SOBRE ONTEM À TARDE

IMAGEM DA CORRIDA

Leclerc estaciona em P1: parece um quadro

SÃO PAULO (vai ser pauleira) – A Ferrari caprichou nas fotos pós-GP do Bahrein. Todas com uns filtros fashion, aqueles que no Instagram fazem a gente ficar bonito. Relutei um pouco em escolher a melhor de todas, porque no fundo queria colocar alguma da Haas como a “Imagem da corrida”, que sempre abre nosso rescaldão — agora até com aquela tarja lá no alto, adoro esses recursos toscos, os únicos que sei usar. Mas usei a melhor ontem, do Günther Steiner comemorando com a equipe o magnífico quinto lugar de K-Mag, esta lenda viva do automobilismo.

Fiquemos então com Leclerc estacionando o carro após o primeiro hat-trick de sua carreira — pole, vitória e melhor volta no mesmo GP. Só para vossa informação, o recordista em hat-tricks na F-1 se chama Michael Schumacher, com 22. Lewis Hamilton é o segundo nas estatísticas com 19. Da turma em atividade, quem chega mais perto disso é Sebastian Vettel, com oito.

Binotto: “E não é que conseguimos?”

“Ferrari: fammi sognare!” deve ter sido o título de algum jornal hoje na Itália, se ainda existirem jornais na Itália. Lembro, anos atrás, que a cada vitória da equipe vermelha tal manchete era usada à exaustão. Nas páginas cor-de-rosa de “La Gazzetta dello Sport”, então, bastava um primeiro lugar num treino livre de sexta-feira para encher o pasquim de textos laudatórios e esperançosos. Isso, claro, antes de Schumacher levar seu primeiro título para Maranello, em 2000. Depois, o sonho virou carne de vaca.

Na minha divina coluna semanal no UOL, que vocês podem ler aqui, bato palmas à Ferrari mas faço um alerta: suas adversárias não são a Osella e a Rial. Mercedes e Red Bull não são de baixar a guarda tão fácil. Aliás, quem parece saber direitinho disso é Mattia Binotto. “Eles vão melhorar”, disse depois da corrida. Vão mesmo. Todos sabem disso. Mas enquanto não melhoram, meu caro Garibaldo (ele é a cara do Garibaldo da Vila Sésamo), aproveita.

A Ferrari marcou 44 pontos no Bahrein, o máximo possível numa corrida, com dobradinha e ponto extra da melhor volta — sem contar os finais de semana com Sprint, que distribuem mais pontos. Até hoje, desde a introdução desse pontinho maroto, só a Mercedes tinha cravado 44. Foram quatro vezes em 2019 e três em 2020. Falando em melhor volta, a de Leclerc foi cronometrada em 1min34s570. No ano passado, no Bahrein, a volta mais rápida de Valtteri Bottas, ainda na Mercedes, foi feita em 1min32s090. A diferença, de 2s480, mostra como os carros de 2022 estão mais lentos.

Já a Red Bull lambe suas feridas. Não saía de um GP zerada desde Ímola em 2020 — Verstappen abandono e Albon terminou em 15º. Oficialmente, e não há muitos motivos para duvidar, o problema nos dois carros foi de alimentação de combustível. Mas a equipe nega de pés juntos que tenha errado no cálculo da gasolina. Pane seca não!

Lewis e George: abraço dos novos companheiros

O NÚMERO DO BAHREIN

16

…temporadas seguidas com pódio em todas. Hamilton já garantiu o primeiro de 2022. Desde a estreia, em 2007, o inglês não deixou de ganhar troféus. Seus piores desempenhos foram em 2009, pela McLaren, e em 2013, já na Mercedes: cinco pódios em cada.

A Mercedes disse que usou o GP barenita como uma sessão de testes, já que não tinha carro para alcançar Ferrari e Red Bull e não era ameaçada pela turma de trás. Por isso experimentou todos os pneus possíveis nos carros de Hamilton e Russell, para tentar entender melhor as vicissitudes do esquisitão W13.

Andrew Shovlin, que comanda a parte técnica do time, falou que tem coisa que dá para resolver rápido e melhorar, mas que neste momento não há dúvidas de que as posições naturais da dupla são quinto e sexto em corridas sem excepcionalidades. “O problema maior é que se a gente levantar demais o carro para ele parar de bater no fundo, perde muito rendimento”, explicou.

Pebolim Wolff, o chefe de todos, disse que Lewis e George andaram com asa demais no Bahrein, que ainda falta peças de reposição — quem diria, hein? — e que no tocante ao motor, “não vamos deixar pedra sobre pedra” na análise da falta de potência verificada não só no #44 e no #63, mas em todos equipados com as unidades motrizes alemãs (o que não fazemos para não repetir “motor” na mesma frase…). De fato, quem usa Mercedes se deu muito mal na primeira corrida do ano. Foram 17 carros que terminaram a prova andando. Do 12º ao 17º, todos levavam sob o capô a estrela de três pontas: McLaren, Williams e Aston Martin, as clientes da fábrica de Stuttgart.

