CRIANÇAS OU AVÓS?

SÃO PAULO (o passado, lamento, era melhor) – A discussão sobre qual F-1 é mais legal, a de hoje ou a de tempos distantes, não chega a ser nova. Imagino que nos anos 90 se tinha saudade dos 60. Imagino, não. Tínhamos, sim. É normal.

Mas o saudosismo e a nostalgia não devem ser predominantes nessa discussão. A questão é: antes era bom e hoje é ruim? Sem saudosimo, sim. Antes era bom, e hoje é ruim.

O que não quer dizer que a F-1 deva necessariamente voltar à Idade da Pedra. Mas pode, claro, olhar para trás e tentar reaproveitar o que de melhor existia quando viveu o auge de sua popularidade.

Não gosto de posturas anti-passado, como a de Pat Symonds, da Williams. “Precisamos fazer uma F-1 que as crianças gostem, não os avós”, diz ele. Depois, acrescenta: “Não quero corridas-retrô”.

Bem, eu poderia dizer ao indigitado que no passado ninguém mandava neguinho bater o carro de propósito. Mas vamos olhar as coisas de outra maneira. O que se quer é uma F-1 antiquada? Claro que não. Mas é óbvio que se quer algo mais compreensível, divertido, numeroso e colorido do que essa porcaria de 20 carros de hoje.

Puxa, mas nos anos 80 e 90 era exatamente assim!

Pois é. E também havia tecnologia, e também era caro e tudo mais. Só que era mais humano, os pilotos eram mais interessantes, havia mais equipes, mais patrocinadores, mais tudo. E o público curtia. Muito. Ninguém ficava reclamando de chatice nenhuma. Vejam a foto (mais uma das que eu mesmo tirei em 1991 — está é de Magny-Cours, provavelmente uma sexta-feira de treino) aí embaixo. Quem está puxando a fila? Quem está atrás dele? Quantas equipes disputavam o Mundial? Onde estão Ligier, Gitanes, Goodyear, Minardi, Larousse, Tyrrell, Jordan, Brabham, Camel, onde está todo mundo?

Achar que é boa esta F-1 de 2015 com 20 carros, alguns sem patrocínios, correndo sabe-se lá com dinheiro de onde, muitos sem chance nenhuma de nada, disputada em lugares hiper-apaixonados por corridas como Bahrein, Abu Dhabi e Cingapura, é viver em algum mundo paralelo.

Está ruim. Precisa melhorar. Se for necessário olhar para o passado, que se olhe. Essa arrogância de achar que tudo que existe hoje é melhor do que o que existia ontem enche por demais meu saco.

E Pat Symonds não é exatamente nenhum garoto para ficar posando de moderninho.

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Vinicios Dias
Vinicios Dias
9 anos atrás

Tem que ser mais fácil ($$$) para equipes pequenas e novas. Mais possibilidades de algo novo surgir se houver mais gente envolvida; o Bernie tem que largar o osso, pelo menos em parte pra beneficiar as equipes; Tem que liberar a venda de de chassis e outros componentes entre as equipes…

ba
ba
9 anos atrás

Quer voltar pros anos 90, com um monte de carro? Pra mim é bem mais simples do que “tira asa, põe motor, libera desenvolvimento”: divide melhor a grana. Bom, por aí dá pra ver que essa categoria não vai mudar tão cedo.

Carlos Roberto da Silva Junior
9 anos atrás

Ainda bem que hoje existe o YouTube que não deixa de ser uma máquina do tempo onde nós podemos ver esses carros de F1 de qualquer época em ação e no seu auge.

Glauson
Glauson
9 anos atrás

No dia em que Ayrton Senna fez 20 anos de morto (01/05/14), o SportV passou o dia reprisando as grandes corridas da carreira do piloto brasileiro em sua grade de programação (inclusive gravei algumas).
.
Achei legal assistir Galvão com sua narração eufórica e exagerada e Reginaldo com suas excelentes análises em cada corrida.

Mas aqui entre nós, à exceção da largada, do glamour e do barulho dos motores, as corridas daquela época eram muito sem graça. Senna disparava na frente junto com o Prost e pronto, era só esperar a última volta. Minard disputar vitória? Nunca.

Sei que as ultrapassagens hoje são mais artificiais, mas pelo menos dá um pouco mais de emoção nas corridas.

Até hoje penso que nós brasileiros só somos ou fomos tão interessados por esse esporte porque Emerson, Piquet e Senna um dia resolveram disputar a Fórmula 1.

Roberto Fróes
Roberto Fróes
Reply to  Glauson
9 anos atrás

Engano seu, meu caro!
Havia uma legião de interessados, que tinham que se contentar com as fotos da $ Rodas e da Auto Esporte, por falta de outras opções.
A não ser para quem tivesse $$ suficiente para ir para a Europa.
Alguns ainda podiam ir à Argentina uma vez ao ano, ver o GP de lá.
Realmente, a chegada do Emerson popularizou o negócio, mas criou um certo ufanismo, supervalorizado pela TV Globo, e hipervalorizado, depois, pelo Galvão Bueno.
Resultado, valeu enquanto durou…
As pessoas passaram a gostar e torcer pelas cores verde-amarela, fosse ela representada por quem fosse, e dane-se a Formula 1.
Além disso, o B. Ecclestone decidiu optar pelo “show’, e não pelo “esporte”.
A pior decisão que poderia ter sido tomada.
Acontece que “show” rende muito mais que “esporte.
A merda do business…
Com isso, a dilaceração das pistas (Nürburgring, Spa-Francorchamps, Hockenheim, Interlagos…)
Quer ver disputas?
Veja as provas dos anos 50 a 70!
Mas compare também os regulamentos!
O excesso deles, e a hipervalorização do business vai acabar acabando com a Formula 1.

