BERLIM, ALEXANDERPLATZ

BERLIM (dormir, mais tarde) – O que mais gosto em Berlim é a Alexanderplatz. E o que mais gosto na Alexanderplatz é o Homem-Salsicha. O cara que vende bratwurst com pão e mostarda carregando a grelha apoiada na barriga por um euro e vinte centavos. Deve ter em outras cidades, também. Mas eu sempre vi os Homens-Salsicha aqui, então que seja Alexanderplatz o planeta natal dos heróis berlinenses. Minhas refeições hoje foram fornecidas pelos Homens-Salsicha. Três, com intervalos de 10 minutos entre elas.

Gerd foi conhecer o Muro de Berlim pela manhã. O dia estava frio e cinzento. Choveu, parou, choveu, parou. Estou bem perto de onde ficava o Muro, e andaram colocando umas réplicas de pedaços famosos ao longo da linha de trem, com pinturas clássicas que ficavam do lado de lá. Estacionei o carrinho atrás de outro Trabant. Era de uma empresa de turismo que faz um tour pela cidade e chama o passeio de safári.

Safári é na selva. Tontos.

Parei o carro, saí para sacar uns retratos e imediatamente chegou gente para tirar fotos do Gerd. É que não hão mais Trabants em Berlim. Pausa para o “hão”. O verbo haver é até hoje ranqueado na minha mente deturpada como a maior decepção gramática de todos os tempos. Aos sete ou oito anos, depois de aprender sua conjugação pervertida, escrevi uma redação na escola  e usei “hão”. “No limoeiro hão limões”, algo assim. A professora corrigiu. Haver não flexiona. Como, não flexiona? O que é flexiona? Fiquei com raiva da professora, do verbo e dos limões. Nunca mais escrevi hão. Resolvi escrever hoje.

(Vou pegar uma cerveja.)

Como não hão mais Trabants em Berlim, todo mundo olha para o Gerd. Até a turma do safari, que veio em bando logo depois. Entrei na fila. A menina que dirigia o primeiro, uma peruinha, ficou feliz da vida ao ver um Trabi autêntico, dirigido por um alemão autêntico (eu), sem carregar turistas apertados no banco de trás.

Me mandei para Friedrichstrasse. Sempre tem, hão, novidades perto de Checkpoint Charlie, o posto de fronteira mais popular daqueles tempos, onde um dia a URSS meteu dez tanques de um lado e os EUA enfiaram mais dez do outro, e ficaram se olhando por 14 horas, ou 16, sei lá quantas, um país rosnando para o outro, e depois foram todos embora, coisa mais sem graça da porra.

Antigamente tinha mais ambulantes vendendo pedaços do Muro em Checkpoint Charlie. Hoje eram três, só, e nem pedaço do Muro vi. Só chapéus russos e uniformes falsos da polícia alemã-oriental. Os camelôs já não são mais os mesmos. E a área estava infestada por ciganos infantis, romenos, talvez, que perguntavam a todos “do you speak English?”, e todos diziam “no, I don’t”, e eles iam embora.

Entrei no museu de Checkpoint Charlie para ver as últimas. Gosto desse museu, e de ler nas paredes as histórias dos caras que conseguiram fugir de Berlim Oriental por túneis, ou com aviões construídos no fundo do quintal, ou escondidos dentro do painel de carros. O Muro foi uma medida extrema do governo da DDR (doravante assim será chamada a República Democrática da Alemanha, RDA em português), erguido em 13 de agosto de 1961 com arame farpado, porque desde a criação do país, em 1949, 2,5 milhões de cidadãos haviam se pirulitado para o lado ocidental via Berlim-idem. A economia estava indo para o saco. No dia 14, 65 mil berlinenses orientais saíram de casa para trabalhar do outro lado e não puderam atravessar. Só em 1963 que o governo da DDR passou a permitir visitas de parentes, e acho que o resto todo mundo sabe — Gorbatchov assumiu em 1985, viu que a URSS estava quebrando, começou a abrir a economia, e os satélites fizeram o mesmo, até a dissolução da Cortina de Ferro e de nações inteiras, algumas artificialmente coladas com Super Bonder, como a Checoslováquia e a Iugoslávia.