A FRASE DE SAKHIR

“A Ferrari voltou.”

Carlos Sainz

Todo mundo lembrou ontem que a Ferrari não fazia uma dobradinha desde o GP de Singapura de 2019, vencido por Vettel com Leclerc em segundo. Mas tem um detalhe aí: aquela foi também a última vitória da equipe italiana, que passou as temporadas de 2020 e 2021 em branco. Foram 45 GPs de jejum. Não muito longe da seca entre 1990 e 1994, que chegou a 58 corridas.

A McLaren foi a grande decepção do dia, com seus dois carros se arrastando no fundão no melhor estilo Minardi dos anos 90. Mas, pelo menos, a equipe papaia fez o melhor pit stop da corrida, em 2s31, numa das paradas de Ricciardo. Foi um festival de pit stops no Bahrein, com 58 visitas aos boxes e todo mundo tendo de parar três vezes. Schumacher e Gasly foram os únicos que fizeram apenas dois pit stops. Os novos pneus, montados em rodas de 18 polegadas, apresentaram uma degradação maior do que o esperado.

Campeonato de pit stops: McLaren lidera

GOSTAMOS & NÃO GOSTAMOS

GOSTAMOS muito da Alfa Romeo, tanto com o estreante Zhou em décimo quanto com Bottas em sexto. O chinês era o mais emocionado do paddock barenita. As imagens dele chegando aos boxes, chorando, comoveram as redes sociais.

NÃO GOSTAMOS nada da McLaren, que deixou boa impressão no início da pré-temporada, ainda na Espanha, mas depois mergulhou no caos. Ricciardo não participou dos testes do Bahrein, com Covid, o carro teve vários problemas de freios nos treinos, não andou nada no fim de semana e terminou com o australiano em 14º e seu companheiro Norris em 15º. Um vexame.

Ricciardo se arrasta: equipe foi uma decepção

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EM DILMUM (3)

Leclerc recebe o abraço de Sainz: dobradinha que não vinha desde 2019 em Singapura

SÃO PAULO (o mundo dá voltas…) – A Ferrari começou a temporada 2022 com dobradinha. A Red Bull, com dois abandonos. Hamilton, com um pódio. Zhou, com um pontinho na estreia. Magnussen, com um quinto lugar. Foi interessante a primeira corrida da Fórmula 1 da nova era, como diria com muita propriedade Galvão Bueno. No Bahrein, o time italiano confirmou a força que mostrou na pré-temporada. Charles Leclerc venceu, com Carlos Sainz em segundo. O campeão Max Verstappen, que perseguiu Leclerc a corrida toda, teve um monte de problemas, que serão descritos adiante, e abandonou a três voltas do final quando estava em segundo. Sergio Pérez, seu companheiro, rodou na última volta — por motivo que igualmente será esclarecido mais para a frente neste texto, forçando o leitor a ir até o final — e deixou o pódio de presente para Lewis. Um terceiro lugar inesperado para um piloto que foi combativo e perseverante, mas que tem um carro claramente pouco competitivo.

Para a Mercedes, foi um alívio. George Russell ficou em quarto e o time fez 27 pontos. Sua principal rival deixou o deserto de Sakhir zerada. Na linha “vamos limitar os danos”, o time alemão saiu no lucro absoluto. Em compensação, tem de admitir que surgiu uma adversária que pode ser difícil de bater neste ano, a Ferrari. Ao menos nas primeiras provas da temporada. “Espero que a gente consiga chegar neles rápido. Não vai ser fácil, mas sabemos que temos como conseguir isso. E é com muito trabalho”, disse Hamilton.

Mas deixemos a falação dos personagens para o fim nas nossas janelas policromáticas que tanto sucesso fazem na internet planetária. Antes, o relato da corrida para entender tudo que a turma disse depois.

Leclerc seguido por Verstappen: início de prova tranquilo para o monegasco

A prova começou com Bottas, sexto no grid, largando muito mal e caindo para 14º. Hamilton foi bem, pulando de quinto para quarto. Leclerc se sustentou com segurança em primeiro, seguido por Max e Sainz. Magnussen, sensação do fim de semana com a renovada Haas, partiu para cima de Lewis depois de passar Pérez, que caiu para sexto.

Norris e Ricciardo, da McLaren, foram os únicos que largaram de pneus médios no Bahrein. Iriam se arrastar por toda a prova, um vexame completo. Os demais, com pneus macios. No comecinho, um registro apenas para os anais: Ocon tocou em Schumacher, que deu um 360° e seguiu em frente. O francês foi apenado com 5s a cumprir no pit stop, considerado responsável pelo incidente. Foi a primeira punição da nova direção de prova da F-1 depois da demissão da Michael Masi. Feito o registro.