António Silva
António Silva
9 anos atrás

De facto a F1 transfigurou-se, aceito a evolução como em tudo mas creio que perdeu parte da alma, os carros tinham uma estética apelativa, eram simples e belos, os motores tinham um som brutal, os pneus eram enormes, havia uma simplicidade brutal em tudo o que se perdeu, se sou saudosista pois que o seja mas eu sempre vi carros com pinturas da Marlboro, da Rothmans, da Camel, da John Player Special e nunca fumei na vida, lembro as equipas Minardi , Rial, Zakspeed, etc , etc.
E se me é permitido partilho um vídeo que me faz lembrar esses carros: https://www.youtube.com/watch?v=fQdCZarnl4g

Robertom
Robertom
9 anos atrás

Existem vários fatores para diminuir nosso interesse pela categoria, e a maioria deles passa pela figura de um velhinho sovina, safado e traiçoeiro.
Que conseguiu até dar um chapéu na justiça alemã, e que não quer largar o osso de jeito nenhum.
Enquanto ele dominar a F1, tudo será conduzido apenas para que atinja seus objetivo$, e a única esperança é…

Guilherme
Guilherme
9 anos atrás

Prezado Flávio,
Aos 42 anos de idade acho que posso dizer alguma coisa, mesmo que como humilde telespectador das manhãs de domingo.
Primeiro: é óbvio que, com a evolução tecnológica natural, os carros de ontem serão mais lentos, menos aderentes ao solo e mais “quebráveis” que os de hoje. Mas um carro de corrida precisa de uma chave geral, um conta giros, um velocímetro, um volante e 3 pedais. O resto é o que piora o espetáculo.
Segundo: telemetria é importante. Após a corrida e somente do carro para a equipe. O contrário tira do piloto a responsabilidade que lhe cabe.
Terceiro: se antigamente podiam correr em Nurburgring (full) e fazer o banking de Monza, porque não podem mais? O carro é melhor, cacete!!! Se não têm peito pra correr numa pista desafiadora, não saiam de casa, não coloquem capacetes nem ousem alinhar no grid! Essas pistas feitas para a TV são feitas para a TV. Corram em pistas feitas para pilotos!
Posso ter esquecido de algo, mas essas 3 coisinhas seriam, na minha (repito) humilde opiniã, o cerne da mudança.
Abraço e parabéns por sua dedicação ao esporte que amo desde que me entendo por gente.

Roberto Fróes
Roberto Fróes
Reply to  Guilherme
9 anos atrás

Prezado Guilherme,
Você está muitíssimo enganado numa coisa:
Os carros antigos NÃO QUEBRAVAM MAIS, muito pelo contrário…
Para você ter uma idéia, não havia o limite de 2 horas para as provas.
Em Monaco, por exemplo, a corrida durava 100 voltas, depois 105, voltou às 100, e apenas uma pequena percentagem parava por quebra.
Muitos paravam por quebra devido a ACIDENTES, pois os caras encaravam mesmo…
E o que não havia para atrapalhar?
TV, e suas limitações quanto ao (grande) tamanho das pistas. Por vontade da TV, as pistas teriam apenas 300 ou 400 metros, pois as propagandas apareceriam a cada poucos segundos;
Patrocinadores. Surgiram para atrapalhar, imitando os americanos – time is money – e os carros ficaram com cara de pneus, refrigerantes, seguradoras, celulares ou computadores, perdendo, por exemplo, suas cores nacionais. Exceção feita à Ferrari, que ainda é vermelha – cor internacional italiana. O resto todo virou out-door ambulante. Uma merda!
Só um detalhe: Os carros de F1 atuais tem apenas 2 pedais, mas uma infinidade de botões!
Quer ver a F1 voltar a ser decente?
Que ela deixe de ser business, e volte a ser esporte!

Luiz
Luiz
9 anos atrás

Precisa afinar o ouvido FG, os F1 atuais tem ronco de DKV!

Roberto Fróes
Roberto Fróes
Reply to  Luiz
9 anos atrás

Não deixe eu te xingar, o cara, vou fingir que foi brincadeira…

Luiz
Luiz
9 anos atrás

Para mim, o que tirou o interesse pela categoria foi uma soma de fatores: Primeiro o horário que mudou de entre 8 da manhã e duas da tarde, para entre meia noite e quatro da manhã, por causa dos ” países exóticos”. Segundo, o excesso de manobras de má fé, acabou com a possibilidade de ultrapassagens, daí essas porras de kers não quers e asa móvel. e o cacête. Terceiro, o Galvão, sem mais comentários, tsc,tsc

raphael
9 anos atrás

Flavio, não entendi onde vc quer chegar… Em relação aos motores concordo com o engenheiro da Williams e era essa a discussão…. Em relação ao uso de circuitos mais tradicionais concordo contigo… Mas os motores??? Por causa do barulho??? Poxa, são muito mais eficientes que os anteriores, fala sério… O problema da F1 não são os motores…

Douglas Arruda
Douglas Arruda
Reply to  raphael
9 anos atrás

Acho que entendi o que o Raphael quis dizer. Também acho que em dois anos estes V6 estarão andando mais que os V8 – visto que liberaram o desenvolvimento.
O problema da F1 é não falar com o público.

Roberto Fróes
Roberto Fróes
Reply to  Douglas Arruda
9 anos atrás

Estão falando merda!
O que o Raphael quis dizer, entendo eu, é que os motores merdinhas atuais são muito mais eficientes PROPORCIONALMENTE à sua cilindrada.
Veja o que aconteceria se deixassem desenvolver os motores decentes…
Se formos pensar como o Raphael, daqui a pouco usaremos motores de aeromodelos ou de autorama. Eficientérrimos! Alguém já se deu ao trabalho de calcular a velocidade proporcional de um carro de autorama?

