FOTO DO DIA

Com uma manobra espetacular na última volta sobre Mitch Evans, Sam Bird venceu o ePrix de São Paulo hoje no fervilhante Anhembi. Foi a primeira vitória da McLaren na categoria.

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Estava devendo um texto sobre nossa vitória nas Mil Milhas. Está na minha newsletter. Entrem lá para assinar ou para desfrutar de sete dias grátis. Aí dá pra ler. Mas eu prefiro que vocês assinem.

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DICA DO DIA

Demitido pela Ferrari no fim de 1991, Alain Prost quase foi para a Ligier em 1992. Testou o JS37 em Paul Ricard usando o capacete de Érik Comas — mas todo mundo no circuito sabia que era ele, no carro. O chamariz para convencer o então tricampeão eram os motores Renault. Alain acabou não correndo em 1992 e voltou à lida em 1993, para ser tetra com a Williams. Anos depois, o francês comprou a Ligier, rebatizando-a como Prost GP. A história está aqui, contada pelo Marcos Júnior Micheletti. A dica do vídeo foi do Billy Silver.

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WE ♥ RACE CARS

Nem vou dizer quem é, nem onde. Isso fica para vocês. A dica é só o ano: 1978.

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SOBRE SÁBADO À TARDE

A IMAGEM DA CORRIDA

Papai David abraça o filhote: grande nome de Jedá

SÃO PAULO (eu sou você amanhã) – Vou ser sincero. Eu tinha escolhido outra imagem. Era um instantâneo da transmissão da TV que mostrava Lewis Hamilton esperando Oliver Bearman sair do carro para cumprimentá-lo, abraçá-lo, acarinhá-lo, acolhê-lo.

A legenda era algo na linha “colegas de firma”. Já tinha até feito o parágrafo de abertura do rescaldão, uma vez que estava com preguiça de ir atrás de fotos melhores e achava que havia algum significado naquela reverência de Lewis.

O texto, cheio de estilo como sempre, estava debaixo dessa imagem assim, ó:

Primeira imagem escolhida: a do pai é bem melhor

Olha, se eu procurar mais é capaz de encontrar fotos melhores de Bearman, o grande personagem do GP da Arábia Saudita. Inclusive a imagem, um frame da TV, já foi publicada no sábado. Inclusive com a sequência desse lance aí, que resulta num aperto de mão e um abraço. Inclusive eu podia ter colocado a mesma sequência, mas nada disso importa. O legal, como se diz, é o contexto. Hamilton, em entrevistas em Jedá, espantou-se com Ollie, moleque de 18 anos chamado às pressas para disputar a corrida pela Ferrari. “Eu com 18 anos estava onde?”, se perguntou o heptacampeão. “Na F-3, acho, sei lá. Mas aos 18 anos, nem de longe estava preparado para a F-1”, falou. O inglês, então na McLaren, estreou na categoria aos 22 anos, em 2007. Era novinho de tudo, para os padrões da época. Hoje, novinho de tudo são meninos como Bearman, que têm espinhas no rosto e ainda não colocaram aparelho nos dentes. Já falei bastante do guri anteontem. Mas é legal reforçar: com a sétima posição em Jedá, ele se tornou o terceiro piloto mais jovem da história a marcar pontos na F-1. Tinha, sábado, 18 anos, dez meses e um dia de vida. O mais jovem de todos é Max Verstappen (17a/5m/29d no GP da Malásia de 2015, sétimo colocado), seguido por Lance Stroll (18a/7m/13d no GP do Canadá de 2017, nono).

Mas depois, procurando outra coisa, acabei me deparando com a foto lá do alto. Não tinha nem o direito de não trocar, de tão bonita e tocante.

Trocado está. Então, vamos seguir como se nada tivesse acontecido.

Bearman é um garoto que fura a fila dos próximos pilotos que estarão na F-1, se credenciando a chegar lá antes de campeões da F-2 como Felipe Drugovich e Théo Pourchaire, para ficar apenas nos dois últimos. Ele terminou a corrida cansado e feliz. “Estava destruído. Os bancos dos carros hoje são muito personalizados e não tivemos tempo de ajustar as coisas direito. Mas foi uma corrida fantástica e eu percebi que a cada volta ia mais rápido”, falou, todo sorridente.

Abaixo, na imagem da direita (clique nela para ampliar), dá para ver como ficou seu headrest, aquela proteção de espuma que envolve a cabeça dos pilotos por dentro do cockpit. Em algum momento da prova, Bearman já não estava aguentando o peso do capacete. Daí que deve ter batido o coco várias vezes na proteção, que terminou a corrida toda amarrotada.

Mas tudo bem, está lá para isso.

