NAZISMO 3.0

SÃO PAULO (parabéns, SP) – Os moradores do Pinheirinho usam pulseirinhas azuis que não são muito diferentes dos números tatuados nos braços dos judeus em campos de concentração. Moradores denunciam que crianças estão sendo separadas dos pais e enviadas ao Conselho Tutelar. Casas são demolidas. A PM atira, fere, e diz que não houve confronto. Crianças são submetidas a terrorismo de Estado, tiroteios, bombas. A Prefeitura oferece passagens “para o Norte”. São 6 mil pessoas. Até agora, a chamada grande imprensa não foi atrás de nenhuma dessas denúncias e deu voz às autoridades, que falam numa “desocupação pacífica” e bem-sucedida. Uma operação brilhante. Não há contestação.

Nenhum grande órgão de imprensa foi atrás de uma informação bem relevante: quais são os credores da massa falida da Selecta de Naji Nahas? No vídeo acima há a informação que o único credor é a Prefeitura de São José. E o terreno tem dívidas que podem ser de 10 a 15 milhões de reais, dependendo da versão. Por que a grande imprensa não pergunta às autoridades quem vai ficar com o terreno? Ou o que será feito dessa área?

A origem do terreno também não está sendo investigada pela grande mídia, que só repete comunicados oficiais. Aqui, parte da história. Em 1969, os irmãos Kubitsky, de origem alemã, foram assassinados em São José dos Campos. Eram os donos da chácara que é hoje o Pinheirinho. Quatro idosos, dois homens, duas mulheres. Não tinham herdeiros. Assim, a área deve ter passado ao Estado, ou ao Município, na época. Como foi parar nas mãos de Nahas?

Perguntas sem respostas, e não adianta esperar que elas apareçam nos grandes jornais, revistas ou nas emissoras de TV. Esses estão preocupados em ecoar o discurso do direito à propriedade privada, da decisão da Justiça que se cumpre, não se discute.

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RELEITURA

SÃO PAULO (tem gente que odeia…) – “Releitura” é legal… E é mesmo, não consigo pensar em outro termo para esses estudos sobre carros que poderiam ainda estar em produção. O João Kleber Amaral, de Santa Catarina, fez este esboço de como seria o Gurgel Motomachine hoje em dia. Ficou lindão. Dica do blogueiro Rodrigo Vieira. O irmão do Décio vai gostar!

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INOCENTE, ACHO

SÃO PAULO (putz) – O Mariano Cirello acaba de me mandar o vídeo da largada de domingo, a batida no Fábio Steinbruch, o acidente que poderia ter sido bem pior.

Como se vê de dentro do carro do Cirello (aliás, que câmbio, puta merda!), não fui o único a largar com o semáforo apagado (as luzes vermelhas só foram acender bem depois que o safety-car foi para os boxes, pouco antes da merda federal). Vários pilotos aceleraram quando o safety-car saiu da frente do pelotão de repente, sem que luz alguma estivesse acesa no semáforo que é usado para orientar nossa largada. Notem, por exemplo, o Puma branco #27 do Júnior no canto direito do vídeo. E o Chevette #8 do Adriano Lubisco, também. Ambos vêm de cano cheio lá de trás, porque viram que o Subaru prata da direção de prova saiu da frente do pelotão, e não havia luz vermelha nenhuma.

Alguns, porém, tiraram o pé, como o Marcelo Chamma, do Puma laranja, e o Renato Faerman, do Passat #63 que estava na minha frente. Foi na hora em que, inexplicavelmente, as luzes vermelhas se acenderam, com todo mundo já acelerando. Eu desviei porque estava em aceleração plena e ali não conseguiria parar, porque o Faerman praticamente brecou o carro. Seria como bater, sei lá, a 90 km/h numa parede.

Consegui puxar para a direita para evitar a porrada monumental, que poderia até explodir o carro dele — o tanque, cheio de álcool na largada, fica na parte traseira do carro. Mas o Fábio, um pouco à frente com o Dodginho branco, estava justamente fazendo o mesmo que eu: com o pé no fundo, teve de desviar de um Passat que também tirou o pé repentinamente, acho que do Carlos Estites. Ele puxou para a esquerda para não bater no Carlão. Eu, para a direita. No meio do caminho, nos tocamos.

Foi meio assustador, vendo agora. Na hora, não senti nada. Nem medo, nem pavor, susto, nada. Fiz o que tinha de fazer, evitei bater num carro parado e, quando rodei, torci para não me arrebentar no muro. Como não me arrebentei e o carro funcionou, voltei para a pista.