Speed Racer da Mooca
Speed Racer da Mooca
9 anos atrás

Pra mim a Formula Um dos anos 80 e 90 foi a melhor. Pra mim, repito. Até vivi um pouco a dos anos 70, mas os carros começaram à ficar mais interessantes a partir da década de 80, com a enxurrada de dinheiro que os patrocínios dos cigarros puderam proporcionar. Até as pequenas conseguiam fazer suas “mágicas” e garantir as vagas nos mundiais, exemplo da saudosa Minardi. Talvez por ter começado à frequentar autódromos nessa época e ter visto os carros mais lindos que a categoria já teve.

Roberto Fróes
Roberto Fróes
Reply to  Speed Racer da Mooca
9 anos atrás

As grandes mágicas foram feitas sem grandes investimentos. Você deve ser jovem, e não soube das coisas.
Procure ler sobre as seguintes mágicas e mágicos:
Chassis monocoque, carros Vanwall, carros Cooper-Climax, Lotus, Colin Chapman, Bruce McLaren, Bugattis, etc.
Carros sem ou com pequenos patrocinadores. Carros de equipes independentes. Grids com mais de 20 carros, metade da mesma marca, a maioria por equipes vencedoras, independentes e competitivas.
Carros sem propagandas, apenas os nºs e as cores nacionais, ou das equipes.
E muita, muita disputa e ultrapassagens!

Julio
Julio
9 anos atrás

Na boa, ta chata. Muita politicagem, as vezes penso que ela é dirigida por gente que não entende do assunto. Nos anos 80/90/2000 não perdia uma corrida, desmarcava compromisso para ve-las no aconchego do meu sofá. Ano passado se assisti a 02 corridas foi muito. Hoje prefiro vir aqui e ler o resumo da ópera que tá bom demais.

leonardo
9 anos atrás

Eu estive reparando o quanto as pessoas andam desestimuladas ao assistir as corridas de F1. O mais curioso é que essas pessoas sentem prazer em algumas etapas do campeonato. Sabe quais?

Alemanha
Canadá
França
Hungria
Monaco
Itália
Bélgica

Percebeu onde? Nas pistas tradicionais, onde todos são capazes de dizer quais foram os últimos vencedores desde a década de 60.

As pistas novas são como os modernos prédios comerciais, onde é tudo muito estéril. Não há erros, defeitos, características, humanidade.

Roberto Fróes
Roberto Fróes
Reply to  leonardo
9 anos atrás

Aplausos, aplausos, aplausos!

Jonatas
Jonatas
9 anos atrás

Concordo. Já faz um certo tempo que a F1 virou remédio para dormir. Dizer isso não significa, necessariamente, ser saudosista, e sim constatar que a categoria, como produto, evoluiu rumo ao tédio. Uma categoria de fórmulas precisa priorizar uma coisa: velocidade. Era assim no passado, e ainda é assim em outras categorias. O problema é que velocidade, na F1, passou a ser um conceito secundário, atrás de regularidade, economia, ecologia, tecnologias esquisitas, e o escambau. Sinto que isso descarrilhou o esporte e o tornou algo que os fãs antigos não reconhecem e que fãs novos não conseguem achar graça. O resultado nós estamos vendo: aumento de custos, esvaziamento do grid, queda de audiência em todo mundo, queda de presença em autódromos. O caminho da F1 daqui para frente é relativamente simples: ou se reinventa, ou morre.

Alessandro Neri
Alessandro Neri
9 anos atrás

Texto maravilhoso. Sem mais.

Jeremias Campos de Maio
Jeremias Campos de Maio
9 anos atrás

O começo da ruína foram as corridas em lugares sem tradição alguma no automobilismo. Não faz sentido algum, já que categorias essencialmente europeias como o DTM e a WSR vendem saúde, interesse e grids cheios.

O ponto de partida tem que ser voltar para seu público – ou alguém acha que não se gosta mais de corrida na França, por exemplo – segundo, dizer adeus a todos os artificialismos de pneus, asas e o quetais.

Agora, que os anos 80 tinham umas corridas bem chatinhas, tinham. A categoria vivia uma época muito melhor, fato, mas não perfeita.

Brabham-5
Brabham-5
9 anos atrás

Duas coisas:

1 – Hoje, se a FIA promove um campeonato retrô com carros (e equipes) da F1 da década de 80, fatalmente teria mais público que a F1 atual.

2 – Acompanho a F1 desde 1980. Para mim, nestes quase 40 anos, a PIOR DÉCADA disparado foi a década de 90. Foi a década que vimos desaparecer equipes tradicionais, históricas e adoradas como Brabham, Ligier, Lotus…e nomes menos vencedores mas que marcaram época como Osella, Arrows…a Alpha Romeo não estava mais lá….Sem contar os abismo que McLaren, Williams e Ferrari tinha para as MENORES, que nunca foram tão menores. Eu achava bem mais sem graça que hoje em dia. Schumacher sobrava, não só pelo carro que pilotava, mas pelo seu talento muito acima dos demais. Uma década que chegou ater um Damon Hill campeão, um Jacques Villeneuve…

Enfim, acho a década de 90 a de´cada de maior “baixa” da F1.

Hoje, a F1 é outra. Se não fosse marcas como Ferrari, McLaren, Williams (Nem a Lotus é aquela histórica), poderia ser até chamada de outro nome, que não fosse F1, de tão diferente.

