A HORA DE CHECO

SÃO PAULO (é bom se preparar) – Diz a “Autosprint” que Sergio Pérez será escalado pela Ferrari para os testes de Mugello, no começo de maio — a sessão pré-temporada europeia acertada entre a FIA e as equipes. Alonso será escalado para os dois primeiros dias e, no terceiro, o mexicano divide o carro com Felipe Massa, ainda de acordo com a revista italiana.

Checo está em alta. No vído acima, que ele mesmo postou no Twitter, uma matéria feita pela TV alemã lembrando os tempos em que ele morava num restaurante no país, no comecinho da carreira.

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ACABOU

SÃO PAULO (tá difícil) – Com apenas duas temporadas disputadas e grids com média de dez carros por etapa, a F-Futuro acabou. Os organizadores do campeonato, que têm à frente Felipe Massa, anunciaram a extinção da categoria hoje.

É uma baita derrota, em todos os sentidos. Era a única categoria-escola do país, mas na prática nunca funcionou como tal, tão modesta foi a adesão dos pilotos. Derrota do automobilismo brasileiro, que se voltou totalmente para corridas de bolhas e supercarros, sem preocupação com a formação de pilotos. Derrota da CBA, que assiste a tudo passivamente. Derrota da família Massa, que talvez tenha superestimado a capacidade do kart de produzir gente interessada em correr de monopostos, e que talvez tenha criado uma categoria ainda cara para os padrões nacionais.

Derrota geral, porque o Brasil simplesmente não tem mais pilotos para as categorias de ponta do automobilismo mundial. Não que algum fosse sair da F-Futuro, que nunca emplacou. Mas eles precisam sair de algum canto. E não há mais canto algum.

Segundo os organizadores, o campeonato de Linea, agora Copa Fiat, continuará existindo. A abertura será em junho em Londrina. O que será feito dos carros da F-Futuro, não tenho a menor ideia.

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147 OU 1800?

SÃO PAULO (a conferir) – O Denisson Gervásio mandou a foto. Diz ele que esteve em São José dos Campos segunda-feira e fez uma visitinha ao museu Aeroespacial Brasileiro. “Sabe o que descobri? O primeiro carro a utilizar o álcool como combustível, ainda na fase de testes, foi um Dodge 1800 1976, o da foto! Pensava que havia sido o 147.” Álcool mesmo, porque me recuso a usar etanol. Frescura, esse negócio de etanol.

Eu também pensava que tinha sido um Fiat 147. Mas fica a curiosidade. E se alguém aqui participou dessa história, que conte tudo!

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PRO FUSCA

SÃO PAULO (bem legal) – Não sou muito de enfiar acessórios em carros antigos, mas dependendo do estilo do seu Fusca, esses instrumentos criados pela Cronomac podem ficar bem interessantes. Não tenho a menor ideia de quanto custam, mas curti. Têm estilo.

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2002-2012

SÃO PAULO (não é que deu saudade?) – Me desculpe quem mandou o vídeo, deixei aberto no computador para ver no fim do dia e não sei se veio por e-mail, Twitter ou pingou em algum comentário aí embaixo. Mas isso não tem tanta importância, se aparecer o brother que mandou, identifique-se!

São três vídeos, na verdade, e no total dá meia hora de um programa especial sobre a corrida de rua em Vitória na primeira temporada da F-Renault e da Copa Clio no Brasil. Eu comentei essa prova pela TV Bandeirantes, com narração de Luciano do Valle. Fiz quase toda a temporada, exceto as provas que batiam com a F-1.

Essa prova de rua foi um sucesso tremendo, com mais de 70 mil pessoas ao longo da pista. Teve muita pancada, também. Mas ninguém se machucou seriamente, que me lembre.

