RIO
SÃO PAULO (era ontem, mas não tem problema) – Mãe, quando é que eu vou aprender a falar carioca?
Existem frases marcantes que dizemos na vida, e essa foi uma delas. Lembro até onde estava, no Aterro do Flamengo, primeiros dias de Rio, muito provavelmente no Fusca branco de minha mãe, que tinha aprendido a dirigir poucos anos antes para poder nos levar à escola no Campo Belo, Dona Chiquinha Rodrigues, onde fiz o primeiro ano.
Era um mundo bem novo e diferente, aquele. Do lado direito, a baía de Guanabara e o Pão de Açúcar. Do lado esquerdo, algo mais familiar: outros carros passando.
Claro que aos 7 anos eu não sabia nem que a baía era de Guanabara, nem o que era uma baía, muito menos Guanabara. O Pão de Açúcar me parecia algo excepcional, duas montanhas com alguma coisa subindo e descendo, pendurada entre elas.
Mudamos para o Rio porque meu pai foi transferido para lá e tenho poucas memórias sobre o choque de sair de uma casinha geminada nas franjas de São Paulo, onde moramos um ano, para cair naquela cidade que tinha mar, algo igualmente desconhecido e impressionante.
Mas lembro de ter perguntado à minha mãe quando iria aprender a falar carioca porque achava muito bonito o jeito que as crianças falavam comigo na escola, e eu não conseguia falar igual.
O primeiro dia no Colégio Rio de Janeiro em Ipanema foi razoavelmente traumatizante. A rua, se bem me lembro, era estreita e as pessoas paravam seus carros em cima da calçada. Fomos os três para a escola, eu, o mais novo e o mais velho. Na entrada, recebemos as instruções para a hora de ir embora, que não eram fáceis. No crachá de cada criança tinha uma bolinha pintada. Quem levava a bolinha azul ia de perua escolar. Os de bolinha verde podiam sair sozinhos do colégio. Eram os mais velhos, quase adultos, ou moravam muito perto. Bolinha vermelha, a nossa, proibia que se colocasse um pé na calçada — a mãe vinha buscar. E tinha a bolinha preta que, sinceramente, não lembro direito o que significava. Alunos proscritos, talvez, proibidos até de tomar lanche ou de olhar para fora do prédio.
Meu pavor durante toda aquela tarde foi com o mais novo. Ele tinha quatro anos, não iria entender nunca aquela história de bolinhas coloridas no crachá, iria se perder e nunca mais veríamos o moleque. Do alto da minha quase dezena de carnavais, tomei a decisão de, assim que tocasse o sinal, sair em disparada rumo à sua sala, que guardei mais ou menos onde era, para pegá-lo pela mão e levá-lo à fila das bolinhas vermelhas, caso contrário ele desapareceria para todo o sempre, engolido pelos seres que falavam de um jeito muito, mas muito diferente do meu.
Tive aula de inglês no primeiro dia. Yes, no, car, window. Não aprendi nada, estava apavorado demais diante da possibilidade iminente de perder um irmão, OK, eu tinha outro, mas era um irmão, e eu, como mais velho do que ele, tinha a obrigação de colocá-lo na fila das bolinhas vermelhas para que esperássemos em segurança pelo conforto do Fusca branco de minha mãe.
Acabou a aula, saí correndo para a sala do caçula, mas me perdi nos corredores desconhecidos e hostis, desesperei-me, e quando me dei conta do tamanho da encrenca estava sozinho, eu, minha lancheira, minha mochilinha e meu crachá com a bolinha vermelha. Desatei num choro compulsivo até ser resgatado por alguém, que ao ver a bolinha vermelha no crachá me levou à fila correspondente, onde já estavam, felizes e animados esperando pela mãe, o mais velho e o mais novo, que nunca soube dessa tentativa frustrada e desnecessária de resgate.