Como costuma acontecer em períodos de amplo domínio de algum piloto e/ou equipe na F-1, o GP da Arábia Saudita produziu mais alguns números impressionantes para Verstappen. Um deles: o cara não abandona uma corrida desde o GP da Austrália de 2022. São 43 provas, tendo vencido nada menos do que 35 delas. Nas demais, chegou três vezes em segundo, uma em terceiro, uma em quinto, uma em sexto e duas em sétimo. Sábado ganhou a nona seguida, e se vencer em Melbourne iguala sua sequência de dez do ano passado, marca que só ele tem. Mas foi apenas a primeira vez que o holandês ganhou as duas primeiras provas de uma temporada.

O centésimo pódio, creio que isso foi lembrado no sábado, o deixa em sétimo estatísticas de acumuladores de troféus, atrás de Hamilton (197), Michael Schumacher (155), Sebastian Vettel (122), Alain Prost, Fernando Alonso (106 cada) e Kimi Raikkonen (103). Max foi perguntado sobre o significado desse número, 100 pódios em 187 corridas disputadas. “Significa que perdi 87”, respondeu, rindo.

Para não ficar aqui apenas rasgando elogios ao cidadão, pois, vamos eleger nossa cifra em outra freguesia.

O NÚMERO DA ARÁBIA SAUDITA

115

…vitórias alcançou a Red Bull desde a estreia na categoria em 2005. Um número importante porque eleva a equipe à quarta posição entre as maiores vencedoras da história, deixando a Williams, com quem estava empatada, para trás. Agora, apenas Ferrari (243), McLaren (183) e Mercedes (125) ganharam mais corridas que o time austríaco.

Red Bull: 115 vitórias, quarta maior da história

E a Mercedes, hein?

Quinto e sétimo no Bahrein, sexto e nono na Arábia Saudita. O carro, que foi não mui entusiasticamente elogiado por seus pilotos na pré-temporada, parece ser… ruim.

Bom, ainda que não seja uma porcaria irremediável, o W15 deixou a equipe alemã em quarto no campeonato, atrás de Red Bull, Ferrari e McLaren. Segundo meu amigo Fábio Seixas, o time prateado não ficava numa posição tão apagada no Mundial de Construtores desde a sexta etapa da temporada de 2013, em Mônaco. Depois daquela corrida, já com Hamilton como um de seus titulares, Red Bull, Ferrari e Lotus (que depois voltaria a ser Renault e hoje é Alpine) estavam à frente da Mercedes, que na prova seguinte, no Canadá, passou o então time preto & dourado e nunca mais amargou algo pior que um terceirão na classificação.

É, a coisa não está fácil para os mercêdicos. O carro não vai, Hamilton se manda no final do ano, ainda não se sabe quem vai substituí-lo… O que nos leva à…

FRASE DE JEDÁ

Precisa de tradução? A história de Verstappen na Mercedes, é bom que se diga, está longe de acabar. Talvez porque não tenha começado de verdade. Ainda está no campo das possibilidades, vinculada ao desfecho do “Caso Horner”. Que, neste momento, tem apenas mais uma novidade: informações publicadas na imprensa alemã dando conta de que a funcionária que acusa o chefe da Red Bull de “comportamento inadequado” teria decidido falar sobre o assunto na semana que vem.

Aguardemos.

Agora vamos às caixinhas, ô-oooô!

Nasr em Melbourne/2015: melhor estreia brasileira

BOM COMEÇO – Ainda sobre Oliver Bearman, merece reforço a informação de que seu sétimo lugar foi o melhor resultado de um estreante na F-1 desde o quinto de Felipe Nasr no GP da Austrália de 2015, pela Sauber. E por que ninguém chamou Nasr de fenômeno naquela ocasião?, perguntam os pachecos de plantão. Sem tirar, por óbvio, o mérito do brasileiro — aliás, ele detém a honra de ser o melhor estreante do país na F-1 até hoje, tendo superado os grandões e os nem tão grandes assim –, aquela corrida foi bem esquisita. Teve apenas 15 carros no grid (houve quebras, desistência por dor nas costas, equipe que não fez tempo na classificação…) e 11 chegando ao final. Há uma grande diferença entre as circunstâncias daquela estreia de Nasr e as de Bearman, sábado. Só isso.

Elkann e Bearman-pai: bom menino

OBRIGADO, CHEFE – Foram muitas as imagens marcantes e divertidas do pai de Bearman nos boxes acompanhando a estreia do filhote. Uma delas é essa aí em cima. O cara de azul e fones pendurados no pescoço é John Elkann, neto de Gianni Agnelli e, na prática, dono da Ferrari. Foi lá dar uma força para David, que estava meio apreensivo.

