SOBRE PIETRO FITTIPALDI

SÃO PAULO (informem-se) – Está causando comoção nas redes sociais a notícia divulgada pelo blog de José Cruz, no UOL, de que “verba pública financia a carreira de neto de Fittipaldi nos EUA”. Diz respeito à aprovação, pelo Ministério do Esporte, de projeto que prevê a captação de R$ 1.001.203,00 em recursos na iniciativa privada em forma de benefícios fiscais para financiar o garoto na Nascar.
É uma falsa polêmica, e desonesta. Não há dinheiro saindo dos cofres públicos para pagar a conta de Pietro Fittipaldi. Há um projeto apresentado ao ministério dentro daquilo que prevê a Lei de Incentivo ao Esporte. Pode-se discutir se a lei é aceitável, se essa história de renúncia fiscal faz algum sentido. Mas uma vez que ela existe e os proponentes atendem às exigências legais, qualquer um pode apresentar um projeto e pleitear não a verba pública, mas o direito de captar o dinheiro junto a patrocinadores — esses, sim, é que pagam a conta, destinando sua grana para os projetos em vez de usá-la no pagamento de alguns impostos.
Assim, alguém tentar patrocínio para correr de carro é tão “legítimo”, do ponto de vista da legislação, quanto uma entidade buscar patrocínios, usando a Lei Incentivo ao Esporte, para um projeto de capacitação de professores de educação física ou para a construção de uma quadra de esportes na periferia.
O blogueiro que está fazendo alarde com o que considera um absurdo, o que chama de verba pública para financiar a carreira de um piloto, está sendo desonesto na medida em que pega o automobilismo como mau exemplo único de renúncia fiscal. Assim como o Ministério do Esporte aprova, para captação, projetos teoricamente mais louváveis como “Esporte para Inclusão: Apoio ao Basquetebol sobre Rodas” (autorização para captar R$ 947.584,20) do Instituto Cultural, Educacional e Profissionalizante de Pessoas com Deficiência no Brasil (número do processo 58701.004474/2010-93), aprova outros bem menos, digamos, “defensáveis”.
Exemplos? Basta entrar na página que lista todos os projetos aprovados para captação de recursos, neste link aqui. Numa busca boba, a partir de 1/1/2011, sem nenhum juízo de valor, encontrei:
– R$ 1.164.951,33 para o Clube de Pólo São José, de São Paulo, fazer a “Copa de Ouro”
– R$ 1.642.820,38 para o Crixás E.C., de Goiás, tocar o projeto “Bom de Base 80”
– R$ 1.770.099,11 para o Automóvel Clube do Vale do Paraíba, de São Paulo, levar a cabo o projeto “Leonardo Cordeiro na GP3 2011”
– R$ 3.556.573,84 para o Clube de Natação de Maratonistas C. Naman, de São Paulo, conduzir o projeto “Navega SP – Ampliação”
– R$ 896.761.04 para a Associação Marcos Mercadante de Judô, de São Paulo, colocar na praça o projeto “Kimono de Ouro II”
– R$ 1.267.425,39 para o Joinville E.C., de Santa Catarina, seguir com a “Academia de Futebol – plano anual de atividades”
– R$ 7.950.956,88 para o Centro Esportivo e Educacional Jorginho Bola pra Frente, do Rio, implantar o “Centro de Capacitação Toque de Mestre”
Não estou julgando a qualidade de nenhum desses projetos, mas não vejo por que pólo, judô, natação e futebol podem ser contemplados com a Lei de Incentivo ao Esporte e o automobilismo, não. Desde que todos atendam às exigências do ministério, apresentem contrapartidas e as cumpram, não há nada de legalmente errado nisso.
O que há de errado, talvez, sejam os critérios que o ministério usa para aprovar os projetos. Pelo que sei, um projeto bem elaborado passa sossegado nas comissões do ministério, independentemente da modalidade que contempla. Nessa busca que dei, a partir de 1/1/2011, encontrei 551 projetos aprovados. Mas insisto: a aprovação é para captação de recursos em forma de patrocínio no mercado, não dinheiro que sai do caixa da União direto para os proponentes. E a maioria deles não consegue captar nada.
Sim, é claro que esse dinheiro, quando captado junto a patrocinadores, deixa de entrar nos cofres públicos em forma de impostos e passa a financiar projetos esportivos que muita gente pode contestar. Mas a Lei de Esporte é assim, assim com as leis de incentivo à cultura e outras tantas que preveem renúncia fiscal para financiamento de atividades diversas. Está aí o Itaquerão que não me deixa mentir.