O Muro começou a cair graças aos movimentos apoiados pela igreja na Alemanha Oriental. Não houve violência, os coroinhas e os padres resolveram a parada. Leipzig foi a primeira cidade a se manifestar em massa pacificamente, e no dia 9 de novembro um pica-grossa do Partido anunciou mudanças nas regras de entrada e saída de Berlim Oriental, dando uma certa relaxada no negócio, e aí escorregou nas palavras ao dizer que uma dessas novas medidas tinha efeito imediato. “Efeito imediato” para a turma do Leste louca por uma calça Levi’s era imediato mesmo. Arrebentaram o Muro e acabou tudo. Foi a maior festança. Vai fazer 20 anos.

Mas a Alemanha Oriental, como dizem por aqui, fica cada vez melhor, na medida em que passa o tempo. Tem muita gente com saudades do regime estável, seguro, sossegado e, de certa forma, ingênuo da DDR. Tirando a Stasi, que pentelhava todo mundo e transformava cada cidadão num delator em potencial, e os guardas de fronteira, que mataram 125 (algumas fontes falam em 92) pessoas que tentaram atravessar o Muro na marra, a Alemanha Oriental era uma boa ideia. Que deu errado, claro, porque num mundo comandado pelo mercado e pelo capital, mesmo um país que despreza ambos se fode de canudinho.

Os alemães orientais têm uma imagem meio cinzenta por conta da propaganda anticomunista que martelou nossos doces lares durante décadas, mas não se enganem. Eram divertidos e adoravam uma sacanagem. Foram os maiores nudistas de todos os tempos em todos os reinos e impérios. No verão, se mandavam peladões para as praias do Báltico e não queriam nem saber. Há estatísticas, não sei de onde tiram esses números, que dizem que 10% dos habitantes da DDR eram naturistas juramentados e praticantes, e que 80% da população tirou a roupa na praia ou no lago pelo menos uma vez na vida.

Ninguém reprimia os peladões. Ainda bem. Os livros de fotos dessa época, anos 70/80, são melhores que qualquer “Playboy”… As meninas do Leste eram muito sorridentes, interessantes e atléticas. E peludas.

A DDR me interessa bastante, não só pelos carros e pelas loiras peladas e peludas. É um negócio tão recente e absurdo do ponto de vista ocidental que me espanto o tempo todo ao lembrar que há apenas 20 anos o mundo era dividido em dois pelo Muro que hoje é vendido aos pedaços nas lojas de souvenir.

Ao sair de Checkpoint Charlie, fui a um museu muito interessante, o DDR Museum, que foi eleito o “museu do ano” da Europa em 2008. Pequeno, na beira do Spree, mas muito carinhoso e bem montado. Não faz apologia de nada, apenas mostra como era diferente a vida na Alemanha Oriental, como era possível viver com uma ou duas marcas de pasta de dente e sabonete, como as pessoas aprenderam a se virar diante da escassez, como o governo se empenhava na educação das crianças desde os 11 meses de vida, em prover habitação e pleno emprego, em promover a amizade entre os trabalhadores, a simplicidade como “way of life”, se é que me entendem.

Claro que os dirigentes do Partido eram filhos da puta, como quase sempre, mas no geral as pessoas viviam bem, sem grandes sustos, casavam, tinham filhos, esperavam seus Trabants, tiravam a roupa na praia no verão, faziam esporte, trepavam, iam à escola, ficavam gratos quando saía a chave de seu apartamento novo. Se não dava para limpar a bunda com papel Neve perfumado de folha dupla, me parece que não era algo que incomodasse demais. Tinha cerveja, salsicha, bar, automóvel, trabalho, escola, teto, bonde, trem, ônibus, cigarro, camisinha, café, loja de departamentos, mercadinho, banda de rock (procure no Google a Puhdys, que vendeu 15 milhões de discos, de acordo com o museu), discoteca, festival, campo de futebol, piscina, roupa nova (de tecido sintético, porque era difícil arrumar algodão; e quem desenhava os modelitos era o Modeinstitut Berlim, até isso o governo fazia, o que livrava o povo de coisas como a São Paulo Fashion Week e seus estilistas afetados), aparelho de TV coloridos, revistas jornais, emissoras de rádio, cinema, universidades.

Uma das críticas que fazem ao antigo regime diz respeito à doutrinação da molecada com ideias marxistas-leninistas desde cedo nas escolas, como se fosse um pecado ensinar aquilo em que se acredita. O que se faz numa escola brasileira hoje desde pequeno? Ensina-se a competição, o mata-primeiro-senão-ele-te-come-no-mercado-de-trabalho, a dar valor ao dinheiro, ao ter, ter mais sempre, e o que é isso que não uma doutrina escroto-capitalista que enfiam na cabeça das crianças mal elas saem das fraldas? Rotos falando de esfarrapados.

