FUSCA DO DIA

O Rodrigo mandou pelos comentários. O cara da esquerda é o Jerry Seinfeld, aquele do seriado famoso (que nunca vi, confesso), dono do Fusquinha 1952. Bom gosto, do cara.

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ENCHE O TANQUE

SÃO PAULO (acabando tudo) – Segundo o Emerson Neves, esta foto foi tirada na esquina das avenidas Puglisi com Leomil, no Guarujá. Quem frequenta a cidade sabe onde é. Hoje tem uma loja do Ponto Frio, que para mim ainda é Ponto Frio Bonzão.

Difícil saber de quando é a foto. Pelo filme em cartaz, “Dois no Céu”, talvez… E é o máximo o Cine Guarujá.

Vendo o posto, Texaco, me dei conta de como estão sumindo as bandeiras das gasolineiras em SP. Hoje só tem praticamente Petrobras, Shell e Ipiranga. Um ou outro Ale. Os postos “sem bandeira” estão acabando de vez, o que é uma boa notícia, porque muitos só vendiam gasolina batizada. Mas acabaram os Texaco, Atlantic, São Paulo, agora os Esso… Vocês lembram de mais alguma marca tradicional que desapareceu?

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BOLA & RODA

SÃO PAULO (sei não…) – A Sauber fechou um acordo de patrocínio com o Chelsea. Daquelas coisas esquisitas. O Chelsea, é bom lembrar, pertence a um bilionário russo que não pode entrar em qualquer país, tantas são as acusações de enriquecimento ilícito e coisas similares, um certo Carlov Cachoeirov.

Essa mistura de futebol com automobilismo é o tipo de coisa que não funciona. Não funcionou nas categorias que nasceram com esse fim, não funciona em alguns campeonatos brasileiros como a Truck e a Stock. Aquelas coisas incompreensíveis.

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PROGRAMA DE INDY (7)

Primeiro aquela caixinha de leite, agora isso. Pelamor…

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NO COMMENTS

La grandeza del fútbol. Enviado pelo Tales Torraga, que anda sumido mas é brother pra sempre.

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PROGRAMA DE INDY (6)

Foto Bruno Terena

ÂIN-ÊIN-BY – Danado, esse Will Power. Terminei de gravar minhas coisinhas para a TV, primeiro no pódio, depois no S do Samba, depois nas garagens, e estava lá fazendo os offs (quando o repórter fala e não aparece, sacam?) na imensidão do auditório Elis Regina quando ele passou tranquilo, ao lado de um assessor.

Saltei feito um raio, o Fábio ligou a câmera, cheguei no cabra e perguntei se ele tinha dois segundos para a ESPN. “ESPN?”, e estancou. Para a ESPN esses caras falam, não são bobos. Mas o assessor mala, carregando uma mala, diga-se, nem quis saber. “No, no”, e foram embora. Mas o Will Power deu uma dura no cara.

Não faz mal, já tínhamos ouvido o rapaz falando sobre sua incrível sequência de três vitórias no Sambódromo. Seria só uma cerejinha no bolo. A matéria foi sem cereja, mesmo. Power é um cara que destoa um pouco da maioria dos pilotos índicos, que são bem atrapalhados. Largou na pole e só ficou atrás de Dixon um pouquinho, até que ele tivesse de fazer sua última parada. Power guia tranquilo, bonito, não se apavora com a quantidade monumental de merdas que acontecem atrás dele.

E foram muitas na corrida de agora há pouco, mas todas depois da primeira batida, de Bryan Riscoe, irmão de Ryan Briscoe, sozinho. Até então, a prova estava meio sonolenta. Mas relargadas com esse S no fim da passarela do samba são garantia de fortes pancadas. Vi três delas de frente para o crime. Os caras chegam muito rápido, com carros pesados e diferença de piso na freada, numa curva estreita com zebras altíssimas. Bem bolado, como diz meu pai. O povo urra, é o maior barato.

A corrida ficou bem melhor a partir dessas bandeiras amarelas. Num certo momento, Antonie, Rú-Binhô! e Bia estavam em quarto, quinto e sétimo. Mas os dois primeiros foram vítimas da estratégia quase sempre equivocada de seu time. Bia se envolveu no congestionamento das últimas voltas, com oito carros, e também ficou para trás.

Hé Liocas Troneves acabou sendo o melhor brasileiro na Marginal, quarto colocado, tendo largado lá atrás. Tirando Power, claro, soberano, ele e Takuma Sato, primo da Sabrina, foram os destaques. O japa terminou em terceiro.

Como sempre, tivemos um simpático mico no pódio. Entregaram umas cervejas “premium” (que cazzo é uma cerveja “premium”?) aos primeiros colocados, mas ninguém conseguia abrir as garrafas. Esqueceram do abridor. Incrível como quem organiza essas coisas não pensa em necessidades básicas como abrir a garrafa. Já imaginaram um sujeito desses ser o responsável por um churrasco num sítio ermo e longe de tudo? Esqueceria o carvão.

O troféu, ao menos, ficou muito bonito e em boas mãos.