Mas ainda é o top do automobilismo mundial. Para construtores e pilotos. Sim, deveriam rever algumas “fórmulas” que deram sucesso á categoria nos anos 70 e 80 e voltar a praticar agora, “no futuro”. Mesmo os pilotos agradeceriam.

Só acho que ficar comparando só para ter o que criticar não leva a lugar nenhum. Não é construtivo.

Roberto Fróes
Roberto Fróes
Reply to  Brabham-5
9 anos atrás

Perfeição não existe! O perfeito é um defeito, portanto…
As corridas “chatinhas” dos anos 80, hoje, seriam classificadas como espetaculares!
E não é ficar comparando, é que está chata mesmo…

Banana Joe
Banana Joe
9 anos atrás

Muitas regras e regulamentos deixam qualquer esporte chato.
A F1 está chatíssima.

Roberto Fróes
Roberto Fróes
Reply to  Banana Joe
9 anos atrás

É o que eu digo a muito tempo: Está deixando de ser um Campeonato Mundial de Pilotos e Marcas para ser o chatureba do Campeonato Mundial dos Regulamentos.

Evandro
Evandro
9 anos atrás

Tem de ter segurança? Tem! Tem de ter respeito? Tem! Tem de ser organizada? Tem! Mas tem de ser imprevisível, tem de poder fazer algo diferente como usar um pneu de cada tipo só por que tem mais curvas para um lado ou para outro, tem de largar com pouco combustível e dar show até ficar pelo caminho por que o motor talvez não dure a corrida toda…..saudades dos velhos tempos…

Segafredo
Segafredo
9 anos atrás

Nada do que foi dito com relação aos carros, regulamentos, motores, etc funcionaria para trazer a F1 aos pés do que já foi um dia! Só o que precisaria mudar é a possibilidade dos pilotos voltarem a ser o centro da categoria, pois o que vemos hoje é a banalização da grande maioria deles……os carros se bastam, é muita tecnologia e pouca intervenção de talento na pilotagem……piloto hoje pra ser gênio basta não errar, é só ser ágil com os botôes……e são raras as excessões!

Libertem a F1 dessas robotizações, liberem a disputa aberta e teremos uma explosão de audiência e patrocinadores como outrora era!

Peter Losch
Peter Losch
9 anos atrás

O problema não está tanto na F1. Está nas pessoas.
As pessoas mudaram, assim como seus gostos e possibilidades. Olhando como telespectador, tínhamos apenas sete canais disponíveis, então escolher o canal que passava a F1 era fácil, mesmo que não gostasse muito do esporte. Não havia a internet, os milhões de canais da tv paga e outras tantas distrações.
Outro problema é a forma como a TV Globo gerencia a cobertura da F1. Muito focada nos ídolos, ganhou rios de dinheiro no passado, mas hoje a fórmula não mais se sustenta.
A F1 precisa virar um show. Show de imagens, áudio da melhor qualidade. O leigo precisa ser capturado no momento em que passa pelo canal, ser apresentado e educado ao esporte para virar um consumidor do produto.
Da forma que está, a F1 vai perder cada vez mais a relevância para o público comum.

Douglas Arruda
Douglas Arruda
Reply to  Peter Losch
9 anos atrás

O melhor comentário, é exatamente assim que eu percebo.
As mídias não são mais as mesmas, a TV não é a mesma, os jornais perderam relevância, os patrocinadores tem muito mais opções e mais baratas…
Aliás, Flavio, é tudo uma questão de perspectiva:
Existe algum canal que cubra exclusivamente automobilismo local no Brasil? Com certeza não, mas em Abu Dhabi existe (Gear One TV).
Em poucos lugares do mundo você vê tantos carros esportivos nas ruas e o GP está sempre cheio – mesmo acontecendo em dia útil (trabalhamos de Domingo a quinta).
Bernie Ecclestone tem a sua genialidade. Se dependesse da Europa exclusivamente estaria em piores condições. Mas talvez esteja além da sua compreensão a necessidade de se investir no público. É ou investir para crescer – ou cair no marasmo.
É assim com todas as mídias, até com a Internet. Aliás, é por esse esforço que o GP (site) continua relevante.

Roberto Fróes
Roberto Fróes
Reply to  Peter Losch
9 anos atrás

Cara, estou para ver outra opinião tão discordante da minha como a sua!
Penso, aliás, que a F1 caiu EXATAMENTE por causa de quem pensou e agiu assim! Foi EXATAMENTE isso que o Bernie Eclestone fez a alguns anos atrás, e a princípio – como toda novidade – agradou, para, em seguida, despencar.
Quem não viveu, não viu, apenas ouviu falar, não sabe o que foi…
Sugiro que você e o Douglas Arruda leiam mais sobre a Formula 1 que vocês – parece – não conheceram.

Bruno Manhães
9 anos atrás

É isso aí FG! O primeiro a pendurar o chapéu seria esse cidadão que já esta na f1 a muito tempo e deveria se arrancar e dar lugar pra galera mais jovem, já citei minha ideia para aumentar o grid da f1 aqui mas a turma não deu muita bola, no passado mais precisamente na era turbo existiu um campeonato em paralelo com o mundial de f1 para equipes com motores aspirados inclusive em 1986 foi chamado de taça Colin Chapman acho que seria interessante incluir esses motores v6 sem o turbo e o motor híbrido apenas com kers usado até 2013 não sei se seria possível aproveitar o mesmo bloco ou boa parte do motor a combustão atual sem o turbo com certeza atrairia novas equipes aumentado o grid e melhorando a disputa ´é claro que só existiria um campeão mundial mas duas equipes campeãs uma com o turbo híbrido e outra com o aspirado, já sairia com 4 fornecedoras de motores só não concordo com a utilização de chassis iguais as equipes teriam que construir os mesmos, vc não acha que isso ajudaria a aumentar o grid?

