MUGELLO

SÃO PAULO (vai pegar fogo) – Terminaram hoje os testes de Mugello e deu para tirar algumas conclusões. A Lotus, que fechou os três dias com o melhor tempo, de Grosjean, entra na briga por vitórias para valer na temporada europeia. Webber disse que o carro o impressionou. A Red Bull voltou mesmo, está forte, resolveu seus pequenos gremlins do começo do campeonato. A Ferrari não será aquela coisa patética das primeiras provas e deve começar a andar mais perto do pódio. Os caras trabalharam duro. Da McLaren dá para dizer pouca coisa, acho que errou ao escalar apenas pilotos reservas. A Mercedes deixou mais interrogações do que respostas no ar.

Ou seja, o campeonato seguirá abertíssimo, decidido em detalhes.

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GENIAL

SÃO PAULO (hoje tá enroscado) – A Audi criou um treco muito legal para que os fãs da marca mandem mensagens em tempo real para seus carros de corrida que podem ser vistas em fotos de longa exposição. E aí as fotos vão para uma página no Facebook. Acho que é isso. Se for algo diferente, me expliquem, porque estou sem tempo! Quem mandou foi meu amigo Rogério Gonçalves, que tem um quiosque de revelação de fotografias em 24 horas.

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COMPRAMOS

SÃO PAULO (vamos dominar o mundo) – Os detalhes do acordo são muito complexos e este não é um blog de economia & negócios. Então, resumindo, compramos a Renault, a Nissan e, quiçá, a torre Eiffel. Pelo menos foi o que entendi disso aqui. Vejam a alegria do presidente da Renault ao saber que vamos salvá-los da insolvência moral, tecnológica, financeira e esportiva.

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ONE COMMENT

Bonitões, esses carros do WEC. Tem Seis Horas de Spa neste fim de semana. O Divila mandou a foto do primeiro carro a ser vistoriado na Bélgica.

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TOTALMENTE A FAVOR

SÃO PAULO (mas vou gastar uma grana…) – Está rolando um movimento entre proprietários de VWs clássicos brasileiros para que a fábrica aqui faça o que se faz na Alemanha: a emissão de uma espécie de “certidão de nascimento” autêntica de cada carro. A VW tem todos os dados mas está regulando porque a máquina de microfilme não está funcionando.

Tenha dó. Se for isso mesmo, eu pago o conserto. E os donos dos carros querem comprar esses certificados, que serão muito úteis para restaurações e reformas. Eles contêm informações sobre data de fabricação, cor, interior, opcionais… Ninguém quer nada de graça.

E aí, VW? Que tal se mexer e começar a dar valor para sua história por aqui?

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FOTO DO DIA

Enviada pelo Paulo Tohmé, clicada em Lindoia no encontro de carros antigos do fim de semana. Não é demais?

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COISA MAIS LINDA

SÃO PAULO (na lista) – Olha que legal! O primeiro Voyage a receber placa preta no Brasil. É de Curitiba. Segue um resuminho do release que recebi:

Colecionar um modelo top de linha, esportivo ou raro cativa até o menor dos entusiastas por automóvel. Ter um modelo básico, que foi usado no dia a dia chama menos atenção, mas é este o foco da coleção do Camilo Fontana. Camilo, que é fotógrafo e comerciante de veículos, é conhecido em Curitiba por sua pequena coleção de Volkswagen da linha BX e pelas suas fotografias no site Curitiba Racing. Dois anos atrás Camilo comprou um Voyage LS 81/82 Verde Álamo, que agora é o primeiro Voyage com placas pretas do país. O veículo atingiu a pontuação de 99,5% de originalidade e 96,5% de conservação na vistoria, sendo que os descontos ficam apenas pela bateria que é selada – a original não – e desgastes do tempo. O Voyage, desde que foi adquirido, recebeu poucos ajustes, pois eram apenas alguns detalhes que precisavam ser corrigidos no carro. “Ele tem o motor 1.5, ainda com platinado. Tudo que faltava no carro estava em uma caixa, que foi entregue no dia da compra, pelo antigo proprietário. Foi restaurar as peças e montar!”

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MOTOLAND

SÃO PAULO (abaixo de zero) – O Mamute enviou o link sobre essa Suzuki GT550 transformada em “Cafe Racer” nos EUA. Por amor a Dios, como diz um amigo meu… Imaginem o dois tempos três cilindros berrando nesse negócio.

Aliás, o texto explica de onde vem a enigmática, para alguns, expressão “cafe racer”.

