EM MANAUS

SÃO PAULO (incrível) – Um dos sete Lafer LL foi encontrado em Manaus, conta o Jean Tosetto. O relato, com fotos, está aqui. É um carro raríssimo. Falamos dele em 2007 aqui no blog. Agora, resta torcer para que alguém se empolgue e vá atrás dele, para uma merecida restauração. Que deve incluir, também, a trajetória do LL até Manaus. Saber como um carro desses vai parar tão longe é tão interessante quanto a história do modelo em si.

Comentar

DEU FUSCA

SÃO PAULO (parabéns) – A Porsche venceu as 24 Horas de Nürburgring com pouco mais de 4 minutos de vantagem para a turma da BMW, que teve Augusto Farfus no volante. O resumo da prova, abaixo, é do Luiz Alberto Pandini.

A Porsche obteve uma vitória brilhante em uma das mais emocionantes e dramáticas edições da 24 Horas de Nürburgring. Diante de 220 mil espectadores que compareceram ao lendário Nordschleife (o circuito de 25 km formado pela junção dos 4,5 km do traçado inaugurado em 1984 com os 20,5 km nos quais a Fórmula 1 correu até 1976), o Porsche 911 GT3 RSR da equipe Manthey Racing, pilotado pelo quarteto Marc Lieb/Lucas Luhr/Timo Bernhard/Romain Dumas, recebeu a bandeirada em primeiro lugar, pouco mais de 4 minutos (nesse traçado, o equivalente a menos de meia volta) à frente do BMW M3 GT tripulado por Augusto Farfus/Jörg Müller/Uwe Alzen/Pedro Lamy.

Foi a quinta vitória da Porsche e da equipe Manthey Racing nas últimas seis edições da 24 Horas de Nürburgring. No total, a Porsche tem 11 vitórias na prova, realizada pela primeira vez em 1970. Com o Porsche 911 GT3 RSR (o GT de corrida mais bem sucedido dos últimos anos), o quarteto da Porsche assumiu a liderança às 23h25 de sábado (a largada foi dada às 16h do mesmo dia) e manteve a posição até receber a bandeirada no domingo. Nas 16 horas e 35 minutos seguintes à tomada da liderança, foram percorridas 108 voltas sob imensa pressão em um dos circuitos mais difíceis do mundo. O Porsche vencedor estabeleceu um novo recorde de distância ao completar 156 voltas, equivalentes a 3.958,968 km percorridos. A prova teve 202 carros na largada, dos quais 135 percorreram a distância mínima necessária para serem considerados classificados.

Porsche em primeiro, BMW em segundo, Audi em terceiro, quarto e quinto, Mercedes em sexto. Alemão é ruim de carro…

Comentar

HISTÓRIA ESTRANHA

SÃO PAULO (sei lá) – A Audi estaria por trás da ideia de mudança dos motores da F-1 para 4 cilindros turbo 1.6 a partir de 2013. É o que diz Adrian Newey. E a FIA, disposta a atrair a marca (o que significaria trazer a gigantesca VW), acabou propondo esse formato às equipes.

Depois Ingolstadt teria voltado atrás e aí decidiram por um V6 1.6 a partir de 2014.

A Audi, vira e mexe, é colocada nas especulações sobre entrar na F-1. Anos atrás, Mario Theissen, da BMW, nos disse num jantar que a decisão já estava tomada. “Só resta saber quando, exatamente, eles vêm.” No fim, a Audi nunca veio e sempre negou o interesse. Nem a VW.

As quatro argolas investem no DTM e em Le Mans. É algo que a fábrica considera mais adequado às suas necessidades. Nas provas de protótipos, desenvolve um monte de coisa, de novos materiais a combustíveis alternativos. Nas de Turismo, mantém-se na mídia numa briga eterna de mercado com a Mercedes.

Dia desses li uma entrevista do chefe da Audi para as corridas, Wolfgang Ullrich, e ele não parece curtir muito monopostos. “Corridas de fórmula não têm relevância para as ruas e estradas. Em Le Mans, um de nossos carros andou mais do que um carro de F-1 durante uma temporada inteira e gastou 42% menos em combustível, com uma média de velocidade maior. Isso é relevante.”