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
9 anos atrás

Tem que liberar o numero de carros por equipe, de patrocinadores por equipe (carros da mesma equipe com patrocinadores diferentes), venda de chassi, simplificar as “unidades de potencia” voltando os motores de 2013.. Não dá para ter uma F-1 forte sem grande premio da Alemanha e da França.temos que ter corridas na Inglaterra, Itália, Bélgica, Áustria, Espanha, Hungria, Mônaco, Alemanha e França.

Precisamos de uma F-1 sofisticada (como sempre foi e ainda é), mas não enfadonha. Nesse ponto os Americanos são muito melhores. Vale o espetáculo.. Quem não paga com prazer para ver um ótimo espetáculo? Quem não estaria disposto a investir e ser reconhecido por participar em um ótimo espetáculo? A F-1 está muito complexa e isso deixa tudo muito chato. Ninguém gosta de gastar/investir dinheiro em coisas chatas.

Como o próprio pessoal da RedBull sempre diz, a F-1 deixa de ser o que sempre foi quando o desempenho máximo é deixado de lado em favor do gerenciamento/limitação do equipamento e de outras variáveis. A F-1 sempre foi sucesso pois era a síntese do que todo mundo conhecia como desempenho máximo no automobilismo.

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
Reply to  Ricardo Bigliazzi
9 anos atrás

Complementando.

Chega a ser maldoso, mas tire as áreas de escape asfaltadas para ver o que acontece. Tudo fica mais técnico e os limites dos pilotos ficariam mais evidentes. Tá certo que alguém pode morrer com isso, mas que o risco de abandonar uma prova ao sair da pista compunha a graça das corridas isso compunha.

Harry - BSB
Harry - BSB
9 anos atrás

Tem que liberar tudo. Tração nas 4, eixo traseiro direcional, suspensão ativa etc…

Eduardo_SC
Eduardo_SC
9 anos atrás

Anos 90: otimismo, criatividade e possibilidade. Nos dias de hoje, faltam dois desses itens para fazer a mesma receita. Passávamos mais tempo imaginando como seria o futuro. Mesmo assim os filmes sempre vislumbravam o futuro como sendo intransigente e controlado. Tenho a tese que vivemos um prelúdio, o pior está por vir sendo que a tendência é que fiquemos tal como esses filmes relatavam. Existe um que mostra bem esta tendência, “O Demolidor” com Sylvester Stallone, sendo que nesse futuro, todo mundo tem direito de ser coxinha idiota e dizer palavrão acarreta em multa, entre outros. Vejo que esse excesso de chatice estende-se a todas as profissões. Com quase 40 anos também estou achando tudo muito controlado e realmente não lembro de achar tudo muito legal quando tinha 20, comparando com os mais novos de atualmente. Com relação à F1? Antigamente era um esporte para homens e tinham mais patrocinadores como a empresa do Dietrich Mateschitz, que gastavam a favor do esporte em detrimento do lucro. Enquanto tivermos mandatários assim, a F1 está salva.

Paulo
Paulo
9 anos atrás

Tirando a pochetinha da moça da foto, concordo com tudo o que o Flávio escreveu.

Francês
Francês
9 anos atrás

Na questão da Segurança hoje a f1 está muito melhor. Quando eu era criança, assisti uma corrida em que o piloto atropelou um funcionário que estava com o extintor na mão e partiu o cara no meio. Se isso é bom para crianças não sei. Comecei assistir F1 em 1983, e vi algumas mortes. Isso não pode se repetir. Eu acho que a melhor época foi o fim dos anos 90, isso só foi apagado porque o Schumacher e a Ferrari ganharam quase tudo.

Roberto Fróes
Roberto Fróes
Reply to  Francês
9 anos atrás

Tom Pryce, UOP Shadow, GP da Africa do Sul, 1977.
Renzo Zorzi teve problemas de motor e parou o carro, quando ocorreu um princípio de incêndio.
Dois fiscais despreparadíssimos cruzaram a pista com extintores na mão.
Um atravessou, mas o segundo, um garoto de 19 anos, não conseguiu: esqueceu-se que, naquele trecho, a velocidade dos carros era de cerca de 270 km/h.
Quem quase atropela os dois foi Von Stuck, mas conseguiu desviar.
Tom Pryce saiu de seu vácuo para ultrapassar, quando viu o garoto, mas a 270 não dá para fazer nada…
Morreu instantâneamente, pois o extintor bateu em sua cabeça.
Diz quem entende mais do que eu que, com a destruição do cérebro, o corpo se estica todo por alguns segundos. Inclusive o pé direito.
O UOP Shadow ainda continuou a toda por algum tempo, até bater no carro de René Arnoux, se não me engano.
A pista era perigosa?
Com auxiliares desse naipe, qualquer pista é perigosa, agora, no passado ou no futuro.

Cardoso Filho
Cardoso Filho
9 anos atrás

Tenho verdadeiro horror a:
Bandeira azul – é corrida pessoal, se não consegue passar fique na fila
Abrir a asa – tenha paciência, é desonesto, e tira o risco de uma ultrapassagem. apertar botão e passar não tem graça.
Área de escape asfaltada ? Quero areia , Errou fique lá para do se lamentando e vendo outro ganhar.
Corrida tem que ter ultrapassagem e erro de piloto, Errou dançou,

Roberto Fróes
Roberto Fróes
Reply to  Cardoso Filho
9 anos atrás

Bandeira azul é apenas para retardatários!