E foi assim um dos meus primeiros dias no Rio, mas no Rio a gente aprende tudo muito rápido, a fila das bolinhas nunca mais foi problema, mesmo quando por alguma razão a minha série foi transferida para a unidade da Gávea, cujo caminho, saindo de Copacabana, incluía o Corte do Cantagalo, a Lagoa, a AABB, o Flamengo, um supermercado que tinha o teto curvo e, finalmente, o Colégio Rio de Janeiro numa rua mais tranquila e arborizada, cujo pátio, lá no fundo, terminava em algo que creio fosse uma montanha.
Moramos três anos no Morro do Caracol, em Copacabana, onde joguei bola na rua de paralelepídos, subi e desci a escadaria do cinema Ricamar várias vezes para comprar Minister para meu pai, onde vi pela primeira vez uma criança fumando, o Serginho, onde comecei a jogar futebol de botão — eu mesmo comprava os enormes zagueiros de galalite e os dadinhos, porque carioca não joga botão com bolinha de feltro –, e era só descer a escadaria, cruzar a Nossa Senhora de Copacabana, andar uma ou duas quadras e estávamos no calçadão, onde estrangeiros atiravam seus maços de cigarro no chão que eu colecionava, onde a areia não terminava nunca até chegar no mar, onde se comia cachorro-quente Geneal com sua salsicha pálida, e onde se tomava mate e limão daquelas latas penduradas nos ombros dos homens na praia.
Foi no Rio que experimentei feijoada pela primeira vez, meu pai muito preciso nas explicações, aqui no Rio se come feijoada de quinta e domingo, em São Paulo é de quarta e sábado, dizia, enquanto viajávamos até São Conrado, talvez Barra, onde ficava um restaurante que tinha uma cumbuca de barro no luminoso, era programa solene comer aquela feijoada uma vez a cada dois ou três meses.
Foi no Rio que virei um esportista, fiz natação e judô na AABB, até quase morrer afogado ao tentar ir de uma margem à outra da piscina, tendo sido salvo pelo meu irmão mais velho, o que me fez desistir da carreira aquática. No judô, ao contrário, era um aluno aplicado e disciplinado, e quando terminava a aula, eu já faixa amarela com dois graus de esparadrapo, enquanto a mãe não chegava, corria para a parte de trás do clube, que dava para a Cruzada de São Sebastião, ou perto dela, onde a gente ficava espiando os pivetes, cheios de medo e excitação.
No Rio decorei meu primeiro samba-enredo, falava da Portela, do Pixinguinha em seu altar, pizindim, pizindim, pizindim, comi lagosta com manteiga derretida no Alcazar, me interessei por livros ao ler “Sequestro em Parada de Lucas” de Orígenes Lessa, devorei coleções das Edições de Ouro, fiz peneira no Flamengo de camiseta e calção brancos, meias rubro-negras e chanca com seis cravos pregados, marquei um gol de carrinho em cruzamento do meu irmão mais velho, que tinha uma canhota razoável, mas a desatenção do treinador fez com que aquela tivesse sido minha primeira e última experiência na Gávea, azar do Flamengo.
Íamos ao Maracanã todo domingo, tínhamos carteirinha para entrar de graça, curioso que trocaram as fotos da minha e do meu irmão mais novo, um dia o mais velho se perdeu perto da Estátua do Belini, mas como era safo o encontramos rapidinho. No Maraca vi Fischer, Doval, Zico, Ferreti, Geraldo, que morreu e foi uma tristeza na cidade, Marinho Chagas, Cao, Andrada, Moisés, Alfinete, Zanata, Roberto Dinamite, vi o América ser campeão da Taça Guanabara com o barbudo Luisinho no comando do ataque, Flecha, Edu e Gilson Nunes, vi a Lusa ganhar do Vasco com gol do Xaxá numa quarta à noite, ganhei meu primeiro rádio de pilhas, que tinha um foninho que era chamado de egoísta, escutava “O Globo no Ar” todas as noites na cama, até dormir, aprendi a ouvir Waldir Amaral, Jorge Cury, José Carlos Araújo, Mário Vianna, gol legal.
