QUE VENHA

SÃO PAULO (ótimo) – Muito bem. Emerson Fittipaldi deu coletiva hoje para confirmar a vinda de uma etapa do FIA World Endurance Championship (FIA WEC) no ano que vem a Interlagos. A prova será chamada de “6 Horas de São Paulo”. É uma grande notícia. A corrida está marcada para o período de 13 a 16 de setembro de 2012. O campeonato, recém-criado pela FIA, unifica duas categorias internacionais de provas de longa duração e tem a organização do Automobile Club de L’Ouest, que faz as 24 Horas de Le Mans.

Virão as supermáquinas da Audi, Peugeot, Toyota, Nissan, Honda, Aston Martin, Chevrolet, BMW, Ferrari e Porsche. É um novo Mundial de Marcas — na modesta opinião deste blogueiro, o que tem os carros mais espetaculares do mundo. De acordo com os promotores, o grid terá um mínimo de 30 carros nas categorias LMP1, LMP2 e GT.

O calendário 2012 do FIA World Endurance Championship é o seguinte:

17 de março – 12 Horas de Sebring (EUA)
5 de maio – 6 Horas de Spa-Francorchamps (Bélgica)
16 e 17 de junho – 24 Horas de Le Mans (França)
25 de agosto – 6 Horas de Silverstone (Inglaterra)
16 de setembro – 6 Horas de São Paulo (Brasil)
30 de setembro – 6 Horas de Fuji (Japão)
20 de outubro – 6 Horas de Bahrein (Bahrein)
11 de novembro – 6 Horas da China (circuito a ser definido)

É um supercampeonato. Passa a ser, para mim, a corrida mais esperada do ano no país. Mas os organizadores precisam ter em mente vários aspectos para fazer dela um sucesso. É preciso aprender com os erros do passado, como aquelas Mil Milhas promovidas pelo Antonio Hermann alguns anos atrás (2005?), que contou com esses mesmos carros e foi um fiasco de público. É preciso fazer um evento para quem ama o automobilismo. Deixar as frescuras de lado, desencanar de cobrança de ingressos caríssimos, oferecer atrativos, fazer de Interlagos um parque temático para quem curte corridas, e não empadinhas. É a chance de conferir se o Brasil ainda gosta de velocidade.

Porque se o autódromo não encher para ver o R18, não enche mais.

Comentar

“A EUROPA ACABOU”

SÃO PAULO (será?)Bernie Ecclestone decretou: a Europa acabou. Para ele, num futuro próximo, serão não mais do que cinco etapas do Mundial no Velho Continente. A Europa é passado, acrescentou Bernie. Putz.

Eu adoro a Europa e, em geral, não levo muito a sério as fanfarronices do pequeno grande chefe da F-1. Mas muitas vezes, embora exagerando, ele acerta no que diz. A Europa precisa, de fato, se reinventar. Gosto de falar “reinventar”. Há uma enorme crise econômica, de autoestima, de confiança e de esperança para os países que escreveram a história do Ocidente e da humanidade, de certa forma.

Países como Portugal, Espanha, França e Itália derivaram para a direita, para o rancor, o ressentimento, o conservadorismo. Suas populações são cada vez mais velhas e os jovens estão cada vez mais sem rumos. Legiões de imigrantes de antigas colônias vivem em estado de segregação social e não há luz visível no fim do túnel. Ninguém nem sabe onde está o túnel. Faltam boas cabeças, pensamento moderno. É tanto problema para resolver no presente, que o futuro foi deixado de lado.

No que diz respeito à F-1, o calendário do ano que vem, com 20 etapas, tem oito na Europa: Espanha, Mônaco, Valência, Inglaterra, Alemanha, Hungria, Bélgica e Itália. Duas estão penduradas, Bahrein e EUA. A fila para entrar tem Rússia e Nova Jersey, por enquanto. Quando Bernie fala em no máximo cinco, dá para intuir quem está na linha de tiro para cair fora. Valência e Spa, por exemplo, parecem com os dias contatos.

É assim.

Comentar

RALI DO RUBENS (2)

SÃO PAULO (faltarão horas) – Barrichello apresentou seu rali no Parque São Jorge. Será lá, e não no Ibirapuera, como informei equivocadamente, o evento dos dias 17 e 18 de dezembro. Os detalhes estão aqui. E pelo jeito não tem nada a ver com o Ronaldo. Achei que o Fenomenão estava na parada, mas era puro palpite.

