FOTO DO DIA

SÃO PAULO (ziriguidum) – O Divila mandou. Para mostrar que em 1976, sem a ditadura do regulamento, os engenheiros caprichavam mais no visual. Da esquerda para a direita, um March 761 (Peterson), um McLaren M23 (Hunt), uma Tyrrell P34 de seis rodas (Depailler) e uma Lotus 77 (Andretti). Essa corrida foi em Mosport. Final dramático, com Depailler perseguindo Hunt por dezenas de voltas até, nas últimas, um vazamento de gasolina encharcar seu cockpit. O francês chegou tonto, sem enxergar de um olho. Tem alguma coisa aqui, sobre essa prova.

Grande temporada, aquela de 1976. Grandes carros, aqueles. E aqui não vai nenhum sentimento de nostalgia. Eles eram bem mais bonitos, mesmo.

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MOTOLAND

SÃO PAULO (vai, Lusa!) – Inacreditável. O Irineu Desgualdo descobriu esta Suzuki GT550 com 1 km rodado. 1. Um. Hum. Uno. Cacilda. É o ano da minha, 1976. A grande moto dos anos 70, um DKW de duas rodas. Putz, putz, putz.

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COM DEGRAU

SÃO PAULO (pierrôs) – Circula na rede essa foto aí desde ontem. Foi tirada em Silverstone na breve “andada” que Schumacher deu com o carro da Mercedes para tomada de imagens promocionais e shakedown. Tem degrau.

Será que só a McLaren acertou?

Aqui tem um vídeo on-board de Rosberguinho no carro. Dá algumas pistas.

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CIAO, JARNO

SÃO PAULO (esquindô) – A história de que Petrov iria acabar ficando com a vaga de Trulli já rolava havia algum tempo. Faltava apenas alguém assinar o cheque. E hoje pela manhã a Caterham anunciou a saída do veterano italiano para a entrada do russo endinheirado. Não que Petrov seja milionário pessoalmente, um czar que vive em palácios nababescos. Ele tem patrocinadores de seu país, e como a Rússia vai fazer um GP muito em breve, não tem como ficar sem um piloto na categoria. É um mercado importante demais. Tem dedo de Bernie nesse negócio.

Petrov, desta forma, desaloja um decano que sai sem se despedir, assim como Bruno Senna desalojou outro, Barrichello. Com o mesmíssimo roteiro: grana para oferecer, juventude e potencial para descolar patrocínios superando experiência, bolso vazio e currículo sólido, mas não brilhante, que pode ser descrito como “já-deu-o-que-tinha-que-dar”, ou “sai-da-frente-que-atrás-vem-gente”, ou, ainda, “a-fila-anda-rapaz”.

A Itália ficará sem um piloto no grid depois de não sei quantas décadas, vou levantar esse dado. Jarno, 37 anos, era, a exemplo de Rubens, um cara bem visto e querido por todos na categoria. Disputou 252 GPs e venceu um, em Mônaco/2004 com a Renault — corrida em que Montoya e Schumacher se estranharam no Túnel, jogando a vitória no seu colo. Subiu ao pódio 11 vezes e em quase todas elas pode-se dizer que foram troféus marcantes. Com a Prost em Nürburgring em 1999, por exemplo, foi segundo numa corrida vencida por Herbert, com Barrichello em terceiro — ambos da Stewart; e sete pela Toyota, time que defendeu com dignidade por cinco anos, fazendo duas das quatro poles de sua carreira — a última no Bahrein, em 2009.

Minardi, Prost, Jordan, Renault e Toyota foram as equipes de Trulli até os japoneses deixarem a categoria, e sobrou para ele a estreante e incerta Lotus malaia de Tony Fernandes em 2010. Ele foi de mala e cuia, topou o a tarefa ingrata de ajudar a montar um time do zero, correu dois anos se arrastando lá atrás, chegou a andar nos testes de Jerez semana passada e agora está a pé. Sai com um discurso mui civilizado, dizendo que entende a posição da equipe, agradecendo a todo mundo, desejando sorte a quem fica.