Paulo Emilio
Paulo Emilio
9 anos atrás

Não dá para voltar atrás ! A partir do momento que se tornou, via Bernie, um negocio multimilionário deixou de ser um esporte ! Os interesses e a maioria das pessoas envolvidas são mercenários ! É simples !

Boca
Boca
9 anos atrás

F1 tá boa.
Só duas ressalvas:
Esse excesso de investigações e punições nas corridas;
A divisão do dinheiro deveria favorecer um equilíbrio de forças.

paulo
paulo
9 anos atrás

Eu adoro carros, gasolina, essas porras. Mas não me iludo: já foi dito por aí que “o carro é o novo cigarro”, acho que a F1 – pelo caminho que vai – é o novo turfe.

Paulo Franco
9 anos atrás

Ah, esqueci…
Libera a venda de chassis, de motor, tres carros por equipe….deixa a galera trabalhar, aparecer novas equipes!
Libera tudo, mas limita a capacidade de tração!
Carro de corrida decente, anda de lado!

Paulo Franco
9 anos atrás

Fácil!
Pneus mais estreitos com medidas próximas às de rua (tração reduzida, freadas mais longas e acaba-se com a injustiça do tal do Kers) e com compostos que aguentem toda a corrida, para valorizar a habilidade dos pilotos no gerenciamento do desgaste dos pneus; retirada total ou redução drástica do tamanho dos spoilers e aerofólios ( valorização da aderencia mecanica, porem respeitando a segurança, sempre!); liberdade na construção dos motores, apenas limitando a cilindrada e o número de motores utilizados em todo o campeonato, com um pacote de eletronica de parametros limitados, comum a todas as equipes (é, aqui ficou mais difícil…) e que seria atualizado no final da temporada.
Limitando a capacidade de transferencia de potencia para o chão, volta a diversão!
#ficaadica,Bernie!

Jonny'O
9 anos atrás

Essa F1 atual tá um porre!!!

Pode até ser disputada este ano (embora parece que a Mercedes vai dominar de novo) ….mas ela tá chata já faz algum tempo.

O problema é a FIA querer direcionar a tecnologia, a F1 nunca foi laboratório de desenvolvimento “contratado”….como querem fazer.

O que se desenvolvia era pra aumentar o desempenho e o mundo dos carros normais ganhou com isso…..só isso.

Claro ,tem o lance da segurança , mas isso é um ponto independente do esporte , é uma necessidade , deu merda ,mudam de novo , e assim vai.

Agora o esporte!!!…é o esporte que tá ficando um saco…..acabou a paixão, tá muito artificial , os pilotos são idiotas , não pensam …….creio.

As pistas são perfeitas demais sua superfície…..ai começou a desandar as coisas …….a suspensão não trabalha …..o carro depende demais da aerodinâmica…..ae inventaram as asas moveis em lugar permitido……meus Deus!!!!……

Por mim , eliminava o downforce , voltava pistas de verdade com imperfeições ……..claro ,pode caprichar na área de escape…..mas não pode ser de asfalto !!!!!!!pelamor!!!!

Depois dos incidentes de Prost e Senna ….mudou-se a face das corridas , digo, dos pilotos …..viraram uns merrdas , um zigue zague na reta NOJENTO!!!!….vejam a disputa entre Gilles x Arnoux em Dijon 79….todos já viram ,mas não to falando das curvas em si ,aquele show todo dos dois pilotos …..mas , reparem na reta , como eles vinham pela reta …….jamais um deles muda de direção em reta……..homens de verdade!!!!

Antonio Seabra
Antonio Seabra
Reply to  Jonny'O
9 anos atrás

Jonny ‘ O

Mais uma vez tenho o prazer de assinar embaixo do teu comentario !!!

Tira asa movel, tira controle de traçao, diminui o donwforce, diminiu a largura dos pneus, e PROIBE as fechadas de porta desleais, em curva e nas retas. Mantem as areas de escape, mas coloca um piso que estrague os pneus, e ninguem vai querer passar “pra la” dos limites da pista (hoje todo mundo “ganha tempo” indo pro cima das “zebras”. isso não é pilotagem, é mutreta). Permita-se venda de chassis e 3 carros por equipe.

Antonio

Jonny'O
Reply to  Antonio Seabra
9 anos atrás

Po Seabra…que saudade !!!!…quem sabe nos vemos em Interlagos este ano em algum evento do paulista!?!

Allez Alonso!
Allez Alonso!
9 anos atrás

Bater o carro de propósito é antigo, bem antes do Pat Symonds na Renault. Shumacher foi mestre, cria do Briatore…
Mas não fui culpa do Symonds e acho que ele tem razão, seria simplório achar que colocar um v12 nos carros faria o público voltar, os patrocinadores, equipes, etc… Qual foi a última boa temporada, então? 1998? 2008? Há muito tempo não temos mais espaço para os garagistas, HRT e Caterham tentaram e não me lembro de elogios do blogueiro. Em 2011 tivemos uma temporada com trocentos vencedores diferentes, e do que se reclamou na época? Pneus farelo e DRS… Difícil agradar a todos. Eu adoro a f-1, porque são os melhores pilotos e os carros mais rápidos do mundo.
A f1 deveria se render a internet, as publicações deveriam se especializar mais e buscar o devido tecnicismo que a f1 merece.
Não da pra ligar a tv e ouvir que são duas caixinhas mágicas que fornecem energia do freio e dos “gases do escape”.
E se vê, pelos comentários, que a maioria dos brasileiros não gosta de corrida, assiste pra ver batida ou ver outro piloto que não gosta se fuder.
Tem que fazer igual na Inglaterra, assiste pela skysports quem pode pagar, comentarios inteligentes, horas de pré e pós corrida. Final da corrida, vai lá na f1 technical e se informa. A ralé que se foda.