Meu Rio de Janeiro era uma cidade elétrica, parecia que tudo acontecia lá, uma vez roubaram a capanga do meu pai, que a deixou no banco da frente do carro com a janela aberta, acho que um Chevette, íamos à Sears comprar presentes de Natal, subíamos no Pão de Açúcar e no Corcovado o tempo todo, sempre que algum parente vinha nos visitar, de vez em quando apareciam na praia umas Kombis com estepe na frente e placa de outro país, e viajávamos muito, Petrópolis, aquele museu que tinha de colocar pantufa, Teresópolis, Serra dos Órgãos, Dedo de Deus. E quando vínhamos a São Paulo, paradas obrigatórias para tomar Ovomaltine gelado na estrada e para visitar o museu do Roberto Lee em Caçapava, quando saíamos à noite, meu pai abaixava o banco da Belina verde-maravilha cheia de decalques nos vidros e dormíamos os três na caminha montada no porta-malas, madrugada adentro pela Dutra.
Meu Rio de Janeiro tinha a Praça Nossa Senhora da Paz em Ipanema, onde fiz a Primeira Comunhão vestindo calça lilás boca-de-sino e camiseta branca de manga comprida e gola olímpica, um calor desgraçado, mas tudo bem. O padre era moderno e ficou até famoso, não lembro seu nome. Era bom aluno, mas as professoras viviam perguntando à minha mãe por que eu tinha uns cacoetes esquisitos, piscar o olho e mexer a cabeça, eu dizia que era o cabelo muito longo qua atrapalhava a vista, não tinha nada demais, estava tudo bem, mas não foram anos propriamente fáceis na escola, eu falava diferente dos outros e um dia esqueci o refresco em casa, a lancheira tinha só um sanduíche, e um moleque veio rir de mim no bebedouro dizendo que eu comia pão e água, enfiei a mão na cara dele e ganhei o respeito da escola, até o Otto, duas vezes meu tamanho e um quinto da inteligência, passou a falar comigo e pedir ajuda para fazer as provas, um dia até chorou, eu estudo, estudo, e não consigo aprender nada, fiquei com muita pena dele e lhe passei cola numa prova de matemática na quarta série, de raiz quadrada e porcentagem. Minha mãe perguntou se eu tinha cacoete por causa disso, dos moleques que me perturbavam porque comia pão e água, neguei, foi só uma vez, não tem nada a ver com isso, e aí veio a Feira de Ciências, fiz uma salina usando uma caixa de isopor com divisões para encaixar alguma coisa, pintei de azul o fundo desses nichos para obter um efeito cromático que lembrasse o mar, enchi de água e sal, espetei uma lâmpada por cima para fazer o papel de sol, se tudo desse certo o calor da lâmpada evaporaria a água e sobraria o sal, mas aquele negócio não funcionou direito, a água nunca evaporou, voltei para casa deprimido com a salina no colo e minha mãe perguntou se eu tinha cacoete por causa do fracasso da salina, e para encerrar o assunto disse que sim, era por causa do fracasso da salina, nunca mais faria salinas, até porque os trabalhos dos outros moleques eram bem melhores, as coisas se mexiam, tinham pilhas, piscavam, funcionavam perfeitamente, e minha salina era uma merda sem tamanho porque a água não evaporava com a lâmpada, e naquele ritmo o mundo iria acabar e minha salina não daria sal nenhum.
Os anos se passaram e superei o fiasco da salina, que concebi depois de uma viagem a Cabo Frio, viajávamos muito, já falei, e havia muitas salinas em Cabo Frio e o funcionamento, pela explicação de meu pai, parecia muito simples. Mas as coisas nunca são tão simples, aprendi com a salina da Feira de Ciências.