Então, sejamos honestos. O governo não está bancando diretamente as aventuras de Pietro Fittipaldi na Nascar, assim como não está bancando jogadores de basquete de cadeira de rodas. O governo oferece uma possibilidade de se captar dinheiro para que esses projetos sejam levados adiante. Achar que basquete de cadeira de rodas pode e automobilismo não pode é julgar uma lei com critérios próprios, muito pessoais. Eu, por exemplo, acho uma aberração um clube de pólo tentar grana através de renúncia fiscal. Só milionário joga esse negócio, assim como só gente rica corre de carro. Mas é um direito que o clube tem, porque a lei existe e deve servir para todos, ricos e pobres.
Demonizar o automobilismo porque busca receita nas mesmas fontes que esportes mais “pobres” é meio populista. Acho, sim, que cabe a quem vai buscar a grana ter um mínimo de consciência e entender que a renúncia fiscal quebra um puta galho, mas nem sempre é algo positivo para o país. Eu, se sou do clube de pólo, teria vergonha na cara e não iria buscar dinheiro dessa forma. O mesmo se aplica aos Fittipaldi, que têm vastas condições de obter recursos sem recorrer à Lei de Incentivo ao Esporte. Exagerando, eu poderia elaborar um lindo projeto para correr de carros clássicos e tentar arrumar uma grana para o Meianov com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte, mas não o faço porque seria uma picaretagem sem tamanho. Não acho que essa conta tenha de ser paga com dinheiro que poderia ser destinado a coisas bem mais nobres, mesmo sabendo que ele sai, em primeira instância, dos cofres de empresas privadas.
Mas a lei existe e está aí para ser usada por quem se acha no direito de usá-la. É uma democracia, não? Eu, quando for presidente do mundo, naturalmente vou acabar com ela. Ou, então, escolherei pessoalmente os projetos que merecem aprovação. E antes que perguntem, aprovaria o do basquete sobre cadeira de rodas, não aprovaria o do Pietro Fittipaldi, nem o do clube de pólo. E tentaria descobrir quem é esse Jorginho Bola pra Frente e que pito toca o Crixás E.C.
SR Flavio
Cai por descuido no teu site, que havia prometido jamais voltar a ler, pela quantidade de seguidores iresponsaveis que dao ouvidos as suas besterias imensadas, e por sua costumeira falta de “pensar antes de levar sua opiniao a publico”.
Havendo cometido o equivoco de entrar neste blog, , via a materia do Pietro. Vi por traz de teus comentarios, o teu sentimento de recalque, e repudio pelos homens de sucesso no esporte. Se nota claro que voce esta no meio esportivo por razoes desconhecidas, dos profissionais do esporte. Suas ideias , estao mais para briga de Galos, do que para carros de corrida. ” Briga de Galos, nao precisa patrocinio”. O milho da pra comprar do bolso, ou pedir uma xicara de produto, nos bazares do bairro.
Voce e mais uma legiao de ignorantes, que estao de acordo com voce, “nao consegue ver benefico para o Brasil” , com um FITTIPALDI , ou OTRO NOME FAMOSO, novamente ao volante. Isto eh suficiente motivo, pra carimbar teu pasaporte de “burro irreversivel”. Faz uma reflexao. Eu ja sabia que voce eh burro, mas nao tinha ideia, de que o bloqueio mental era de estado tao avancado.
Agora , ir no autodromo,”fazer a pose” fotografar, e dizer que tem orgulho de ser brasilerio, quando este Brasileirinho , ou outros PATROCINADOS OU NAO, estiver brilhando na NASCAR, INDY, OU F1, tenho certeza que tanto voce, quanto a maioria dos babacas que acomanham teu raciocinio, ” serao os primeiros”. Voces nao tem a capacidade para medir o custo da trajetoria para um piloto chegar ao sucesso, em relacao ao beneficio que ele pode trazer para uma nacao enorme , como esta TERRA DE TUPINIQUINS, que antes dos nossos Esportistas, era e sera lembrada, apenas como a terra dos POLITICOS CORRIPUTOS.
Saiba que esta terra de INDIOS TUPINIQUINS, eh reconhecida no mapa, como um pais,porque os DESPORTISTAS, escreveram o nome do BRASIL, no mapa mundi.
A depender de Brasilerios como voce, e como os politicos ” que vetam estas leis” seriamos conhecidos, apenas como CORRUPTOS SEM VERGONHA.
Como a acpacidade tua para diluir o que esta escrito, em infinitamente limitada, seguramnete que voce (com da vez passada), vai vetar meus comentarios. Assim como os politicos fazem
Não cometa mais descuido algum, por favor.
FLÁVIO,
Quase perfeito seu comentário. Reparo é que quem conhece os meandros desta política pública entende como se capta 1 milhão para o Fitipald e outros projetos nada. Ah, ainda, a questão do rapaz usar o dinheiro para correr nos EUA e n ajudar em nada o esporte brasileiro.