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PRIMEIRO DE MAIO

SÃO PAULO (ai jisuis) – É um verdadeiro pé no saco. Todo dia 1° de maio recebo algumas dezenas de e-mails intimidatórios. “E aí, não vai escrever nada do Senna?”.

Como se a cada 1° de maio, a partir de 1995, escrever sobre o Senna no aniversário de sua morte passasse a ser uma obrigação de quem porventura trabalha com automobilismo. Ou, ainda, de quem porventura estivesse em Imola naquele dia, como eu.

É claro que, 18 anos depois, o que tinha de falar e escrever já falei e escrevi, e estou-me tornando repetitivo, porque receio que já tenha me queixado disso antes, também — que nada mais tenho a dizer, nem a escrever, portanto não me encham.

Mas todo ano aparece alguma coisa sem pé nem cabeça para que os adoradores do martírio se deliciem. Agora é essa ilustração aí, que possivelmente é coisa velha, eu mesmo já tinha visto, mas que hoje chegou à minha caixa de e-mails em quantidade assustadora. “E se…?” geralmente é o que os remetentes colocam na janelinha de “assunto”, como a imaginar que eu vá abrir isso, dar um suspiro, parar tudo que estou fazendo, colocar o indicador e o polegar entre os olhos, abaixar a cabeça e passar alguns minutos em silêncio refletindo sobre esse “se”.

Oh, que puta sacada.

Poupem-me, fariseus. Negócio mais mórbido, isso sim. E se o quê? Se não tivesse morrido? Seria ótimo. Uma tragédia a menos para a conta. Punto, basta. “Ah, ele seria decacampeão mundial, Schumacher ia ver só, o Brasil se tornaria uma potência, nossos pecados estariam todos remidos, ele seria presidente da República, ou papa, talvez.” Ninguém me mandou mensagem nenhuma com esse teor, apenas fiz uma colagem. Elas chegaram avulsas, um pedaço em cada uma. Vão pingar aí nos comentários, também. Parece que o Reginaldo Leme fez um exercício desses na revista “Alfa” do mês passado, mas não vi. Não tenho ideia do quê escreveu. Depois leio. Tenho até medo. Não do Regi, mas do resultado. É muito delicado especular sobre essas coisas, ainda mais quando se trata de alguém como Senna, de quem, no Brasil, é proibido não simplesmente falar mal, afinal nem há tanta coisa má para falar, mas é terminantemente proibido não falar bem o tempo todo e não ser fã e não tê-lo como ídolo, exemplo, inspirador.

Mas se alguém quer ir além do que acho que seria o resultado da não-morte de Senna, OK, podemos ir. Ele poderia virar político, por exemplo, o que seria uma desgraça dadas suas posições expressas em vários momentos — conservador ao extremo, Ayrton era um admirador de Paulo Maluf, entre outros expoentes da época. Casaria com Adriane Galisteu? Pode ser, o que nos pouparia dos programas chatos que essa moça apresenta na TV. Teria filhos? Talvez, e coitados deles se resolvessem correr de carro. E a segurança na F-1? Talvez não melhorasse tanto quanto melhorou a partir de seu acidente — o último fatal na categoria, que jamais experimentou período tão longo sem morte de pilotos.

A canonização informal de Senna, se ele sobrevivesse, é dúvida para este que vos escreve. Quando alguém morre da maneira como ele morreu, e é considerado um herói nacional, embora fosse apenas um piloto de corrida, a tendência é mesmo virar santo. Vivo, não sei como seria. Talvez cometesse deslizes pessoais, se envolvesse em escândalos financeiros, fosse acusado de engravidar alguma menina numa aventura por aí, poderia ser pego numa blitz da Lei Seca, se embrenhar em aventuras noturnas com o Ronaldo Fenômeno, sonegar Imposto de Renda, ser amigo do Carlinhos Cachoeira, quem sabe o que poderia acontecer?

Não há mal nenhum em ter um ídolo, cultivar sua memória, exaltar seus feitos, se emocionar com eles. O que me irrita um pouco quando se fala em Ayrton Senna é essa mania de atribuir a ele a exclusividade das virtudes: um exemplo de superação, humilde, batalhador, não desistia nunca, perseverante, guerreiro, temente a Deus, bom filho, patriota e blablablá.

Sempre digo: era apenas um piloto de carros, dos melhores, diga-se, com suas qualidades e defeitos, como todos nós. Não foi um mártir, alguém que morreu na cruz para redimir nossos pecados. Mesmo sobre o da cruz há muitas controvérsias, portanto devagar com o andor que os santos, todos, são de barro.

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