O evento tem até site oficial. Rubens ainda não fechou nada para o ano que vem mas está, evidentemente, dando os primeiros passos numa atividade que poderá seguir quando parar de correr.

Comentar

FALA, KIMI

Entrevista rápida de Raikkonen seobre a volta, com legendinhas e tudo. Cenário estranho…

Comentar

KIMI IS BACK

SÃO PAULO (que beleza) – Kimi Raikkonen está de volta à F-1 depois de dois anos dando cabeçadas no rali. E a Genii atropelou na reta final. Contratou o finlandês para ser o líder da Lotus por duas temporadas (a partir de agora, este blog chamará a ex-Renault só de Lotus, e a Lotus verde só de Caterham, OK? Senão fica uma puta zona).

Algumas coisas ficam claras a partir do anúncio de hoje: 1) A Lotus não tem a menor esperança de que Kubica volte a correr; 2) A segunda vaga passou a ter um valor razoável e os três que lutam por ela terão de correr muito atrás de grana; 3) O lugar na Williams, que ficou algumas semanas à espera de Kimi, é outro que vai render uns bons cobres à equipe.

Petrov x Senninha x Grosjean é a briga agora. Quem pagar mais leva. Vitaly tem a vantagem de ser representante único de um país prestes a receber seu GP e carregado de mecenas que não se importam em gastar fortunas com investimentos no Ocidente, como times de futebol. E já está há dois anos no grupo. Bruno, por sua vez, é piloto de um país com economia forte, onde a Genii busca negócios, e tem potencial de angariar patrocinadores. Grosjean é o menos favorecido nessa briga. Tem apoio da Total, Boullier gosta dele, mas não sei se terá cacife.

E com a volta de Kimi, o Mundial de 2012 terá nada menos que seis campeões mundiais na pista: o próprio, mais Alonso, Schumacher, Hamilton, Button e Vettel. Bem legal, isso.Na Williams, a vaga interessante que restou, muita gente vai aparecer com a carteira recheada e curriculum vitae floreado, pastinha com fotos e apresentação em powerpoint. Barrichello e Sutil são dois deles. E quem dançar na Lotus — Petrov, Grosjean, Senna —, idem. Não se deve esquecer que a Renault também fará os motores da Williams no ano que vem e pode dar um empurrãozinho a um desses. Todos têm relações com os franceses. Petrov, por causa da Lada (OK, estou forçando um pouco a barra); Grosjean, via Total; Senninha, por conta de Carlos Ghosn (presidente da Renault, brasileiro) e dos interesses da montadora no Brasil.

Vai ser uma briga de foice.

Comentar

FAZ SENTIDO

SÃO PAULO (vamos dar uma agitada) – Seguinte, macacada: acho feio o carro da Red Bull. Não me lembro de ter comentado isso aqui, mas nunca curti muito o esquema de cores e colocação de logotipos da equipe desde a estreia, em 2005. Gozado é que a empresa, moderníssima, nunca mexeu demais no visual. Estou falando exclusivamente, claro, de cores e layout. Nada a ver com o desenho técnico, aerodinâmica, essas coisas.

Olhem as fotos aí no alto. São dos carros de 2005 (RB1), 2008 (RB4) e 2011 (RB7). Notam alguma grande diferença? Quase nenhuma.

Mas acho que sei qual foi a ideia original dos marqueteiros rubrotaurinos. Marcar uma imagem, como fazem a Ferrari com o vermelho e a McLaren com o prateado, para ficar em dois exemplos clássicos. No caso mclariano, recente, diga-se. O problema, para mim, é que o primeiro desenho ficou ruim. E vai ser ruim para o resto da vida, pelo jeito.

Algumas equipes não mudaram radicalmente suas cores ao longo da vida, mas a imensa maioria delas, em algum momento, sucumbiu aos patrocinadores. E em muitos casos a força do patrocínio foi tamanha que se transformou quase em marca registrada da equipe. O amarelo da Jordan, por exemplo, por conta da Benson & Hedges, que permaneceu mesmo depois do fim do patrocínio. Ou ainda a Williams com o azul e branco desde os tempos de BMW. Lembro também da Tyrrell azulona para combinar com a Elf, e deve ter mais um monte que vocês vão descobrir.

Mas eu falava da Red Bull, e acho tão feio o layout de seus carros que resolvi fazer um pequeno concurso. Mandem até o fim da semana para [email protected] sugestões de novas pinturas para Vettel e Webber no ano que vem. A mais legal vai ganhar um prêmio. Um livro com a biografia do Hélio Castroneves, pode ser? Ganhei, mas como já tinha vou dar de presente.