Adorei a sua explanação. Ademais, está certo, quem quiser que corra atrás. O Pietro continuaria seu projeto mesmo sem a verba de incentivo do esporte, isso é o que dói. Mas ele correu atrás disso, conseguiu e ninguém tem nada com isso, né? Consciência é o vale!!!
Flavio Gomes
Não poderia ser diferente voce puxa saco da elite no automobilismo, nunca vi sua matéria sua falar do automobilismo de verdade, do piloto que corre por amor e não para sair em vitrine, se fosse um piloto qualquer com certeza sua explanação seria diferente, além de que se acha um mito que correu de DKW, e sei lá o que, na realidade é um mas um que vem contribuindo para acabar com o automobilismo brasileiro.
Como piloto e diretor de uma revista sobre automobilismo pretendo fazer uma matéria acerca de seus comentários que nada contribuiu em nosso esporte motor.
Aproveita a vai assistir o Pietro correr na Nascar, assim continua garantindo seu espaço
Oba, matéria comigo? Vai me entrevistar, paspalho?
Flávio Gomes, vc é o cara!
Só causou um pouco de polêmica pela forma que escreveu, mas é a mesma coisa que todos estão falando. Você continua na ESPN Brasil? Faz tempo que não vejo os programas de lá.
Existe o que consideramos legal, mas imoral. Esta ação dos Fittipaldis na minha modesta opinião, não é moral.
Pessoal, vamos aproveitar este momento e apertar os caras lá de Brasília. Podemos demonstrar nossa indignação nestas postagens aqui, nas redes sociais, mas também temos que apertar os deputados e senadores. Eu já mandei várias reclamações e sugestões para alguns deputados, porque fala sério, fazer a “Copa de Ouro” do Clube de Pólo, tá de zoação com a nossa cara. Vamos lá, senado.gov.br e camara.gov.br. Fica a dica.
Ui, os deputados/vereadores vão morrer de medo com nossos posts em tom critico e caixa alta!
Dane-se as explicações dadas.
O cara nasce nos EUA, corre nos EUA, e o governo brasileiro libera 1 milhão para paga as contas do garoto? enquanto isso, precisamos de hospitais, de escolas, de segurança…
na politica SÓ TEM LADRÃO.
descobriu a amarecia esse aí
Mas falando sério, essa lei está toda furada, incentivos devem ser dados para setores realmente decisivos para o bem do povo que não tem recursos não para beneficiar quem já é bem aquinhoado e deveria contribuir para melhorar a vida dos de menor renda e não utilizar uma falha de lei para LEVAR VANTAGEM EM TUDO, CERTO?
E esqueceram a ONG do Galvão que está arrecadando 2 milhões para treinamento de corredores, seriam os seus próprios filhos?
Não era isso. Incrível como as pessoas disseminam informações falsas e de orelhada. Apure, meu filho, antes de espalhar merda. Galvão desistiu do projeto, que era para uma escola de pilotos.
que poderia ser muito bem vinda, se fosse no modelo da jim russel por exemplo.
hoje é isso que precisamos para a formação de novos pilotos com capacidade de carreira no exterior, senão vai tudo pra stock car.
Todo mundo tomando meu dinheiro de salário, eu disse salário, não disse pró-labore.
País de ladrões e de tolos.
Projeto de futebol ?! tenham dó. Esporte do demônio.
que lógica a sua: não há dinheiro saindo dos cofres públicos. SÓ DEIXOU DE ENTRAR… Se deixa de pagar ou entra como imposto e sai como incentivo no final o balanço de caixa é o mesmo. As leis são mal feitas neste país justamente por isso, para faciliatar estes desvios indevidos.
Poxa,
Vc só pode ser amigo do Fittipaldi hein, seu Flavio Gomes!
Como assim, que argumentos falaciosos são esses? Você quer comparar inclusão social com um cara milionário que vai ganhar mais dinheiro e público?
A lei é pra todos, mas os benefícios são só pra um??? Então vamos dar 2 estádios pro corinthians, o que ele já tá ganhando e vamos fazer mais um.
Outra coisa, essa grana é publica sim, ela não sai do cofre publico porque ela deixa de entrar no cofre público. E pior, quem decide para onde a grana vai são as empresas que não estão nem aí pois não precisam se preocupar se a grana vai pro Fittipald, pra Maria Bethania ou pra tirar a mulecada da rua fazendo uma pista de skate.
Aprende a ler, depois vem falar comigo.
rafael poxa1
sem noção.