Na terceira volta, Magnussen errou uma freada e Pérez conseguiu se aproximar para passar. Na quinta volta, novo erro e a sexta posição perdida para Russell, que vinha muito perto. Mas ele iria buscar tudo isso de volta até o fim, com tenacidade e empenho. Deu gosto, a Haas.

Festa da Haas: Magnussen terminou em quinto

Hamilton percebeu que podia atacar Sainz na altura da sexta volta. Mas faltava motor, na verdade. Ele abria a asa, mas não se aproximava o suficiente. Ao contrário, quem ia chegando era Pérez. Sainz conseguiu abrir um pouco. Checo chegou. E na volta 10, passou por Lewis sem nenhuma dificuldade. A falta de velocidade da Mercedes em retas era visível a olho nu.

Leclerc seguia firme na frente, com 3s de vantagem para Verstappen. Max, pelo rádio, reclamava de falta de tração. Era apenas a primeira queixa da noite. Lewis foi o primeiro a parar para trocar pneus, na volta 12. Tirou os macios e colocou duros. Voltou em 11º na frente de Zhou, mas após alguns metros perdeu a posição para o chinês, que fazia boa estreia. Os pneus pareciam estar frios. O carro sambava sem nenhum aderência. Mas ele conseguiu superar Guanyu na volta seguinte, quando a borracha começou a atingir a temperatura ideal de funcionamento. Mesmo assim, questionou: “Não paramos cedo demais, não?”.

Max veio para os boxes na 15ª volta. Diferentemente de Hamilton, colocou outro jogo de pneus macios. Sainz parou na sequência. Muita gente queria saber quanto tempo os mecânicos levariam para fazer um pit stop agora, com rodas de 18 polegadas e calotas tornando o conjunto mais pesado. A Ferrari levou 2s3 no carro do espanhol. Não mudou muita coisa.

Leclerc x Max: melhor momento da prova

O líder Leclerc parou na volta 16 para não tomar um passão de Verstappen no pit stop, estratégia mais do que manjada sempre que alguém está atrás com bom ritmo. Macios, como os do holandês. Pérez, segundo colocado àquela altura, fez o mesmo, mas os médios foram a escolha da Red Bull para seu carro. Charlinho voltou à pista com Max no seu cangote. Teria uma vida difícil nos primeiros metros, com pneus frios. Precisaria se defender até a borracha esquentar. A diferença que era superior a 3s antes das paradas caiu para menos de 1s. Max foi para cima e a volta 17 foi fantástica. O holandês passou na freada para a curva 1. Charles não se intimidou, foi para cima e retomou a ponta metros depois.

Na volta seguinte, as manobras se repetiram: Max passa na reta dos boxes, Leclerc vai buscar e reassume a ponta após algumas curvas, aproveitando as três zonas de asa móvel do circuito barenita. Mais uma volta, a 19, e repeteco: Verstappen deixa para frear no deus-me-livre na curva 1, Leclerc desenha melhor o traçado e, inteligente, recupera a liderança um pouco mais à frente. Um espetáculo de tirar o fôlego, o melhor momento da corrida, deixando o diretor-técnico da F-1, Ross Brawn, em êxtase. “Estou encantado com o que vimos hoje, pilotos mostrando novas habilidades, deu tudo certo”, falou o engenheiro que elaborou o novo regulamento da categoria.

Após a primeira bateria de pit stops, só a Mercedes, em seus dois carros, e a McLaren, no de Norris, optaram pelos pneus duros. Compostos médios e macios foram as escolhas das demais equipes. Na volta 21, Leclerc conseguiu respirar um pouco e abriu mais de 1s para Verstappen, impedindo o uso da asa móvel pelo campeão mundial. Lá no fundo, o desempenho que mais chamava a atenção era o da McLaren: uma tragédia papaia, com Norris em 15º e Ricciardo em 19º. Ambos sendo ultrapassados por quem chegasse, independente de cor, credo ou motor.

McLaren se arrastando: vexame na primeira corrida da temporada

A diferença pré-pit stops entre Charlinho e Max, que era de 3s, se recompôs na volta 24. A Ferrari mostrava força e consistência diante do ímpeto do holandês. A Mercedes, em quinto e sexto com Hamilton e Russell, se acomodou na condição que já imaginava ostentar neste início de campeonato: de terceira força, e olha lá. À frente dos prateados estavam, também como previsto, as duplas de Ferrari e Red Bull muito à frente.

Hamilton parou de novo na volta 28, colocou pneus médios e voltou em oitavo. Na volta 31, nova tentativa de Verstappen de meter um truco na Ferrari: segundo pit stop, agora para pneus médios. O time italiano, claro, chamou Leclerc imediatamente. Faria isso quantas vezes fosse necessário para não se deixar surpreender pela Red Bull. Pneus? Médios também, claro. Se Max colocasse pneus de chuva ou com correntes para neve, o monegasco faria o mesmo.