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PROGRAMA DE INDY (5)

HÃ-HEIN-BI – Bom dia, um pouco atrasado. É que cheguei estavam terminando de servir o café. E logo depois começaram a servir o almoço. Servi-me de ambos.

Vim na van com um CQC. Descobri depois que era o Marco Luque. Quase o chamei de Felipe Andreoli. Ainda bem que fiquei quieto.

Trânsito OK, sem problema algum. Menos, claro, na hora em que apontei a proa do Fusca na avenida que dá acesso aos estacionamentos. Vieram dois agentes da CET me interpelar. “Você tinha de pegar a fila!” Olhei para trás, não havia fila. “Qual fila?”, perguntei. “A filinha aí atrás.” Olhei de novo. Vinha um ônibus lá da Santos Dumont para contornar a rotunda. Eu, por minha vez, viera da própria rotunda. Para pegar a filinha que o agente da CET queria que eu pegasse, possivelmente atrás do ônibus, seria necessário, ao concluir a rotunda, guinar à direita na contramão. Causaria um acidente com mortos e feridos. Meu Fusca seria trucidado pelo coletivo. Chamariam o Datena. Ibagens, quero ibagens! Intrigado, passei pela barreira de agentes ainda sem saber direito como pegar a fila. Ano que vem vou procurar fazer direito. Talvez tenha de me mudar para a Zona Norte, para não ter de contornar a rotunda e, assim, cair direto na fila.

Teve missa de manhã. Está no cartaz. É uma categoria muito católica, essa aqui. Tem padre, reza e tudo mais.

A Sabrina Sato, minha noiva, vai dar a bandeira verde na largada.

Na rádia oficial, apresentadores e repórteres passaram uma boa meia hora discutindo por que tinha carro com pneu de chuva na garagem e outros com pneus slick. Estão despistando? Querendo enganar os adversários? Estão em dúvidas? Virou o eixo da cobertura, todos emitindo suas opiniões, especulando sobre as técnicas diversionistas de equipes e pilotos. Isso uma hora e meia antes da largada.

Putaquelosparió.

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PROGRAMA DE INDY (4)

ÃIN-YEMBI – Fui lá ver os boxes. Ou garagens, na Indy. Já fiz algumas corridas da Indy, mas como sempre as coisas mudam muito com o passar dos anos. Cobri as 500 nos anos 90 e estive em Jacarepaguá quando o Rio construiu um oval. Em Indianápolis vi pela primeira vez de perto esse negócio de garagens. Elas ficam longe da pista, é uma outra configuração em relação à F-1. Os carros são levados aos pits pelo Gasoline Alley, que é um ótimo nome. No Rio, usavam os boxes antigos, também distantes do leito do oval. Aqui, usam o pavilhão de exposições onde fazem salão de automóvel, feira de sapato e reunião de nerds.

O pavilhão é enorme e ninguém pode reclamar de falta de espaço. O Anhembi é bem funcional para uma corrida. A área vira uma espécie de ponto de encontro, por onde todos passam, e tem ingresso que dá direito a visitar aquela balbúrdia divertida. Nada contra, absolutamente. É legal o contato do povo enfurecido com o carros e pilotos. A Indy sempre foi assim. Na F-1, neguinho veta qualquer um perto dos carros. Olhou muito para eles, mandam te tirar do paddock aos xutos e pontapés. Imagine um ambiente fresco de gente metida a besta. Multiplique por dez, é a F-1.

Mas tem seu charme. Ultimamente, desenvolvi uma tendência de ver algum charme em qualquer coisa. Pastel de feira, caldo de cana, calçada esburacada, prédio velho, janela quebrada, Del Rey dourado com escada no bagageiro e Crocs com meia.

Bem, infelizmente, quando fui às garagens, já não havia muita gente por lá. Como tem um hotel dentro do Anhembi e todos nele se hospedam, a turba que trabalha tratou de encerrar cedo o expediente e se mandou. Esse hotel, durante décadas, foi um esqueleto na Marginal. Achava, eu, que jamais seria concluída sua construção. Até que um dia passei lá e estava pronto. Dizem ser um bom hotel.

Saçariquei de um lado para o outro, vi os carros de perto e constatei que são de fato feios. As laterais e a proteção traseira fazem deles uns monstrengos desengonçados que levariam qualquer bom designer a cometer haraquiri. A Dallara poderia ter caprichado na estética. Já que são todos iguais, mesmo, era só dar um tapinha naquele calombo que desvia o ar dos pneus traseiros e redesenhar os parachoques.

Não encontrei fãs enlouquecidos. Na verdade, só duas meninas, e uma delas pediu para tirar uma foto comigo, me confundindo com alguém. Disse que achava o Will Power bonito, “apesar do nariz”, o Viso um gato, “apesar de parecer que levou uma martelada na cabeça”, o Newgarden lindo, “apesar de ter uma carinha de 15 anos”, o Pagenaud interessante, “apesar daquela cara de safado”, e a Simona de Silvestro fotogênica, “apesar de parecer um homem”. Scott Dixon mereceu uma análise mais crítica: “Parece uma lagartixa”.