É inadmissível esse caso do Fittipaldi, do Galvão Bueno, do estádio do Corinthians ou qualquer outro que não seja investir na base desassistida, na base vulnerável. Não temos dinheiro para milhões e milhões de crianças que mal tem o que comer, não temos um projeto esportivo decente…ora, o governo do estado do Rio de janeiro está torrando mais de um bilhão no maracanã pra ser entregue a Eike batista. Desculpe, só nessa M@#$% de país. Nesse esgoto. Depois reclamamos que um gringo pede um BELO CHUTE NA BUNDA. Tenhamos um pouco de senso crítico.
Até onde sei, a empresa que patrocina fica isenta de pagar imposto, referente a esse valor. Então esse dinheiro sai dos cofres públicos. estou correto?
Lí alguns comentários e concordo com vários deles. Qualquer que seja o prisma, auxiliar um piloto americano, para correr nos E.U.A. mesmo sendo Fittipaldi, não me parece razoável moralmente. Outro aspecto a ser observado é que o esporte automobilismo na categoria citada é profissional, tornando ainda mais imoral. Caso o Governo queira dar incentivos para o automobilismo, não sou contra mas o faça para Brasileiros em categorias não profissionais e no Brasil.
a culpa, (sem defendê-los é claro), não é dos fittipaldi, e sim de quem criou a lei, ela está aí para ser usada por quem quiser ou tiver um projeto esportivo.
não concordo com ela, como não concordo com a lei de incentivo à cultura, onde existem muito mais projetos mirabolantes de artistas que nada contribuem para a nossa cultura, (vide cantoras de axé, pagodeiros, funkeiros, sertanojo e outras aberrações ditas culturais).
esse é um dinheiro que deveria ser empregado em projetos sérios.
mas o emersom deve ter se inspirado na letra dauela musica da paula toller: porque não eu, porque não eu?
e para os que o criticam ele deve falar aquela frase do programa o macaco está certo: mas e os outros?
Meu caro FLAVIO GOMES , sempre gostei de voce (pessoa) ainda que não , compactue com suas ideologias politícas. Mas vamos falar dos FITTIPALDI , fuí fã de carteirinha deles amei a cada vitória e chorei a cada quebra ou acidente eram meus heróis acima de tudo e de todos, aí de quem falasse um aí sobre eles . Eu era jovem e ingênuo e amava (como amo o automobilismo) , Acredito que devamos muito a eles do tempop do Kart ao Copersúcar, quer queira ou não eles balançaram as estruturas fizeram e aconteceram,els inovaram , criaram e se destacaram ( “Méritos todinho deles”)A cada passo do Emerson na Europa um furor , fazia e fêz chover , mas aí vem a coisa “PILOTO ” é uma coisa sêr humano é outra.
Meu mundo começou a ruir quando conhecí um senhor chamado PETER DOWDING ( acho que é assim que se escreve) um velhinho inglês muito simpático meio vermelho ( de pele).
Para quem não sabe foi o ex-sôgro do Emerson , pai da Maria Helena , foi ele quem levantou a lebre , falou gatos lagartos de seu ex-genro. Logo para mim fã de carteirinha do Emerson fiquei meio revoltado, mas quando há fumaça há fogo comecei a ficar atento e o meu herói começou a ruir paulatinamente, até o dia em que ele e seu filho cairam de uma Asa Delta em um lugar remoto , os caras que os salvaram foram simplesmente esquecidos enquanto o Emerson fazia propaganda de um certo plano de saúde dando a eles o crédito de ter salvo a vida dele e a e seu filho. A partir daí comecei a dar crédito ao seu PETER.
Não quero me estender mais pois teria que provar , mas o capitulo Copersucar nunca ficou bem esclarecido.Infelizmente os FITTIPALDI perderam o mais ardorosos de seus fãs.
Disse tudo
Guaracy,
me incluo na mesma condição de fã ardoroso e tudo o mais.
Existe uma entrevista do Chico Serra bota boca no trombone e onde ele deixa claro que na ocasião da morte do Senna ele ( Emerson) só compareceu por que seu patrocinador( Malboro) exigiu sua presença, que seus negócios não eram claros .
O meu ídolo também caiu, e uma pergunta que sempre me fiz foia seguinte, ele nunca conseguiu fidelizar uma marca a sua pessoa e quem faz negocio com ele nunca se renova,é para pensar os por que que isso acontece.
Enfim foi mais uma no seu rosario de decepções
chico serra?
nãO é aquele piloto que deu uma declaração dizendo que foi assistir a 2ª prova de daytona, (onde ganhou o dale jr, opai morreu na 1ª), e achou uma marmelada, e disse que nossa stock car, (bolha vectra), era muito melhor e mais competitiva?
esse cara deveria ter ficado de boca fechada.
aliás o que ele fez pelo nosso automobilismo internacional?
Na viagem de Cabral para descobrir o Brasil. Dois ladrões morreram durante poucos dias antes de chegar em Porto Seguro. Ao chegar, eles foram enterrados na beira da praia.
