FIM DE FEIRA (FIM)

SÃO PAULO (fim mesmo) – E acabou mais um, o 24° GP do Brasil trabalhando. E teve mais alguns como torcedor, lá nos anos 70 e nos 80. Acho que eram mais divertidos, esses nas arquibancadas. Tenho saudades deles. Na verdade, tenho saudades é dos meus 15, 18, 20 anos. Mas uma corrida é sempre uma corrida. A paixão por elas permanece intacta. Gosto de ver os carros, os pilotos, as arquibancadas cheias.

Ano que vem estaremos aqui? Como saber… Talvez sim, talvez não, isso não é importante agora. Importante é fechar o computador, desligar o microfone, voltar para o carro solitário no estacionamento silencioso sabendo que tudo que era possível fazer a gente fez. No site, com a equipe aqui no autódromo com o Victor Martins, a Evelyn Guimarães e o Fernando Silva, incansáveis. Lá fora, espalhados pelo mundo, Juliana Tesser, Mauro de Bias, Felipe Giacomelli. Mais nossos fotógrafos-colaboradores Carsten Horst, Duda Bairros e Beto Issa. E a turma do iG, da ProdutoBrasil, do MSN. Gente que não acaba mais.

Na rádio, uma cobertura impecável, talvez a melhor desses anos todos, com Everaldo Marques, Conrado Giulietti, Julio Gomes, Zé Renato Ambrósio, Antonio Strini, Livio Oricchio, Thiago Arantes, além do pessoal da técnica, Luiz Henrique State e Josias Jesus da Silva aqui na pista, e a retaguarda da Estadão-ESPN. Impecável mesmo. Horas e mais horas no ar, tudo redondinho, informação pura, bom humor na dose certa, legal demais.

É um trabalho insano, mas recompensador. Não muda o mundo, mas é um trabalho, afinal.

Agora preciso voltar para casa, saber como foi o domingo dos meninos, fazer o leite deles, ver se estão de aparelho, mandar escovar os dentes, colocá-los na cama que amanhã tem aula cedinho.

Hasta la vista, babies.

 

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FIM DE FEIRA (23)

SÃO PAULO (afe) – Está na nota assinada pelo Nelson Barros Neto, na Folha.com. Piquet não deu a bandeirada. Eu não tinha percebido. O tricampeão errou o caminho e foi parar no pódio. Como não haveria tempo de chegar ao local de onde é agitada a quadriculada, coube a Carlos Montagner sinalizar o fim da corrida com a última volta de Webber.

Em 2002, Pelé perdeu a passagem dos oito primeiros. Foi dar a quadriculada para Sato, que chegou em nono. Schumacher venceu.

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FIM DE FEIRA (22)

SÃO PAULO (vai, Palmeiras!) – E aí que Vettel, malandrão, compara sua situação de hoje à de Senna em 1991. E falou isso pelo rádio durante a corrida. Eu não tinha captado a mensagem. Menos, né, Tião? Ayrton acabou aquela corrida só com a sexta marcha. O alemãozinho acabou com todas funcionando. Segundo ele, teve de usar marchas mais altas, encurtar as passagens, essas coisas.

Eu já corri com alavanca escapando, tendo de segurar o volante com uma mão e o câmbio com a outra. E uma vez, num episódio clássico do automobilismo mundial, a bolota do câmbio saiu na minha mão depois de uma rodada e coloquei de volta. Isso aí do Vettel foi casca de ovo. Gostei desse negócio de casca de ovo.

O vídeo do momento histórico com o câmbio do Meianov está aí embaixo, aos 2min30s.

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FIM DE FEIRA (21)

Antes de continuar… VAI, VASCO, CACETE! A fotaça é da Agência Globo. Vou tentar descobrir o autor, está linda.

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FIM DE FEIRA (20)

SÃO PAULO (Furacão vai cair) – Bem, Bruno, com o drive-through, depois um pedaço da asa que se soltou e sem a quarta marcha, acabou tendo um resultado ruim. Ficou em 17°, atrás de Kovalainen, que parou uma vez a menos. Não, não foi nada bom. E como Petrov cravou um pontinho, no frigir dos ovos é ele que sai mais animadinho de Interlagos. Eles lutam pela mesma vaga, e ainda tem Grosjean e Raikkonen na parada.

Raikkonen? Uai, não era Williams? Pois é… Não é mais. A coisa esfriou bem. E tem outro finlandês na briga, Valtteri Bottas. Vai ser um leilão e tanto. Que conta com lances de Barrichello, também.

Rubens largou mal, caiu para 20° na primeira volta, remou, remou e chegou em 14°. Fez a sexta melhor volta da corrida. Saiu sem saber, sinceramente, se foi sua última aparição na F-1. As declarações pós-GP foram confusas: “Tô em paz, tô tranquilo, volto a dizer que não estou pedindo favor a ninguém. Se essa for a última, tive meus adoráveis 19 anos. Mas vou correr. Foi um ano difícil, um carro difícil de guiar o ano inteiro, e espero que seja melhor no ano que vem. Não trabalho com a hipótese de encerrar a carreira”. Prazo? “Claro que não vou esperar até fevereiro, mas não tenho um limite. Isso é casca de ovo para mim.” Casca de ovo? De tudo, o que compreendi é que, se ficar, será na Williams mesmo. Mas sei lá.

E Massa não teve um domingo bom. Pela sexta vez no ano, foi quinto. No sábado à noite, encontraram um pneu furado, de um dos jogos macios que tinha à disposição para a corrida. Ha ha ha. Achou que aquela panca no kart que me deu terça-feira iria ficar por aquilo mesmo? Conheço gente aqui dentro. Assim, fez apenas duas paradas e teve de andar um bom tempo de pneus duros, com os quais a Ferrari não se entende. “Ainda bem que 2011 acabou, foi um dos piores da minha carreira, não tenho problema nenhum em dizer.