FUI EU – Sergio Pérez foi punido com 5s por sair perigosamente de seu box após o pit stop. Normalmente, essas ações são de responsabilidade da equipe, que libera o piloto de forma atabalhoada. Mas o mexicano isentou os mecânicos da Red Bull. Disse que saiu por conta ao olhar o retrovisor e não ver ninguém. Quase foi acertado por Alonso. No fim não deu em nada, ele precisava chegar mais de 5s à frente de Leclerc para manter o segundo lugar e assim foi.

GOSTAMOS & NÃO GOSTAMOS

GOSTAMOS de ver a Haas pontuar com Nico Hülkenberg. Mas teve gente que não curtiu muito. Se por um lado houve quem aplaudisse o jogo de equipe de Magnussen, orientado a atrapalhar um monte de gente na corrida para o parceiro ter chance de pontuar, a turma da Vai Querer Sua Via? reclamou bastante. “Foi um comportamento antidesportivo”, disse o diretor Alan Permane. O chefe Laurent Mekies foi além: “Ele destruiu a corrida de Yuki e as punições foram inúteis”. O dinamarquês da Haas levou dois pênaltis de 10s, um por bater em Albon e outro por passar Tsunoda por fora da pista.

NÃO GOSTAMOS de ver Carlos Sainz saracoteando pelo paddock poucas horas depois de operar o apêndice. Por mais que esses caras sejam atletas muitíssimo bem preparados, algum repouso seria recomendável ao espanhol depois de costurar a barriga. Não entendi direito sua presença na pista com pulseirinha do hospital. Totalmente desnecessário. E perigoso.

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ALÁ MEU BOM ALÁ (4)

Absoluto: Verstappen chega a 56 vitórias na carreira

SÃO PAULO (vão se acostumando) – Vamos lá, aos números logo para não esquecer nada: 56 vitórias na carreira, nove seguidas, segunda em duas corridas neste ano. Max Verstappen confirmou todas as previsões, hoje muito fáceis de fazer, e venceu o GP da Arábia Saudita em Jedá. Sergio Pérez ficou em segundo, repetindo a dobradinha da Red Bull na abertura do campeonato, no Bahrein. O domínio da equipe é absoluto e humilhante para o resto do grid. Charles Leclerc, da Ferrari, foi o terceiro colocado. Verstappen lidera o Mundial com 51 pontos, seguido por Checo, com 36, e Leclerc, com 18. Entre as equipes, a Red Bull tem 87, à frente de Ferrari (49) e McLaren (28). E do resto.

Mas o personagem do dia acabou sendo Oliver Bearman, mal saído da adolescência. Estreou pela Ferrari no lugar de Carlos Sainz, que teve uma crise de apendicite ontem e foi submetido a uma cirurgia. Largou em 11º e terminou em sétimo. Contou com apenas um abandono entre os que estavam à sua frente na largada, Lance Stroll, que bateu sozinho. Passou quem deu para passar. Não cometeu erros. E, no final, lidou bem com a possibilidade de uma possível pressão de Lando Norris e Lewis Hamilton, que tinham pneus melhores que os seus e ameaçavam chegar para uma briga indesejável. Apertou o pé, manteve o ritmo e evitou a briga. Sua melhor volta na corrida foi a última, mostrando que tinha alguma reserva, ainda. Ao final, disse que ficou “um pouco cansado”.

E vamos ao GP, que o dia é curto e o tempo, idem!

Largada limpa: Max salta na frente e vai embora

A largada foi limpa e cristalina. Verstappen pulou na ponta, Pérez tentou vir junto, mas Leclerc se segurou em segundo. Bearman se manteve em 11º, embora tivesse pneus macios para tentar ganhar alguma posição no início – só ele e Bottas largaram com esses; os demais, com médios. Era para dar um salto, mas foi cauteloso. Chegou a ser ultrapassado por Albon, mas o tailandês se atrapalhou na primeira curva e o garoto recuperou a posição.

A única nota dissonante neste mar de tranquilidade foi a Alpine chamar Gasly para os boxes, depois que ele mesmo relatou um problema no câmbio. Abandono na primeira volta. Uma tragédia, a Alpine de 2024. E teve também uma suposta largada queimada de Norris, devidamente alcaguetada por Russell. Mais tarde a direção de prova anunciou que não puniria o inglês da McLaren, porque ele deu um pulinho com o carro, é verdade, depois parou e largou direitinho. Não levou vantagem alguma.

Na turma da ponta, Piastri passou Alonso e ganhou o quarto lugar. Foi a única movimentação relevante no comecinho da prova. E na quarta volta Pérez passou Leclerc para assumir o segundo lugar. Uma nova dobradinha da Red Bull começou a ser rascunhada no guardanapo de Helmut Marko, que tomava um café no escritorinho da equipe depois de afirmar, à TV alemã, que iria continuar na casa. Passou essa informação à imprensa depois de se reunir com o CEO da empresa, Oliver Mintzlaff, que entrou no circuito para dar uma acalmada na crise.