E é assim que funciona esta F-1. Agora, em dias de crise na Europa, mais ainda. Talvez nunca a lista de pilotos ditos pagantes tenha sido tão extensa: Bruno, Maldonado, Petrov, Pérez, Grosjean, Karthikeyan, e certamente estou esquecendo de alguém, porque tem uma legião de reservas que também está pingando algum no caixa combalido das equipes menores. É a troca da guarda. As saídas de Trulli e Barrichello são um marco definitivo de uma mudança de gerações.

Curioso é que os velhinhos que restaram, Schumacher e De la Rosa, estão, por assim dizer, recomeçando suas carreiras. Mas são casos particulares. Quem podem ser estudados à luz das mudanças pelas quais passam os quarentões no século 21 — os que não têm medo algum de começar tudo de novo.

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DICA DO DIA

O Leandro Guimarães mandou. Esta página traz boa parte dos capacetes de 2012 na F-1. Faltam alguns, mas eu duvido que apareça algo melhor que o do Nico Hülkenberg.

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LADALAND

SÃO PAULO (de chorar) – Das mais belas imagens já publicadas neste blog. Foi o Juca Lodetti que mandou. “Em visita à região de San Pedro de Atacama, no começo do mês, vi um cena que não pude deixar de registrar. Aos pés dos vulcões Licancabur e Juriques, veja  este pobre carro a agonizar. Merece ele, em meio a uma natureza tão grandiosa e bela, um jazigo destes? Chama o guarda!”

Certamente cumpriu sua missão, o valente 2105.

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BB & OGX

SÃO PAULO (legal) – Encaminharam o rapaz. E muito bem. Felipe Nasr vai correr na GP2 pela Dams, a equipe campeã do ano passado com Grosjean. O salto da F-3 para a categoria que mais se aproxima da F-1 era o mais desejado e mais caro, e por isso não se sabia se Felipe conseguiria. Conseguiu, com dinheiro de dois patrocinadores de peso: o Banco do Brasil e a OGX de Eike Batista, que também está bancando parte da verba que Bruno Senna despejou na Williams.

A novidade aí é o Banco do Brasil, que salva engano nunca se envolveu com corridas (os blogueiros lembram, nos comentários, de uma fugaz aparição nos carros da Brawn em 2009 e de algo com Tarso Marques na F-3000). Não tenho nada contra. “Ah, é estatal!”, vai dizer alguém. É. Mas é estatal de capital aberto que, como a Petrobras, está na labuta batalhando pelo mesmo mercado que o Itaú, o Bradesco, o Sudameris, a Shell e a Atlantic. Se os caras acham que dará retorno, ótimo. Já o Eike parece ter tomado gosto pela coisa. O dinheiro é dele, que gaste com o que achar melhor. O fato é que dois pilotos brasileiros em categorias de ponta só irão correr porque o ex-pegador da Luma resolver abrir o bolso.

Nasr mostrou muita competência na F-BMW e na F-3 Inglesa. E passou a ser, agora, a única aposta brasileira para o futuro na F-1.

Esse é o problema.

Quando se fala em aposta ufano-nacionalista, se fala em TV Globo, sempre ela. Todos devem ter notado que o acerto de Nasr com a Dams recebeu destaque incomum no “Jornal Nacional”. Nem é preciso conhecer demais o telejornal global para saber que piloto brasileiro acertando com uma equipe de GP2 não é notícia. Nenhum dos que passaram pela categoria no passado recente teve tal privilégio. O “JN” é apertado de tempo, normalmente só entram coisas muito importantes, ou que seus editores julgam importantes, e GP2 nunca esteve entre elas. Aí aparece o Felipe em horário nobilíssimo para ter o acordo anunciado em primeira mão. Pela Globo, claro.

É evidente que tem algum acordo comercial aí, mas tudo bem. E me parece claro que, de novo, neguinho começa tudo errado. Dá-se exclusividade à Globo em troca de espaço em telejornal e sabe-se lá quanto pelo “merchandising”. Foi assim com Senninha também. A Globo foi informada antes do anúncio da Williams, mas sonegou essa informação de seus telespectadores em troca do direito de fazer as primeiras imagens do piloto na fábrica e tal.