Na volta Pedro Vaz Caminha escreveu: “Em se plantado, tudo dá.”
O pior que nossa terra realmente é fertil!!!!!!!
Nesse link http://josecruz.blogosfera.uol.com.br/2012/02/o-saque-legal-mas-imoral/ diz que o Galvão Bueno também pegou dinheiro do governo. Mesmo que fosse um projeto sério. A verdade que as celebridades dizem que fazem caridades mas com o dinheiro dos outros. É igual ao criança esperança. Precisa ser ingênuo para acreditar que o objetivo do projeto é social e o bem comum de todos. Esse é o Brasil.
Questão polêmica. Sinceramente não sei se é pior financiar um abastado ou financiar projetos sociais que, no final das contas, não formam campeões, nem medalhistas. Esporte no Brasil é visto muito mais como meio de inclusão social. Há pouco incentivo para formação de atletas de performance.
Demonizar o automobilismo não. Mas não vamos livrar a cara dos Fittipaldes.
Que vergonha.
Acho que o automobilismo deve receber incentivos desta lei, mesmo porque muita gente não endinheirada vive disso.
O pessoal acha que automobilismo é, basicamente, um ricaço dono de equipe e um playboy correndo. Esquecem dos preparadores de kart, de carro, mecânicos e afins que vivem disso. Será que atrás do Pietro não há uma equipe de staff que o ajuda e, caso ele venha a correr no Brasil, que irá gerar empregos aqui?
E outra, que seja um piloto o maior favorecido pela lei, será que pobre não tem direito de ser piloto, só ser jogador de futebol ou ir pro atletismo?
Concordo que Emerson poderia turbinar a carreira do neto sem este tipo de recursos, porém cabe a quem aprovou o projeto receber o peso da decisão.
A questão não é para o automobilismo, ou não!
A questão é que dinheiro que deveria estar adentrando aos cofres públicos para sanar os inúmeros problemas sociais que o BRASIL tem será utilizado para pagar o custo das provas de um garoto americano que corre nos EUA.
Flávio,
Isso me faz lembrar o “Caso Chatô”, onde aquele pseudo-ator Guilherme Fontes foi condenado por desvio de dinheiro público através da Lei de Incentivo à Cultura. Lembra-se??
Tirando o fato que o atorzinho teve sua pena convertida a serviços comunitários em troca dos 36,5 milhões de reais que guardou no bolso, o caso suscitou uma grande discussão no país sobre a péssima regulamentação, gestão e distribuição das verbas para fins de desenvolvimento cultural – e alguns anos depois, esportivo. Este debate – bem como os desvios nas regras – perduram até hoje.
Como em tudo que envolve a máquina pública neste país – quando se trata de dinheiro – as brechas e permissividades legais corrompem os objetivos deste tipo de programa federal. Então surgem diariamente oportunistas famintos querendo suas fatias deste bolo. Vemos isso todos os dias na televisão, nos jornais e na internet.
Para mim, independente de ainda nem ter captado este dinheiro, um atleta com o sobrenome Fittipaldi nem deveria considerar a hipótese de inscrever um programa tão infame como esse de Pietro junto ao Ministério dos Esportes.
No mínimo é uma questão de bom senso. Que faltou um tanto nesta história, diga-se.
vamos ver no que dá…
um abraço…
Perfeito!
Renúncia Fiscal?
Caro Flávio…creio que vc está um pouco por fora de como funciona a Lei de Incentivo ao Esporte. Não são, como vc diz, empresários que estão pagando a conta. A lei existe meu caro, para que empresários deixem de pagar impostos devidos e invistam esses valores no esporte. Claro como o dia, que isso visa incentivar o esporte de base. Aquele mal assistido pelos poderes públicos, não para financiar o neto famoso de nosso amado Émerson…é óbvio que isso é um absurdo, principalmente quando vemos tantos atletas carentes sem verba até para o básico do básico. Émerson, vc não precisa atrelar seu nome a esse tipo de circunstância. Como ídolo brasileiro que é, é sua obrigação se manter longe desse tipo de situação. Continuo seu fã, apesar de entender que isso é lamentável.
Mais um que não entendeu o que eu escrevi. NÃO ESTOU DEFENDENDO OS FITTIPALDI!
Flávio
Respeito muito o seu trabalho, mas acho que quem não entendeu foi vc. Em tempo: é dinheiro público sim, basta ler a lei, só isso. O resto é exercício de retórica.
Ai, meu saco…
Flávio, acho que o camarada não tá dizendo que vc esteja defendendo o Fittipaldi ou não, mas que a lei de incentivo ao esporte serve JUSTAMENTE para isentar de impostos PATROCINADORES, isso é. Neste caso, vc entendeu mesmo a lei errado.
Nada de mais, vc continua a ser um bom jornalista!