Os dois últimos vídeos são os melhores, com as corridas da Clio e da F-Renault. E é muito interessante dar uma passada de olhos na lista de pilotos que disputou aquela primeira temporada do Renault Speed Show, como se chamava a bagaça. O campeão foi Sergio Jimenez, que ficou com o título somando 144 pontos, contra 137 do vice Lucas di Grassi. Mas Jimenez não chegou a ganhar nenhuma corrida. Foram dez etapas, e duas em pistas de rua — a outra, em Florianópolis. Oito pilotos venceram provas. Lucas e Marcos Gomes foram os que ganharam duas vezes. Os demais: Igor Ciampi, André Prioste, Patrick Rocha, Lucas Schowambach (era um drama, para o Luciano, falar esse nome…), Allam Khodair e Renato Jader David.

Tinha gente boa naquele campeonato. Além dos citados, Gustavo Sondermann, Diego Freitas, Alan Hellmeister, Nelsinho Piquet (fez apenas uma prova, em Brasília, e ficou em terceiro), Daniel Serra, Fernando Rees, Julio Campos, Gustavo Foizer… Enfim, dos 28 que largaram em pelo menos uma etapa, dois chegaram à F-1: Nelsinho e Di Grassi. Não dá para reclamar. Se uma categoria de base consegue levar um ou dois pilotos à F-1 a cada três ou quatro anos, cumpre seu papel.

Na Clio, o campeão foi Luiz Carreira Jr., 10 pontos na frente de André Bragantini. Os grids eram fartos e os eventos, muito bem organizados. Com público. Tirando uma corrida ou outra (a primeira de Londrina, por exemplo, aconteceu no dia da final da Copa de 2002, entre Brasil e Alemanha), normalmente as arquibancadas estavam cheias, sem que fosse necessário distribuir milhares de convites a patrocinadores.

E querem saber? Foi a última coisa boa que se fez no automobilismo brasileiro, no conjunto da obra. Uma ótima categoria-escola de monopostos, atualizada com o que se tinha na Europa, e um belo campeonato de Turismo com carros de verdade populares, que as pessoas podiam comprar.

De lá para cá, corrida no Brasil virou evento corporativo, com carros caríssimos, zero de formação e eventos voltados para quem tem muito para gastar e pouco interesse no automobilismo como esporte. É hobby de gente rica e ótimo lugar para, hum, para dar um upgrade nas despesas das firmas, sabe como é? E do lado de fora, entre empadinhas e uisquinhos, faz-se um marketing de relacionamento aqui, calcula-se o valor agregado ali, bate-se um papinho sobre o share, a segmentação, o portfólio, trading, key account, planejamento diferenciado, migração de valor, essas coisas da Vila Olímpia.

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VAMOS GASTAR…

SÃO PAULO (não me controlo) – A DeAgostini está lançando uma coleção com 50 miniaturas de carros brasileiros. A lista está aqui. Não são baratos, mas como não resisto a essas coisas, já assinei. Isso é legal, dá para fazer uma assinatura pelo site, sem ter de esperar chegar nas bancas, porque nem sempre as bancas recebem as coleções inteiras, às vezes alguns modelos esgotam e a gente fica maluco.

A lista abaixo vai ficar uma tripa horrível no blog, mas como é prestação de serviço, vá lá. Alguns eu já tenho, fizeram parte daquela coleção do jornal “Extra” — como a Veraneio acima. Em negrito, destaquei aquelas que vou ficar esperando o carteiro na porta de casa, porque jamais imaginei que um dia seriam feitas miniaturas desses carros em larga escala.

E vocês, qual gostariam de ter? Indo além, para gerar discussão, mesmo: para uma lista representativa da indústria nacional, vocês acham que faltou algum, ou tem gente sobrando aí embaixo? Eu desconfio que tem o dedo do Fábio Steinbruch nessa escolha, que considerei bem criteriosa. Digo isso porque tem alguns carros que sei que ele ama de paixão. Agora, palpitem vocês.