Consegui uma foto do Will “Apesar do Nariz” Power, outra de Scott “Lagartixa” Dixon, e a outra é da moça que traçou o perfil de cada um, achando que eu era alguém famoso.

 

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PROGRAMA DE INDY (3)

Ã-NHÂN’BEE – Não tem nada a ver com a Indy, mas foi aqui que apareceu, e merece o registro. Lembram do jeans Pool? Patrocinou até o Senna no início de carreira. Pois a marca voltou e o dono, que é o mesmo da época, escolheu uma equipe da Top Series para patrocinar. Essa Top Series é resultado do racha da GTBR, originalmente GT3. Dela saíram duas categorias, uma GT, que será tocada pelo Antonio Hermann, e essa outra que estreou aqui, que terá apenas provas de endurance. A de hoje, a propósito, foi só de exibição porque só havia duas horas disponíveis para a corrida, e o campeonato fala em provas de três horas de duração. Venceram os Negrões, Xandy e Xandinho, de Lamborghini.

Mas eu falava dos jeans Pool, e o carro que relança a marca é essa Merça aí embaixo, que será pilotada por Paulo Bonifácio e Sérgio Jimenez. Será. O carro teve algum piripaque depois dos treinos e acabou não indo para a pista. Mas a pintura ficou bonita.

A Pool era uma marca boa de propaganda. Assistiram ao vídeo lá em cima? A gatinha paga até uns peitinhos, o que nos anos 80 era um negócio de deixar arrepiados os pentelhos das senhoras de Santana, então expressão maior da defesa da moralidade brasileira. Devem ter entrado com alguma ação no Ministério Público e enviado uma carta ao papa, na época.

 

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PROGRAMA DE INDY (2)

NHAMNHAMBI – Seguiremos para as garagens em instantes, não sem algum receio de ser reconhecido pelo povo enfurecido. Sempre acho que o povo é enfurecido nesses eventos. Mas antes, falemos desta classificação recém-terminada.

Gui da Força larga na pole. Aqui vale uma explicação etimológica. William, que deve ser o nome de Will, vem do teutônico Wilhelm, que deu origem ao nosso Guilherme. Assim, Will Power nada mais é que um Guilherme, no caso Gui, no caso da Força, que nem aquele cara que é deputado, ou vereador, e era da Força Sindical.

Gui da Força é o Mr. Tietê, o Mr. Marginal, o Mr. A-Nham-Bi. Ganhou as duas corridas aqui, em 2010 e 2011, e larga na pole pela segunda vez no Polo Cultural e Esportivo Grande Otelo. Estou sendo bem específico na nomenclatura porque julgo importante, para fazer justiça aos patrocinadores e apoiadores, que se use a denominação oficial da prova que movimenta a Zona Norte da cidade: Itaipava Vila de São Paulo de Piratininga by Padre Anchieta Indy 300 Nestlé at Polo Cultural e Esportivo Grande Otelo in Anhembi Park Known as Sambódromo. Assim é, assim será.

Bem, Gui da Força fez a pole sem fazer muita força e parece que se dá muito bem aqui. É quase um paulistano da gema que diz “puta volta, meu” e já anda procurando uma casinha para alugar na Freguesia, aqui do lado, porque curte a coxinha do Frangó. O sistema de classificação índico tem suas particularidades e depois da fase de grupos, mata-mata, eliminação no paredão, repescagem e disputa de pênaltis, só meia-dúzia briga pela pole de verdade e a ordem definida para a largada foi essa: Gui da Força, Dadá Maravilha Franquinho, Emulsão Scott Dixon, James Hinch%#*&@ffe, Ryan-Runter-Ray-Height-Ryndt-Wright e Justus Wilson.

Nenhum dos quatro cavaleiros do apocalipse tupiniquim esteve nessa briga. O melhor foi Antoine Kanaan, 12°. Rú-Binhô! ficou em 13°, Heliocas Troneves ficou em 20° e Ana Beatriz, em 23°. Não creio que irão lutar por vitória amanhã, mas a Indy é uma caixinha de surpresas, sei lá.

Autoridades progressistas da cidade e do Estado visitaram agora à tarde o Sambódromo e ficaram muito felizes com o que viram. Abaixo, três fotos que a organização capturou e mas enviou há pouco. Trata-se da dupla dinâmica Serra-Kassab, pela ordem ex-tudo (o calvo) e atual prefeito e Proibidor-Geral do Município. Ambos experimentaram um simulador de corridas. O primeiro espantou-se com o realismo do equipamento. “Foi bem mais difícil do que imaginava, principalmente frear o carro antes das curvas”, declarou, mostrando profundo conhecimento automobilístico por frear antes, e não depois das curvas — o que de fato é mais recomendável. O Proibidor-Geral não disse nada de relevante. Pela maneira como segura o volante, nota-se que já foi piloto em alguma outra encarnação.

Como este é um blog democrático, políticos de outros partidos que estiverem no local estão convidados a mandarem suas fotos e impressões. O espaço, porém, não é franqueado a partidos envolvidos com o empresário Carlos Cachoeira.

Ops.

 

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