Passei três dos seus 450 anos aí, Rio, e no fim de 1974 meu pai foi transferido de novo e voltamos a São Paulo. Guardo com muito carinho cada lembrança desse tempo que volta e meia me vem à mente. Ainda hoje, quando vou ao Rio, reconheço lugares e cheiros, me comovo com pequenas coisas, tento não me sentir um peixe tão fora d’água quando sou quase sempre, em qualquer tempo e lugar.
Vivi três dos meus 50 anos no Rio de Janeiro, GB, guardei nomes de ruas, praças e avenidas, Barata Ribeiro, Cardeal Arcoverde, Bolívar, Atlântica, Siqueira Campos, Santa Clara, fui ao Sendas e à Casas da Banha, íamos ao Bob’s e meu pai mostrava espantado os painéis fotográficos iluminados por trás com imagens de sanduíches, sorvetes e refrigerantes, olha a perfeição disso, ele dizia. Era tudo muito moderno e cintilante.
Só não aprendi a falar carioca, nisso aqueles três anos foram inúteis, mas aprendi a ser carioca, isso não saiu de mim, porque a gente sai do Rio, mas o Rio, de certa forma, não sai da gente.
Tempo que pasa. Que saudade do Rio!
Obrigado pelo texto, lindo de mais.
Caramba Flávio, será por que não havia lido este texto antes? Sensacional! Show de bola! Riquíssimas lembranças tão bem contadas.
Olha, deu até vontade de dar um rolé pelo Rio, sentir aquele clima gostoso da Zona Sul.
Não sou carioca da gema, pois nasci e fui criado em Duque de Caixas (portanto, devo ser carioca da clara, kkkk…). Mas meu pai me proporcionou muitos bons e marcantes passeios pela capital carioca. Corcovado, Pão de Açúcar, mosteiro de São Bento, Forte de Copacabana, água de côco em Copacabana, etc, etc e etc.
Hoje moro em Petrópolis, a cidade do museu na qual você usou pantufas ao visitar, hehehe… (Museu Imperial).
Meu pai também sempre passeava com a família, incluindo a região dos lagos, e conexões com nossos vizinhos mineiros. Viagens estas que inclusive me incentivaram a realizar um projeto pessoal chamado “Um rolé pelo inteRIOr” na qual tento mostrar um pouco da beleza do interior de nosso estado.
Realmente seu texto me trouxe boas lembranças, e com a riqueza de suas palavras pude “viajar” aqui, imaginando tudo.
Mais uma vez parabéns pelo texto, e obrigado por compartilhar um pouco de sua carioca história conosco.
Grande abraço, e Deus te abençoe, sempre!
Textos bacanas sobre seu tempo de Rio de Janeiro. Mostrei para o meu pai e ele até se emocionou. Ele frequentava o “restaurante com cumbuca de barro no luminoso.”
Valeu!!
Como faço pra adquirir seu livro?
Flávio,
Edito um impresso de literatura aqui em Curitiba, sem fins lucrativos (temos uma prestação de continhas lá na página 3, sempre) e gostaria de saber se você me autoriza a republicar sua crônica em uma de nossas próximas edições. Se não achar uma boa, sem problemas.
Um abraço
Daniel Zanella
Sim, com créditos e tal.
Combinado, Flavio.
Aí te retorno pra te mandar umas edições impressas.
Um grande abraço e obrigado por topar a empreitada.
Daniel Zanella
Show demais!! Só fui ao Rio três vezes, viagens rápidas, uma delas pra assistir o Yes no primeiro Rock in Rio, 1984… Rio é Brasil! O resto é gringo…
genial
Flávio,
Creio que muito que eu gostaria de escrever sobre seu belíssimo texto, já foi escrito. Portanto, sinta-se parabenizado e agradecido por esse carioca de nascimento (e sempre apaixonado pela Cidade Maravilhosa), criado na mágica Bahia e, atualmente, residente na sua frenética, mas também fascinante, São Paulo.
Sem mais. Um abraço!
Linda cronica. Fomos colegas no Colégio Rio De Janeiro.