Segafredo
Segafredo
Reply to  Allez Alonso!
9 anos atrás

Cuidado com a arrogância, amigo Allez! Todos que apreciam o esporte devem ter acesso as transmissões(abertas ou não), inclusive as classes menos favorecidas!

Allez Alonso!
Allez Alonso!
Reply to  Segafredo
9 anos atrás

Respeito sua opinião, mas f1 para as massas no Brasil só dá certo quando tem brasileiro ganhando.

Brabham-5
Brabham-5
Reply to  Allez Alonso!
9 anos atrás

Pois é bater o carro de propósito é antigo mesmo.
Antes do Schumacher, Senna e Prost garantiram títulos assim…
Será que foi com eles que o Briatore aprendeu para depois aplicar com Schumacher e Alonso??

Allez Alonso!
Allez Alonso!
Reply to  Brabham-5
9 anos atrás

Com Shumacher, sim. Alonso bateu de propósito? Não foi esse o resultado que a FIA chegou.

Roberto Fróes
Roberto Fróes
Reply to  Brabham-5
9 anos atrás

Eu vi o Senna fechar e bater de propósito muito antes, no Rio de Janeiro, 1ª curva, no Gehard Berger. Assisti ao vivo e a cores. E fiquei puto da vida! Com o Senna, de quem eu já não gostava, por causa desse tipo de atitude, desde o tempo do campeonato mundial de kart, em Portugal, se não me engano.

Paulo Pinto
Paulo Pinto
Reply to  Allez Alonso!
9 anos atrás

Tem Schumacher no post? Êeee, paixão!!!

Chupez Alonso
Chupez Alonso
Reply to  Paulo Pinto
9 anos atrás

kkkkkkkkk

Allez Alonso!
Allez Alonso!
Reply to  Paulo Pinto
9 anos atrás

Interpretação de texto?

Paulo Pinto
Paulo Pinto
Reply to  Allez Alonso!
9 anos atrás

“Schumacher foi mestre, cria do Briatore…”

E teu idolatrado, Vicellez, foi cria de quem?

Allez Alonso!
Allez Alonso!
Reply to  Paulo Pinto
9 anos atrás

Nisso você tem razão, Alonso destronou seu Shumacher até na preferência do Briatore.
Mas ao menos nunca bateu pra ser campeão e sempre superou seus companheiros de equipe, ou ao menos empatou. Isso que ele é marketeiro, quero ver o gênio do Vettel andando atrás do Kimi, vou rir muito…

Paulo Pinto
Paulo Pinto
Reply to  Paulo Pinto
9 anos atrás

Vettel vai andar (pela sétima vez consecutiva) à frente de Alonso.
As minhas risadas já estão garantidas.

EduardoRS
EduardoRS
9 anos atrás

Eu acho que a evolução tecnológica é inevitável e precisa ser abraçada. Não dá pra querer correr de V8 DFV Cosworth com carburador e câmbio manual em 2015.

Na minha modesta opinião, o que mata a F1 hoje em dia não é a falta de barulho, excesso de botão no volante ou sei lá o quê. São duas coisas:

1) Os pilotos parecem que vivem dentro de bolhas. Não parecem humanos. São inacessíveis ao público, sempre dentro dos boxes, que de tão assépticos até parecem hospitais. A F1 não conversa com o seu público, seja ele vovô ou criança. Deveriam buscar inspiração no automobilismo estadunidense, principalmente na Nascar – tá certo que eu acho um exagero os caras partirem pra porrada depois de todas as corridas, mas pelo menos lá o público se enxerga nos pilotos, e há uma “química”.

2) A apurrinhação sem tamanho das “punições” e dos “comissários”. Chega a me dar ânsia de vômito quando vejo na tela “incidente envolvendo carros X e Y está sob investigação”, sendo que X e Y apenas bateram roda ou dividiram uma freada. Deixa o pau comer! Os pilotos que se entendam na pista, ou que se arrebentem de porrada na saída. E se houver jogo sujo descarado por parte de alguém, que seja punido após a prova. Mas eles precisam parar de arruinar as corridas com drive-throughs, stop-and-go’s e merdas do tipo. Isso, combinado com a complicação desnecessária do regulamento (usar dois tipos de pneu, etc), deixa as corridas difíceis de assistir para quem não é viciado no assunto.

Luis Felipe
Luis Felipe
Reply to  EduardoRS
9 anos atrás

Disse tudo! O resto é nostalgia. O Allez Alonso lembrou bem que em 2012 as reportagens aqui do GP perguntavam: “melhor temporada da história?”. Isso mostra que o maior problema da F1 atual é a promoção do produto.

Claudio
Claudio
9 anos atrás

Nada contra as inovações, muito pelo contrário. Mas desprezar a essência da F1 do passado é muita, mas muita burrice…

Ju
Ju
9 anos atrás

Concordo……sabe tudo!

Felipe
9 anos atrás

Concordo plenamente, a resposta é justamente essa de olhar pro passado, ver o que deu certo e aplicar no presente. Não adianta ficar nesse circo de montanhas de dinheiro e áreas vips, se a maioria do público que assiste a f1, vira madruga ou não dorme, faz de tudo pra acompanhar a categoria, não está gostando dos rumos que o esporte está tomando. Tecnologia é legal? é! Mas deveriam acabar com essas opções de ers/kers/drs, ordem de equipe via rádio só pra avisar box! box! box!, e sim.. voltar com o cambio manual… já melhoraria 200%. Em relação a existir as grandes equipes x nanicas, é um abismo de diferença, deveria ter um teto no orçamento para todas equipes disputarem de forma mais igual.