Gerd ficou boa parte do dia protegido do frio cortante deste outono gelado numa garagem subterrânea perto da ilha dos museus e eu fui bater perna mal agasalhado porque não esperava este clima glacial. Amanhã vou descer para Dresden, tomara que melhore um pouco. De noite, encontramos um amigo meu e o amigo do meu amigo, e fomos tomar uma cerveja num bar legal de Friedrichshain , a Vila Madalena do lado oriental. Na minha cabeça, ainda há dois lados. E quem conhece Berlim sabe bem onde começa um e termina o outro, mesmo sem Muro. Todos os três quisemos nos casar com a garçonete, cheguei a pedir ao Maurício para avisar minha família que iria fixar residência aqui depois que esbarrei o cotovelo sem querer na bunda da moça.

Deixei a dupla perto da Alexanderplatz e fui dar uma volta pelo Ocidente. Passei pelo Portão de Brandenburgo (por fora; não passa mais carro ali), pelo Reichstag, segui pela Unter den Linden, margeei o Tiergarten e fui fazer a volta só em Charlottenburg, para acabar a noite num simpático Hooter’s debaixo da linha de trem comendo frango frito apimentado, essas coisas americanas têm alguma serventia, afinal, porque já estava tudo fechado do lado de cá.

Gerd me esperava sossegado na vaga no meio da avenida, sozinho, o sereno cobrindo seu teto de fibra de algodão e plástico e os vidros da frente e de trás. Dizem que na DDR se esperava por um Trabant por 16 anos. O nome quer dizer “companheiro” (na verdade verdadeira, “satélite”, mas pode ser entendido como “companheiro”, também, dependendo do contexto), e os carrinhos acabavam virando mesmo parte da família, porque ninguém trocava todo ano. Era para a vida toda. A temperatura estava em seis ou sete graus. Liguei o motorzinho de 600 cc e coloquei seus 26 bravos HPs em marcha. Do lado da torneirinha da gasolina tem um botão do sistema de aquecimento. Puxei, tremendo.

O calor vindo não sei de onde, daquele botão mágico, talvez, me invadiu e eu disse obrigado a Gerd, um bom parceiro.

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Roberto
Roberto
3 anos atrás

pena que todas as fotos sumiram

Paulo Vitorino
Paulo Vitorino
14 anos atrás

Parabéns e obrigado por compartilhar conosco suas aventuras. Que inveja…

Fábio Dalri
Fábio Dalri
14 anos atrás

Muito legal FG. Obrigado por atender nossos pedidos para postar umas fotos do quarto. Dá pra ter uma idéia melhor.

Valeu!

Ricardo Laika Azul CCCP
Ricardo Laika Azul CCCP
14 anos atrás

Flávio agora admito! Após ler tão belas palavras sobre a DDR , virei se fã incondicional meu amigo!!!

Antonio Valdoski
Antonio Valdoski
14 anos atrás

Poxa, só faltou a foto da garçonete!!

Rodrigo Duarte
Rodrigo Duarte
14 anos atrás

Tá tudo sensacional. E sobre as escolas, você comentou muito bem. Outro dia passei em frente a uma escola com uma placa ou faixa dizendo algo do tipo: “Formando futuros empreendedores”.

Porra, acho que nunca matricularia meu filho numa escola dessas.

Edson Martins
Edson Martins
14 anos atrás

Parabéns pelas observações. Há momentos no teu blog, que leio sempre, em que teu texto flerta com o literário. Como neste. Isto é para poucos, a conquista de um certo estilo. Abraços.

Lisa
Lisa
14 anos atrás

Muito bom seu texto, Flavio. Tem o que há de melhor, visão humana, sem vícios e clichês turísticos. Aquela coisa de tentar entender o lugar observando as pessoas que fazem parte do lugar.

Lindo!