Amei!!! Ri muito (com a bolinha vermelha), viajei, curti, revirei as lembranças…a Primeira Comunhão do meu irmão (a cor da calça era “vinho”) … Concordo com você, a gente pode sair do Rio, mas o Rio não sai da gente.
Lindo texto , como vc escreve bem !
“…porque a gente sai do Rio, mas o Rio, de certa forma, não sai da gente.”
Morei dois anos no Rio entre meus 13 e 15 anos. A frase é corretíssima
Grande Flávio Gomes. Belas e comoventes lembranças. Grande texto. Mas aquela parte da salina foi demais. Dei boas gargalhadas. Valeu!
aqui vai uma da minha cidade
https://carrosantigos.wordpress.com/2009/07/13/o-satelite-do-capeta-em-vicosa/
Booooom pra carai esse texto, flaviogomes. Emoção na dose certa, sem pieguismos. Gostaria de tê-lo escrito.
o restaurante q vc fala q tinha uma cumbuca de barro no letreiro era o bar e restaurante “pote” em são conrado, virou boate e hj uma agencia de veiculos.
Pote, isso mesmo. Isso mesmo!
Sou de Santos, nunca havia ido ao Rio. Este ano, minha namorada me deu de presente de aniversario, um fim de semana lá. Acredito que foi uma das maiores emoções da minha vida. Quando a cidade surge colorida lá embaixo, o comandante anuncia: “Chegamos à cidade do sol e da alegria !” Me emocionei ao ver a sede do Botafogo, time de minha infancia com sua Estrela Solitaria, o Pão de Açucar, a Urca, o Maracanã, o Cristo de braços abertos nos recebendo, Copacabana, o Flamengo, a Cinelandia, os Arcos da Lapa. O Rio é tudo o que eu imaginava, lindo, colorido, alegre, descontraido. Voltei com mais uma paixao além da minha namorada, o Rio de Janeiro. Em breve, voltarei para revê-lo.
Como carioca, fiquei emocionado e orgulhoso pelo seu belo texto. Você ter citado os livros das Edições de Ouro, me fez lembrar os da “Turma do posto quatro” e uma outra série de uma menina que era detetive mirim… Alguém se lembra disso?
A “Turma do Posto 4″… Claro, li todos. Não sei onde foram parar, quem sabe minha mãe guardou. Vou procurar.
O Rio é o lugar onde todo paulista queria morar, mas não tem coragem de dizer.
Flávio Gomes,
Seu texto sobre o RIO ficou genial. Paixão sem frescura no rabo. Qual o ano da foto do RICAMAR ?
Flavio Gomes, parabéns pelo texto! Por textos como esse é que entro quase todo dia para ler o seu blog.
Sou paulista de Campinas, e desculpem-me os paulistas e paulistanos de plantão mas o Rio de Janeiro é demais!!! Sempre tive a sensação que o carioca é mais feliz que o paulista, e com razão.
Gomes, parabéns pelo texto, quando escrevemos sobre algo que vivemos (algo que não sei fazer), acabamos pondo todo nossos sentimentos, nossas experiencias, adorei o que voce escreveu.
Agora seus irmãos irmãos já sabem a merda que voce fez……. mas é assim mesmo, fazemos as merdas e depois fazemos de conta que nada aconteceu……
Excelente texto……..
Belo texto, para quem viveu, ou mesmo passou por lá, e arredores, é impossível não se lembrar de suas próprias experiências ao ler as suas.
Me lembrei por exemplo, ao ler sobre a Dutra, do hoje abandonado Monumento Rodoviário da Serra das Araras … você chegou a visitá-lo no seu “auge” ?
http://www.saopauloantiga.com.br/monumento-rodoviario
Parávamos lá sempre.
Muito legal o texto. Muito mesmo.
Sou carioca de nascimento, morei em SP durante 20 anos, ano passado voltei ao Rio, que mesmo com todos os seus problemas continua lindo,Obrigado pelo texto Flavio me emocionei!