O pesadelo vivido por Charlinho depois da primeira parada não se repetiu após a segunda. Max não conseguiu atacar com a mesma volúpia e ficou xingando a equipe que o havia orientado a sair dos boxes com calma para não detonar os pneus. “Nunca mais faço isso!”, berrou. Um pouco mais atrás, Sainz e Pérez faziam jogo parecido: um parava, o outro vinha atrás. O espanhol, assim, conseguia se manter na frente do mexicano.

As posições se acomodaram nas voltas seguintes com todo mundo parecendo compreender qual seu lugar na fila do pão. Tirando uma ou outra ultrapassagem no meio do pelotão, quase todas definidas pelas diferenças de pneus, a corrida perdeu um pouco do viço. Mas na volta 44 Verstappen parou de novo para colocar pneus macios. Uma última tentativa de fazer algo diferente, já que Leclerc tinha quase 5s de vantagem sobre ele.

Fogo em Gasly: safety-car na reta final da corrida

Faltavam 13 voltas para o fim e Max voltou em terceiro, 28s atrás do líder e 11s atrás de Sainz, o segundo. O espanhol parou e colocou pneus macios, também. Voltou em terceiro, onde estava. Hamilton foi para um terceiro pit stop e também optou pela borracha mais macia. Então, um incidente: na volta 46, Gasly parou com um princípio de incêndio em seu carro. E o safety-car foi acionado.

A Ferrari, óbvio, chamou Leclerc imediatamente para os boxes. Ele trocou seus pneus e voltou em primeiro, já que tinha uma vantagem muito grande para Verstappen. Mas o pelotão iria se agrupar para uma relargada que poderia mudar os rumos da corrida. Max, porém, reclamava bastante com a equipe pelo rádio, reportando algum problema no volante de seu carro. “A buzina não funciona. O controle do som travou. O pisca-pisca não volta depois das curvas”, choramingava. “Depois falaremos sobre isso, querido”, respondia o engenheiro. A Red Bull explicou depois que o problema aconteceu num pit stop, quando o carro foi colocado no chão. Quebrou alguma coisa no mecanismo de direção.

Sintonizada na Red Bull FM e em sua parada radiofônica de sucessos, imediatamente a Ferrari avisou Sainz: “O cara tá lascado, vai pra cima”, informou a chefia na mureta do box. O safety-car saiu na volta 51. Todos os retardatários ultrapassaram os líderes e se colocaram no fim do pelotão — viu, Masi? Leclerc administrou bem a liderança e Sainz não conseguiu passar Max logo de cara. Mas, sabendo dos problemas de Verstappen, foi para cima na volta 54 e passou. O holandês, desesperado, perguntou: “O que eu faço agora?”. Nada, não havia nada a fazer. E, na volta 55, ele abandonou. Além da direção pesada, surgiu uma pane no sistema de alimentação de combustível. Esse foi o motivo oficial do abandono.

Verstappen com problemas: segundo lugar perdido no fim

E, assim, o time de Maranello montou sua dobradinha, a primeira desde o GP de Singapura de 2019. Hamilton, em quarto, percebeu que a Red Bull tinha lá suas questões. Partiu para o ataque a Pérez, terceiro. Para quem já se conformava com um quinto lugar opaco e irrelevante, a chance de um pódio, sem Max na pista, era tentadora demais. “Defenda-se!”, determinou a Red Bull. Mas Checo não conseguiu. Na freada da curva 1, rodou sozinho. Mais tarde, contou que o motor já estava “cortando” algumas voltas antes e travou de vez. A Red Bull informou que o problema foi idêntico ao de Verstappen: falta de gasolina no motor por conta de um defeito, provavelmente, na bomba de combustível. Lewis abriu um sorriso: mais um trofeuzinho na estante.

Leclerc venceu pela terceira vez na carreira, com seu companheiro em segundo para júbilo da Itália, do Vaticano, das cantinas e das pizzarias de todo o planeta. Hamilton fechou em terceiro seguido por Russell, Magnussen, Bottas, Ocon, Tsunoda, Alonso e Zhou. Haas em quinto, Alfa em sexto e décimo. Alpine com dois carros nos pontos. Bottas se recuperando bem para terminar em sexto, Zhou estreando na zona de pontos. E saiu todo mundo falando alguma coisa:

Lewis festeja com a equipe: pódio inesperado

Hamilton, 3º – “Lamento pelos outros pilotos [estava falando da Red Bull, claro], mas o terceiro lugar é melhor do que poderíamos esperar hoje. E parabéns à Ferrari, é uma equipe histórica, épica, eles mereceram o resultado. A gente vai ter de trabalhar muito, nosso carro tem problemas de equilíbrio, pula muito e falta velocidade na reta. Mas acredito na minha equipe e vamos conseguir resolver tudo.”

