AINDA 1984
SÃO PAULO (mas vale) – Certamente é repeteco, mas como falamos daquele GP do Brasil de 1984, é legal lembrar que Emerson Fittipaldi esteve a ponto de correr naquele ano. Chegou a experimentar o carro da Spirit em Jacarepaguá, nos testes de pneus, mas percebeu que poderia arranhar sua reputação de bicampeão mundial. O João Brunelli Loiro mandou o vídeo.
…. mais voltando ao Emerson e o teste,.. eu estava em Jacarepaguá nesse dia,… como carioca e gostando da coisa como gostava naquela época eu tinha q ir e fui! nem me lembro como, deu trabalho e tive que ter muita paci~encia, pois eu não tinha padrinho e nem credencvial,. (naquela época já tinha isso) mais eu acabei entrando nos Boxes! Estavam todas as equipes lá, menos a Brabham que testava na africa do sul,.. o carro um Spirit, sem a Honda por trás,.. era uma carricinha,… o tal italiano,…(Fulvio Ballabio) uma piada,.. parecia mais um jornaleira de bairro,.. maio barrigudinho inclusive,.. nuna tinha guiado um F-1 antes,.. imagina né,.. tempo de voltas fora de qq competitividade,… vi a F-1 ” de pertinho” ,.. mais uma vez (já havia entrado em boxes antes sem credencial , sem nada!),… em nenhúm momento se esperava que o Emerson tentasse voltar por um esquema mambembe como aquele,… o que se falava entre as pessoas que estavam no dia,..( eu tentava ouvir os bochichos de quem aparentava saber de alguma coisa) e o que se falava era que o Emerson “mirava” a Alfa-Romeo”,… e estava lá tentando mostrar que estava vivo e ,…disponível,… (fazia sentido,..) tanto que nas arquibancadas do retão havia uma faixa … (sim tinha gente nas arquibancadas!) que dizia assim “QUEM PODE TER EMERSOM FITTIPALDI, E TEM CHEEVER E PATRESE , É MUITO BURRO!!” (os pilotos da Alfa á época, o Emersom deu poucas voltas,.. saia dava duas voltas, parava e o carro ficava um tempão parado,.. (e a gente querendo ver movimento e nada , aquela dinâmica de testes que tira a paciência, sabe?) … no fim não deu em nada,… e o resto todo mundo sabe o que aconteceu,… só não sabia que o “Emmo” tinha levantado 50 tinha… das verdinhas,… vai saber o que poderia ter acontecido se ele tivesse uma chance na Alfa Romeo,… vai saber,…. mais eu gostaria que tivesse acontecido,… A F-1 tem coisas que nós nem imanginamos,.. (quê em leu o livrinho do tio Bernie, sabe o que eu estou falando,…) e essas coisas eu gostaria muito de vir a saber , anos depois , quando não importa mais nada ,. eu gostaria de saber oque tipo de negociações teve o próprio Emerson , pra tentar voltar, (pois acredito que teve,..) e o Piquet,.. que segundo se falava a época tentou Ligier,.. pelo menos antes de pendurar definitivamente o capacete,… na F-1. (obrigado pela oportunidade de quem sabe ser lido).
La em Palotina-Pr, a Capital da Soja, teve uma garota (na epoca) que perdeu a virgindade so para ver a corrida do senna na madrugada……..
Interessante a margem do pessoal no final da corrida invadindo a pista…
várzea total… como é que não morria neguinho ali desse jeito?
27 vitórias era o record. Quem diria que hoje estaríamos falando de quase uma centena!
E a sobriedade da matéria… que diferença.
Aí eu me pergunto:
Em qual período temos/tivemos mais ufanismo no jornalismo esportivo, neste caso na transmissão e cobertura da F1:
No anos “de chumbo” ou nos tempos atuais?
Alguém mais velho pode me dizer se eram criados tantos “dick vigaristas” para justificar algum erro ou alguma derrota brasileira? Talvez o nível de pilotos não desse mesmo nem espaço para essas desculpas…
Será que vivemos hoje uma época melhor?
Acho que o medo, a repressão e os vilões são outros. E MUITA COISA piorou, caiu de qualidade. Eram outros valores, outras prioridades.
Saudades de uma época de mais “sobriedade”, profissionalismo, seriedade, do bom português falado e escrito nas coberturas esportivas.
E não façam confusão! Não estou defendendo a ditadura militar!
Falou tudo!
Mas se pegar os videos das primeiras corridas em Interlagos, era o estilo de narração “Brasil: ame-o ou deixe-o”! Na Globo do começo dos anos 80, o padrão era excelente, o Galvão era muito bom mesmo, dava gosto de ver. Ele virou esse mala-sem-alça que conhecemos depois que virou amigão do Senna, até hoje não o deixa descansar em paz…
Havia um ufanismo exacerbado na época da Ditadura, ufanismo esse que atingiu seu ápice na Copa de 70, com a conquista do tricampeonato de futebol.
O chamado milagre econômico e as vitórias de Emerson, deram continuidade a esse estado de coisas.
A Abertura, os problemas que começaram a vir à tona e Piquet, que não se enquadrava no papel de “garoto propaganda”, fez declinar de forma gradativa esse ufanismo, que ganhou novo impulso com a chegada de Senna e a torcida exagerada e contagiante (para os fãs do brasileiro) de Galvão Bueno.
Com a morte do ídolo, a mídia tentou eleger Barrichello e depois, Massa como substitutos. Esbarraram num obstáculo intransponível: escudeiros não geram “ôba-ôba!”.
Restou apenas o “êpa-êpa”…