Corridas são assim, acho.Essas imagens reduzem um pouco meu sentimento de culpa. Espero que o Steinbruch veja o vídeo e me perdoe mais uma vez.

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KIMI IS BACK

SÃO PAULO (tomara que vire) – E a Lotus está trabalhando direitinho a volta de Raikkonen à F-1. Já tem vídeo oficial, curtinho, como gosta a internet, e dá para perceber que mesmo diante de sua aversão à mídia e ao nhenhenhém de entrevistas e promoções, o time consegue extrair o que interessa: belas imagens pontuadas por uma palavrinha aqui, outra ali. Seria ótimo se a Lotus fizesse um carro extraordinário neste ano, assim como Mercedes e Ferrari. Com Red Bull e McLaren fortes como sempre, imagine o que seria legal um campeonato com pilotos como Vettel, Webber, Alonso, Massa, Button, Hamilton, Schumacher (não vejo Rosberguinho nessa briga) e Raikkonen lutando por vitórias…

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PINHEIRINHO

Foto Reuters publicada no Último Segundo/iG em http://goo.gl/InPCc

SÃO PAULO (já deu) – O Pinheirinho é um bairro de São José dos Campos, uma das cidades mais ricas do Brasil. Aparece em 19° lugar no ranking nacional do PIB por municípios, à frente de nada menos que 18 capitais estaduais (Goiânia, Vitória, Belém, São Luís, Campo Grande, Natal, Maceió, Cuiabá, Teresina, João Pessoa, Florianópolis, Aracaju, Porto Velho, Macapá, Boa Vista, Porto Velho, Rio Branco e Palmas).

Nessa relação, aparecem diante de São José as dez capitais mais ricas do país e apenas duas não-capitais que não fazem parte de nenhuma macrorregião metropolitana: Campinas e Santos. É um polo tecnológico de 640 mil habitantes, a sétima maior cidade do Estado de São Paulo (segunda maior cidade do interior do Brasil), com o 11° melhor IDH estadual.

Quem passa pela Via Dutra cortando o Vale do Paraíba nota a presença, em São José, de indústrias do porte de General Motors, Johnson & Johnson, Panasonic, Monsanto e Embraer, entre outras. É sede, igualmente, do INPE, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o que faz dela o maior centro de pesquisas aeroespaciais do Brasil. Lá fica o ITA, Instituto Tecnológico de Aeronáutica, que tem a fama de realizar o vestibular mais difícil do país.

Apesar disso, São José tem muita gente pobre. Que não tem onde morar, vive no subemprego, sofre das mazelas que todos conhecem. Em 2004, alguns desses pobres começaram a montar seus barracos num terreno de 1,3 milhão de metros quadrados que pertencia, sabe-se lá comprada como e quando, a uma certa Selecta, holding das empresas do especulador libanês radicado no Brasil Naji Nahas.

Nahas foi acusado, no fim dos anos 80, de quebrar a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Virou símbolo da infâmia que é o mercado financeiro, esse monstro invisível que nada produz de útil ou relevante, exceto lucros para alguns às custas dos prejuízos de muitos. Foi condenado mais de uma vez, depois inocentado, e mais recentemente acusado novamente de crimes financeiros depois das investigações da Polícia Federal na conhecida Operação Satiagraha. Preso pela última vez em 2008, confesso que não sei se está solto.

A Selecta quebrou depois das travessuras de Nahas (tem tanta gente que acha essas coisas engraçadinhas e sorri ao comentar suas peripécias…) e o terreno de 1,3 milhão de metros quadrados passou a integrar a massa falida da empresa. Claro que lá em 2004 as primeiras pessoas que começaram a montar seus barracos na área, conhecida como Pinheirinho, não se preocupavam demais com Nahas, com a Bolsa, com as especulações do mundo financeiro. Procuravam um lugar para morar, no más.

Oito anos depois, o Pinheirinho virou um bairro onde, segundo a Prefeitura de São José, vivem 1.600 famílias e cerca de 6 mil pessoas. Ao longo desses oito anos, advogados de Nahas se divertiram com o processo de falência da Selecta e alguns meses atrás saiu uma decisão a um pedido de reintegração de posse da área. Recurso vai, recurso vem, na semana passada a coisa foi evoluindo nos tribunais até que um juiz determinou que os moradores fossem expulsos do Pinheirinho para que o terreno voltasse para o seleto Naji Nahas. Consta que a Prefeitura é credora da Selecta. Portanto, teria interesse na desocupação do terreno para que ele possa, sei lá, ser vendido para que a dívida seja quitada.