Comecei a ler e achei enfadonho. Da pra resumir?
Pede pra sua mãe.
Que texto delicioso, caro Gomes. Manifestações como esta acima demonstram onde está o problema de nosso povo, na preguiça de se obter cultura, na falta de educação, na falta de tato para com o exercício da leitura.
Como sempre, você está de parabéns, Eu, particularmente, prefiro a leitura de todos os posts do seu blog, sem exceção, à leitura dos livros da moda. O bom escriba é assim, faz o leitor pensar, exercitar seus neurônios.
Fazem falta aqueles relatos de suas viagens após cada corrida, os quais viraram o “Boto do Reno”. Essa é a parte ruim de você já não cobrir as provas de F1 pessoalmente, como antigamente. Mas textos como este sobre o Rio servem de consolo.
Nego sente tesão em receber respostas do FG kkkkkkkkk
fico rindo sozinho aqui igual bobo
Incrivel seu texto!
Lembrei de quando morei em Belém, meu pai foi transferido para cidade do interior Barcarena, Uma cidade adorada pequena tinha mt gente de todos os cantos do Brasil, MG, SP, RJ, até japoneses… Vivi por três anos lá, e foi lá que aprendi a nadar, fiz judor tbm , joguei mt futebol na rua com a mulecada e descanso, das brincadeira na rua… lá que conheci salada mista e os truques para beijar as minas rs fui artilheiro nas minhas turma de primario do colegia Anglo Americano… lá tbm eu me perdi na fila do onibus, mora nas malvinas, mas confundi com bairro nucleo, a sorte q lembrei do rosto do motorista, conheci minhas primeiras paixonites rs… fiquei gamadin numa guria chamada Jordana, dpois mt tempo achei no Orkut, mas ela ñ se lembrava de min… triste!! E minha filha terá esse nome pq acho lindo Jordana!! q massa!
Foram três anos vividos lá dos 7 aos 10 em 2013 depois de 19 anos voltei ao bairro onde morava, perguntei por antigos vizinhos, mas ninguém vivia mais por lá, uma visita rápida de algumas horas numa moto com meu tio q vive em Belém hj, fui em minha antiga casa, lembrei das brincadeiras com meu irmão mais novo, das brincadeiras na rua… lembrei mt bem das ruas, do clube que passa os domingo na piscina e comendo kibe, lembrei de tudo! voltei a praia de caripi o caminho pela mata amazonica com meu pai… nossa q viagem
lendo seu texto fui me vendo e identificando mt.. nossa q vigem ! mas foi mt bom viver lá. em 94 meu pai e mãe pediu pra voltar ao RJ, pois não aguentou a saudade da familia. Mas foi mt bom!
Texto lindo. Ô Flavio, acho que uma vez você comentou que esse Serginho que fumava quando criança é o Sergio Cabral, nosso ex-governador. Procede, ou eu já tô confundindo histórias?
Ele mesmo.
Muito bom o texto. Muito longe da babaquice de “sp é isso, rj é aquilo” típica de quando se escreve de uma ou de outra dessas cidades.
Parabéns!
Grande FG, que texto lindo, confesso que me emocionei
você é o meu jornalista preferido, mais ainda quando escreve estas cronicas maravilhosas
abraço
Que bonito, cara. Fiquei emocionado.
Moro aqui há 23 anos e partilho com você o mesmo amor por essa cidade única em todos os sentidos.
Venha sempre.
Não acho que o texto foi sobre uma cidade, e sim uma fase da vida. Morasse ele em Birigui ou Budapeste, teria memórias interessantes sobre coisas que acontecem nessa idade.
Flávio
Quando disse que você escreve pra cacete e é o melhor nessa a arte e por textos como este.
Genial novamente. Parabéns para a bela cidade do Rio de Janeiro e para mais um texto soberbo seu.
O Rio de Janeiro é, indubitavelmente, a cidade mais linda do mundo.
Com certeza!