Não dá para tirar sua razão.

Comentar

ONE COMMENT

Bem melhor que o GP da Europa. Vejam, é demais! Enviado pelo Claudio Aun.

Comentar

VALENTINAS (2)

SÃO PAULO (zzzz) – Chata pra cacete. Eu estava até com saudades de corridas chatas. Mas já passsou. Que voltem as boas.

Bom, vamos a alguns números. Porque se esse GP da Europa foi ruim, pelo menos deixou algumas marcas importantes. Foi a corrida que teve mais carros recebendo a bandeira quadriculada na história. Os 24 que largaram chegaram ao final. Nunca tantos tinham terminado uma prova. Karthikeyan, portanto, tornou-se o pior piloto de todos os tempos. O único capaz de terminar um GP de F-1 em 24º. Que merda, hein, Karthikeyan?

Foi a terceira vez na história em que todos os pilotos que largaram chegaram ao final. As outras foram na Holanda em 1961 (15 carros) e em Monza em 2005 (20).

Vettel venceu pela sexta vez em oito corridas neste ano. Nas outras duas, chegou em segundo. Foi a 16ª vitória de sua carreira. Isso o coloca em 14º nas estatísticas, ao lado de Stirling Moss. Passou Hamilton, que tem 15. Tião Alemão é o terceiro, entre os que estão em atividade, em número de vitórias. Perde para as 91 de Schumacher e para as 26 de Alonso.

E o que mais? Mais nada.

Sobre a corrida, dois destaques, ambos espanhóis. El Fodón de Las Astúrias e Jaime Alguersuari. Alonso lutou, como sempre. Foi passado por Massa na largada, mas Felipe perdeu a curva seguinte, defendida por Webber. E aí Fernandinho se aprumou em terceiro. Depois da primeira bateria de pit stops, Hamilton ganhou o quarto lugar de Massa e Alonso foi para cima de Webber. Passou. Na segunda janela de paradas, o australiano recuperou o segundo lugar. Mas na terceira, quem ganhou a segunda posição foi Alonso, num raro bom trabalho da Ferrari, preciso e cirúrgico. Faltavam dez voltas, ainda, Webber poderia até atacar, mas não conseguiu porque começou a ter problemas de câmbio.

Alguersuari parou só duas vezes e saiu de 18º para oitavo. Quando um dos destaques de uma corrida é o Alguersuari, fodeu. É porque foi ruim, mesmo. Não aconteceu muita coisa porque as diferenças de tempo entre os pilotos que lutavam por alguma coisa foram esticando ao longo da prova, e o uso das asas móveis foi muito limitado, apesar das duas retas onde elas eram permitidas. Mesmo com 24 carros na pista o tempo todo, as brigas foram escassas.

Essa pista é uma porcaria, em resumo. Cenário muito bonito e tal, mas se nem com pneus-farofa e asas móveis deu jogo, pode riscar do calendário. Ou, então, que pelo menos mostrem umas minas de topless na praia. Em Mônaco tem.

Massa e Barrichello? Bem, Massa largou legal. E só. Depois foi ficando para trás, como sempre. Ah, a Ferrari atrasou um pit stop! Sacanearam o Felipe! Felipinhoooooooo! Já tem gente escrevendo essas coisas, aqui e no Twitter. Gente… Deixa pra lá. Barrichello teve algum problema? Nem vi. Parece que falaram, na TV, num buraco aerodinâmico. Procede? O que seria um buraco aerodinâmico?

Quanto à história do regulamento, da proibição da mudança de mapeamento do motor, não adiantou picas. Vettel largou, olhou no espelhinho, viu que não tinha ninguém muito perto e ficou esperando terminar. Foi tudo tão previsível que nem meu informante Gola Profonda telefonou. Acho que o vi na praia, numa daquelas imagens antes da largada.

E vocês? Gostaram ou dormiram?