Leclerc, 1º – “Na última volta até fiz piada com a equipe e disse pelo rádio que tinha um problema no motor para assustar eles. Na corrida, não me senti ameaçado por Max em nenhum momento. Quando ele me passou, eu sempre deixei que freasse mais tarde porque sabia que conseguiria recuperar depois na próxima zona de DRS [a asa móvel].”

Pontos duplos para a Alfa Romeo: surpresa boa no Bahrein

Zhou, 10º – “Estou muito emocionado. Esta corrida foi muito especial para mim. Estava mais nervoso na classificação, hoje na largada eu até que estava tranquilo. Valtteri é incrível. Ele não esconde nada de ninguém, passa todas as informações, ajuda muito. Cinco minutos antes de a gente ir para o grid estava me explicando o melhor jeito de aquecer os pneus.”

Bottas, 6º – “Eu larguei mal [caiu de sexto no grid para 14º], mas o ritmo era muito bom, fiz boas ultrapassagens e o resultado nos traz muitas esperanças. Vai ser uma temporada divertida.”

Verstappen, abandono – “A gente teve muitos problemas. O carro foi um na sexta-feira e depois foi perdendo equilíbrio e rendimento. Não sabemos direito o que aconteceu, mas começar o campeonato assim é preocupante, não podemos perder tantos pontos como hoje.”

Steiner e a comemoração da Haas: inacreditável, após dois anos horríveis

Magnussen, 5º – “É inacreditável, uma loucura. Depois de dois anos com carros ruins, essa equipe merecia algo assim. Cometi dois erros, perdi posições, mas depois encontrei meu ritmo. Tenho de agradecer ao Günther [Steiner] e ao Gene [Haas] pela oportunidade de voltar.”

Steiner, chefe da Haas – “É um sonho. Esta equipe passou dois anos muito difíceis e nunca abaixou a cabeça. Dá para acreditar que esse cara [Magnussen] estava há quase dois anos sem guiar um carro de F-1?”

Horner, chefe da Red Bull – “De negativo, é que saímos daqui com zero ponto. De positivo, saber que temos um carro competitivo capaz de lutar por poles e vitórias com a Ferrari. Os dois carros tiveram, aparentemente, o mesmo problema. Vamos investigar para saber o que aconteceu, exatamente.”

Leclerc e Sainz com seus troféus: Ferrari impecável

Binotto, chefe da Ferrari – “É o resultado ideal, mas eu tenho certeza que eles [Mercedes e Red Bull] vão melhorar.”

Sainz, 2º – “A Ferrari voltou.”

Final da primeira prova do ano: Haas em terceiro no Mundial

A Ferrari sai do Bahrein com 44 pontos graças ao hat-trick de Leclerc, seu primeiro na carreira — pole, vitória e melhor volta, que dá ponto extra. A Mercedes é a segunda com 27 e a Haas, quem diria, terceira com dez. Não vai dar tempo de pensar muito nas glórias e desgraças, porque domingo que vem tem corrida de novo na Arábia Saudita, no perigoso e veloz circuito de Jedá.

Às 19h a gente chega com o “Fórmula Gomes” para analisar a primeira prova do ano em vídeo. Apareçam, cabras da peste!

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EM DILMUM (2)

Pole para Leclerc: Ferrari confirma boa fase

SÃO PAULO (diferentinho) – Charles Leclerc fez a pole para o GP do Bahrein, desbancando o favoritismo de Max Verstappen na abertura do Mundial de F-1 de 2022. Mas não dá para dizer que foi uma surpresa do tamanho das reservas de petróleo do Golfo Pérsico. A Ferrari foi a equipe que realizou a pré-temporada mais consistente desde o primeiro dia de treinos na Espanha. Bons resultados eram esperados para o começo do campeonato. E o menino Charles, nascido e criado nas comunidades mais simples do Principado, subindo e descendo o morro na infância, espevitado e saltitante, é reconhecidamente rápido em classificações. Foi a décima pole de sua carreira.

Max larga em segundo, com Ferrari e Red Bull repetindo a segunda fila com Sainz e Pérez em terceiro e quarto. Hamilton? Quinto. Russell? Apenas nono. Surpresas? Bottas em sexto e Magnussen em sétimo. Uma boa embaralhada para começar um ano de regulamento novo, carros diferentes e, felizmente, alguma dificuldade para fazer prognósticos com ares definitivos.

