DELÍCIA DE LER

SÃO PAULO (buenos dias) – Tem pouca gente escrevendo bem nos jornalões atualmente, e o Antonio Prata, filho do Mario, é um deles. A crônica de hoje na “Folha” é uma delícia, e fala de carros.

Leitura recomendada. E aos que nunca sabem onde colocar os líquidos num automóvel, sempre é bom perguntar no posto. Embora os frentistas de hoje não saibam muita coisa, também. Talvez o melhor seja perguntar à menina do lado…

COMPLETANDO…

O blogueiro Rodrigo Freitas lembrou nos comentários de um texto que postei aqui em 2009, de José Saramago, chamado “A junta do motor”. É uma das peças literárias mais doces que já li. Aproveito e recomendo também. Está aqui.

Comentar

DATSUN LIVES

SÃO PAULO (grande nome) – Informa o espevitado Boris Feldman que a Nissan vai mesmo ressuscitar a marca Datsun, que pertence a ela desde 1932 e “saiu do ar” há mais de 30 anos. Bem legal. Para ilustrar a nota, vejam esse 411, que ninguém me convence que não foi inspirado no Fissore. Tem algumas fotos em que dá até para confundir, dependendo do ângulo.

Comentar

ONE COMMENT

Sei lá que recorde é esse, mas digo: não existe nada, nada no mundo, como o ronco de um três cilindros dois tempos.

Comentar

MOTOLAND

SÃO PAULO (é umas…) – Meu brother Diego Inzaurraga, o mais brasileiro dos uruguaios, mandou um e-mail que me deixou com água na boca e certamente vai interessar aos que gostam de passeios de motos. E de motos clássicas. E de lugares lindos. Reproduzo abaixo. E os que quiserem mais detalhes podem entrar em contato direto com ele pelo e-mail [email protected].

Estou trabalhando com o pessoal do Hostal Toledo em Las Cumbres, Córdoba, Argentina, na organização de passeios em motocicletas antigas por estradas maravilhosas das Serras Cordobesas. O hotel é a antiga casa do presidente Unzué-Alvear de 1923, restaurada completamente e transformada em um cinco estrelas, com decoração de época. Dentro da casa funciona o Café Bistrê Bugatti, ponto de encontro de colecionadores e músicos locais. O pacote inclui alojamento no Hostal com quatro refeições, aluguel de uma moto antiga em perfeito estado, guia pelas estradas com vários percursos, visitas a museus de motos e bicicletas, visitas a oficinas de restauração, sítios arqueologicos, pontos de observação de condores etc. Tem ainda apoio mecânico e uma palestra com audiovisual do TT da ilha de Man por David Paredes, competidor argentino que participa da prova. As estradas são maravilhosas, com asfalto perfeito, muitas curvas e paisagens serranas. As motos disponiveis: Triumph, BMW, Ducati, Guzzi, Royal Enfield e até alguma com sidecar. Estamos tentando fechar um grupo de quatro a seis pessoas que queiram experimentar o motociclismo retrô com o maior conforto para este fim de março e começo de abril. No fim de semana de 30/3 a 2/4 é feriado na Argentina e irão vários antigomotociclistas de Buenos Aires aos tours. Seria uma oportunidade ótima para conhecer pessoas que dividem o amor pelo vento na cara, cheiro de óleo e gasolina. O valor do pacote é de US$ 650 por dia e inclui, como falei antes, alojamento nas refinadas suítes, café da manhã, almoço, lanche e jantar, aluguel da moto, guia e apoio mecânico. Não inclui passagem aérea, nem transfer até o hotel (uns 100 reais para ida e volta). O site do hotel, para quem quiser conhecer, está aqui.

Está dado o recado. Como tem bastante gente aqui que gosta desses passeios e nem sempre tem com quem ir, ou já fez tudo que poderia fazer, achei legal dar a dica. E a Argentina é demais. Se eu tivesse um tempinho, juro que iria. O hotel parece duca.

Comentar

FOTO DO DIA

Como é bom ver carros coloridos… Alguém sabe onde é? Enviada pelo Nê Lemos.

