SÃO PAULO (no bad feelings) – Muito interessante a postura de Jaime Alguersuari depois de sua saída da Toro Rosso. Além de evitar críticas à Red Bull, muito pelo contrário, ele encerrou seu comunicado oficial lembrando que a situação da Espanha, com milhões de desempregados, não lhe dá o direito de transformar seu caso pessoal num drama.
Palmas.
SÃO PAULO (afemaria) – Padrão Globo de qualidade. Os primeiros jogos do Mundial de Clubes no Japão aconteceram na cidade de Toyota. Sim, a cidade se chama Toyota. Mas, para a Globo, é Nagoia. Maurício Stycer conta aqui como a Globo mudou os jogos de cidade para não dizer Toyota, que é marca de carro.
Mas é nome de cidade, cacete. Será possível que essa gente não tem a menor noção do ridículo?
Como desagravo, lá vai: Toyota, Toyota, Toyota. Com fotinho e tudo.
E é o seguinte. Os próximos jogos, incluindo, claro, a final de domingo entre Santos e a filial catalã da Portuguesa, será em Yokohama.
Yokohama, queridos globais, é marca de pneu. Vão chamar Yokohama de quê?
SÃO PAULO (eu bem que queria…) – Olha lá o concurso que o U2 abriu no seu site. Pelo que entendi, os caras vão comemorar os 20 anos do LP (álbum, CD, como queiram) “Achtung Baby” com novas versões para a capa do disco. Como seria a capa se o disco fosse lançado hoje? O melhor vai ganhar um Trabant customizado!
SÃO PAULO (folga!) – Cliquem aqui. É uma estrada sem fim com carrinhos desenhados na hora pelos internautas. Quando termina, você revê seu desenho sendo feito. Legal pacas. E você pode clicar a qualquer momento em qualquer carrinho para ver como ele foi desenhado. Quem mandou foi meu amigo Rogério Gonçalves, professor de artes numa escola infantil em Niterói.
Fiz o meu, se alguém encontrar ganha um brinde!
Gravação raríssima dos Mutantes na TV Cultura em 1969. Há vídeos com qualidade melhor, recentes, inclusive, mas essas coisas em P&B me pegam… E pergunto, como perguntei no Twitter agora há pouco: como é que um país que produziu os Mutantes é capaz de venerar Luan Santana e Michel Teló?
Isso aqui deve ser mentira. Com certeza é, só não sei como fazem essas coisas. Mas é engraçado.
Soube que no Capacete de Ouro da “Racing”, segunda-feira, fizeram uma homenagem à equipe Vemag e levaram vários integrantes do time para a festa, como mecânicos, dirigentes e pilotos. Mestres Crispim e Bird certamente foram. E deram um troféu ao Marinho, maior piloto de DKW da história. Havia o projeto de levar uma réplica de carretera para ficar exposta, também, mas não sei se fizeram isso. Em todo caso, segue uma foto do melhor carro de corrida de todos os tempos com Bird (de óculos) e Marinho ao seu lado logo depois das Mil Milhas de 1961. Por esse carro aí, o original, eu daria um braço… Só que antes de dar o braço eu iria pilotá-lo por horas e mais horas sem parar.
SÃO PAULO (não lembro) – Pode ser que eu já tenha falado disso aqui. Afinal, são mais de 14 mil posts em seis anos de blog… Mas alguém me mandou o excelente artigo do sempre ótimo Jalopnik, e recomendo a leitura. Faço apenas um reparo: o projeto não era da Audi, mas da Auto Union. Audi era uma das argolas da Auto Union, e a menos envolvida com corridas, diga-se.
Isso posto, trata-se do Type 52, um carro idealizado por Ferdinand Porsche baseado na mecânica dos AU de corrida financiados por Hitler. Baita história. O carro jamais foi construído, mas tinha elementos muito usados décadas depois pelos fabricantes de superesportivos — como a posição central do motorista, por exemplo, além do próprio conceito de transformar um carro de corrida num carro de rua, e não o contrário.
Os dois links sugeridos no texto do Jalopnik também merecem leitura. Este aqui faz uma brincadeira ótima no título, usando a expressão “O bebê de Rosemeyer”.