Comentar

O FIM, O FIM

SÃO PAULO – Edimílson dos Reis Alves, 59 anos, dirigia um ônibus municipal na noite de ontem em Sapopemba, zona leste, quando teve um mal súbito, perdeu a direção, bateu em três carros e três motos e atropelou um rapaz, que ficou ferido. Uma passageira do ônibus teve de puxar o freio de mão para que o veículo parasse porque Edimílson estava desacordado.

Frequentadores de um baile funk que era realizado numa praça ao lado foram ao local, arrancaram o motorista do ônibus e o lincharam até a morte. Ninguém foi preso.

Esta é a cidade onde eu vivo.

 

Comentar

O RALI DO RUBENS

SÃO PAULO (novos rumos?) – Barrichello dá uma coletiva amanhã no CT do Corinthians.

Hein? Vai jogar no Timão? Vai correr na F-1 com as cores do alvinegro de Parque São Jorge?

Nada disso. Como já antecipamos sábado, Rubens vai lançar um evento para pilotos celebridades, uma disputa mano-a-mano com carros Mini, em formato de rali, numa pista que será montada no Ibirapuera, não sei exatamente onde — se no parque ou no estádio de atletismo. O evento está marcado para os dias 17 e 18 de dezembro e estará cheio de globais arroz-de-festa, como Luciano Huck. Desconfio, mas é puro palpite, que Ronaldão, o Fenomenão, está por trás disso com sua agência de marketing esportivo. Se não fosse assim, não vejo nenhum motivo para a coletiva acontecer no Corinthians. A ver.

ATUALIZANDO…

Errei miseravelmente a informação sobre o local do evento. Será no Parque São Jorge. Corrigido.

Comentar

A TURMA DO G

SÃO PAULO (justo) – O Setor G de Interlagos é aquele de preços mais “populares”, bem entre aspas mesmo, e o mais desconfortável para quem, há anos, assiste ao GP do  Brasil. Algumas das queixas frequentes: os torcedores não têm banheiros adequados, comidas e bebidas são caras e de má qualidade, falta de um telão, de informações sobre a prova e tal.

Reivindicações justas, que os organizadores nunca levaram muito a sério. Então aí está o pleito da moçada, com chancela do grupo que se denomina Pisa Fundo Brasil.

Mas, por outro lado, tem muita gente que reclama do Setor G por outros motivos. A falta de educação de grupos que se acham donos vitalícios dos melhores lugares, bandos de marmanjos mal-educados, grosseiros e hostis, selvageria com as mulheres, bebedeiras, agressividade.

Aí estão os dois lados. Vocês que frequentam essa arquibancada, fiquem à vontade para relatar suas experiências. Sabendo que este blogueiro considera o comportamento primitivo de muitos torcedores uma babaquice sem tamanho, que não tem graça nenhuma.

E acrescentando que este blogueiro, igualmente, considera uma aberração e um crime contra o direito do consumidor e contra o estatuto do torcedor os lugares não serem numerados e individuais (os numerinhos pintados nos degraus são uma ficção), pelo preço que se paga. Só não sei por que ninguém reclama.

Comentar

6 HORAS

SÃO PAULO (bom) – Não sei se é uma enorme novidade, mas acabo de ser informado que Emerson Fittipaldi, Alessandro Bravi (representante do Automobile Club d’Ouest), e o prefeito-quibe Gilberto Kassab vão anunciar amanhã que Interlagos vai receber as “6 Horas de São Paulo”, etapa brasileira do FIA World Endurance Championship.

Mais uma prova importante para que se meça quanto o público ainda gosta de corridas no Brasil.

Comentar
1:08:10

VERSTAPPEN: NÃO É SÓ O CARRO (BEM, MERDINHAS #158)

Muita gente atribui o domínio de Verstappen desde 2022 apenas ao grande carro da Red Bull. É uma meia verdade -- ou menos que isso. Com o mesmo equipamento, seu companheiro Pérez não chega nem per...

1:06:01

MAX HUMILHA A CONCORRÊNCIA (F-GOMES, GP DA CHINA, DIA #3)

Max Verstappen venceu o GP da China de F-1 sem tomar conhecimento da concorrência. Foi sua primeira vitória em Xangai e, agora, ele já ganhou corridas em 26 pistas diferentes da categoria. O record...