“É uma falsa polêmica, e desonesta. Não há dinheiro saindo dos cofres públicos para pagar a conta de Pietro Fittipaldi.”.
Exato. Dinheiro que não entra não sai. Não tem nenhum órgão do governo tirando dinheiro do caixa para projeto algum. Portanto, não dá para dizer que “verba pública” financia esses projetos. Verba é dinheiro que existe, que pertence a um orçamento e é destinado a determinado fim. Você não vai encontrar nas contas do governo nenhum item de gasto com piloto de corrida. Benefício fiscal não deve ser confundido com verba pública.
piada essa de benefício fiscal não ser verba pública. Matemática básica: tem 10MM para entrar, mas deixo de receber 1MM para “programa de incentivo fiscal”, no final fico com 9MM. Caso 2: recebo 10MM e faço doação de 1MM para “programa esportivo social”, no final fico com 9MM.
Apesar de os valor final ser o mesmo (qualquer criança de 6 anos sabe fazer esta conta) realmente o significado não é igual, pois no caso 1 eu me isento que qualquer responsabilidade e posso dizer que não tenho nenhuma rubrica “incentivo a piloto milionário” no valor de 1MM em minhas contas, pois “só renunciei em receber esta quantia”, não doei nada. Já no caso 2 teria que responder por ter doado esta quantia.
No final das contas este 1MM poderia até ser incluído em outra parte do roçamento, como hospitais, ensiono fundamental, moradia, mas para que isso, se nosso povo não precisa destas coisas. É melhor investir num garotinho de família abastada qeu talvez no futuro a população possa ficar “orgulhosa” ao vê-lo vencer e ouvir o “tema da vitória” no domingos pela manhã. E ainda vão glorificar a trajetória do garoto, que venceu por méritos próprios e nunca menciona o dinheiro do povo (afinal somo nós que pagamos os impostos) gasto nisso.
Continuo sem entender a demonização – que seja – do Fittipaldi (e não do automobilismo). A lei não é igual pra todos? E entendo que deveria ser assim até com tributos, sem essas ridículas alíquotas diferenciadas – afinal, qual a vantagem de se ganhar, por exemplo, 100 mil reais anuais se com 99.999,99 posso recolher menos tributo (ou igual a quem ganhou, ou trabalhou, menos?).
Da mesma forma, este incentivo não deveria servir apenas para pobres ou ricos, e sim para descobrir TALENTO. Se o garoto/a for bom/a sobre 4/2/+ rodas, deve estar bem cercado e fazer uso do incentivo.
Só quem conhece as administrações públicas sabe que isso NÃO É NADA perto do mau uso das verbas públicas, ou mesmo das anistias anuais que normalmente são endereçadas a empresas específicas (e acabam privilegiando outras). Muita reclamação por nada, ou melhor, reclamam de norma que, ao menos, se presta para alguma coisa. Melhor encher o saco de quem cuida do nosso falido automobilismo, até porque daqui a pouco vão sobrar só alguns circuitos de terra no sul do País e Interlagos (até a F1 não ter mais pilotos nacionais…)
Dinheiro para o esporte profissional não pode.
No minimo imoral….pode ate ser legal….
segundo a lei:
Todos os esportes podem ser contemplados?
Não, apenas esportes de cunho amador, olímpico e paraolímpicos.
Desculpe-me se alguém já escreveu algo parecido, não tive tempo de ler os comentários anteriores, mas entendo que o governo não paga nenhum centavo, mas se deixa de recolher de quem está pagando o patricionio dá na mesma, certo.
Não paga, mais deixa de receber …
exatamente!
To precisando duma reforminha me casa também..fazer um puxadinho e uma escolinha de ionformatica pras crianças… será que consigo uns 100 mil?
BRAZIL
Por outro lado, sem nenhum juízo de valor. Se não tivesse esse “insentivo fiscal”, esse valor que seria arrecadado pelo Governo, seria usado para o bem e felicidade da Nação? Traria algum benefício para a população? Ou iria para mais um mensalão? Auxilio paletó, moradia, putaria ou qualquer outro benefício para nossos honrosos políticos?
Tenho aqui comigo algumas ponderações. Primeiramente, o automobilismo é esporte individual e não traz retorno social mediante projeto de patrocínio. Ou seja, enquanto a esmagadora maioria dos projetos trata de esportes coletivos, ou, em essência, treinamento e inclusão para várias pessoas, sejam crianças, jovens ou adultos. É imoral do ponto de vista que outros projetos de inclusão muito mais abrangentes fiquem de fora. E há uma tênue linha em ” a lei está ai para ser usada” e estar sendo usada por pessoa de excelente poder aquisitivo e que outrora se faz preocupado om a situação social do país. Além do mais, é inverdade a afirmação de que não estão saindo verbas públicas. Estas verbas se tornam públicas imediatamente ao uso de tais patrocínios como incetivos ao esporte. Creio, humildemente, que seu ponto de vista, foi no mínimo, míope. Está errada a família Fittipaldi. Faça um projeto de inclusão de pilotos em categorias de base do automobilismo, ou caso não seja interesse, que use seu prestígio para captar tais recursos de forma usual e ajude o fomento de incentivos àqueles que realmente necessitam.