No fim do dia, Hamilton foi no escritorinho da Ferrari dar um abraço em Felipe. Terminaram o ano na boa. Quase que se pegaram de novo na corrida, mas Lewis quebrou o câmbio. No caso dele, foi de verdade, abandonou. A foto está lá no Grande Prêmio, clique da Evelyn Guimarães.

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FIM DE FEIRA (19)

SÃO PAULO (sei, sei…) – Ah, Red Bull… Que puta cascata. A corrida inteira dizendo que o Vettel tinha problema de câmbio só para justificar a entrega da vitória a Webber, nosso desolado canguru, que ganhou a sua no ano. Vettel disse que estava com problemas mesmo, ficou batendo nessa tecla em todas as entrevistas, mas… virando os tempos que virou? Ah, Red Bull… Pândegos. Mas tudo bem. A dobradinha, terceira no ano, fez justiça a uma equipe que engoliu as demais em 2011.

Aos números, para não esquecer nenhum: sétima vitória do Webber, segunda no Brasil, terceira da Red Bull em Interlagos — seguida, diga-se. E 12ª na temporada para o time.

Foi uma grande corrida? Não. Não choveu. Os meteorologistas erraram todos. E a asa móvel, em quem se apostava tanto, foi pouco útil na Reta Oposta porque, na prática, é uma reta curta. Para o Meianov, é longuíssima. Não acaba nunca. Mas num F-1, passa num estalar de dedos. O melhor ponto de ultrapassagem foi novamente a freada do S do Senna, um ponto natural, no fim de um trecho em subida muito longo, onde o piloto mais boludo, como dizem os espanhóis (nem sei se são os espanhóis que dizem boludo, mas que seja; boludo, o que tem bolas, pronto), freia mais dentro e leva.

Numa dessas, Schumacher e Senninha se tocaram. Michael foi por fora, porque Bruno se defendeu da maneira natural, tomando a trajetória interna. Não achei que tinham de punir ninguém. Schumacher passou, Bruno não conseguiu recolher a tempo, houve o toque da roda no pneu traseiro, o furo no alemão, o cartão amarelo para o primeiro-sobrinho com um drive-through — um Big Mac e uma batata pequena, sem refrigerante, vou pagar em dinheiro, não quero nota fiscal paulista, obrigado.

Michael foi gentil e sensato. “Falta de experiência, acontece”, falou. Bruno ficou pistola. “Não entendi, me surpreendeu a decisão dos comissários, foi um acidente de corrida.” Concordo. Mas, na hora, falei na rádia: vão punir o Bruno, porque na cabeça da FIA, a consequência de um toque é que determina as punições, e não a culpabilidade. Batata.

Voltemos a Vettel e seu teatrinho ridículo. Na 14ª volta começaram a falar pelo rádio que o câmbio estava com problemas. Mas os tempos de volta mantinham-se do mesmo jeito. Na volta 30, Webber passou. Tião virou 1min19s136. Depois, voltou a fazer voltas em 1min16s, como Mark e os demais. Puta cascata.

Webber nem comemorou muito quando saiu do carro. Piloto não é bobo, sabe das coisas. No pódio, estava mais alegrinho.

Vão comentando aí, que volto daqui a pouco.

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FIM DE FEIRA (18)

SÃO PAULO (até mais) – Momento de emoção agora em Interlagos, as voltas de Piquet com a linda BT49. Mas o máximo foi ele colocar a bandeira do Vasco para fora no fim. Diante de um público eminentemente paulista. Mais uma molecagem desse moleque de quase 60 anos, uma das maiores figuras da história do automobilismo.

Grande Nelson. É o cara.

E vamos para a corrida. Nos vemos no fim da tarde.

Piquet com a bandeira do Vasco. Gênio. Foto de Carsten Horst

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FIM DE FEIRA (17)

SÃO PAULO (23°C, com sol e névoa úmida) – Piquet deu quatro voltas com o BT49 agora há pouco. Só para testar. Numa delas, meteu a bandeira do Vascão para fora. Gênio! As voltas oficiais serão dadas às 12h40. O cara tá que é uma alegria só. Mas dá para ver na foto abaixo, do Fernando Silva, a tensão que qualquer piloto sente antes de entrar num carro. Ao lado dele, a lenda Chico Rosa.

Cronometraram uma volta, só de zoeira. 1min40s. “Eu estava devagar”, falou o Nelsão.

Ah, diz que tem 75% de chances de chuva. Quem não conhece Interlagos vai achar que é mentira, o dia está lindo. Mas Interlagos é Interlagos.

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FIM DE FEIRA (16)

SÃO PAULO (20°C, mas tá menos) – É claro que não será um treino a definir quem fica na equipe. Mas como eles disputam a mesma vaga, Bruno ter ficado em nono e Petrov em péssimo-quinto conta a favor. São várias pequenas coisas, mais uma grande mala de dinheiro, que vão determinar os pilotos da futura Lotus em 2012.

Senninha fez uma ótima classificação em Interlagos. E estava meio apagado depois dos pontos de Monza. Foi aplaudido pelo público e pelo time. “É legal trazer um pouco de felicidade para a equipe. Estou contentaço!”, falou o primeiro-sobrinho.

Em nono no grid, tem de lutar para pontuar. Qualquer resultado que não seja terminar entre os dez primeiros será ruim.

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FIM DE FEIRA (15)

Para mim, a foto do dia, da EFE. Do alto desse degraus cobertos com carpete verde imitando grama, nove títulos vos contemplam.

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