Na sétima volta, o único safety-car da corrida foi acionado quando Stroll deu de frente numa barreira de proteção na curva 22. Pouco antes ele tocou a roda esquerda no muro, quebrando a suspensão. Barbeiragem pura.

Quase todo mundo aproveitou o ensejo para ir aos boxes e colocar pneus novos. Com muita movimentação no pitlane, algumas paradas pareceram lentas. Mas isso aconteceu porque para liberar os pilotos os mecânicos precisavam, claro, ficar atentos a quem estava passando por ali.

Hülkenberg: pontinho graças à ajuda de Magnussen

Apenas quatro pilotos não fizeram pit stop: Norris, Hamilton, Hülkenberg e Zhou. Para Nico, deu muito certo. Ao longo da corrida ele contou com seu companheiro Magnussen atrapalhando meio mundo para que ele, quando fizesse sua parada, conseguisse entrar nos pontos. E foi exatamente o que aconteceu.

Como não parou, Landinho assumiu a ponta, com Verstappen em segundo e Hamilton em terceiro. Os pneus duros foram escolhidos por aqueles que pararam. A relargada aconteceu na volta 10. Pouco depois Bearman fez uma linda ultrapassagem sobre Tsunoda, se livrando do japonês da Quer Parcelar? e partiu para cima de Zhou, em décimo. O chinês tinha largado em último, mas era um dos que não tinham ido para os boxes no safety-car, daí sua boa colocação. Na 13ª volta, Verstappen retomou a liderança passando por Norris com enorme facilidade. Pérez passou Hamilton e foi para terceiro. A dupla L & L, Lando e Lewis, como Zhou, não tinha trocado pneus. Bearman se livrou rápido da Sauber e foi para décimo, entrando na zona de pontos.

Quem tomou um pênalti, coitado, foi Pérez. Sem culpa alguma. No pit stop, ele foi liberado em situação perigosa, quase batendo em Alonso. Os comissários lavraram a multa de 5s. Magnussen levou 10s, por ter batido em Albon. Mais tarde tomaria mais 10s por passar Tsunoda por fora da pista. Não mudaria a cotação do rial, a moeda da Arábia Saudita, mas moldaria o resultado final da equipem, uma vez que, atrapalhando todo mundo, ajudaria Hülkenberg.

Checo não enrolou muito, passou Norris e voltou à segunda posição. Sua missão, agora, era chegar mais de 5s à frente do terceiro colocado, que àquela altura ninguém sabia direito quem seria. Para a dupla da Red Bull, não importava muito. O mexicano não teria muita dificuldade para compensar a punição, como se veria ao final da corrida.

Bearman: melhor estreia desde Felipe Nasr, 5º na Austrália em 2015 com a Sauber

Bearman passou Hülkenberg na 21ª volta e foi para nono. O duelo mais interessante da corrida naquele momento era pelo quinto lugar, com Hamilton se segurando à frente de Piastri graças a uma configuração de seu carro que lhe dava uma boa velocidade nas retas. Nas curvas, ele que se virasse. Na metade da prova, Verstappen, Pérez, Norris, Leclerc, Hamilton, Piastri, Alonso, Russell, Bearman e Hulk eram os dez primeiros. Charlinho finalmente passou Norris na volta 27 e pulou para terceiro.

Na frente, Verstappen passeava com gigantesca tranquilidade, se divertindo em fazer voltas rápidas em cima de voltas rápidas. Pérez estava mais de 8s atrás, na volta 33. Leclerc, em terceiro, aparecia só 10s depois.

Piastri só conseguiu superar Hamilton na volta 35, mas errou a freada e perdeu a posição de novo. Bearman, por sua vez, corria sozinho e recebia afagos da Ferrari. “Tá ótimo, menino, continua assim”, dizia seu engenheiro pelo rádio. “Vai poder jogar videogame mais uma hora hoje à noite.” A equipe estava de olho, mesmo, em Norris e Hamilton, que quando parassem voltariam atrás de Ollie com pneus novos. Aí sim a onça iria beber água. Ou, pelo menos, estaria com sede.

Lewis parou, ufa!, na volta 37. Colocou pneus macios para as 13 voltas finais da corrida. Voltou em nono, como se previa, atrás do estreante da Ferrari. Teoricamente teria tempo para descontar a diferença, que era de 8s, com borracha mais nova e aderente. Norris fez seu pit stop obrigatório uma volta depois. Retornou à frente de Lewis e atrás de Bearman. Como o #44 da Mercedes, foi para pneus macios.