Quando no automobilismo, os próprios pilotos montarem, prepararem, transportarem seus carros, você pode dizer que é um esporte individual. A RBR-F1 emprega muito mais gente, diretamente, que muitos clubes de futebol brasileiro.
Pois é. Incrível como tem gente que lê aqui e ainda acha que F1 não é esporte, ou que é individual, ou seja, é só o piloto. Tá explicado porque jamais teremos equipe de F1 (como a Itália ama a Ferrari, por exemplo), e o que vale é o piloto, o super-herói? Porque não procedem da mesma forma com os clubes de futebol? Quero ver nego torcer para o JOGADOR, e não para o time..
Reacionarismo barato, Flavio. Vc nem devia dar atenção a esse tipo de blog.
Perfeito Gomes!!!
Tú é marrento porem tu é honesto y justo e o cara lá arrumou visitas no bloginho dele com esse titulo sabandija..
O que fizeram com o Lopez lá na argentina era dinheiro publico na cara….aqui é incentivo fiscal e todos os que apresentem projetos tem direito de levar….Até voce, caso queira fazer as 24 de Le Mans com aquela tua barata comunista.
Por isso leio seu blog….Tu e serio
A formula 3 sulamericana teve um projeto desses contemplado em 2010/11 e não vejo mal nenhum nele, pois ate onde eu sei se vc colabora com 100 dinheiros vc tem esse valor reduzido da base de calculo, portanto não necessariamente vc paga menos 100 dinheiros de imposto e sim uma proporção deste ( 30, 40 dinheiros depende da base de calculo). Que vantagem a empresa leva? Simples uma ação de marketing com um desconto de 20,30,40 dinheiros…
Pode não ser ilegal, mas é imoral.
É imoral, Flávio. Emerson deveria dar o bom exemplo a seu público, que tanto o ama. Mas aproveitam-se de brechas e permissividades legais para captar dinheiro que poderia ser utilizado para causas mais nobres, mais justas e mais necessárias.
É imoral, como o auxílio-paletó, como as verbas indenizatórias de gabinetes.
Está dentro da lei, é verdade. Mas é muito imoral e vergonhoso.
Uma pena…mais um herói que morre.
A lei está aí para todos, o fato de os mais ricos emplacarem mais projetos de captação de recursos do que os projetos ditos mais populares e socioculturalmente relevantes representa um sério problema de acessibilidade. Dizem que depende do interesse, mas eu pergunto quantos interessados se dispõem ou tem tempo para ler o Diário Oficial todos os dias em busca do edital salvador? Nem ao menos possuem uma assessoria competente para isso.
Perfeito Flávio.
Não sei se o Rubinho, ou o Bruno Senna,recorreram a Lei de Incentivo. Se o fizeram o blogueiro não viu. Sou fã do automobilismo mas não acredito que Emerson Fittipaldi precise de recorrer a lei. Acreditava que ele tinha renome para juntar prestígio a seu sobrenome se este subterfúgio. Entendo que a Lei deveria pretigiar projetos de fomento ao esporte, não atividades individuais. Portanto Fitipaldi é igual a Bethânia.
É isso! 2
Porra!!!!!!
Se vai deixar de pagar impostos, vai ter benefício pra alguém… Eu não sou o beneficiado. Quem será???????
As empresas que vão patrocinar o garoto.
Errado caro, as empresas deixarão de pagar impostos (dinheiro do povo), para investirem em “marketing”. Um absurdo que só não enxerga quem não quer ver. Ou vc acha que o judoca promissor lá da periferia tem as mesmas condições que o neto do Émerson, para se colocar em condições de receber a verba? Certamente meu caro, os judocas, corredores, nadadores, e outros tantos atletas da periferia, que não tem padrinhos nem nome famoso, vão continuar sem equipamentos básicos em suas modalidades e os empresários vão “sonegar” o imposto e investirão em nomes famosos e na mídia. Isso é o Brasil.
Errado não: as empresas que vão patrocinar o garoto é quem serão as beneficiadas além do garoto… foi exatamente isso que tu acabou justificando em sua resposta. Acho que tu confundiu o texto. Elas ganham tanto com a renúncia fiscal como depois estampando sua marca e tendo participações no marketing da parada. Exatamente como toda essa ladaínha de aquecimento global e ecologicamente correto. Tá na cara que tudo isso não passa de uma nova forma de renovar o estoque de quase todos os produtos do mercado, desde uma simples torradeira de pães, que não tem o selo A de energia até a gigantesca frota de carros, que agora serão todos “ecologicamente” corretos para os idiotas consumidores gastarem muito e se endividarem bastante.