A batalha de papéis, que tanto excita magistrados, advogados, desembargadores e similares, chegou à Justiça Federal, que suspendeu a reintegração de posse através de uma liminar. Mas uma juíza estadual mandou que a operação fosse adiante.

As reações à decisão da juíza estadual entre os que se dizem defensores do Estado de Direito mostram sem retoques a pobreza moral do ser humano. Discutem-se pormenores técnicos, se a Justiça Federal pode se opor à Estadual, se a autonomia de uma foi ferida pela outra, se a liminar pode ser derrubada, se o tribunal pode emitir uma contraordem de madrugada ou se precisa esperar o sol nascer, uma punhetação insuportável. Em nenhum momento essa gente se atém ao que é essencial: as pessoas que vivem no Pinheirinho. Como são pobres, pretos e putas, que se fodam. O que interessa é a discussão que deve deixar homenzinhos de toga de pintinho duro e mulherzinhas idem molhadinhas diante de seu profundo conhecimento acadêmico.

Ontem, domingo de manhã, um contingente de 1,8 mil policiais militares armados chegou ao Pinheirinho. A Prefeitura de São José dos Campos, comandada pelo tucano Eduardo Cury, determinou a desocupação da área. A ordem é expulsar as seis mil pessoas do Pinheirinho. O governador do Estado, Geraldo Alckmin, usa o discurso de que “decisão da Justiça não se discute, se cumpre”. Que é a maior muleta dos amorais que têm o poder de fazer alguma coisa, mas optam pela omissão mesmo diante de casos como esse — que dão trabalho, exigem tomada de posição, podem representar algum ônus político quando da possibilidade de enfrentamento entre poderes.

Segundo a OAB, houve mortes na invasão policial. A PM, o Estado e a Prefeitura não confirmam. Um jovem blogueiro me escreveu para dizer que sua mãe, que trabalha num hospital da região, relatou conversas entre médicos que falam de pelo menos quatro pessoas mortas pela ação de guerra da polícia paulista — que tem agido com vigor semelhante em episódios como o da higienização da Cracolândia, ou na invasão da Reitoria da USP por estudantes contrários à presença da PM no campus e também à gestão do atual reitor, chamado pela burlesca revista “Veja” de “xerifão da USP”. (Chique, não? Antigamente, era orgulho de qualquer reitor ser chamado de “grande cientista”, “brilhante pensador”, “professor talentoso”. Hoje, o cara é chamado de xerife e fica contente. Faltou posar para uma foto com um Colt no coldre e estrela polida no peito. Se é que não o fez.)

Os desabrigados estão sem chão. A Prefeitura armou barracas sobre a lama, não dá comida a ninguém, não oferece nenhuma opção decente de moradia, abrigo, futuro. Estamos falando de 6 mil almas, entre elas crianças, idosos, homens e mulheres que trabalham. E também, certamente, de criminosos, desocupados, traficantes, proxenetas e cafetinas — toda a malta que se pode encontrar no Pinheirinho, no Soho, em Nova York, nos Jardins, em São Paulo, ou no Quartier Latin, em Paris.

Os pertences dessas 6 mil pessoas continuam dentro de suas casas. São TVs de 20 polegadas, fogões de quatro bocas, beliches comprados nas Casas Bahia, geladeiras enferrujadas, máquinas de lavar que fazem barulho e vivem quebrando, colchões mofados, gaiolas com passarinhos, garrafas térmicas, panelas amassadas, bujões de gás, roupas, armarinhos de cozinha e banheiro, guarda-roupas, garfos, facas e colheres, copos de requeijão, chuveiros elétricos, cadernos escolares, mochilas de crianças, bonecas sem um braço ou um olho, carrinhos com rodas faltantes, videogames velhos doados pelos filhos da patroa. Não se tem notícia de algum planejamento por parte do poder público para que a vida dessa gente toda, representada pelo pouco que tem, seja transferida para algum lugar onde haja um teto, esgoto, água corrente, eletricidade. Muitos dormem em ginásios de esportes, outros em salões paroquiais.

São 6 mil pessoas da 19ª cidade mais rica do país que ontem de manhã foram enxotadas na porrada de suas casas e barracos, montados num terreno de 1,3 milhão de metros quadrados reivindicado pela massa falida da empresa de um especulador condenado por crimes financeiros, cujo pleito foi atendido pela Justiça e prontamente executado pela Prefeitura e pela PM. Elas não têm para onde ir.