PS: aquele velho e bom programa de rádio (não mais transmitido no dial), onde pode-se ouvir uns rocks bons está de volta, o Garagem. Lembro que você foi convidado uma vez: http://www.tvshowlivre.com.br/garagem/

Duque
Duque
14 anos atrás

Bom, os dois tarados se beijando são Leonid Brejnev e Erich Honecker, dois ditadores stalinistas e assassinos !!! Honecker foi o ditador da DDR, que após a queda do muro de Berlim foi preso e deportado !!! Em sua casa foram encontradas dezenas de fitas de video-cassete com filmes pornográficos norte-americanos e europeus !!! Dizer que tem gente com saudades da DDR, tenha dó, né Flavio ??? Quem pode ter saudades de uma ditadura cruel, com censura e repressão, dedo-duro por todos os lados, e quem fosse pego com uma fita cassete (Long Play, nem pensar) dos Beatles, Rolling Stones, Jimi Hendrix, Creedence Clearwater Revival, Led Zeppelin ou qualquer som em que se falasse a língua inglesa era considerado SUBVERSIVO, e logo preso e jogado nos porões da Stasi !!! Alguém pode ter saudades disso ??? A DDR foi uma boa ideia, Flavio ??? ACHO QUE VC PIROU DE VEZ !!!

Flavio Gomes
Flavio Gomes
Reply to  Duque
14 anos atrás

E acho que você anda lendo Veja demais e não tem ideia do que está falando. Mas não vou abrir discussões ideológicas. OK, era uma droga, valeu pelas informações.

Dionisio
Dionisio
14 anos atrás

A foto dos velhos se beijando é a coisa mais horrorosa que já publicou. É pornográfico.

Iceman
Iceman
14 anos atrás

Você fala nas meninas mas nunca põe uma foto delas, estou indignado, uma viagem dessas e só nos mostra foto de carro!

Ana
Ana
14 anos atrás

Ah, que texto legal, parabéns! Eu estive em Berlim mês passado, deu saudades. O lance dos pedintes romenos é bem isso: eles perguntam se vc. fala inglês ou alemão e todo mundo nega, hehe…

Túlio Parodi
Túlio Parodi
14 anos atrás

Tirou a foto da garçonete? Divulguea por favor!!!!

Alcysio Canette
Alcysio Canette
14 anos atrás

Flávio, seus diários de viagem são fodas, até porque seus roteiros também o são, tá de parabéns pelos causos.

Godo
14 anos atrás

Deixe de garotear e publica um livro, com as fotos inclusas… tanto vou comprar como não resisti e acabei de solicitar a camiseta da DDR 74′ via internet!

pablorocha
pablorocha
14 anos atrás

Agora qualquer um pode ter o seu Trabi,,, http://trabicustomizer.com/trabi/ ha! ha! ha!

Silvio Taka
Silvio Taka
14 anos atrás

Muito bom mesmo!

Mauricio Luis
Mauricio Luis
14 anos atrás

Ideologias a parte, uma ótima crônica, e uma visão perfeita de como se vivia na Alemanha Oriental naqueles tempos.

Miguel
Miguel
14 anos atrás

Estas “crónicas” começa a preencher-me com um calorzinho para as noites frias do Norte de Portugal ;)

Abraço!
Miguel

Anarquista
Anarquista
14 anos atrás

Olha, se bem me lembro o pessoal não trocava de carro todo ano porquê ninguém queria encarar novamente 5 anos numa fila de espera. Detalhe: 5 anos de espera, mas já pagando as prestações de um financiamento de 10.
Mas, como me dizia um colega “Ossi”, um pãozinho custava “1 Pfennig”… No que eu complementava: quando se achava.
Mas até que a DDR era melhor que seus vizinhos: suas filas eram mais curtas…

Ronald Wolff
Ronald Wolff
14 anos atrás

Legal, seu texto.só não concordo com relacão ao que escreveu sobre o que as crianças de hoje aprendem. Na escola do meu filho ensinam que devemos ser compreensivos, vivendo em harmonia, respeito e amor……ainda não ensinaram a rivalidade, Graças a Deus!!!

General Degòle
General Degòle
14 anos atrás

Tanta foto e você não tirou uma da garçonete? Muito feio contar o milagre e não mostrar a santa…

Carlos Lins
Carlos Lins
14 anos atrás

Ontem cheguei atrasado na aula por culpa do primeiro post (que fala da fabrica da volks).. hj vou me atrasar pra saida com a patroa.. otima historia, narração e roteiro! da vontade de pegar as malas e fazer o mesmo.. mesmo que sem um trabi.. um Smart deve da pra se divertir…

DonOctavioDelFlores
DonOctavioDelFlores
14 anos atrás

Comecei a acompanhar o GP pelos diarios de viagem.

Esses textos são muito bons :D

suricata
suricata
14 anos atrás

Ótimo texto, transpirando emoção e contagiando a todos que leem.
PS: tem fotos das peludas ??