Comentar

BUS STOP

Digamos que quem diagramou a adesivagem desse ônibus aí não deve ter deixado a candidata Danielle Smith, do partido canadense Wildrose, muito feliz. Deu no Blue Bus.

Comentar

LADALAND

SÃO PAULO (já vi) – Da série “Vídeos de Lada que Todos Mandam para o Flavio Gomes”. Recebi dezenas e agradeço a todos. Como aquele do “Niva Jump” e outro que tem um Laika branco fazendo um cavalo-de-pau e se desintegrando. No mais, elogios ao motorista que foi criativo para mudar de faixa. Não dá para fazer isso com qualquer carro.

Comentar

“INÚTIL”

SÃO PAULO (na frigideira) – A “Autosprint” já foi mais importante e influente, mas não se deve desprezar a revista quando ela começa a ficar histérica. O torcedor italiano é apaixonado e os dirigentes da Ferrari são muito sugestionáveis. Menos pelo veículo, mais pelos jornalistas que assinam seus libelos. E não há imprensa mais corneteira no mundo quando se trata de F-1.

Por isso, é relevante a capa desta semana, definido Felipe Massa como “inútil” para a equipe e já sugerindo nomes para substituí-lo. Não no ano que vem, mas “o quanto antes”. Sergio Pérez e, pasmem, Jarno Trulli são as, digamos, indicações da “Autosprint”.

É uma decisão difícil. O desempenho do brasileiro em Melbourne foi, de fato, muito ruim. Se é verdade que na classificação os dois pilotos patinaram, é igualmente verdade que Alonso foi muito mais rápido que o companheiro: 0s945 no Q1, 1s003 no Q2. É muita coisa, muito mais do que as médias de 2010 e 2011, a saber:

2010
– Placar das classificações: Alonso 15 x 4 Massa
– Posição média de largada: Alonso 5,8 x 7,7 Massa
– Diferença média de tempo em classificações: 0s316 pró-Alonso

2011
– Placar das classificações: Alonso 15 x 4 Massa
– Posição média de largada: Alonso 4,6 x 5,8 Massa
– Diferença média de tempo em classificações: 0s297 pró-Alonso

Claro que uma única corrida, como está de abertura do campeonato, é pouco para afirmar que os três décimos médios de 2010 e 2011 triplicaram. Média é média e só tivemos um GP até agora. Mas o que mais intrigou nesta prova foi a maneira como Felipe despencou, depois de uma boa largada. Pérez, que partiu em último, chegou em oitavo. Massa não terminaria nos pontos, embora tenha fechado a primeira volta em décimo. Aqui, vale lembrar que o mexicano também largou muito bem e era 12° na primeira volta, aproveitando-se das confusões que aconteceram com Bruno, Ricciardo, Hülkenberg et caterva. A partir daí, construiu sua corrida com uma estratégia de apenas uma parada, o que representa enorme vantagem em relação a quem, como Massa, foi para os boxes três vezes.

Felipe tinha problemas para aquecer pneus no último ano de Bridgestone e o mesmo aconteceu no ano passado, o primeiro da Pirelli. Em Melbourne, seu carro escorregava de um lado para o outro, o que é a pior coisa possível para a borracha. Ah, mas Alonso chegou em quinto. Verdade. E é aí que mora o problema. Massa será comparado sempre com Fernandito. Que é um piloto que lida melhor com as dificuldades. Apesar da classificação desastrosa, o espanhol, não nos esqueçamos, foi o primeiro depois dos quatro carros das duas equipes favoritas. É um resultado e tanto. Muito mais devido às suas qualidades que às do carro, que inexistem.

A melhor volta de Alonso na corrida, 1min30s277 na 52ª, foi a sétima melhor da corrida, 1s090 pior que a de Button, 1min29s187 — a melhor de todas. Felipe fez apenas a 15ª melhor, 1min31s940 (na 46ª), 1s663 mais lento que o parceiro. À frente, apenas, das duplas da Caterham e da Marussia e de Schumacher, que abandonou depois de quatro voltas, com o tanque cheio.

A temporada, em resumo, começou muito mal para Felipe. Trocá-lo por deficiência técnica é algo que, acredito, a Ferrari não faria se tivesse de pensar racionalmente. Racionalmente. Porque quando a imprensa italiana começa a apitar, as decisões em Maranello nem sempre são as mais racionais.