Bearman, em sétimo, precisava torcer para que Hamilton e Norris se pegassem de tapa, para não ser atacado pelos dois nas últimas voltas. Ambos se aproximavam rapidamente, uma clara ameaça à sua ótima posição. Zhou, em décimo, era o único piloto na pista com os pneus da largada. Teria de parar, dando a chance a Hülkenberg de fazer um pontinho para a Haas, uma vitória para a mambembe equipe americana. E parou mesmo, na volta 43. Um pit stop demoradíssimo, jogando o coitado para o lugar de onde ele começou: último.

A estrada de Norris e Hamilton até Bearman era longa, mas os dois seguiam avançando para alcançar o garoto. Na volta 45, a diferença de Ollie para Lando era de 3s1, com Hamilton grudado nele. As câmeras da TV foram para os boxes da Ferrari e flagraram John Elkann, o CEO da marca italiana, dando um tapinha no ombro do apreensivo David Bearman, pai do guri. “Norris e Hamilton estão brigando, talvez a gente consiga”, avisou o engenheiro da Ferrari ao pimpolho, que continuava acelerando sem dar nenhum sinal de nervosismo. “Que tal mais duas horas de videogame?”

E não é que deu?

Resultado final: dois abandonos

Bearman terminou em sétimo, sem ter de passar pelo sofrimento de precisar se defender de uma McLaren e uma Mercedes com pneus macios. Foi uma festa danada na garagem da Ferrari, justíssima. Até Sainz, que arrancou o apêndice ontem e hoje já estava na pista para ver a corrida, aplaudiu.

O inglesinho se tornou o 352º piloto da história a marcar pontos na F-1 e o 79º a pontuar no GP na estreia. Aos 18 anos, dez meses e um dia de idade, entrou para as estatísticas como o terceiro mais jovem pontuador de todos os tempos. O recordista é Verstappen, sétimo na Malásia em 2015 pela Toro Rosso aos 17 anos, cinco meses e 29 dias de vida. Stroll é o segundo nessa lista de jovens pontuadores, com um nono lugar no Canadá em 2017 pela Williams. Tinha, na ocasião, 18 anos, sete meses e 13 dias de gloriosa existência neste planeta.

De quebra, Bearman ainda foi abraçado carinhosamente por Hamilton e ganhou de lavada o voto do amigo internauta, escolhido o “Piloto do Dia”.

Verstappen venceu com 13s643 de vantagem sobre Pérez. Leclerc fechou o pódio e ainda fez a melhor volta da corrida ficando com um ponto extra. Piastri, Alonso, Russell, Bearman, Norris, Hamilton e Hülkenberg terminaram na zona de pontos. Foi a 30ª dobradinha da história da Red Bull e o centésimo troféu que Max levou para casa.

Vai faltar estante na casa do moço.

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FOTO(S) DO DIA

Belíssima vitória de Enzo Fittipaldi hoje na corrida longa da F-2 em Jedá. Sua segunda na categoria, assumindo a vice-liderança do campeonato com 32 pontos, atrás de Zane Maloney (47). Dedicou o resultado ao tio Wilsinho. Foi bonito de ver, especialmente a ultrapassagem dupla no fim, que lhe deu a liderança. Gabriel Bortoleto quebrou na largada.

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ALÁ MEU BOM ALÁ (3)

Max e Helmut: amigos leais

SÃO PAULO (bum!) – O que que tá acontecendo?

O processo de implosão da Red Bull parece em pleno andamento, apesar da paz que reina na pista quando Verstappen entra no carro.

Vamos lá.

Depois da classificação de hoje em Jedá, Helmut Marko, consultor da equipe e guru de Verstappen, deu uma entrevista à ORF, emissora austríaca. Lá pelas tantas, comentou que corre o risco de ser suspenso pela Red Bull porque haveria uma investigação interna (mais uma) para apurar se foi ele, Marko, quem vazou para a imprensa que havia outra investigação interna, esta a já conhecida que tem Christian Horner como pivô.

Diante do espanto geral, o repórter quis mais detalhes. “É uma possibilidade teórica, é difícil explicar, é uma situação complexa”, falou o veterano ex-piloto, que depois pediu “paz na equipe” diante de uma temporada “longa que tem mais 23 corridas”. Já há rumores de que ele pode não estar no paddock na Austrália.

E se isso acontecer?

Se isso acontecer, preparem-se. Porque Verstappen também deu entrevista depois de fazer a pole e jurou lealdade a Marko. “É importante que permaneça, minha lealdade a ele é total. É importante sua presença aqui para o que vou decidir sobre meu futuro. Sem ele aqui, acredito que teremos um problema também para mim, porque sempre confiei muito nele. Helmut precisa ficar, sim, com certeza.”

E aí?