André
André
9 anos atrás

Concordo plenamente. Olha que eu gosto de modernidades, mas a F1 precisa olhar mais pro passado mesmo e ver o que dava certo e tentar colocar no presente. Não seria um retrocesso, como se fosse voltar na época da máquina de escrever por exemplo… porém, seria agregar passado com futuro, trazer um novo mas manter os melhores dos antigos conceitos. E eu acho que a F1, a exemplo da Ferrari, deveria se reestruturar desde o seu núcleo, só assim a coisa pode voltar a funcionar.

Chupez Alonso
Chupez Alonso
9 anos atrás

“Bem, eu poderia dizer ao indigitado que no passado ninguém mandava neguinho bater o carro de propósito. ”

Concordo em gênero, número e grau.

A F1 não precisa de picaretas como Amonso e seus pares.

Allez Alonso!
Allez Alonso!
Reply to  Chupez Alonso
9 anos atrás

Tem Alonso no post? Êeee, paixão!!!

Chupez Alonso
Chupez Alonso
Reply to  Chupez Alonso
9 anos atrás

A pergunta não é se tem Amonso no post.

A pergunta é: em qual picaretagem da F1 não tem Amonso?

Allez Alonso!
Allez Alonso!
Reply to  Chupez Alonso
9 anos atrás

http://www.orc.com.br/novo/wp-content/uploads/2015/02/Fernando1.jpg

Imprima e passe seu tempo livre jogando dardos no espanhol. Quem sabe você não se cure dessa frustração?
Se tem um post sobre pum, lá vem você falar que o do espanhol é mais fedido.
Isso é doença. Ou já é o caso de sair do armário.

Paulo Pinto
Paulo Pinto
Reply to  Chupez Alonso
9 anos atrás

Expressão de derrotado. É, as “surras” sucessivas do Herdeiro minaram o moral do espanhol.

gustavo maia
gustavo maia
9 anos atrás

Penso que todos que pedem um retorno ao passado pedem duas coisas: carros mais bonitos (aos olhos e ouvidos) e concorrência (ou ao menos ocorrências).
Quanto à concorrência, ou ocorrências, tem que acontecer alguma coisa nas corridas. Ano passado como foi? Para saber o resultado da corrida, bastavam algumas perguntas: As duas mercedes chegaram? Sim. Deu algo errado para o Hamilton? Se não, o hamilton ganhou; se sim, deu Rosberg.
Pode ser uma impressão equivocada, mas pelo que lembro até o começo dos 90, os pilotos tinham mais de uma chance de ultrapassar um carro de velocidade equivalente. Ano passado, mesmo com tudo que puseram nos carros, era uma ou duas tentativas no máximo – o resto era procissão. Nada ocorria.
Quanto ao outro ponto, vale notar na foto um dos culpados dessa merda toda. A partir da porra dessa Tyrrel com o bico alto e folio pendurado começou a corrida armamentista na aerodinamica. Depois disso não se veria um carro bonito como essa Ligier em primeiro plano.
De fato, essa corrida tecnológica que se instalou na F1 em nada acrescenta ao espetáculo. O que põem na pista hoje é um avião que não tira os pneus do chão. E como se exige na aviação, o veículo se comporta de forma constante – ou seja, ocorre nada ou muito pouco de variação no desempenho, ou seja, o potencial do carro no começo da temporada é praticamente o mesmo no final.
Nem custaria muito modificar isso. Basta ver que bastou inserir a estória dos pneus e houve competição, houve ocorrências, houve vários vencedores.
Afinal, qual tem sido a vantagem para a competição, para os carros ou para a indústria, da montanha de tempo e dinheiro que poem no desenvolvimento dos carros. Se ainda houvesse recurso sobrando, bem, mas não há.
Se você acompanha a corrida no timechart tem coisa acontecendo, mas tem que ser nerd para se satisfazer com isso. Tem que ser mais nerd para ter tesão na estória de por turbina numa das pontas do motor como algo interessante que te fazer acordar mais cedo no domingo.
Acho que ninguem sugere um retorno ao tempo em que morria um piloto por corrida ou em que havia muitas quebras. Penso que o que o público pede é não saber como terminará a corrida. Se isso é feito com algum artificialismo ou com bastante limitação me parece secundário.
Nem é mais o caso de o brasileiro estar mau acostumado de ter passado 20 ano com um piloto de seu país disputando o título. A reclamação aparece no mundo todo. A nossa má educação não deixava ver que o Berger era o Barrichello do Senna. Mas parecia mais divertido antes.
Semana passada assisti Daytona. Uma bosta, mas uma bosta interessante. A corrida quase toda é se manter no engarrafamento para ver como se resolve no final. E no final se resolve. Nas últimas voltas uma meia dúzia de sujeitos poderia achar 2 mph a mais e ganhar a corrida.
Os carros são limitados na tecnologia – mais nem tanto. Não parece ter nenhum gênio entre os pilotos – apesar de ser um façanha pilotar a 200 mph com mais 30 carros a uma polegada do muro. Mas resolve seu domingo. Durante uma hora e meia dá para acompanhar na base da cerva e do minduim, de repente ver umas capotadas e umas cagadas nos boxes. Nos últimos minutos se tem claro que está na disputa da vitória e sempre chega uma surpresa.

gustavo maia
gustavo maia
Reply to  gustavo maia
9 anos atrás

Perdoem-me todos.
Comecei a digitar e não reparei no tamanho.

David Santiago
David Santiago
9 anos atrás

Flávio, acho que pra F1 melhorar precisaria ser menos engessada no que diz respeito à
Motores e desenvolvimento. Lembro de uma época em que Ferrari era V12, Honda e Renault V10, Ford V8… Pneus de várias marcas também era bem legal.