Comentar

ALLGEMEINE (7)

SÃO PAULO (fechando por hoje) – Para terminar, a cereja do bolo. Meilenwerk. São duas na Alemanha. Uma em Berlim e essa em Düsseldorf, aonde Dom Peter Von Wartburg, casado com a condessa Giugliana Della Pampuglia, nos levou no feriado. Trata-se de uma espécie de paraíso. Um shopping de carros antigos. Não, é mais do que um shopping. Em Düsseldorf, são 19 mil metros quadrados dedicados a clássicos. No mesmo lugar, espaços para eventos e exposições, ateliês de restauração, lojas de peças, memorabilia, roupas, livros, oficinas mecânicas especializadas, tapeceiros, restaurantes, cafés, auditórios. E centenas de carros para vender. Centenas. De um Horch de 450 mil euros a um MG de 8 mil, tudo que se pode imaginar. Num padrão de conservação/restauração que deixa qualquer um de queixo caído.

Esse que visitamos foi construído num antigo pátio de manobras para trens. É de chorar. Nas fotos, duas gerais com Porsches em primeiro plano, um DKW F5 1935, o Horch de quase meio milhão de dinheiros, uma foto na parede com um DKW sendo abastecido, e um enigmático carro azul claro que me parece inglês (mas pode ser sul-africano, malaio, japonês…) cujo emblema no capô mostra uma tartaruga. “É o RB 2000”, comentou o maldoso nobre Von Wartburg. Algum de vocês saberá que carro é. E entrem no site acima. E quando estiverem passeando pela Alemanha, não percam.

Comentar

ALLGEMEINE (6)

SÃO PAULO (quase no fim) – E lá na frente, do nada, aparece uma coisinha azul. A gente chega perto e… Um Fusca na Autobahn! Mas não um Fusca qualquer. Um Fusca com placa da Inglaterra. Com volante do lado direito. Com uma figura dirigindo, um garotão viajando pela Europa em seu Volkswagen. Demais, isso.

Comentar

ALLGEMEINE (5)

SÃO PAULO (gosto disso) – Como chama mesmo esse negócio de deixar o carro ficar com cara de enferrujado/abandonado e meter umas rodonas cromadas? Rat-Alguma-Coisa? Tem “Rat” no nome, disso tenho certeza. Esse Karmann-Ghia aí estava numa carretinha belga, na estrada para Frankfurt. Placa da Califórnia. Meio detonado, mas pelo jeito vai levar um banho de loja. Rat de boutique. Mas tá valendo. É dos primeiros, década de 50. Coisa rara.

Comentar

ALLGEMEINE (4)

SÃO PAULO (faltam desses por aqui) – Nas ruas de Düsseldorf, um DS 1967 impecável. Aliás, a cidade tem sempre umas festas que contam com exposições de carros franceses. Tem muita influência francesa nessa região da Alemanha por conta das guerras napoleônicas. Em Düsseldorf, contou meu amigo Dom Peter Von Wartburg, Napoleão desfilou à frente de seus exércitos quando a Prússia se tornou presa fácil. Não sei bem em qual rua tem até uma plaquinha que registra a passagem do imperador baixinho e invocado.

Ah, o H no fim da placa indica que o carro é registrado como “histórico”. É o equivalente, na Alemanha, à nossa placa preta.

Comentar

ALLGEMEINE (3)

SÃO PAULO (tinindo) – Em Colônia, o 2CV maravilhoso, todo pimpão perto da catedral de 600 anos. O banquinho xadrez é um charme à parte. Carrinho raro de ver, até mesmo na França, hoje em dia. Ainda bem que temos muitos membros na resistência.

Comentar

Blog do Flavio Gomes
no Youtube
1:54:35

ÍMOLA, 1994 (BEM, MERDINHAS #159)

Barrichello na sexta, Ratzenberger no sábado, Senna no domingo. No programa de hoje, lembranças de Ímola, 1994. As lições daquela corrida, a tristeza das mortes e os detalhes da cobertura jornal�...

00:53

MERCEDES VAI PRA CIMA DE VERSTAPPEN (RÁDIO GOMES, 26/4/24)

Agora a coisa ficou séria. A imprensa alemã avisa que Max Verstappen e a Mercedes vão se reunir depois do GP de Miami para falar sério sobre o futuro. Em crise interna, apesar dos resultados espl�...