Russell na Mercedes #63: equipe tem início complicado

O dia começou no deserto de Sakhir com a FIA divulgando o relatório final sobre o GP de Abu Dhabi do ano passado cuja conclusão, resumidamente, foi: Michael Masi, o ex-diretor de prova, cometeu “erros humanos” ao determinar os procedimentos de relargada no final da corrida, mas o resultado é “válido e imutável”. Exatamente o que escrevi na época: Masi só fez cagada, mas podia fazer tudo que fez — tanto que fez e o resultado foi validado. Desrespeitou regras claras se valendo da tortuosidade do regulamento. Tirou o título de Hamilton. Perdeu o emprego. A Mercedes protestou, depois retirou o protesto, agora engole o choro. Não há mais o que fazer.

E voltemos à pista barenita.

A classificação começou com o sol se pondo no horizonte e a agradável e civilizada temperatura de 19°C no deserto de Sakhir. Foi interessante o Q1 porque Verstappen notou que poderia ter alguma resistência nos embalos do sábado à noite no Oriente Médio, quando a Ferrari fez 1-2 com Leclerc e Sainz. Alfa Romeo e Haas seguiram surpreendendo com suas duplas entre os dez primeiros durante boa parte da sessão. Hamilton foi dar o ar da graça a cinco minutos do final, com um quinto lugar. Atrás dos ferraristas. Atrás de Max. Atrás de… Bottas! E, pouco depois, atrás de Russell, também.

Albon: bom começo na Williams em 14º no grid

Na frente, Leclerc, Sainz e Verstappen ficaram com os três primeiros lugares. Depois vieram Bottas, Magnussen, Ocon, Gasly e Norris – uma salada geral. A Mercedes? Russell em nono e Hamilton, em décimo. Pérez, com o outro carro da Red Bull, foi o 11º.

Foram eliminados Tsunoda, Hülkenberg, Ricciardo, Stroll e Latifi. Notem: quatro motores Mercedes de Aston Martin, McLaren e Williams. E seriam cinco se Albon não tivesse se desdobrado para passar com o outro carro da Williams – contou com a péssima volta do japonês da AlphaTauri para se garantir e mereceu os aplausos da equipe em sua volta à F-1. O mais abalado com a degola foi Ricardão. Norris, seu companheiro, avançou com o oitavo tempo. Um resultado – lamento pelos fãs e admiradores do sorridente australiano – inadmissível.

Max fez 1min30s757 em sua primeira tentativa no Q2, o primeiro a entrar na casa dos 30. Não confie em ninguém com mais de 30, já dizia Marcos Valle. Lewis cantarolava algo parecido para seu carro a dois minutos do final, com um tempo mais de 0s7 pior que o do holandês. Mas melhorou e terminou em quinto a 0s291 da Red Bull. Passaram, pela ordem, Verstappen, Sainz, Leclerc (de novo a Ferrari saçaricando por ali…), Pérez, Hamilton, Russell, Magnussen, Alonso, Gasly e Bottas. Ficaram fora do Q3 Ocon, Schumaquinho, Norris, Albon e Zhou.

A McLaren, realmente… Mas deixemos os derrotados de lado e ergamos loas a K-Mag e VB77. Que beleza ver as duas equipes e os dois pilotos renascendo! Alonso também foi bem.

Steiner com Magnussen: alegria na Haas

Bem ou mal, Red Bull, Mercedes e Ferrari levaram suas duplas ao Q3. A Mercedes, aos trancos e barrancos. Era importante não tomar um tapa na cara muito dramático logo na primeira corrida do ano, sem conseguir avançar à parte final da classificação. Limitar os danos, como se diz. Buscar o máximo de pontos possíveis em condições de inferioridade em relação à concorrência. Vamos ouvir muito isso nas primeiras corridas da temporada.

Os tempos de Hamilton e Russell na primeira tentativa de volta rápida no Q3 foram horríveis, ambos na casa de 1min32s com pneus velhos. Sainz virou 1min30s687 e Leclerc ficou 0s044 atrás. Max veio na cola a 0s056. E começou a se preocupar de verdade com a possibilidade de perder a pole para um dos carros vermelhos, “os carros a ser batidos” na palavra de Christian Horner ontem.

Bottas: grande sexto lugar com a Alfa Romeo

Tinha motivos. Na segunda saída, Leclerc quebrou a banca com uma volta em 1min30s558. Verstappen foi 0s123 mais lento e, assim, o monegasco cravou a pole – a última fora no Azerbaijão no ano passado. Sainz ficou colado no holandês, em terceiro. Em quarto, Pérez a 0s363 da pole. Ferrari e Red Bull, assim, dividindo as duas primeiras filas. E a Mercedes? E o Lula? E o PT?