Silvio Roesler
Silvio Roesler
14 anos atrás

Flavio,

Os seus relatos da Alemanha estão cada vez melhores! Meus parabéns!

Vivi tres anos neste país, do qual sou descendende, mais sou incapaz de descrevê-lo de maneira tão bonita como você o faz!

Dankeschoen!!!

Antonio Carlos
Antonio Carlos
14 anos atrás

Da-lhe Flavio, simplesmente maravilhoso.

Fabio Mantovani
Fabio Mantovani
14 anos atrás

Esse filme ilustra algumas passagens desse texto do FG.

http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Vida_dos_Outros

jung
14 anos atrás

sinto uma inveja (do bem) danada, que bom saber que tem gente com culhão e imaginação para viver e escrever essas belas histórias. a propósito, duvido que o esbarrão foi casual.

Adal Avin
Adal Avin
14 anos atrás

Ótimo texto, adorei!

Estive em Berlim em 1.982, visitei o lado oriental, uma verdadeira viagem no tempo! Gostaria muito de rever a Berlim reunficada, para ver como ficou! Pela sua descrição e a de outros, deve ter ficado ótima!

[ ]s

P.S.: estou em Floripa (de Niva) e, há poucos dias, encontrei-me com o Luiz “Águia”, para lhe entregar em mãos a foto de seu Fusca disputando o 1o (e único) Rallye Internacional do Brasil.

Tito Neto
Tito Neto
14 anos atrás

Nada como fazer o que gosta né, Flávio!!!
Estou adorando os textos. Já pensou em fazer um livro desta viagem???

Abraço.

José Brabham
José Brabham
14 anos atrás

FG. Gerd então quer dizer Sputnik?

vitão
vitão
14 anos atrás

tenho um amigo que diz que se forem juntados todos os pedaços do muro de Berlim que foram vendidos, o muro reconstruído começaria em PAris e terminaria em Vladivostok. Acho que entre a iqualdade a ferro e fogo, do tipo ” vocÊ não pode ter mais do que eu , mesmo que se esforce pra isso” e o ” eu quero tudo pra mim, quanto mais melhor, só vale se eu tirar de você ” deve existir um meio termo que respeite a individualidade sem massacrar com o consumismo.

Felipe Cps
Felipe Cps
14 anos atrás

Ah, que idílica que era a vida na Alemanha Oriental… Era tão boa, tão “cult”, tão pacata, tão sincera… Pena que o estúpido povo alemão não conseguia entender nada do que queriam seus líderes, e insistia em fugir para o lado capitalista selvagem e cruel…
Oras, qual o problema de ter de esperar 10 anos para ter o direito de comprar um Trabant azul-calcinha? Ou qual a treta de ter de esperar 20 anos para tentar adquirir um apartamento de dois dormitórios? Sinceramente, esses alemães, e o restante dos povos da cortina de ferro eram muito tolos e venais… Uma pena…

zé carlos
zé carlos
14 anos atrás

já era seu fã pelo seus carros, principalmente no momento em que passei a amar os soviéticos e percebem que alem de lata e borracha carregam uma grande enorme gigante carga de história que nem todos sabem por estarem localizadas na entrelinhas, como essa sua viagem que vai além de cruzar a Alemanha à bordo de um carro que parece de brinquedo, mas para quem sabe ele recita um livro de suas história e da conjuntura social dos tempos de outrora. parabéns.

Tcaires
Tcaires
14 anos atrás

FG, mais uma vez, fantástico o post! Uma breve aula da história. Acho que você seria um ótimo professor de história. Profissão tão nobre quanto a sua de jornalista. Nunca te falaram que você leva jeito para a coisa não?

José Carlos Araujo
José Carlos Araujo
14 anos atrás

Flávio, Toda hora você tá bebendo uma cervejinha. Aí pode dirigir e beber?

Alexandre Bento
Alexandre Bento
14 anos atrás

Cada vez mais interessante os textos. As pinceladas históricas muito boas. Que bom que a meninada de hoje pudesse ler e se informar antes de falar um bando de m…por ai. O ´Flávio ja pensou em juntar tudo…textos, fotos, tampinhas de cerveja, ticket de entrada…e colocar tudo em um livro…a rapaziada pode dar sugestão de nome….Abraços

Tonho
Tonho
14 anos atrás

Ótimo texto, como sempre.