Aí que Verstappen teria em seu contrato — e aqui uso no condicional, porque nunca vi nem verei esse contrato — uma cláusula que o liberaria da Red Bull se Marko sair. Acho difícil isso constar em contrato, mas vá lá. Ainda que não conste, ficou claro que se Marko sair Verstappen considera ir embora também. E se der na sua veneta, faz isso tendo ou não cláusula no contrato. O que não vai faltar é gente para pagar uma eventual multa.

Oi, Mercedes.

Há uma disputa escancarada, neste momento, entre a facção austríaca da equipe — à qual pertencem Marko, Verstappen e boa parte do time, que tem sede na Áustria e fábrica na Inglaterra — e o braço corporativo tailandês, pouco conhecido porque pouco aparece. Mas 51% da Red Bull pertencem à família de Chaleo Yoovidhya, o criador da bebida. E a turma da Tailândia curte Horner.

A história é conhecida, mas não custa lembrar, para que vocês entendam essa conexão tailandesa. Dietrich Mateschitz era diretor de marketing de uma marca de pasta de dente, estava na Tailândia sofrendo com o “jet lag” e tomou uma latinha de uma bebida chamada Krating Daeng (que até onde me lembro significa “bisão vermelho” ou algum outro chifrudo parecido; vermelho sei que é). Isso foi em 1984. Viu potencial naquele elixir, foi atrás do fabricante e conheceu Chaleo Yoovidhya. Fez uma sociedade com ele, levou a ideia para a Áustria e em 1987 lançou o Red Bull, a bebida que todos nós conhecemos. Ficou com 49% da empresa.

Mateschitz morreu em 2022. Os tailandeses da família Yoovidhya — o patriarca Chaleo morreu em 2012 — nunca se meteram muito nos negócios esportivos da Red Bull, mas agora parece que as coisas mudaram. É na proximidade com os asiáticos que Horner se escora para não perder o poder na equipe. É a Tailândia que tem sustentado o dirigente inglês, ainda que na corda bamba.

É importante sublinhar que quem está investigando as questões internas envolvendo Horner e, agora, Marko é a empresa Red Bull, e não a equipe. A empresa, como já explicado, pertence majoritariamente aos tailandeses. E aqui vai uma observação minha, eivada de maldade. Tailandeses não se importam muito com putaria — quem já foi para lá algumas vezes, como eu, sabe bem disso. Horner foi investigado por algo análogo e os advogados contratados pela empresa para investigar o caso rejeitaram a denúncia da funcionária da equipe. Pior, ela foi afastada do trabalho — embora essa informação careça de confirmação oficial. Liguem os pontos.

Agora, aparece essa outra investigação. Da Red Bull empresa, não da Red Bull equipe. Voltada para Helmut Marko, suspeito de vazar os podres de Horner para a imprensa. Marko que pode, aos 80 anos de idade, levar uma suspensão, como na escolinha. Algo que, convenhamos, soa meio ridículo.

No meio desse tiroteio está Verstappen. Que já escolheu um lado, isso ele já deixou evidente.

Respondendo à pergunta lá de cima, é isso que tá acontecendo. Jos Verstappen tem razão. A equipe corre o risco de implodir. E entre Horner e Verstappen, qualquer empresa sensata, ainda mais diante das denúncias contra o chefe do time, ficaria com o piloto.

Mas bom senso, ao que parece, está passando longe da Tailândia, neste momento.

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ALÁ MEU BOM ALÁ (2)

Bearman: chance de estreia caiu no colo

SÃO PAULO (virado pra lua) – A sexta-feira que definiu o grid para o GP da Arábia Saudita pelo menos teve uma novidade. A pole ficou com Max Verstappen, ele vai ganhar e blá-blá-blá. Mas o holandês não foi o principal personagem do dia em Jedá.

Por volta das 13h30 locais, o inglês Oliver Bearman foi avisado pela Ferrari de que seu macacão de piloto reserva estava limpinho e passado e que ele não iria mais largar na pole para a corrida de F-2 de amanhã. Como os dois primeiros reservas da equipe italiana – Antonio Giovinazzi e Robert Shwartzman – não estavam no país, sobrou para o garoto de 18 anos a missão de correr no lugar de Carlos Sainz, que teve uma crise de apendicite e foi operado hoje mesmo.

“Sobrou” é modo de falar. Na verdade, foi um presente que caiu no colo do menino. Estrear na F-1 com 18 aninhos (faz 19 em maio) e numa Ferrari? É, e mais sonho do que missão.

E ele não decepcionou. Foi para o último treino livre antes do GP, andou bastante (22 voltas), fez bons tempos, não cometeu erros e terminou a sessão em décimo. Bearman, piloto da Prema, uma equipe de F-2 associada à Ferrari, está em seu segundo ano na categoria. Em 2023, ficou em sexto no campeonato e ganhou quatro corridas: duas em Baku, uma em Barcelona e outra em Monza.