Hamilton foi o quinto, com um tempo 0s680 pior que o da pole de Charlinho. Bateu mais ou menos com o que ele tinha dito ontem sobre a diferença que os carros da Mercedes têm neste momento em relação às equipes que estão à sua frente no grid. E vai largar, vejam só, ao lado do ex-companheiro Bottas, que ficou em sexto – melhor grid da Alfa Romeo desde o sexto lugar de Raikkonen na Bélgica em 2019. Vão poder matar as saudades um do outro se olhando nos olhos com ternura enquanto a luz vermelha não se apaga. Fecharam os dez primeiros Magnussen, excepcional em sétimo, Alonso num ótimo oitavo, Russell e Gasly. A Haas não conseguia nada parecido desde o sétimo no grid de Grosjean no Brasil em 2019.

Ninguém parecia excessivamente eufórico ou decepcionado depois da classificação. Nem mesmo o pole Leclerc, que recebeu o resultado com naturalidade. Verstappen também achou tudo normal. “Não foi fantástico, mas não foi ruim”, falou. “Temos um bom carro para a corrida.” Na Mercedes, Jorginho admitiu que teve problemas na sua “out lap”, saindo para a volta rápida, e Toto Wolff comentou algo sobre não ter armazenado energia suficiente em suas baterias. “Realisticamente, estamos meio segundo atrás deles”, falou o chefe. Além do mais, a equipe só tinha um jogo de pneus macios novos para o Q3.

Para Hamilton, os problemas da equipe prateada neste começo de ano são “um pesadelo”. “Os caras da frente estão em outra liga”, falou, meio desanimado. Faltam potência e velocidade em reta. O time terá muito trabalho para buscar os líderes.

Grid no Bahrein: primeiro da temporada tem algumas surpresas

Eis aí em cima o grid todo colorido da prova que abre o Mundial. A corrida amanhã começa às 12h de Brasília. Sigo apostando em Verstappen. Vocês? Vão dizendo aí nos comentários.

Às 19h estaremos no YouTube com nosso tradicional “Fórmula Gomes”. Agora vou para o Canindé ver a Lusa.

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LADALAND

O mais triste da série, sem dúvida.

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FOTO DO DIA

Foi ontem, sexta, mas tá valendo. Há 15 anos, em 18 de março de 2007, esse moço aí estreou na F-1. Ficou em terceiro em Melbourne, atrás de Raikkonen (Ferrari) e Alonso (seu companheiro na McLaren).

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MOCO, 45

SÃO PAULO – Hoje faz 45 anos da morte de José Carlos Pace, o Moco, vítima de um acidente de avião em 14 de março de 1977. Todas nossas homenagens a ele, um dos campeões sem título, como se diz.

E toda nossa tristeza por isso aí embaixo. Douglas Nascimento e Glaucia Garcia, incansáveis historiadores desta cidade infinita, estiveram no túmulo do Pace no Araçá. E o que encontraram é de doer. Conclamo aqui, imediatamente, o povo do automobilismo a fazer alguma coisa. FASP, CBA, pilotos, ex-pilotos, empresas (Brahma, Martini, Itaú — que patrocinaram Pace e suas equipes), Bernie, jornalistas, todos devem se unir para restaurar esse lugar e mantê-lo. É inaceitável ver a história sendo desprezada assim.

Não sei, sinceramente, qual o papel da família nesse caso. Há anos não tenho contato com ninguém dos Pace. Mas vamos nos mexer?

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WE ♥ RACE CARS

Aff, coisa mais linda, tá doido… A história desse 917 em especial está aqui, lindamente contada pelo nosso Ivan Capelli. Não é um Porsche qualquer. Foi o último 917 a correr de verdade. Creio que nosso Antonio Seabra deva ter algumas coisinhas para falar dele, também.

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EM DILMUM (1)

Hamilton desolado: começo difícil

SÃO PAULO (faz parte) – A imagem acima mostra bem o que foi o primeiro dia de treinos para o GP do Bahrein, abrindo a temporada 2022 da Fórmula 1. Um Hamilton cabisbaixo, abatido, amuado, desalentado, esmorecido, prostrado, desiludido, derrotado. Que diabo de carro fizeram pra mim neste ano?, perguntava-se o inglês sob o novo capacete em roxo e amarelo fluorescente desenhado pelo brasileiro Raí Caldato, que há anos cuida do invólucro que cobre o cocuruto do heptacampeão mundial.

Ótimo capacete, diga-se de passagem — como sempre assinala o Craque Neto –, já que será bem mais fácil identificá-lo na pista do que se continuasse usando o modelo escuro em preto e roxo que vestiu no ano passado. George Russell, seu novo companheiro, também tem capacete preto com um discreto filete vermelho. De noite, todos os capacetes são pardos, é o que reza o ditado. No caso de Hamilton, agora ele se parece com o do ex-amigo e ex-rival Nico Rosberg nos primeiros tempos de Mercedes, lembram?