Quem prefiriu tirar parte do dinheiro que seria desviado, mal gasto etc e queimar esse dinheiro via pneus pistões e cilindros, é uma boa medida… Fora que algumas dessas empresas são do ramo automobilisto e não teriam interesse em anunciar em outros esportes.
Quanto a ser um esporte individual, então tenis, hipismo, atletismo, lutas infividuais, bocha, etc não seriam aceitos também. Além do que se comparar 1mi pra carros e 1 mi pra futebol…. dá pra comprar muita bola e grama, ein?
Caro FG,
é muto fácil um internauta qualquer pegar uma notícia qualquer e fazer dela o seu Santo Graal do sucesso momentâneo. Qto a essa coisa de dinheiro público muita gente fala do “escândalo” que é o programa Bolsa Família … mas na real todos os setores da sociedade brasileira de um modo ou outro fatura uma graninha do governo. A indústria automobilística, por exemplo, tem incentivo com redução de IPI … toda a linha branca … tem isenção de IPI. O Ricardo Amorim escreveu um ótimo texto na Isto é sobre as bolsas … onde revela para os alarmistas e egoístas de plantam que todo mundo tem sua tetinha do governo … mesmosem ter parado para penar no assunto
Vale a leitura http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/coluna/169948_BOLSA+BRASIL …
Abraço
Simão
Parabéns Flávio pela isenção e clareza na análise. Me manifestei diretamente no blog do Cruz e depois no do Victor Martins que ‘comprou’ a ideia. Tento abrir os olhos do VM sobre a asneira que fez ao dizer que o ‘Emerson tungou os cofres públicos’, mas você sabe, ele é teimoso. O último teimoso que vi comprar uma briga dessas está exilado na Suíça até hoje, e era dono de site de automobilismo. Mais uma vez parabéns pela análise clara e lúcida.
Por um Brasil melhor…faça sua escolha, melhor sofrer de câncer ou Aids?
“Hoje podemos comemorar. Exterminamos um câncer do futebol brasileiro. Finalmente, Ricardo Teixeira renunciou a presidência da CBF. Espero que o novo presidente, João Maria Marín, o que furtou a medalha do jogador do Corinthians na Copa São Paulo de Juniores, não faça daquele ato uma constante na Confederação. Senão, teremos que exterminar a AIDS também”, escreveu Romário.
Ótima notícia Gomes!
Ricardo Teixeira anuncia saída da CBF, José Maria Marin é o novo presidente:
http://esporte.ig.com.br/futebol/em-carta-ricardo-teixeira-anuncia-saida-da-cbf/n1597690145783.html
Péssima notícia Gomes!
José Maria Marin é flagrado(no vídeo),colocando medalha da Copa São Paulo no bolso:
http://tvig.ig.com.br/esporte/futebol/jose-maria-marin-e-flagrado-colocando-medalha-da-copa-sao-paulo-no-bolso-8a49800e3511694a013519d422ac004d.html
Bem, pra mim, resumo da ópera, a culpa não é do automobilismo, mas de quem faz esses projetos, que existem para estimular o que não tem outra forma de financiamento. E a melhor forma é expor sim, não ficar colocando pratos quentes, com esse papo de “não é ilegal”. É errado, é como uma pessoa de classe média entrar em fila de sopa. E nos faz questionar os métodos usados ao se criar essas leis, e os métodos usados ao averiguar os projetos, que parece não contar com a possibilidade de outros finaciamentos.
Agora, apenas pra defender governo abrir texto dizendo que não é dinheiro público, ai não, por que é sim, é dinheiro devido aos cofres públicos, oras, não rpecisa ser formado em matemática pra entender isso.
O mais curioso é esse movimento dos jornalistas de esporte a motor querendo colocar panos quentes nessa denúncia. Lógico que o texto fala bobagens, como dizer que esporte a motor é só pra rico, mas lógico que esporte a motor no Brasil é caro demais pra receber dinheiro que deveria estar entrando em cofres públicos.
É engraçado que todo mundo se revolta contra os Fittipaldi, quando na realidade deveriam revoltar-se contra a lei que permite tal captação de verba.
É a velha história, do ilegal e do imoral.
No blog do cidadão citado pelo FG está cheio de comentários raivosos. Mas vejam quantos se revoltam contra a lei e quantos se revoltam contra o favorecido…
Disse tu
o de forma clara!
Sera que o Emmo ta quebrado de novo? Ou tem maracutaia em baixo deste angú?