Flavio, eu sou nascida na Moóca – SP. Mas tenho um sotaque infernal parecido com o carioca. Sei que é pela minha dicção. Mas como tirar?
Minha fono achou que não valeria a pena, pois falo corretamente mesmo com o sotaque. Mas ela me apontou os agravantes.
Eu falo pela garganta, não pela boca. E falo com esses.
Até nos caixas de supermercados, me perguntam se seu carioca. Detalhe um mora em Minas Gerais.
FG, cadê o segundo livro?
amigos vejam este link: https://www.youtube.com/watch?v=G9RS2BkbqHw
Tudo ahaver com o que dito no post.. e melhor , me vi na Rua Faro (Jardim Botânico), Cine Jóia …..Me vi no Méier, onde morei numa vila (condomínio)… eita…PQP…!!!!
Você é o paulista mais carioca que eu conheço. Não sei como não mora aqui. Vou propôr aos vereadores uma medalha Pedro Ernesto pra te animar.
Apoiado!
Grande ideia ! E como bônus ele ainda falou de Terê , sensacional !
Nada contra a homenagem, mas …
É melhor propor que criem vergonha e façam o prefeito e os demais comparsas cumprir a promessa de construir um Autódromo para repor o que eles roubaram.
Mesmo que for acanhadinho e longe.
Até hoje estou perplexo com a passividade dos cariocas diante deste crime.
Excelente texto. Dos artigos que falam dos 450 anos do Rio esse foi, sem dúvida alguma, o melhor. Parabéns.
Belíssima homenagem à minha (nossa) cidade, FG. Nós, que falamos diferente de você, agradecemos emocionados.
Dados para você completar suas memórias, de alguém que mora há muitos anos na Gávea: a rua arborizada do Colégio Rio de Janeiro se chama Rua Major Rubens Vaz, onde já morei. Hoje, onde tinha o colégio, tem a Escola Nova. E a montanha no fundo era já um pedaço da Floresta da Tijuca, que começa ali em cima mesmo. Já o supermercado de teto curvo no caminho era o PegPag. Derrubaram e construíram o que é hoje a emergência do Hospital Miguel Couto.
Alvaro, desculpe demorar tanto para responder. Tinha lido o comentário e achei o máximo você ter morado na rua onde eu estudava. Mas no dia acabei deixando de responder e sabe como é…
Foi como uma carta perdida no correio e encontrada depois de 2 anos.
Legal encontrar essa resposta tanto tempo depois, valeu, FG! Grande abraço de seu velho leitor!
Valeu, FG, achei o máximo encontrar essa resposta tanto tempo depois. sinal que continuamos por aqui! Abraços de seu velho leitor.
Que texto! Sensacional! O leitor, gratificado, aplaude de pé. Bravo!
Gomes, realmente a cidade tem muitos problemas mas é extremamente dinamica e charmosa. Nos cariocas recebemos todos sempre bem… os carios de nascimento e os de adoção. Texto, genial, as usual.
Belo texto. Gostei da lembrança do meu América já tão esquecido. Nunca fui ligado em futebol, mas com meus 50 anos também, lembro do Luizinho, acho que ao lado do Edu, irmão do Zico, ídolos de um time que já foi da elite do Rio de Janeiro.
Morei 3 anos e meio no Rio, embora já adulto, ao contrário de você. E fiquei emocionado com o texto, por de certa forma ter as mesmas sensações, de coisas legais para lembrar. Obrigado por trazer de volta essas boas lembranças, Flavio. E, como sempre, parabéns pelo texto!
Muito bom. Também mudei de São Paulo para o Rio nesta mesma época e pela mesma razão. Realmente me identifiquei e fiquei emocinado. Parabéns.
( eu torcia pro flu: vi rivelino, paulo cesar caju e carlos alberto pintinho !!!)
Muito bom. Boas risadas. Parabéns.
Apesar de todos os problemas o Rio continua sendo um lugar lindo de se viver. Eu amo a minha cidade!