Há quem argumente que propriedade privada é sagrada, que os moradores do Pinheirinho não passam de “invasores” que tomaram o que não era deles. Estiveram lá por oito anos e o poder público, os que ocuparam os gabinetes da administração de São José dos Campos, jamais se importou com eles. Que se fodam, são pretos, pobres e putas que incomodam nossa sociedade branca e cheirosa, maloqueiros e favelados que deveriam “ser devolvidos em pau-de-arara ao lugar de onde vieram”, como escreveu um parvo no Twitter cujo nome, infelizmente, não anotei.

O Estado de São Paulo é um feudo curioso. No Litoral Norte, há algumas dezenas de condomínios de alto padrão e casas de luxo erguidas em áreas discutíveis, resultado de invasões de terrenos públicos ou de propriedade duvidosa, grilagem cabocla de grandessíssimo nível, cujos empreendimentos ferem legislação ambiental e desrespeitam normas de construção. Algo que se verifica no Brasil inteiro, na verdade. Dia desses a TV Globo mostrou como essa gente é desenvolta quando se trata de se apropriar do que é público para exibir em festinhas privadas.

Não se tem notícia, nos casos dessas invasões promovidas por gente dourada e montada na grana, de reintegrações de posse ordenadas por juízes ou juízas preocupados com o Estado de Direito, ou de prefeitos que convocam a PM para dar tiro de bala de borracha em menininhas que frequentam os clubes noturnos de Maresias, ou ainda lançar bombas de efeito moral pelos janelões de vidro voltados para a placidez do oceano Atlântico.

Bombas de efeito moral não funcionam para quem não tem moral alguma.

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AINDA AS CAMISAS…

SÃO PAULO (contra enchentes, gás pimenta e balas de borracha) – Correndo o risco de me chamarem de chato, volto ao assunto uniformes da Portuguesa. Hoje passei numa loja e vi ao vivo, pela primeira vez, as camisetas feitas pela Lupo. Já estão à venda por cerca de 180 dinheiros nacionais.

Um dos argumentos para a troca para a Lupo era a qualidade do material da Penalty, que não seria grande coisa. Bem.. Vejam os detalhes nas fotos acima. O escudo no meio (que por si já é ridículo) está todo enrugado em vota. A inscrição “Irwin” está toda borrada (ao vivo dá para ver melhor). E o tecido é tão fino, mas tão fino e vagabundo, que olhando a camisa de costas, onde tem a bandeirinha do Brasil, dá para ver a estampa do que seria a etiqueta interna, que marca o tamanho e tal (observem no destaque da última foto).

Resultado: comprei uma da Penalty branca de 2010, que, diga-se, também tem uns detalhes gráficos ridículos, embora eles mal apareçam. Paguei a metade do preço.

Quando o pessoal da Lupo e da Portuguesa virem as sugestões que meus blogueiros estão mandando, vão morrer de vergonha do que fizeram. Será que darão seus braços a torcer?

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NAS ASAS

As aeromoças da Aeroflot… Fotos enviadas pelo meu amigo Rogério Gonçalves, ex-comissário da Transbrasil.

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P8

SÃO PAULO (tenso) – Talvez tenha sido minha melhor posição na classificação geral de uma corrida, descontando as de 2008 que fiz em Londrina com o Corcel Pac Man. Mas com meus carrinhos exóticos, acho que nunca tinha terminado em oitavo na geral.

OK, no fim das contas, apenas 13 largaram, muita gente que tem carros melhores (e pilotos idem) não participou. E esse grid enxuto tem um pouco de minha culpa. Acho que fui um dos responsáveis pelo acidente na primeira largada, que acabou tirando o Fábio Steinbruch da última etapa do Paulista/2011 da Classic Cup.

Tenho uma ótima desculpa, mas como defendo a tese de que quase sempre um acidente em corrida pode ser evitado, assumo minha parcela de responsabilidade e caso o Fábio leia isso aqui, espero que me perdoe.

Ocorre que a direção de prova fez uma cagada fenomenal na primeira largada. Nós largamos com os carros em movimento e, basicamente, funciona assim: volta de apresentação com safety-car na ponta, no Café ele diminui, as luzes vermelhas ficam acesas lá na frente, no meio da reta, o safety-car se retira, e quando as luzes se apagam, largamos.

