INTERLAGOS BY JUNG

RIO DE JANEIRO (segue lindo) – Faltou ontem o tradicional link para a coluna pós-GP de nosso batera Andre Jung. Pois aqui está, sobre a corrida do Brasil. Que foi chatinha, como diz o Andre. Restou pouco mais do que as voltas de Piquet de Brabham, com a bandeira do Vascão.

Comentar

AO RIO

SÃO PAULO (voando) – Bom dia, macacada. Este blog será razoavelmente abandonado hoje porque o blogueiro está seguindo para o Rio, de DKW, para participar a segunda edição da Academia ESPN de Letras. Os detalhes do evento estão aqui e todos estão convidados. Vai ser na Casa de Rui Barbosa. Serei mediador de uma mesa com Juca Kfouri e Fernando Calazans e vou levar uns livrinhos para vender pelo módico preço de 29,90, para pagar a gasolina de volta. Espero a cariocada por lá!

Comentar

CORNETAS

SÃO PAULO (e perigosa) – Todo mundo sabe que a imprensa italiana é das mais corneteiras do mundo. E quando se trata da Ferrari, os caras pegam pesado mesmo. Quem está no paredão, agora que a temporada acabou, é Felipe Massa. Leiam este artigo do veterano Alberto Sabbatini, da “Autosprint”, que me foi enviado pelo Antonio Chambel. Ele bate sem dó no brasileiro. Para quem tem preguiça de ler italiano, o texto começa dizendo que a temporada de 2011 será lembrada pela “decepção que foi Felipe Massa”, por ter passado um campeonato inteiro sem um pódio. E lembra da “desgraçada temporada de 1992”, a última em que isso aconteceu, com Ivan Capelli. Na verdade, se considerasse apenas pilotos que correram todas as provas de um Mundial, a última vez que um ferrarista voltou para casa sem troféu foi em 1981, com Pironi. Capelli não correu todas em 1992.

Sabbatini faz várias considerações sobre Felipe, um piloto que, para ele, é incapaz de fazer duas voltas com a mesma trajetória. Mas que seus defeitos foram ocultos pelas ótimas voltas de classificação entre 2006 e 2008, quando fez 15 poles. “Mas o Massa de hoje é uma sombra daquele”, diz o articulista, perguntando-se: por que a Ferrari insiste com ele, renovando seu contrato de dois em dois anos?

O jornalista cita o fato de Felipe ter tido um acidente grave e, logo depois, um filho. “Entrou na parábola descendente de sua carreira”, afirma. “Vettel, Webber, Alonso, Hamilton, Button e Rosberg não falam em ter filhos…” Especula que quando Todt era o chefão, ele ia ficando porque seu empresário era (ainda é) Nicolas, filho do atual presidente da FIA. Relata as negociações com Rosberg para 2012 que, segundo ele, não prosperaram porque seria caro rescindir o contrato de Massa e pagar para a Mercedes liberar o alemão. “Mas quanto a Ferrari perde de dinheiro por não fazer os pontos que Felipe deveria marcar no campeonato?”, continua.

Sabbatini sugere vários nomes para seu lugar. Fala em Pérez, Kobayashi, Sutil, Kovalainen e até Trulli. “Gente que custaria pouco e que com uma Ferrari daria 110% para chegar ao pódio.” Para finalizar com aquele que considera a solução final: Kubica. Segundo o jornalista, a Ferrari quis o polonês para o lugar de Massa depois do acidente da Hungria em 2009, e teria cedido aos apelos do brasileiro para que Robert não fosse contratado. “Mas agora essa dívida com Felipe está quitada. A equipe que faça suas contas. Talvez mantendo Massa mais um ano e assinando com Kubica para ajudar em sua recuperação em 2012 e ter um formidável binômio com Alonso em 2013.”

Não sei se é verdade essa história do Kubica em 2009. E acho que apostar no polaco agora é sonhar alto, infelizmente. Digo sempre: Robert dificilmente volta a correr na F-1, o que será um pecado. Mas disso tudo o que se depreende é: Felipe terá de convencer não só a Ferrari de que merece correr de vermelho, no ano que vem; terá, também, de reconquistar a imprensa italiana.

Comentar

QUE VENHA

SÃO PAULO (ótimo) – Muito bem. Emerson Fittipaldi deu coletiva hoje para confirmar a vinda de uma etapa do FIA World Endurance Championship (FIA WEC) no ano que vem a Interlagos. A prova será chamada de “6 Horas de São Paulo”. É uma grande notícia. A corrida está marcada para o período de 13 a 16 de setembro de 2012. O campeonato, recém-criado pela FIA, unifica duas categorias internacionais de provas de longa duração e tem a organização do Automobile Club de L’Ouest, que faz as 24 Horas de Le Mans.