Que Nasr não se deixe seduzir por esse canto desafinado de sereia platinada. Preocupe-se em pilotar e crescer na profissão, não em fazer parte do “casting” da emissora. A Globo agiu assim por anos com Barrichello, doida para criar um ídolo-herói-com-muito-orgulho-com-muito-amor. Deu no que deu.

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FITTI-TRUCK

SÃO PAULO (já pra rádio!) – Christian Fittipaldi vai substituir Geraldo Piquet, suspenso, nas duas primeiras corridas da Truck deste ano. Os detalhes estão aqui. Digam o que quiserem da categoria, mas ela é, há algum tempo, a mais sólida do país. São muitos os pilotos importantes que migraram para ela, gente com formação de monospostos e/ou turismo que resolveu encarar a boleia.

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FAZ DE NOVO (12)

SÃO PAULO (e chega) – Eu tinha selecionado mais de 20 artistas para apresentar aqui sugestões de novos uniformes para a Lusa, mas com dor no coração fui obrigado a enxugar bem a seleção sob o risco de a coisa dispersar. Peço desculpas aos muitos que mandaram desenhos e acabaram não pingando aqui. Minha escolha acabou sendo arbitrária, tive de deixar muita coisa boa de fora, mas não tem jeito. Assim, antes de qualquer coisa, agradeço demais a todos que enviaram seus trabalhos. Ficaram lindos, de verdade.

Com esta remessa, do Thiago Azevedo ([email protected]), encerro a campanha. Meio deprimido, porque ninguém da Portuguesa, nem da Lupo, se manifestou. Não que me ache importante a ponto de merecer uma audiência, mas a questão das camisas é. Há um consenso de que a escolha feita pelo clube e pelo fornecedor foi um desastre. E todas as camisas aqui apresentadas são melhores que aquelas que estão sendo usadas pela Portuguesa. Não haveria mal algum se pelo menos dessem uma olhada. Poderiam, por exemplo, colocar em votação entre os torcedores. Não creio que os autores iriam se opôr. Vamos ver se acontece alguma coisa, agora.

Abaixo, a mensagem do Thiago:

Bom, seguem algumas sugestões para os uniformes da Portuguesa. Como as imagens ficaram muito grandes e deixariam o email muito pesado, preferi colocá-las em uma galeria. O link está aqui. São três sugestões para a camisa principal (duas listradas e uma vermelha), uma para a segunda camisa (inspirada em uma utilizada no início dos anos 50 – lembro de ter visto uma foto no Que Fim Levou, do Milton Neves, só vou ficar devendo o link exato) e outra para a terceira camisa (preta). Tentei fazer tomando como base o modelo da Lupo, tentando “salvar” alguma coisa. Fiz os uniformes no (jogo) Fifa 12, tenho mais facilidade de mexer por lá. Só peço que não ligue para os nomes/números da camisa – como não tem a Lusa no jogo, coloquei os uniformes no Marítimo, de Portugal.

 

MINHA OPINIÃO: o Thiago partiu para modelos clássicos nas listradas, mudando apenas a espessura das listras. Golas em V, frisos brancos bem discretos, “esfumaçados”, um charme. Notem que a que tem listras mais largas acomoda melhor os patrocínios. A vermelha é bela na simplicidade e no detalhe do friso branco. A branca com faixa diagonal é, na verdade, uma releitura da camisa dos anos 40. Sensacional. Assim como a preta que usa as listras diagonais também como se tivessem sido pintadas com spray. Lindíssima.

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FAZ DE NOVO (11)

SÃO PAULO (não acaba nunca!) – Vamos a mais um pacotinho para inspirar Portuguesa e Lupo. Agora, as sugestões de Marciel Gonçalves ([email protected]).

 

MINHA OPINIÃO: depois dos modelos radicais de hoje, um trio clássico. A listrada com mangas vermelhas e listras mais estreitas, a branca com detalhes em verde e a vermelha com o grafismo em outro tom. Todas com golas bem desenhadas, com frisos delgados em amarelo ou dourado. Precisa mais que isso?

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