Mas hoje (ontem, já…) não foi assim. Quando apontamos no Café, não havia luz nenhuma acesa. Esqueceram das luzes vermelhas, que orientam nossa largada. E o maledeto do safety-car demorou uma eternidade para sair da frente do grid, fazendo-o bruscamente na entrada dos boxes. Quando saiu, continuávamos sem luzes. Os pilotos da frente aceleraram, hesitantes, e eu fiz o mesmo. Aí apareceram as luzes vermelhas, as pessoas começaram a frear, eu vinha de cano cheio, desviei de um Passat para não encher a traseira do cara e nessa guinada para a direita, procurando um espaço para não bater em ninguém e não ser atingido pelos que vinham atrás, acabei tocando na traseira do Dodginho do Fábio, que rodou e bateu forte no muro pelo lado de dentro. Creio que ele também vinha acelerando.

Pelo menos é o que depreendi desse acidente ao ver um vídeo rapidamente no autódromo. Meu carro também rodou 180 graus e bateu de traseira no muro. O Cirello, que largou no fundo do pelotão, conseguiu frear e não bateu em mim. Meu carro voltou a funcionar, voltei para a pista, bandeira vermelha, nova largada pouco depois e foi isso a corrida.

Para mim, meio abalado com o acidente (apesar de ficar me desculpando para mim mesmo pela cagada das luzes, que não se repetiu na segunda largada — nesta, ao apontar no Café, vi claramente o semáforo aceso, lá de longe), a prova foi razoavelmente divertida nas primeiras voltas. Passei em quinto no S do Senna, depois fui sendo ultrapassado pelos mais rápidos de sempre e tive um bom duelo com o José Azevedo, segurando o Fusca dele por umas boas três ou quatro voltas, até errar uma marcha na freada do Lago (entrou quinta, em vez de terceira), perder a posição e só recuperá-la no fim, porque ele quebrou.

Não me orgulho nem um pouco de minha tentativa de ganhar posições para aproveitar eventuais vacilos dos ponteiros naquela largada toda cagada, porque no fim isso resultou numa batida de um colega e é algo que me entristece muito. Felizmente o Fábio não se machucou. Mas, de novo, peço desculpas. Minha chateação impediu, inclusive, que eu curtisse mais a presença da minha grande turma de amigos do Canindé, chefiada pela presidenta Michelle Abílio (e o Paulo, a Ju, a Bel, o Alexandre e sua namorada, o Higino e mais um monte de gente), que foi a Interlagos ver a corrida. Espero que tenham gostado, apesar da minha gabolice.

O resultado da prova está aqui. Acho que minha melhor volta foi em 2min15s e alguma coisa. Não peguei a papeleta. Agora, não sei quando tem corrida de novo. O calendário de 2012 está meio confuso. Quando souber, aviso aqui.

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2’14″421

SÃO PAULO (aos poucos vai) – A blogaiada que me desculpe, mas as férias acabaram na rádia e na TV, já estou no ar, o dia está cheio, teve corrida de manhã, esqueci meus óculos (nunca achei que iria, mesmo, precisar de óculos para escrever, saco), chove pra cacete e terei pouco tempo para o blog hoje.

Mas informo que na nona etapa do Paulista (é rodada dupla), o valoroso Meianov largou direitinho, andou algum tempo atrás de um Passat cujo motor não sei qual é, cravou a melhor volta de sua vida em 2min14s421 (média de 115,402 km/h), mas não terminou bem a corrida. Uma vibração nos carburadores acabou soltando o coletor, tive de ir aos boxes, perdi três voltas parado, a equipe arrumou (incrível, foi encostar o carro e o Nenê e o Magrão nem me perguntaram o que era, foram direto lá e consertaram; e eu sabia o que era!), cheguei em 14° entre os 16 que largaram, último na minha categoria, que tem seis carros e é a mais numerosa de todas.

Ou seja, necas de troféu, e amanhã acho que necas de novo, porque a turma que anda na minha divisão, a D2C (não sei bem o que é, acho que motores 1.6 e carros mais ou menos originais), é bem rápida. Tem os Pumas com motores a ar, dois do Della Barba, velocíssimos, e alguns Passats. Contra eles, o Meianov sofre.

Em todo caso, fiquei feliz com a volta na casa de 2min14s, quando tentava buscar o Passat do estreante Silnei Kravaski, que me deu uma linda cravada no S do Senna. Depois, se pingarem no meu e-mail, coloco fotos.

Como se vê, o Dyonysyo Pyerotty já mandou a primeira…

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