num brevíssimo comunicado emitido em Paris, a Peugeot informou que está caindo fora das corridas de longa duração. Campeã da International Le Mans Cup (ou WEC – World Endurance Championship, pela nomenclatura da FIA a partir de 2012) no ano passado com o belíssimo 908, os leõezinhos disseram que a crise está braba na Europa e que vão se concentrar em vender carros.

Enorme desfalque. Nós, das quatro argolas, que adoramos surrar os leõezinhos, sentiremos falta. E, falando bem sério, um golpe forte no campeonato que tem os carros mais belos do mundo. A Peugeot não vai correr nem as 24 Horas de Le Mans, pelo jeito. O Lucas di Grassi não estava negociando com eles? Estava. Postou no Twitter que seria um grande desafio e tal. Feia, a coisa.

Comentar

DICA DO DIA

O blogueiro Hendrix mandou o curta de Carlos Reichenbach, de 1967, sobre a Rua Augusta. O pintor é o genial Waldomiro de Deus (e tem gente que acha aquele Romero não sei das quantas talentoso…). Para além da arte de Waldomiro, do texto delicioso, tem também os carros espetaculares. Alguém reparou no Puma DKW logo no início?

Comentar

FOTO DO DIA

Catei no Twitter do Tony Kanaan. Este é o chassi DW12 (de Dan Wheldon) da Indy para este ano. Teste realizado em Sebring. Gostaram?

Comentar

ONE COMMENT

Deste ano a Chinelinha não passa…

Comentar

SORRY FOR RUBENS

SÃO PAULO (fecha uma, abrem outras) – Não tenho certeza se foi lá mesmo, mas acho que foi. Na Alemanha, em Hockenheim, já no final de julho. Ou talvez na Hungria, algumas semanas depois. Mas isso não é relevante. Falo de 1996. Numa dessas corridas, Eddie Jordan deu um solene pontapé na bunda de Barrichello, que pela primeira vez admitiu que poderia correr na Indy. Porque ninguém aparentava estar lá muito interessado nele — a salvação viria de Jackie Stewart, que estava montando sua equipe e não se arrependeu nem um pouco de contratar o brasileiro.

Eu sei que estourou a notícia de que ele não ficaria, porque Eddie precisava de grana e viu cifrões em Ralf Schumacher (e Fisichella), e já andava emburrado com Barrichello por várias razões. Aí um jornalista conhecido, suíço, chegou para mim com cara de enterro e disse: “I’m sorry for Rubens”.

Eu estava cagando for Rubens e perguntei a ele por que aquele drama todo, mas naquela época parece que todo mundo na F-1 morria de dó de nós, brasileiros, por conta do que havia acontecido com Senna, e tal. Nunca entendi direito tamanha compaixão. Claro que Imola foi uma merda federal, deixou todo mundo chateado, mas vamos devagar com o andor. Ninguém precisava ficar com pena de mim só porque eu tinha nascido no mesmo país que Ayrton. Que bobagem é essa?, segui. Se você está sorry for Rubens, vai lá e diz isso pra ele, e não pra mim.

O jornalista suíço, Luc, grande figura, sacou, finalmente, que essa mistureba de patriotismo barato com esporte não fazia muito sentido, ao menos nunca fez para mim. “Alguém já disse que o patriotismo é o último refúgio dos canalhas: quem não tem princípios morais costuma se enrolar em uma bandeira, e os bastardos sempre se reportam à pureza da sua raça. A identidade nacional é o último recurso dos deserdados.” Citação de um livro do Umberto Eco, não fui eu que escrevi isso. Mas concordo. E, também, não se trata, aqui, de discutir patriotismo. Foi só um pequeno “causo” para poder falar um pouco sobre a aposentadoria iminente de Barrichello a partir da oficialização, hoje, da contratação de Bruno Senna pela Williams.

Restou uma vaga na HRT que, creio, não deve interessar muito a Rubens. E assim, creio, encerra-se sem muita pompa ou circunstância a longa carreira de trezentos-e-cacetada GPs que teve lá alguns bons momentos, outros nem tanto, e sobre esses altos e baixos já escrevi bastante no passado e não estou a fim de repetir tudo. Aliás, na maioria das vezes, como neste texto aqui de 2009, defendi o rapaz da insana carga que sempre carregou por conta da imagem que a TV Globo fez questão de construir para ele — e ele, diga-se, incorporou alegremente, sem perceber que era dar um tiro no pé.

Rubens tuitou que estava fora da Williams pouco antes do anúncio oficial da equipe. E disse que seu futuro está aberto. Claro que o futuro está aberto. Sempre está. Ninguém sabe o que vai acontecer no próximo minuto. A questão é saber o que fazer com o futuro. É com isso que Barrichello tem de se preocupar agora. E, sinceramente, ninguém precisa ficar sorry for Rubens. O cara é jovem, tem grana, saúde, família, casa, comida e roupa lavada. Ninguém fica a vida toda correndo de F-1. E se a paixão pela velocidade é tamanha, está cheio de coisa legal para fazer ainda em carros de corrida pelo mundo afora.

Quanto ao Bruno, que tenha sorte e seja feliz. Vai ter uma temporada inteira numa equipe razoável, que já foi grande e hoje é nanica, mas tem nome e tradição. O time vai para o Mundial com dois pilotos pagantes (alguém aqui, agora, vai demonizar a grana do Eike Batista que permitiu a Senna-sobrinho virar titular?), motor Renault, sem Patrick Head, em meio a uma reestruturação, que busca reeditar um passado que já está bem distante. E vamos em frente.