Edição 1 – Chevrolet Opala SS 4100 (1976)
Edição 2 – Volkswagen Fusca (1961)
Edição 3 – Puma GTE Coupé (1973)
Edição 4 – Ford Maverick GT (1974)
Edição 5 – Volkswagen Karmann-Ghia (1961)
Edição 6 – Willys Rural (1968)
Edição 7 – DKW-Vemag Belcar (1965)
Edição 8 – Fiat 147 (1979)
Edição 9 – Chevrolet Chevette (1974)
Edição 10 – Volkswagen Kombi 1500 6 Portas (1962)
Edição 11 – Ford F100 Pick-Up (1978)
Edição 12 – Alfa Romeo FNM JK 2000 (1987)
Edição 13 – Willys Dauphine & Gordini Teimoso (1965)
Edição 14 – Volkswagen Gol BX (1984)
Edição 15 – Simca Vedette Chambord (1962)
Edição 16 – Ford Del Rey Ouro (1982)
Edição 17 – Volkswagen Brasília (1982)
Edição 18 – Dodge 1800 SE (1975)
Edição 19 – Chevrolet Veraneio (1968)
Edição 20 – Toyota Bandeirante (1968)
Edição 21 – Ford Corcel (1970)
Edição 22 – Chevrolet Diplomata 4.1S Caravan (1986)
Edição 23 – Fiat Uno (1983)
Edição 24 – Volkswagen Variant (1969)
Edição 25 – Ford Galaxie 500 (1967)
Edição 26 – Gurgel Xavante (1972)
Edição 27 – Volkswagen SP2 (1973)
Edição 28 – Simca Esplanada (1966)
Edição 29 – Bugre I (1970)
Edição 30 – Chevrolet 3100 Picape (1958)
Edição 31 – Volkswagen Passat (1975)
Edição 32 – Miura Sport (1977)
Edição 33 – Willys Interlagos (1963)
Edição 34 – Ford Belina II (1980)
Edição 35 – Volkswagen TL (1970)
Edição 36 – Alfa Romeo FNM 2300 (1975)
Edição 37 – Fiat Panorama (1980)
Edição 38 – Dodge Dart (1975)
Edição 39 – Volkswagen Kombi 1200 (1957)
Edição 40 – Brasinca 4200GT Uirapuru (1964)
Edição 41 – Willys Itamaraty (1967)
Edição 42 – Chevrolet Opala 2500 (1969)
Edição 43 – Volkswagen Parati (1983)
Edição 44 – Willys Aero Willys (1966)
Edição 45 – DKW-Vemag Vemaguet (1967)
Edição 46 – Malzoni GT (1964)
Edição 47 – Volkswagen 1600 (1968)
Edição 48 – Ford Corcel II (1980)
Edição 49 – Chevrolet Comodoro 151S (1977)
Edição 50 – Volkswagen Fusca (1985)

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BELO REGALO

SÃO PAULO (uau) – Esse aí eu ganhei do meu brother Marcelo Di Lallo, que por sua vez ganhou de um senhor na padaria que frequenta na Lapa, o Jair “Jabuca” Fernandes. E diz que o homem tem mais três! Um ingresso em excelente estado do primeiro GP do Brasil válido pelo Mundial de F-1, disputado em Interlagos no dia 11 de fevereiro de 1973. Mas foi o segundo GP por aqui, já que o de 1972 não contou pontos para o campeonato.

Custou Cr$ 10,00 o “ingresso geral”, com acesso pelo portão 4. Simplesmente bárbaro.

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EM DUAS RODAS

SÃO PAULO (deve ser difícil) – A Carmem Spínola mandou o vídeo com exibições da equipe de Euclides Pinheiro, primeiro de Simca, depois de Opala. Incrível a quantidade de gente que ia para as ruas ver essas coisas. Algum blogueiro lembra disso? São de 1965 e 1971.

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DUCAUDI

SÃO PAULO (dominaremos o mundo) – Por 860 milhões de euros, a Audi fechou a compra da Ducati. O negócio será anunciado oficialmente amanhã. Resta saber onde colocaremos as quatro argolinhas. Segue uma foto da minha como sugestão.

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A ARTE DE PROTESTAR

SÃO PAULO (nosso tempo) – Espetacular a matéria feita pelo Victor Martins com Carlos Latuff, cartunista do Rio cujo trabalho tem sido usado por manifestantes em todo o mundo árabe para ilustrar sua revolta contra monarquias e ditaduras que mandam na região. No Bahrein também, claro. Sua arte é vista em cartazes e muros de Manama nos protestos contra a corrida deste fim de semana.

A entrevista está aqui.

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