ATUALIZANDO…

A Ferrari informou que vai trocar o chassi de Massa na Malásia. Para tirar algumas dúvidas sobre o comportamento do carro na Austrália. E saiu em defesa do brasileiro em comunicado oficial.

Comentar

O CRIADOR

SÃO PAULO – Não fosse esse moço aí da foto, talvez nunca tivéssemos conhecido Vettel. O tailandês Chaleo Yoovidhya foi o inventor da bebida que deu origem à Red Bull. Dietrich Mateschitz o conheceu numa viagem à Ásia em 1984 e tomou uma latinha de Krating Daeng, bebida que Yoovidhya tornara muito popular na Tailândia desde sua criação, lá nos anos 70. Era um barato  líquido que ajudava a acabar com o sono de trabalhadores noturnos e de caminhoneiros.

Didi achou legal para enfrentar o jet-lag e viu uma oportunidade de negócio. Propôs sociedade ao empresário para fabricar algo parecido no Ocidente. Traduziu Krating Daeng para o inglês. A expressão quer dizer touro vermelho. Mudou alguns ingredientes e em 1987 lançou a Red Bull, a bebida, na Áustria.

Deu no que deu.

Mateschitz e Yoovidhya se tornaram sócios na base 50-50 (na verdade, era 49-49 e mais 2% para o filho do criador) e ambos hoje estão na lista dos maiores bilionários do mundo da Forbes. Pois no sábado, aos 89 anos, Yoovidhya morreu na Tailândia.

Não notei nenhuma referência nos carros da Red Bull, nem alguma palavra oficial da equipe na corrida da Austrália. Posso estar sendo injusto e a Red Bull pode ter feito alguma homenagem, mas o fato é que o dono de metade daquilo tudo morreu e, pelo jeito, ninguém falou nada.

 

Comentar

CHILIQUENTO

SÃO PAULO (mas no fim…) – Quem assiste aos primeiros 40 segundos deste vídeo enviado pelo Enzo Brocker, acha mesmo que Schumacher se esforçou loucamente para esconder a parte de baixo do duto frontal da Mercedes, que direciona fluxos de ar através de defeletores internos à asa dianteira. É o famoso vídeo de cinegrafista amador em Melbourne, numa rodada que o alemão deu no terceiro treino livre, sábado. Na TV, o Lito Cavalcanti já tinha chamado a atenção para o chilique que o alemão deu quando os serviçais do autódromo deixaram a traseira tombar e o bico levantar.

Neste vídeo, ele se dirige aos fotógrafos dando pulinhos de raiva. Mas tive a curiosidade de ver até o fim. Podem pular o vídeo até mais ou menos uns 5 minutos, até lá não acontece nada de relevante. E no fim, quando termina o treino, os caras erguem o carro de novo, já tem um batalhão de fotógrafos no local, eles clicam tudo e Schumacher desencana geral.

Acho que vocês pegam no pé do Schumacher à toa. Em todo caso, achei legal a preocupação dele com o carro. Piloto precisa gostar do carro que dirige, tratá-lo, como faz Vettel, como se deve tratar uma mulher. De um cara como Michael, 43 anos nas costas, sete títulos, 91 vitórias e sei-lá-mais-o-quê, talvez se esperasse menos zelo. Mas que nada. O cara é um tarado.

Comentar

Blog do Flavio Gomes
no Youtube
MAIS VISTO SENNA, 30 ANOS
1:05:42

VOLTA RUIM = POLE DE MAX (F-GOMES, GP DE MIAMI, DIA #1)

Mesmo com uma volta ruim num carro que definiu como "horrível", Max Verstappen fez a pole para a Sprint do GP de Miami nesta tarde. A minicorrida de 19 voltas será amanhã às 13h. Leclerc é o segu...

3:08:07

SENNA, 30 ANOS

Live simultânea com o Grande Prêmio. Junto com o jornalista e fotógrafo Alex Ruffo, vamos lembrar como foi aquele fim de semana de Ímola, 1994. PARA ASSINAR “GIRA MONDO”, A NEWSLETTER DO FLAV...