SÃO PAULO (no escuro) – Dos 28 pilotos que largaram em pelo menos um GP neste ano, 12 estão a pé para 2012. E são somente quatro vagas abertas ainda, a saber: uma na Williams, duas na Force India e uma na HRT. Desses 12, alguns estão praticamente fora do mercado e não são cogitados por equipe nenhuma: Liuzzi, Chandhok, Karthikeyan, D’Ambrosio e Heidfeld. Restam sete, mas que se junte a eles Nico Hülkenberg, e assim temos oito pretendentes aos quatro lugares restantes: além do incrível Hulk, Sutil, Petrov, Di Resta, Alguersuari, Buemi, Barrichello e Senna.
Pelas minhas contas (8 – 4), quatro vão dançar. Minha aposta: Sutil, Petrov, Buemi e Senna ficam a pé. Sim, acho que Rubens acaba conseguindo mais um aninho na Williams, mas é puro palpite. Não tenho informação alguma. Vejam a situação de cada equipe:
– Red Bull: continua com Vettel e Webber.
– McLaren: continua com Hamilton e Button.
– Ferrari: continua com Alonso e Massa.
– Mercedes: continua com Rosberg e Schumacher.
– Lotus (ex-Renault): já anunciou Raikkonen e Grosjean.
– Sauber: continua com Kobayashi e Pérez.
– Toro Rosso: anunciou hoje Vergne e Ricciardo.
– Caterham (ex-Lotus verde): continua com Kovalainen e Trulli.
– Marussia (ex-Virgin): segue com Glock e contratou Pic.
– Williams: segue com Maldonado e a segunda vaga tem como candidatos, por ordem de favoritismo, Sutil, Barrichello, Petrov e Senna.
– Force India: tudo aberto, mas Di Resta é aposta certa e Hülkenberg deve ficar com a segunda vaga; Senna corre por fora e Barrichello e Petrov têm chances remotíssimas.
– HRT (ex-Hispania): contratou De la Rosa e Alguersuari é o favorito à outra vaga.
SÃO PAULO (tô tonto hoje) – A Toro Rosso anunciou sua dupla de pilotos para 2012. Muda tudo. Dançaram Alguersuari e Buemi. Chegam Daniel Ricciardo, australiano, e Jean-Éric Vergne, francês. Primeira constatação: a França, que não tinha nenhum piloto em 2011, terá três agora — além de Vergne, Charles Pic na Marussia (ex-Virgin) e Romain Grosjean na Lotus (ex-Renault). Segunda: a Red Bull, dona da Toro Rosso, não considera nem Buemi, nem Alguersuari bons o bastante para, em 2013, assumir a vaga que, provavelmente, será aberta com a possível aposentadoria de Mark Webber.
A notícia é dura para a dupla que ocupou os carros da Toro Rosso nas últimas três temporadas, desde 2009, mas não tão chocante quanto parece. O time de Faenza, originário da Minardi, sempre foi plataforma de lançamento de moleques (alguns nem tão moleques assim…) para a Red Bull, que também já tentou alguns nomes na matriz, sem passar pela filial. É meio tentativa e erro. Deu certo com Vettel, mas deu errado com Bourdais, Klien e Speed — lembram deles? Com Buemi e Alguersuari, idem. São pilotos apenas razoáveis, com alguns brilharecos, mas não excepcionais. Três anos foi um bom período para avaliá-los. Alguersuari pode até se arrumar na HRT (ex-Hispania) ao lado de De la Rosa no ano que vem, já que o time quer ser espanhol de raiz. Quanto a Buemi, pode ser que faça como Raul Boesel e vá ganhar a vida como DJ.
(Sim, eu sei que o DJ é o outro, estou só brincando!)
Sobre os dois eleitos, Ricciardo, 22, é mais ou menos conhecido da blogaiada, já que disputou 11 GPs pela Hispania neste ano. Tem um currículo razoável, com o título da F-3 Inglesa em 2009 como ponto alto. Vergne, 21, ganhou a F-3 Inglesa em 2010 e tem muitas vitórias e pódios nas várias F-Renault que disputou desde 2008. Ambos, claro, pertencem ao quadro de jovens pilotos da Red Bull faz tempo.
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