Virão as supermáquinas da Audi, Peugeot, Toyota, Nissan, Honda, Aston Martin, Chevrolet, BMW, Ferrari e Porsche. É um novo Mundial de Marcas — na modesta opinião deste blogueiro, o que tem os carros mais espetaculares do mundo. De acordo com os promotores, o grid terá um mínimo de 30 carros nas categorias LMP1, LMP2 e GT.

O calendário 2012 do FIA World Endurance Championship é o seguinte:

17 de março – 12 Horas de Sebring (EUA)
5 de maio – 6 Horas de Spa-Francorchamps (Bélgica)
16 e 17 de junho – 24 Horas de Le Mans (França)
25 de agosto – 6 Horas de Silverstone (Inglaterra)
16 de setembro – 6 Horas de São Paulo (Brasil)
30 de setembro – 6 Horas de Fuji (Japão)
20 de outubro – 6 Horas de Bahrein (Bahrein)
11 de novembro – 6 Horas da China (circuito a ser definido)

É um supercampeonato. Passa a ser, para mim, a corrida mais esperada do ano no país. Mas os organizadores precisam ter em mente vários aspectos para fazer dela um sucesso. É preciso aprender com os erros do passado, como aquelas Mil Milhas promovidas pelo Antonio Hermann alguns anos atrás (2005?), que contou com esses mesmos carros e foi um fiasco de público. É preciso fazer um evento para quem ama o automobilismo. Deixar as frescuras de lado, desencanar de cobrança de ingressos caríssimos, oferecer atrativos, fazer de Interlagos um parque temático para quem curte corridas, e não empadinhas. É a chance de conferir se o Brasil ainda gosta de velocidade.

Porque se o autódromo não encher para ver o R18, não enche mais.

Comentar

“A EUROPA ACABOU”

SÃO PAULO (será?)Bernie Ecclestone decretou: a Europa acabou. Para ele, num futuro próximo, serão não mais do que cinco etapas do Mundial no Velho Continente. A Europa é passado, acrescentou Bernie. Putz.

Eu adoro a Europa e, em geral, não levo muito a sério as fanfarronices do pequeno grande chefe da F-1. Mas muitas vezes, embora exagerando, ele acerta no que diz. A Europa precisa, de fato, se reinventar. Gosto de falar “reinventar”. Há uma enorme crise econômica, de autoestima, de confiança e de esperança para os países que escreveram a história do Ocidente e da humanidade, de certa forma.

Países como Portugal, Espanha, França e Itália derivaram para a direita, para o rancor, o ressentimento, o conservadorismo. Suas populações são cada vez mais velhas e os jovens estão cada vez mais sem rumos. Legiões de imigrantes de antigas colônias vivem em estado de segregação social e não há luz visível no fim do túnel. Ninguém nem sabe onde está o túnel. Faltam boas cabeças, pensamento moderno. É tanto problema para resolver no presente, que o futuro foi deixado de lado.

No que diz respeito à F-1, o calendário do ano que vem, com 20 etapas, tem oito na Europa: Espanha, Mônaco, Valência, Inglaterra, Alemanha, Hungria, Bélgica e Itália. Duas estão penduradas, Bahrein e EUA. A fila para entrar tem Rússia e Nova Jersey, por enquanto. Quando Bernie fala em no máximo cinco, dá para intuir quem está na linha de tiro para cair fora. Valência e Spa, por exemplo, parecem com os dias contatos.

É assim.

Comentar

RALI DO RUBENS (2)

SÃO PAULO (faltarão horas) – Barrichello apresentou seu rali no Parque São Jorge. Será lá, e não no Ibirapuera, como informei equivocadamente, o evento dos dias 17 e 18 de dezembro. Os detalhes estão aqui. E pelo jeito não tem nada a ver com o Ronaldo. Achei que o Fenomenão estava na parada, mas era puro palpite.

O evento tem até site oficial. Rubens ainda não fechou nada para o ano que vem mas está, evidentemente, dando os primeiros passos numa atividade que poderá seguir quando parar de correr.

Comentar

FALA, KIMI

Entrevista rápida de Raikkonen seobre a volta, com legendinhas e tudo. Cenário estranho…

Comentar

KIMI IS BACK

SÃO PAULO (que beleza) – Kimi Raikkonen está de volta à F-1 depois de dois anos dando cabeçadas no rali. E a Genii atropelou na reta final. Contratou o finlandês para ser o líder da Lotus por duas temporadas (a partir de agora, este blog chamará a ex-Renault só de Lotus, e a Lotus verde só de Caterham, OK? Senão fica uma puta zona).

Algumas coisas ficam claras a partir do anúncio de hoje: 1) A Lotus não tem a menor esperança de que Kubica volte a correr; 2) A segunda vaga passou a ter um valor razoável e os três que lutam por ela terão de correr muito atrás de grana; 3) O lugar na Williams, que ficou algumas semanas à espera de Kimi, é outro que vai render uns bons cobres à equipe.