Quando foi para a pista hoje, tinha na memória a volta de 1min42s217 que havia feito com o carro da F-2 para conseguir a pole. Com um F-1, teria de andar algo entre 10 e 15s mais rápido. Não é uma adaptação fácil, ainda mais quando se considera a dificuldade de lidar com um carro tão diferente, a pressão sobre ombros – é uma Ferrari –, a ansiedade, a infinidade de coisas para aprender em pouco tempo.

Querem saber? Foi bem pra cacete, falando português bem claro. Vai largar em 11º amanhã. No intervalo entre o treino livre e a classificação, o jovem britânico se reuniu com os engenheiros e teve um curso intensivo de F-1. Não deve nem ter feito um lanche. Absorveu o que dava. E foi à luta.

Na hora em que os boxes foram abertos para a definição do grid da segunda etapa do Mundial, o primeiro a ir para a pista foi justamente Bearman, que tinha dado apenas uma volta com pneus macios no final do treino livre, quando a pista foi reaberta após o resgate do carro de Zhou – o chinês bateu forte quando faltavam 17 minutos para o fim da sessão. Era preciso dar quilometragem para o guri.

Alonso: vai forte para a corrida

A Aston Martin, que fechou a quinta-feira na frente com Alonso, mostrou de cara que tinha um bom carro para Jedá. Ele e seu companheiro Stroll abriram o Q1 em primeiro e segundo, com o espanhol já entrando na casa de 1min28s. Depois Leclerc se colocou entre os dois.

Bearman não foi muito bem em sua primeira tentativa, ficando mais de 1s atrás dos ponteiros. Mas a Ferrari o colocou na pista de novo sem enrolar muito e o garoto subiu para quarto. Detalhe: àquela altura, à frente de Leclerc, já que a McLaren colocou sua dupla em primeiro e segundo.

Aí foi a vez de a Red Bull apresentar suas armas, que geralmente ficam guardadinhas num armário durante os treinos livres. Verstappen, de primeira, foi para a ponta com 1min28s491. Leclerc também melhorou e colocou a Ferrari a 0s177 do tricampeão. Depois apertou ainda mais o pé em nova tentativa, assumindo a liderança com 1min28s318.

Faltando dois minutos para o fim do Q1, Zhou conseguiu ir para a pista. A Sauber teve muito trabalho para consertar seu carro, mas não tem milagre nesse negócio. Sem tempo para abrir uma volta, o chinês acabou ficando em último no grid. Foram eliminados com ele Bottas, Ocon, Gasly e Sargeant. É a segunda vez em duas corridas que os dois carros da Alpine empacam no Q1. A crise é braba.

Lá na frente, Verstappen voltou a superar Leclerc – a briga pela pole parecia destinada aos dois – e Stroll ainda subiu para o segundo lugar, 0s079 atrás de Max. Bearman fechou a primeira parte da primeira classificação de sua vida na F-1 em nono. Não foi ruim, não. Muito pelo contrário. Avançou ao Q2 sem grandes sustos.

O Q2 começou, mas logo no início o carro de Hülkenberg quebrou e a direção de prova teve de parar a sessão para remover a viatura. Faltavam 10min58s para o final. Os tempos, até ali, não eram lá muito representativos. Apenas quatro pilotos tinham fechado voltas.

A retomada foi rápida. Todos voltaram à pista – com a óbvia exceção do alemão da Haas – e foram à luta. Verstappen virou 1min28s078 e trouxe Alonso com ele, a 0s044. Pérez, o terceiro, estava longe pacas, 0s461 atrás do companheiro. Bearman tinha cometido um erro em sua primeira volta e abortou a tentativa. Passar ao Q3 era sua meta. Ambiciosa para um estreante, claro, mas factível para quem tem uma Ferrari nas mãos.

Pena que não deu. E, convenhamos, seria uma façanha e tanto na primeira classificação da vida entre os adultos se colocar entre os dez primeiros. O resultado final para ele ficou de bom tamanho. Acabou em 11º, a 0s036 do décimo. Albon, Magnussen, Ricciardo e Hulk foram eliminados junto com ele. Pediu desculpas pelo rádio. Nem precisava. A equipe o aplaudiu quando ele chegou aos boxes.

Tsunoda: na frente de Ricciardo

Na briga dos grandões, Verstappen, Leclerc e Alonso fecharam o Q2 nas três primeiras posições, separados por meros 0s089. O tempo final de Max: 1min28s033. A destacar: Tsunoda enfiando tempo em Ricciardo e passando ao Q3 e as reclamações de Hamilton. Que têm sido recorrentes: traseira solta, instável, sem aderência. Vai ser um ano de resiliência e fastio, o último do inglês na Mercedes. O carro não é bom. De novo.