Mas isso não importa agora, é apenas perfumaria, o que interessa saber é: que diabo de carro fez a Mercedes neste ano? “Temos muitos problemas. Grandes problemas, bem maiores que no passado. Que não serão resolvidos em curto prazo. Mexemos em muita coisa no carro hoje e nenhuma mudança funcionou”, disse o piloto. Russell contribuiu para jogar mais sombras sobre o futuro próximo da equipe que venceu os últimos oito títulos mundiais de Construtores e sete de Pilotos entre 2014 e 2020. “Vai levar tempo. Não estamos na briga aqui. Vai ser um fim de semana para limitar os danos. Em condição de corrida estamos mais de um segundo mais lentos que Ferrari e Red Bull. Equipes como AlphaTauri e Alfa Romeo estão no mesmo ritmo que a gente, talvez até melhores.”

Uau. Mercedes brigando com AlphaTauri e Alra Romeo, já pensaram? Divertido é. Principalmente se Bottas, por exemplo, conseguir andar na frente dos carros prateados — o que já conseguiu hoje parcialmente, se colocando em sexto lugar no segundo treino livre; George foi o quarto e Hamilton, o nono. Os tempos estão aí embaixo. Sugiro uma lupa, caso não estejam enxergando nada. Cortesia da nova infografia da F-1, que reduziu o tamanho das fontes (letras seria termo mais adequado e menos informatizado, creio, mas já era, ninguém mais fala letra, só fala fonte) para que ninguém veja nada, mesmo.

Os tempos em letras minúsculas: lupa necessária

Eis aí uma surpresa, a Alfa Romeo nas mãos de Bottas, que no entanto já teve um problema de motor e precisou trocar um componente daqueles que não podem ser trocados ao bel prazer da equipe. Mas como o campeonato nem começou, não teve punição. Guanyu Zhou, seu companheiro, ficou bem para trás, mas é estreante e não tem muito problema começar assim. Outra surpresa, enorme: a Haas.

A equipe que no ano passado se arrastou e que poucas semanas atrás perdeu patrocínio e piloto russos, conseguiu andar bem na última semana nos testes lá mesmo no Bahrein e não é que hoje confirmou que, ao menos, não será uma piada pronta para alegrar “Drive to survive”? Schumaquinho em oitavo e Magnussen em décimo. Tá bom pra vocês?, diria Günther Steiner, estrela da Netflix.

Magnussen: andando bem com a Haas

E aí a gente fecha com os demais coadjuvantes antes de entrar na análise um pouco mais detida da turma da frente. Aqui, destaquemos o bom quinto lugar de Alonso, e o desempenho interessante de Gasly e Tsunoda no treino diurno, com sol e calor (de noite o carro perdeu rendimento). Pronto, do pessoal da meiúca falamos tudo. Agora, aos ponteiros.

Verstappen foi o mais rápido do dia com 1min31s936. Perto dele, de verdade, só Leclerc, que fez um tempo 0s087 pior. O terceiro colocado, a outra Ferrari, de Sainz, ficou mais de meio segundo atrás. Hamilton terminou o dia a 1s208 do holandês que defende o título mundial. Russell foi um pouquinho melhor, 0s593 mais lento.

Nada indica que esse quadro vá mudar muito amanhã na classificação. A Mercedes tentou tudo para melhorar seu carro hoje, trocando até o assoalho de Hamilton. Não deu certo. Há quem aposte na Ferrari como “carro a ser batido”, nas palavras do chefe da Red Bull, Christian Horner. Talvez ele esteja apenas jogando para a torcida. Max é favorito à pole e à vitória — prognóstico que vem sendo feito desde o final da pré-temporada.

A McLaren foi a decepção do dia com Norris e Ricciardo lá para trás. A Aston Martin também não andou nada, o que é uma pena. Vettel, afastado por Covid, vai sofrer neste ano. Hülkenberg, o substituto oficial, ficou em 17º mas, pelo menos, fez tempos muito parecidos com os de Stroll — uma façanha para quem nunca tinha guiado esses carros novos.

No ano passado, o melhor tempo da sexta-feira fora de Verstappen, também, 1min30s847. Os carros, portanto, não estão muito mais lentos do que em 2021 — coisa de um segundo no caso da Red Bull. A pole de Max no GP barenita da última temporada foi obtida com uma volta em 1min28s997. Acho que vai ficar perto disso na classificação de amanhã.

É um começo de temporada interessante, esse. As primeiras corridas serão marcadas pela luta da Mercedes para se tornar competitiva. Carro que nasce mal, a gente sabe, é difícil de arrumar. Mas não estamos falando de um time qualquer. Por enquanto, o discurso da equipe prateada é: temos potencial, só precisamos encontrá-lo. Dá trabalho. É uma situação à qual Hamilton se desacostumou nos últimos tempos, exceção feita ao ano passado — quando a equipe claudicou no início, mas se recuperou rápido e venceu três das quatro primeiras etapas do campeonato.

Às 19h estaremos no “Fórmula Gomes” para falar do primeiro dia no Bahrein. Apareçam!

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