Petrov x Senninha x Grosjean é a briga agora. Quem pagar mais leva. Vitaly tem a vantagem de ser representante único de um país prestes a receber seu GP e carregado de mecenas que não se importam em gastar fortunas com investimentos no Ocidente, como times de futebol. E já está há dois anos no grupo. Bruno, por sua vez, é piloto de um país com economia forte, onde a Genii busca negócios, e tem potencial de angariar patrocinadores. Grosjean é o menos favorecido nessa briga. Tem apoio da Total, Boullier gosta dele, mas não sei se terá cacife.

E com a volta de Kimi, o Mundial de 2012 terá nada menos que seis campeões mundiais na pista: o próprio, mais Alonso, Schumacher, Hamilton, Button e Vettel. Bem legal, isso.Na Williams, a vaga interessante que restou, muita gente vai aparecer com a carteira recheada e curriculum vitae floreado, pastinha com fotos e apresentação em powerpoint. Barrichello e Sutil são dois deles. E quem dançar na Lotus — Petrov, Grosjean, Senna —, idem. Não se deve esquecer que a Renault também fará os motores da Williams no ano que vem e pode dar um empurrãozinho a um desses. Todos têm relações com os franceses. Petrov, por causa da Lada (OK, estou forçando um pouco a barra); Grosjean, via Total; Senninha, por conta de Carlos Ghosn (presidente da Renault, brasileiro) e dos interesses da montadora no Brasil.

Vai ser uma briga de foice.

Comentar

FAZ SENTIDO

SÃO PAULO (vamos dar uma agitada) – Seguinte, macacada: acho feio o carro da Red Bull. Não me lembro de ter comentado isso aqui, mas nunca curti muito o esquema de cores e colocação de logotipos da equipe desde a estreia, em 2005. Gozado é que a empresa, moderníssima, nunca mexeu demais no visual. Estou falando exclusivamente, claro, de cores e layout. Nada a ver com o desenho técnico, aerodinâmica, essas coisas.

Olhem as fotos aí no alto. São dos carros de 2005 (RB1), 2008 (RB4) e 2011 (RB7). Notam alguma grande diferença? Quase nenhuma.

Mas acho que sei qual foi a ideia original dos marqueteiros rubrotaurinos. Marcar uma imagem, como fazem a Ferrari com o vermelho e a McLaren com o prateado, para ficar em dois exemplos clássicos. No caso mclariano, recente, diga-se. O problema, para mim, é que o primeiro desenho ficou ruim. E vai ser ruim para o resto da vida, pelo jeito.

Algumas equipes não mudaram radicalmente suas cores ao longo da vida, mas a imensa maioria delas, em algum momento, sucumbiu aos patrocinadores. E em muitos casos a força do patrocínio foi tamanha que se transformou quase em marca registrada da equipe. O amarelo da Jordan, por exemplo, por conta da Benson & Hedges, que permaneceu mesmo depois do fim do patrocínio. Ou ainda a Williams com o azul e branco desde os tempos de BMW. Lembro também da Tyrrell azulona para combinar com a Elf, e deve ter mais um monte que vocês vão descobrir.

Mas eu falava da Red Bull, e acho tão feio o layout de seus carros que resolvi fazer um pequeno concurso. Mandem até o fim da semana para [email protected] sugestões de novas pinturas para Vettel e Webber no ano que vem. A mais legal vai ganhar um prêmio. Um livro com a biografia do Hélio Castroneves, pode ser? Ganhei, mas como já tinha vou dar de presente.

Comentar

O FIM, O FIM

SÃO PAULO – Edimílson dos Reis Alves, 59 anos, dirigia um ônibus municipal na noite de ontem em Sapopemba, zona leste, quando teve um mal súbito, perdeu a direção, bateu em três carros e três motos e atropelou um rapaz, que ficou ferido. Uma passageira do ônibus teve de puxar o freio de mão para que o veículo parasse porque Edimílson estava desacordado.

Frequentadores de um baile funk que era realizado numa praça ao lado foram ao local, arrancaram o motorista do ônibus e o lincharam até a morte. Ninguém foi preso.

Esta é a cidade onde eu vivo.

 

Comentar

Blog do Flavio Gomes
no Youtube
1:54:35

ÍMOLA, 1994 (BEM, MERDINHAS #159)

Barrichello na sexta, Ratzenberger no sábado, Senna no domingo. No programa de hoje, lembranças de Ímola, 1994. As lições daquela corrida, a tristeza das mortes e os detalhes da cobertura jornal�...

00:53

MERCEDES VAI PRA CIMA DE VERSTAPPEN (RÁDIO GOMES, 26/4/24)

Agora a coisa ficou séria. A imprensa alemã avisa que Max Verstappen e a Mercedes vão se reunir depois do GP de Miami para falar sério sobre o futuro. Em crise interna, apesar dos resultados espl�...