Um duelo Verstappen x Leclerc pela pole era o que se esperava no Q3. Mas não aconteceu, tamanha a superioridade do #1 da Red Bull. Charlinho foi o primeiro a abrir volta, mas tirou o pé de repente. “Tentamos uma coisa que não deu certo”, explicou. A Red Bull acionou seu modo “destruir a concorrência” e os dois pilotos entraram na casa de 1min27s em suas primeiras tentativas. Max fez 1min27s472. Pérez ficou 0s335 atrás. Deu até pena dos rivais. Leclerc fechou sua primeira volta a 0s800 do holandês e se colocou em quarto. Reclamou que seu carro, com pneus novos, ficou “estranho”. Alonso também não fez milagre e ficou a 0s514 do líder, em terceiro.

O grid em Jedá: 34 poles para Verstappen, a primeira dele no circuito

A pole de Verstappen estava garantida. Ninguém conseguiria baixar seu tempo. Nem ele, diga-se; mas, aí, porque não carecia, mesmo. Leclerc até tentou, subiu para segundo, mas ficou 0s319 atrás. Pelo menos desbancou Pérez, que caiu para terceiro. Alonso melhorou um pouco e ficou em quarto, a 0s374 da pole. Piastri, Norris, Russell, Hamilton, Tsunoda e Stroll (que fez um tempo horrível, 1s1 pior que a pole) fecharam a turma dos dez primeiros no grid.

São 34 poles agora na carreira de Verstappen, que se isola na quinta colocação das estatísticas, deixando Jim Clark e Alain Prost para trás. À frente dele estão Hamilton (104), Schumacher (68), Senna (65) e Vettel (57). Amanhã vai passear pela Corniche, palavra francesa que está sendo usada para nomear a pista de Jedá. Corniche em francês é outra coisa, está mais para estrada ladeada por montanhas e penhascos, mas serve, vá lá, para vias litorâneas — o que a gente chama de orla. Seja como for, na orla ou na Corniche, o holandês não deve ter nenhuma dificuldade para vencer a prova. Seu ritmo de corrida é muito forte. É prova para apenas uma parada, se nada de anormal acontecer.

Resumindo, não esperem muito desse GP da Arábia Saudita.

TUDO DOMINADO – Vocês leram aqui ontem, e em vários outros lugares, que hoje a Audi iria anunciar a conclusão da negociação de compra da Sauber, adquirindo 100% de suas ações. Pois foi o que aconteceu. A equipe muda de nome em 2026 para Audi F1 Team. O anúncio foi feito por Gernot Döllner, CEO da montadora alemã. Oliver Hoffmann será nomeado como comandante geral da operação das quatro argolas na categoria, com uma atuação forte na fábrica de motores em Neuburg, e Andreas Seidl, que já está na Sauber, será o CEO da equipe.

DE QUEM É? – A Sauber hoje pertence a um fundo de investimento chamado Islero Investments, que por sua vez é de propriedade do milionário sueco Finn Rausing. Hoffmann passará a presidir o conselho de administração de todas as empresas do Grupo Sauber. Não vai aparecer tanto quanto Seidl, que será “a cara da Audi” na F-1. Mas tem experiência na área. Sob sua gestão, a Audi ganhou bastante coisa no DTM, na Fórmula E e, recentemente, venceu o Dakar com um jipe elétrico conduzido por Carlos Sainz, o pai.

QUEM SERÁ? – Agora, a única coisa que resta a seber é: quem vai pilotar os carros do novo time alemão? É a pergunta de um milhão de dólares, e minha resposta é: não sei. Mas tenho alguns palpites. Acho que Sainz, o filho, esse da Ferrari que todos conhecemos, será um deles. E não se espantem se Zhou continuar. A China é o principal mercado global da Audi.

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Bearman: o mais jovem ferrarista

SÃO PAULO (uau!) – A Ferrari informa: sai Carlos Sainz, entra Oliver Bearman em Jedá! Pole-position para a prova principal da F-2 pela Prema, o britânico de apenas 18 anos (faz 19 em maio) substitui o espanhol, que foi diagnosticado com apendicite e terá de ser operado.

Bearman será o 776º piloto a largar num GP de F-1 e o 97º a vestir o macacão de Maranello em corrida. O mais jovem ferrarista de todos os tempos. Desde o início do ano ele é piloto reserva da equipe italiana e também da Haas.

Bearman estreou na F-2 no ano passado e, embora não tenha lutado pelo título, venceu quatro corridas. Participou de dois treinos livres na F-1 pela Haas, no México e em Abu Dhabi. Por conta da escalação de última hora, Bearman não participará das demais atividades da F-2 na Arábia Saudita.

É uma fogueira? É. Mas qualquer piloto do mundo queria estar queimando nela agora.

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