****

Detalhezinho, para concluir. Vi agora há pouco na Sportv matéria em Grove com Bruno e tal. A Globo, pois, sabia pelo menos desde ontem (para dar tempo de deslocar repórter e cinegrafista) que o contrato estava assinado. Mas sonegou a informação de seu público. Não que vá mudar o preço do dólar. O mundo não ia parar ontem se a Globo desse a informação (como o Grande Prêmio deu) de que o primeiro-sobrinho tinha assinado. Mas é uma boa mostra de como as coisas funcionam. Camaradagem para garantir exclusividade. Mesmo que o preço seja não informar quando se tem a informação. O jornalismo acabou.

Comentar

PECADO

SÃO PAULO (pode voltar?) – Vários blogueiros estão me mandando links sobre o leilão dos carros do museu da SAAB. São cerca de 120 veículos que serão vendidos para ajudar a pagar as dívidas da fábrica, que pediu falência. E pode ser que as 100 últimas unidades que estão esperando a finalização da montagem sejam destruídas, porque não haverá uma empresa sucessora para dar garantia, assistência técnica, essas coisas.

Uma desgraça, uma tragédia sem tamanho. Como é que o governo da Suécia permite uma barbaridade dessas? Pombas, será que é tão caro pegar esse acervo e cuidar dele? É a história da indústria sueca que será pulverizada por aí. Um absurdo sem tamanho. Aqui tem as fotos de todos os carros. Esse aí embaixo é o primeiro de todos. Deveria estar no Louvre.

 

Comentar

E NOSSO GO_GOL_25, COMO FICA?

MONTEVIDÉU (é…) – A FASP, Federação de Automobilismo de São Paulo, adiou as 24 Horas de Interlagos, prova da qual participaríamos com o intrépido Gol #25 cujo layout já estava até decidido, sugerido pelos blogueiros (quando eu voltar ao Brasil vou publicar algumas das sugestões). Tínhamos arrumado alguns patrocinadores, parcerias, estava tudo no jeitinho. Mas a corrida dançou. “Adiar”, pelo que conheço desse mundinho, é quase a mesma coisa que “cancelar”.

O comunicado da FASP está aqui. Semana passada já tínhamos tocado no assunto: as novas taxas de aluguel de Interlagos praticamente inviabilizam o moribundo automobilismo paulista. Não tenho pena de ninguém nessa história. A Prefeitura e sua empresa SPTuris, de fato, baixaram uma nova tabela de preços que não faz o menor sentido. Típico de quem não entende nada de nada, não tem contato com a realidade, quer fazer tipo para campanha (ano eleitoral, não nos esqueçamos). São uns beócios funcionais, a começar do prefeito. Já quem cuida do automobilismo há anos tem como única atividade trabalhosa contar dinheiro fácil de inscrições e carteirinhas, sem nada fazer pelo esporte — promover, fomentar, estimular.

Eu quero que todos se arrebentem no primeiro penhasco. Essa iniquidade, uma hora, tem de acabar. Esse prefeito e seus asseclas precisam entender que o mundo real é bem diferente do que eles imaginam. Os sanguessugas do automobilismo, idem. Aliás, já falei sobre todos eles aqui. Não tenho muito a acrescentar.

Comentar

BRUNO E RUBENS

MONTEVIDÉU (pena que acaba) – Afirma Victor Martins em seu blog: Bruno Senna assinou hoje de manhã com a Williams, com a grana de Eike Batista (personagem da mais ridícula capa de revista de todos os tempos, a patética “Veja” desta semana), e será companheiro de Pastor Maldonado em 2012.

Eike, alguns dias atrás, já havia “confirmado” pelo Twitter que Bruno estava fechado. Mas sempre falta o chamego no papel, e o famoso anúncio oficial. Deverá ser feito em algumas horas.

Para Bruno, ótimo, claro. Finca de vez o pé na categoria, na qual começou claudicante em 2010 na Hispania, tendo retomado a trilha na Renault a partir de Spa. Começou bem, dois GPs convincentes, mas depois não fez nada. Agora, terá uma temporada inteira pela frente. E saber-se-á, afinal, do que é capaz.

O anúncio iminente encerra aparentemente a sólida carreira de Barrichello na F-1 depois de longos 19 anos, algumas vitórias, belas provas, regularidade nos resultados. Não sei como será a saída — se em silêncio, discretamente, ou com algum especial para o “Esporte Espetacular” com direito, claro, a lágrimas para que um pedaço possa ser usado no “Jornal Nacional”.

Digo “aparentemente” porque nunca se sabe. Alguém pode ter uma gripe forte e Rubens ser chamado para quebrar um galho e tal. Algo que, sinceramente, eu não recomendaria a ninguém. Depois de tanto tempo correndo, quando percebe-se que ninguém mais o quer seriamente, é hora de parar — independentemente do que ele próprio ache de suas condições de pilotar, que são tão aceitáveis quanto as da maioria que vai disputar o Mundial de 2012.

Comentar

ONE COMMENT

Deu vontade de novo de fazer uma proposta…

Comentar
1:08:10

VERSTAPPEN: NÃO É SÓ O CARRO (BEM, MERDINHAS #158)

Muita gente atribui o domínio de Verstappen desde 2022 apenas ao grande carro da Red Bull. É uma meia verdade -- ou menos que isso. Com o mesmo equipamento, seu companheiro Pérez não chega nem per...

1:06:01

MAX HUMILHA A CONCORRÊNCIA (F-GOMES, GP DA CHINA, DIA #3)

Max Verstappen venceu o GP da China de F-1 sem tomar conhecimento da concorrência. Foi sua primeira vitória em Xangai e, agora, ele já ganhou corridas em 26 pistas diferentes da categoria. O record...