Magnus
Magnus
14 anos atrás

Quando o cara fica muito tempo sozinho fica meio romantico mesmo.
Parabéns pelo texto!!!
Até parece que na Alemanha.

carllos
carllos
14 anos atrás

Excelente o seu texto Gomes, parabéns! Personalidade e Estilo marcam a riqueza dos detalhes e dos personagens relatados nesta deliciosa crônica de viagem. Continue presenteando sua “blogaiada” com essas coisas boas de ler, “ela” agradece, comovida.

Lena
Lena
14 anos atrás

Berlim é uma cidade fantástica. Estive lá em 2002, em época de Copa. Cheguei num dia em que a Turquia tinha vencido um jogo e a Kudan (apelido de uma av. famosa na cidade) estava tomada de gente de vermelho comemorando muito. Meu hotel ficava ao lado de uma igreja que sobreviveu à segunda guerra, bem ali, na Kudan. Vendo a farra e o povo se esbaldando, perguntei ao taxista – um alemão autêntico – se eles tb faziam festa assim ao ganhar um jogo. Ele nem me olhou: “Nein! Nós somos diferentes”. Ou seja, taxista mal-humorado é taxista mal-humorado em qq lugar. Mas, tirando isso, tudo mais foi muito bom. E andando pelo Tiergarten me deparei duas vezes com peladões deitados na grama. Tem uma área lá para eles. E o povo se joga, na buena. O corpo e a grama. Eu só ficava pensando: “mas nem uma toalhinha pra deitar???” (olhando a grama e imaginando como deveria estar pinicando nas partes íntimas). Bom, seu relato me deu vontade de voltar para Berlim. :)

Kennedy
Kennedy
14 anos atrás

Gomes, a DDR te faz bem e os passeios melhor ainda.
Fique por ai, não que volte para cá, aproveite bastante. Fixe residência, case com a garçonete e continue nos brindando com estes textos.

victor freire
victor freire
14 anos atrás

se der, tira uma foto de um anjo de wim wenders pra mim? de preferência a nastassja kinski com vinte e poucos anos…

Mário Buzian
14 anos atrás

FG,

Fui buscar os meus sogros, Seu Pedro e Dona Toni Scheid, no aeroporto na semana passada, eles passaram quase três meses na Alemanha, vistando parentes e amigos, inclusive foram à Eslovênia, compraram uma máquina digital bem bacana por 100 euros, e tiraram mais de 400 fotos…Ficaram beeem faceiros…
Aproveite bem o teu passeio aí, e continue a nos brindar com esses textos sensacionais, impossível parar de ler !!!
Grande abraço dos camaradas do Sul !!!!

Clezio Soares da Fonseca
Clezio Soares da Fonseca
14 anos atrás

Que tal mandar uma foto do Gerd ao lado de uma “peluda” ensaboando-o para poder fazer um calendário de borracharia?

Rodrigo Ivantes
Rodrigo Ivantes
14 anos atrás

Berlim é Berlim, eu achei do carvalho, todo aspecto hístórico de uma cidade que passou pelo pão que o diabo amassou no século passado, e em outros antes também. Você anda a pé e vê as cicatrizes de Segunda Guerra nas paredes dos prédios em qualquer bairro, museus com apenas uma unica escultura de uma mãe protegendo seu filho em plena Unter Der Linden, e ainda como bônus tem essa história recente ainda com cheiro de Guerra Fria.

Se vai para Dresden, o Gerd vai poder ficar descansando, a cidade é pequena, e os pontos principais da cidade são todos muito proximos. Recomendo almoçar em um bar-restaurante-cervejaria-salshicheria logo depois da ponte principal do Rio Elba, na parte nova da cidade, não lembro o nome, mas tomei uns 5 tipos diferentes de cervejas e de experimentei algumas salsichas para acompanhar. A cidade é linda, foi destruida em 90% durante a Segunda Guerra, e hoje tá lá exuberante. Desculpe o texto longo, e esperamos todos suas proximas notícas. Boa viagem !

Paulo Z
Paulo Z
14 anos atrás

Sensacional o relato!

P.S. É preciso uma foto bem bonita do Gerd para a capa do livro. Capricha no enquadramento que o Gerd merece. Ele é um bom companheiro!

rosemeyer
rosemeyer
14 anos atrás

Flavio,cronicas brilhantes e deliciosas.Bom ,muito bom.

HM
HM
14 anos atrás

bela aventura, divertido de acompanhar e ler os textos…
as fotos tambem..